prof.vinic 29/06/2019Ainda não entendo porque os Moicanos não usam moicanos ...Comecei a ler este livro basicamente por curiosidade, afinal, sempre gostei do filme (aquele lá de 1992). Bem, entre as duas mídias eu diria que apenas a ideia geral do enredo é a mesma, o restante não tem nada a ver. Mas, como não notei isso logo de cara, tenho que confessar que fiquei as primeiras páginas tentando 'enxergar' os personagens descritos como os atores do filme ... não funcionou muito bem e, talvez por isso, demorei a engrenar na leitura. Já fica a dica: não façam igual a mim, esquece o filme (o que é fácil, pois já tem mais de 25 anos!).
Quando finalmente me desliguei no filme e foquei no livro ele começou a ficar um pouco melhor, porém lento de mais para o meu gosto pessoal. Na verdade, só depois da metade a leitura passou a ser voraz, a curiosidade que me levou a pegar este livro para ler duplicou ... triplicou ... até mais do que isso. A cada final de capítulo eu queria saber mais, queria entender melhor e precisava ver aquele maldito Magua sofrer (este sim ficou com a cara do ator no filme até o final na minha cabeça).
O enredo é muito cativante, a forma como os eventos são descritos vão nos atraindo e, em um dado momento, já nos vemos dentro da tribo falando por metáforas e ficando longos períodos em silêncio olhando para frente (sim, esteriótipos!).
Aqui teve aquele sinal de bom livro para mim, os últimos capítulos eu tive que ler tudo de uma única vez ... respeitar minha regra de um capítulo por dia seria impossível neste momento! Mesmo com uma leve confusão no detalhamento das lutas finais - talvez devido a tradução, ou a idade do livro que é de meados do século XVIII - tudo fica claro como a água do rio Hudson ao entardecer de uma primavera (treinando falar por metáforas).
Em suma, não é o filme, mas é tão bom quanto e em algumas partes, até melhor!