Resenhas - Prisioneiro Sem Nome, Cela Sem Número

Vively 01/03/2021

Uma boa fonte para entender um pouco mais do que foi a última ditadura militar na Argentina, ainda mais por se tratar da visão e relato de um sequestrado político do período. Por ser Judeu, Timerman atrela muito de sua experiência ao antissemitismo e esse acaba por ser o enfoque do livro. Apesar disso, o que mais me chamou atenção foi um dos "subtemas" do livro: as estratégias da junta militar para chegar e se manter no poder. Muito me impressionou que apesar de estar lendo sobre um governor autoritário, uma ditadura, é gritante a similaridade de discurso e estratégias com o atual governo democrático brasileiro.

Michartx 26/12/2022

Sou completamente ignorante quanto a história dos países vizinhos, foi ótimo para esclarecer algumas questões e perceber a similaridade com a ditadura que houve no Brasil, atrelado ao discurso do atual governo, me assustou.

"Os judeus ainda ocupamos o mesmo lugar na História, temos esse lugar reservado" Me pegou bastante, principalmente ao pensar quantas minorias se encaixam nessa frase.

Tenan 29/09/2023

Ditadura anti-semita
Achei que leria passagens de tortura fisica e psicológica devido ao dono do jornal em questão, ser um defensor da liberdade de expressão e ajudar as familias dos que desapareciam durante o governo militar argentino no final da década de 70.
O que surpreendeu foi que os militares responsaveis pelo enclausurado e pelas torturas, o faziam com maior afinco por saberem que Jacobo era judeu.
Demonstrou-se portanto, que o sentimento nazista e anti-semita permeava de uma maneira tão forte num país no extremo sul (Argentina), que mesmo após 30 anos do fim da Segunda Guerra, este absurdo estava tão presente no corpo militar daquele país.

Uma leitura obrigatoria para compreender as ramificações da Ditadura na America Latina num geral.