May 15/05/2011Fantasia medievalDraco Saga é narrado em primeira pessoa, no ponto de vista do dragão Dryfr. Este, que fica em uma espécie de coma durante décadas, ao despertar, encontra-se em uma realidade bem diferente da que estava acostumado, numa espécie de Era Medieval.
Percebe a presença de criaturas novas habitando o seu mundo. Já não bastasse os elfos e outros inferiores... Sem querer esperar, recorre a sabedoria do seu mestre, Wyrmygn, o mais sábio entre todos da sua raça.
Wyrmygn conta tudo para ele, inclusive o que causou o aparecimento desses novos seres, os humanos, que para a infelicidade e fúria dos dracos, estão destruindo aos poucos os recursos das suas terras.
A cúpula formada pelos dragões mais experientes e sábios, inclusive Dryfr, se reúne e articula uma maneira de expulsar os humanos de forma nada amigável, afinal, aparentemente, eles não têm conhecimento da existência dos dracos.
Em meio a tudo isso, Dryfr precisa de uma companheira para gerar um filhote seu o quanto antes e conhece Wyryn, a neta do Mestre. Sem perceber, os dois criam um laço bem maior do que os outros casais normais costumam ter, entretanto eles não percebem logo.
Durante toda a execução do plano, Dryfr nos conta com muitos detalhes o que ele vai descobrindo sobre os humanos e suas particularidades. Será que tudo que vem deles é tão ruim assim? Será que os dracos, mesmo sendo tão superiores e com poderes mágicos não podem aprender nada com eles?
A história toda se mantém numa mistura de ficção e até fatos históricos, o que a torna mais complexa. É interessante também os questionamentos que Dryfr tem sobre o nosso comportamento, sobre a fé e a Igreja da época - principalmente, suas ações. Questionamentos estes que até nós mesmos somos passíveis de tê-los - ou até já fizemos.
Outro ponto que agradou bastante foi a interação dos dracos e os humanos, com algumas partes bem engraçadas. Além da capa, que é muito bacana, e sua diagramação e revisão bem feitas. No final do exemplar da nova edição vem uma espécie de glossário contendo os nomes dos personagens, que dá para perceber serem bem complicados, mas não atrapalha a leitura.
O final foi interrompido com cenas de ação e outras angustiantes, pronto para a continuação, que já tem nome: Draco Saga - A Sentinela.
Justifico a falta da última estrela - que se pudesse, seria meia: senti um certo exagero na descrição de todo o poder dos dracos. Talvez se a narração fosse em terceira pessoa, seria diferente.