Gilcianym 06/11/2012Guardians - Vol 1 Assim como os Cavaleiros, Guardians também me conquistou por conta de sua menção aos signos. Pode até parecer um pouco superticioso, mas infelizmente ou felizmente, tenho uma leve queda por elementos esotéricos. Nada que seja muito influente na minha vida, mas quem é que nunca deu uma olhadinha na previsão do seu signo pra saber o que diz? Acredito que muitos já tenham lido pelo menos uma vez na vida e apesar de muitas vezes estas previsões não dizerem nada de concreto para nós, eu sempre simpatizei com elas de certa forma, já que sou uma taurina nata.
É nesta fonte que a autora Luciane Rangel foi buscar inspiração para criar seus personagens. Doze jovens diferentes: Hayato (sargitário), Maurício (touro), Micaela (gêmeos), Anne (câncer), Shermmie (leão), Meire (libra), Sniper (escorpião), Quiang Li (capricórnio), Hikari (áries), Ryan (virgem), Eric (peixes) e Live (aquário), cada um regido por seu signo e possuidores de poderes especiais.
O que para nós são apenas símbolos do zodíaco, na aventura de Luciane estes símbolos são muito mais. Eles representam as habilidades, as características, a força e o poder de cada guardião, uma herança hereditária e muito valiosa, não só para eles, mas para toda a humanidade. Afinal, o mundo encontra-se ameaçado, pois a barreira que une a Terra à uma dimensão desconhecida, está prestes a abrir-se novamente, liberando a passagem para que monstros terríveis - os chamados Youkais - invadam a Terra.
Diante da ameaça, os guardiões terão que se reunir para lacrarem a barreira e proteger-nos da catástrofe. No entanto, eles precisam correr se quiserem ter êxito na missão, já que a cada dia a fenda da barreira aumenta, liberando aos poucos a passagem desses monstros.
O Japão é o cenário dessa aventura e é também o local onde está localizado a barreira. Lá, Sofie Gautier, a ex-guardiã de áries, vai reunir todos os atuais guardiões para orientá-los e garantir que a missão seja cumprida. Entretanto, ela terá um grande problema, pois além de três das guardiãs não terem despertado sua energia ainda, o grupo é muito desunido.
Sofie terá que fazer estes jovens se entenderem, aprenderem a conviver uns com os outros e a criarem laços de amizade, pois só assim, eles conseguirão sincronizar seus poderes e obterem mais chances de vitória.
Todos os guardiões sabem de suas responsabilidades, afinal, foram treinados para este momento desde que nasceram, mas Anne com seus 22 anos de idade, não tem ideia do que o pingente com o símbolo de câncer pendurado em seu pescoço, representava até Mau e Shermmie a encontrarem. Ela apenas sabia que o pingente pertencera a sua mãe que falecera quando ela ainda era pequena.
Delicada, frágil e acostumada com uma vida de luxos, Anne se assusta ao saber que é uma das guardiãs e que tem como dever, ajudar aos demais na grande missão que salvará a humanidade.
Mas será mesmo que ela está preparada para enfrentar todos os perigos, lutar contra os monstros youkais e contribuir de maneira satisfatória nessa empreitada? É o que vamos descobrir ao adentrarmos nessa grande aventura!
"- O que é isso? - Indagou Anne, enquanto era puxada. Olhou para o local onde estava segundos antes e apavorou-se ao ver que os dedos da "mulher" haviam-se transformado em tentáculos.
- Uma youkai. Respondeu Hikari, pondo-se à frente da brasileira e encarando o monstro.
- Anne-chan, corre. [...]" (p. 138)
Não é nada difícil se apaixonar por Guardians. A história nos cativa desde as primeiras páginas com seu enredo bem desenvolvido, os personagens carismáticos, as passagens engraçadas e principalmente as cenas de ação que prendem a atenção do leitor do início ao fim.
Foi difícil pra mim falar de um livro, que desde o princípio mexeu comigo. E apesar de a autora ter deixado bem claro que Guardians não tinha nada a ver com os Cavaleiros, eu não consegui fazer a desconexão ainda. Mas, acredito que isso foi bem positivo e contribuiu para que a minha empolgação aumentasse.
Eu sempre gostei dos desenhos japoneses desde criança, sou fã incondicional de Sailor Moon, Shurato e claro, dos Cavaleiros do Zodíaco. Estes desenhos me faziam vibrar e deixaram a minha infância muito mais feliz. Ler Guardians, trouxe de volta toda a emoção que estes desenhos me proporcionavam de um jeito muito especial. Só por isso, a leitura já valeria a pena, entretano, não foi apenas as lembranças que me deixaram apaixonada pelos guardiões, mas sim, todo um conjunto.
A maneira como a a autora construiu a história, as características de cada personagem, as cenas de ação, os desentendimentos, os momentos cômicos, o mistério, o cenário japonês e principalmente as ilustrações no decorrer do livro - que a todo momento me davam uma dimensão mais detalhada de como tudo estava acontecendo - contribuíram para que a história ficasse perfeita.
Além disso, os guardiões também dão um show à parte. Cada um me encantou de alguma maneira e me fez torcer incondicionalmente. É fato que no início fiquei um pouco perdida com tantos nomes e informações, mas logo me situei e a história fluiu perfeitamente. Fiquei deslumbrada e não conseguia parar de ler.
Devo tirar o chapéu pra Luciane, que manteve o jogo de cintura ao diferenciar bem as características de seus personagens, que na minha opinião é bem difícil. Criar dois ou três personagens principais e manter a história em torno deles é uma coisa, mas administrar doze personagens principais, sem deixar que um roube o brilho do outro é outra totalmente diferente e foi isso que mais me chamou a atenção na obra.
Antes de ler livro, já simpatizava com o Maurício (Mau), mas após lê-lo, vi que ele é incrivelmente fofo. De todos os guardiões, acho que não tenho dúvida de quem é o meu queridinho, pois o Mau, além de ser o guardião do meu signo, é muito parecido comigo. Ele é amável, fácil de se apaixonar, protetor, companheio e responsável. Tem como não gamar?
Já as garotas, creio que gosto de todas, mas a Anne, realmente se tornou uma querida pra mim. Fiquei com pena de como a Sofie a trata e sinceramente, estou morrendo de raiva dessa mulher. Tenho minhas sérias dúvidas sobre ela, e se minhas suspeitas estiverem certas, ela não é nada daquilo que todos pensam que ela é, principalmente o Hayato que morre de amores por ela e não é correspondido à altura. Enfim, o que me resta é esperar os próximos volumes pra ter a certeza dos meus sórditos palpites.
Nem é preciso dizer o quanto eu me envolvi com esta história, pois tenho a plena certeza que vocês já perceberam. Não dá pra ficar aqui contando tudo o que senti ao lê-la, por que foi muita coisa, mas posso dizer apenas uma: Guardians é um livro imperdível, então mergulhem nessa história e deixem-se encantar por ela assim como eu!