Hanna 11/02/2020JulietaEm Julieta, nós vamos conhecer Jules Jacobs, uma mulher de 25 anos que é apaixonada pela tragédia de Shakespeare, Romeu e Julieta. Ela e sua irmã gêmea, Janice, nasceram em Siena, na Itália, porém após a morte de seus pais quando ainda crianças, são levadas para os Estados Unidos por sua tia-avó Rose. Após a morte de sua tia, que deixa a casa para a Janice e apenas uma carta para Julie revelando que sua mãe estava à procura de um tesouro e que era por direito dela do qual precisava ir à Siena para ter sua herança, não foi nada comparado com a outra revelação, seu nome na verdade é Giulietta Tolomei.
Chegando em Siena, o tesouro deixado por sua mãe foram apenas papéis com desenhos de uma escultura, livros antigos e rabiscados de uma versão do livro de Romeu e Julieta, e também um diário de um artista de 1340, Maestro Ambrogio. Neste diário, contém uma versão dos fatos da grande história de Giulietta Tolomei e Romeo Marescotti que acabou em tragédia devido a uma rivalidade entre os Tolomei e os Salimbeni.
Acreditando que existe uma maldição que segue as famílias até hoje, Jules vai aos poucos descobrindo a história por trás das famílias de Siena.
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O livro nos traz narrativas em dois tempos, a primeira é no tempo atual, onde Jules vai desvendando a história; e o segundo se passa em 1340 com a história de Giulietta. Sinto que as duas personagens são bem diferentes, enquanto Giulietta é mais ativa, Jules é muito passiva e isso acaba deixando a narrativa mais lenta e irritante, mas não estraga a história por completo.
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Anne traz muitos detalhes de Siena, que faz você se sentir transportada por cada rua e viela, tanto a de 1340 quanto atualmente, e isso é um grande tesouro para a história.
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Gosto muito desse livro porque junta alguns elementos que gosto nos livros: romance, mistério e uma mistura com fatos históricos. Anne Fortier, nas notas finais, diz que existiu tal casal e foi onde Shakespeare teve sua inspiração para escrever umas das tragédias mais conhecidas do mundo.