World War Z

World War Z Max Brooks




Resenhas - World War Z


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Anica 01/06/2009

World War Z (Max Brooks)
Está aí um livro que tem uma série de preconceitos a serem vencidos. Comecemos pelo autor, que por ser filho do comediante Mel Brooks passa a falsa ideia de que só escreve sobre humor. Depois tem o fato de tratar-se de uma história de zumbis. Porque sim, eu sei que há uma penca de gente que se interessa pelo assunto e lerá um livro assim com gosto simplesmente por ser uma história com zumbis (na verdade eu me animei com o livro por causa disso, hehe). Por outro lado, tem um monte de gente que relaciona o assunto com filme trash, tosqueira, lixo da cultura pop. O que não deixa de ser uma pena.

Porque World War Z é daqueles livros que te conquistam já nas primeiras páginas, e aí você quer conversar sobre ele, é claro. Só que aí você sugere a história para alguém não muito iniciado ao “mondo zombie” e então a pessoa faz a maior cara de que você não pode estar falando sério. E bem, eu estou. É um dos melhores livros que li, de todos os tempos. Daqueles que você desejaria ter escrito, entende? Daqueles que fazem a diferença no seu dia, não são só uma história legal (embora ei, eu não tenho nada contra histórias legais, muito pelo contrário).

Com o subtítulo já dá para entender do que se trata World War Z: An Oral History of the Zombie War. Tomando a definição do Umberto Eco emprestada¹ Brooks coloca na história um autor-modelo, que foi responsável por coletar depoimentos dos sobreviventes da dita Zombie War. Assim, dá para dizer que o livro divide-se em capítulos maiores, que indicam o tema principal dos depoimentos que serão apresentados (Total War, Goodbyes, etc.) e dentro desses capítulos temos “subcapítulos”, os relatos em si.

E o interessante é que cada relato acaba tomando a forma de um mini-conto, excelentes mini-contos diga-se de passagem. Com um pé na realidade, você acaba se deixando levar pelo mundo (re)criado por Brooks. E é impressionante ver o cuidado que ele teve em imaginar as consequências de uma invasão zumbi em cada país, como aconteceria na Inglaterra, na França, nos Estados Unidos, na China, no Japão… até o Brasil aparece.

E não é algo irreal, aquelas distopias que te fazem pensar que estão bem longe de acontecer. E o que assusta de verdade é que não precisa ser uma invasão de zumbis. Terrorismo, um novo vírus letal, quaquer coisa. Entre um relato e outro o que mais fica em evidência é o que outros autores como Saramago em Ensaio sobre a Cegueira e Cormac McCarthy em A Estrada já alertaram: o que consideramos ‘humanidade’ se sustenta por um frágil fio.

Talvez o único ponto negativo seja a questão de que, sendo as histórias transcrições de relatos, talvez tenha faltado mais marcas orais que diferenciassem as personagens entre si. Mas aí eu já estou sendo chata, acho. No geral, é simplesmente um livro daqueles imperdíveis. Algumas histórias ainda estão na minha cabeça, como a do sujeito que comercializou uma suposta cura para o vírus, ou ainda a do gênio que elaborou o plano para derrotar os zumbis. Se você lê em inglês, não perca tempo e procure para ler.

1. lá do Seis Passeios pelos Bosques da Ficção, recomendo a leitura [↩]
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Walfrisio 02/04/2020

World War Z
World War Z, em português, Guerra Mundial Z, foi um livro lançado em 2006 e escrito por Max Brooks. Muitos desconhecem essa obra e seu título remete ao filme, com o ator e produtor Brad Pitt, de mesmo nome, embora a obra que tenha inspirado o filme.
No livro, um homem tem o papel de reunir relatos para a presidente da Comissão Pós-Guerra das Nações Unidas. A guerra que ficou conhecida como “Guerra Mundial Z” ou “Guerra dos Zumbis”, na qual a humanidade enfrentou um surto desses seres que possuíam apenas a função de se alimentarem de seres humanos e outros animais.
Durante os relatos expostos no livro, surge a oportunidade de o leitor acompanhar diferente vivências de várias pessoas em períodos diferentes, embora em ordem cronológica, da guerra ao redor do mundo, como o Dr. Kwang Jing-shu, médico chinês que examinou o “paciente zero”; o médico Fernando Oliveira, brasileiro que realizava transplantes com órgãos traficados ilegalmente; Todd Wainio, soldado americano que lutou na trágica “Batalha de Yonkers”; até Jurgen Warmbrunn, espião israelense. Essa variedade de histórias sob diferentes perspectivas é o que mais chama a atenção no livro, pois sempre projeta um novo cenário e novos personagens em situações diferentes, mas com um único objetivo, a sobrevivência.
Ademais, vale ressaltar que Brooks consegue criar situações ricas em detalhes as quais nos prendem aos relatos dos personagens, como civis fugindo para áreas frias, militares se rebelando, empresários que se aproveitaram do pânico para faturar... Isso evidencia como o homem é capaz de sobrepor valores para, em condições extremas, buscar a sobrevivência. Tal situação me remete ao Estado de Natureza na visão de Hobbes com sua máxima, “Homo homini lúpus”, o indivíduo vivendo em constante temor por sua vida, lutando contra zumbis e humanos. Além disso, é importante salientar que nem todo o globo se encontra nessa situação anárquica, pois ele fala como algumas nações foram capazes de conter a pandemia, embora eu não queira dar “spoilers” aqui!
No que se refere à origem do surto, não ficou claro como este surgiu e isso deixa qualquer leitor com “pulga atrás da orelha”. Foi um vírus? Foi magia? Algo nuclear? Isso não é dito no texto.
Em resumo, é uma excelente leitura, rica em detalhes que soube explorar diversas situações e o comportamento humano em condições extremas de maneira bem criativa!
Observação: optei pela leitura em inglês.
Marto 03/04/2020minha estante
Muito bom viu! Fiquei com vontade de ler




Tati 15/10/2009

Zumbis com Z maiúsculo
Se você gosta de zumbis, não precisa de argumentos para ler esse livro. Se você não gosta, tente ler sem preconceito - o livro vai muito, muito além de sustos e mordidas e avalia o ser humano no meio do caos total.
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spoiler visualizar
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renatolond 18/12/2012

Surpreendente.
Um bom livro, talvez com alguns clichés, mas no geral, muito diferente de qualquer história que você vá ver em filmes ou jogos.
Como se tratam de relatos costurados, você vê diversos pontos de vista, e alguns deles são bastante inesperados (por tratar de personagens que eu nunca tinha pensado no meio de uma "guerra zumbi").
Muito bom, vale a leitura :)
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Anezka 19/03/2013

Imagine que um outbreak zumbi aconteceu. Se você aceitar isso como verdade, o livro World War Z passa a ser um relato extremamente realista e detalhado sobre como tudo aconteceu. Os zumbis se espalhando e dominando cidades e países, a resposta das autoridades para o problema, o pânico na população, a falta de informação consistente, os métodos adotados para salvar os países, a guerra contra os zumbis e a eliminação quase total da ameaça no mundo inteiro. Uma história completa de como os seres humanos conseguiram ganhar a guerra e todas as dificuldades que encontraram. É isso que você vai encontrar nesse livro.
O mais interessante, no entanto, é o formato. O livro é uma coletânea de relatos sobre como tudo aconteceu por quem vivenciou os fatos. Por quem estava lá. E as estórias não são sempre bonitas e felizes. Muitos momentos tristes aparecem. Muitas vezes durante o livro, eu fiquei triste com os relatos, e tive que fazer força para lembrar que, apesar de não parecer, eu estava com uma obra de ficção nas mãos.
E coitadas das baleias...
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Lico 13/05/2014

Impressionante
Livro excelente sobre Apocalipse Zumbi, o primeiro que li deste gênero, só o fiz devido às boas críticas. Realmente vale a pena ler o original em inglês, que conta com um jargão próprio muito bom (como chamar o zumbi de Z ou Zack) e convincente, além de notas de rodapé para explicar termos estrangeiros, militares (e.g. The Chang Doctrine: South Korea's version of the Redeker Plan) e clínicos (e.g. PTSD: Post-Traumatic Stress Disorder) que já existem ou passaram a existir com a World War Z. Isto, o fato de apresentar um panorama multifacetado da crise e a apresentação da estória em depoimentos/entrevistas ao invés de uma narrativa convencional em 1ª ou 3ª pessoa torna o livro acreditável!

Me impressionou e me levou à leitura de uma segunda obra norte-americana desse gênero muito aclamada (também em inglês): Day by Day Armageddon.
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Camila 25/04/2015

World War Z - Livro e Audiobook
World War Z é uma coletânea de entrevistas de vários sobreviventes da grande guerra. Os relatos possibilitam a quem ler conhecer a história e os principais fatos da guerra sob a perspectiva de diferentes pessoas. Saber como elas reagiram em frente aos acontecimentos. Me lembrou um pouco a sensação que tive ao ler a Intermitências da Morte de Saramago. Em certo ponto comecei a questionar a nossa natureza. Será que em situações extremas nós realmente reagiríamos como cada um por si? Brigaríamos e mataríamos por recursos? Ou ajudariamos uns aos outros?

O autor, Max Brooks, escreveu uma excelente história através de uma narrativa envolvente. No livro cada depoimento é contextualizado com a cultura do entrevistado, pelo menos pela perspectiva do autor. O audiobook tornou a história ainda mais interessante. O livro é narrado por várias pessoas com bastante dramaticidade, transmitindo uma intensa sensação de realismo. Fantástico! Vale ressaltar que no audiobook não constam todos os depoimentos dos livros, imagino que mantiveram as partes mais interessante para dá mais dinamismo a narração, mas mesmo consegui consegui acompanhar a trama ao mesmo tempo que li o livro.

Fica dica para quem quer praticar o inglês: ler e ouvir audiobooks, é desafiador, acredito que não consegui entender 100% de tudo que li, mas ainda assim consegui acompanhar a história e aprender. Fiquei interessada em ler o livro em português, acho que vai ser uma boa forma de avaliar melhor o meu desempenho, quando ler comento aqui o que achei.

site: http://www.millcoisas.com.br/post/116907666947/concluir-a-leitura-de-world-war-z-abaixo-comento
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Emilly 22/04/2021

A união em tempos de dificuldade
Incrível.
O enredo que o autor criou nessa obra é majestoso. A diplomacia em tempos de guerra, a estupidez e o descontrole humano, o desespero das populações e as sucessivas empreitadas de tentiva e erro para vencer o problema em questão tece uma história muito palpável para o leitor, especialmente após ver alguns dos pontos abordados no texto acontecendo em uma pandemia real. Chego a me abismar que uma obra de ficção consiga ser tão fidedigna ao comportamento humano, com um tema tão absurdo quanto uma guerra aos zumbis. Mas, na verdade, esse não é mesmo um livro apenas sobre zumbis. O ponto principal da narrativa aborda como possivelmente os contigentes populacionais lidariam com uma ameaça de extinção da raça humana. É sobre decisões políticas, trabalho em conjunto, sobrevivência, ignorância e egoísmo. Assim, ler isso em pleno 2021 dá certa perspectiva de tudo o que vem dando errado mundialmente.
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Emerson318 04/08/2021

Começa tenso. Me fez checar se as portas estavam bem trancadas... Mas, sabe-se lá se por contrato ou o quê, fica longo demais, passando do ponto. Termina como encheção de linguiça Z.
Mas recomendável.
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Bianca 25/07/2022

506 | Eu já amava esse livro da vez que tinha lido, uns tempos atrás. Nunca gostei de história de zumbi, mas esse livro é genial, apesar de claramente escrito por um americano (piada que o próprio autor faz, inclusive). A versão do audiobook que eles fizeram para o lançamento do filme, tho. Mds. Que obra de arte. Ficou absolutamente incrível.
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cifonauta 01/02/2023

eu estava completamente errado sobre tudo deste livro antes de ler. e não digo isso por causa do filme, por causa do jeito que foi escrito ou por qualquer outra coisa. mas nem em um milhão de anos eu achei que um livro tão "simples" de entrevistas sobre um mundo pós-apocalíptico zumbi me marcaria tanto. este livro é incrível. em todos os sentidos.
achei muito bom em sair da caixinha de narrativas "usuais" que estava acostumada para ler um compilado de pequenas entrevistas e meu deus, como esse autor consegue fazer histórias tão curtas em algo tão cativante???
e ler sobre um cenário de apocalipse de uma "doença" que passa de pessoa pra pessoa depois de ter vivenciado a pandemia foi como um soco no estômago. as entrevistas de negacionistas, de milionários vendendo placebo sem se importar com o próximo, famílias desfeitas, a discrepância social... o livro é de 2006 mas incrivelmente (e dolorosamente) descreve tão preciso o que foi viver um cenário "similar".
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