S.C.Sunbeam. 12/09/2023
Um livro 'nonsense'.
Lewis Carroll nos transporta, desta vez, para o "País dos Espelhos", fazendo com que conheçamos novos personagens, novas histórias, charadas, canções e, acima de tudo, regras invertidas (e isentas de qualquer lógica) de um jogo de xadrez. Conhecemos o Leão covarde, o Unicórnio, os gêmeos idênticos Tweedledum e Tweedledee, revemos o nosso aclamado Gato de Cheshire e a Rainha Vermelha. Nesse livro, o autor nos proporcionou um enredo recheado de jogos de lógica e palavras. Ele brinca com conceitos matemáticos e linguagem que desafiam a mente da nossa personagem principal (e de nós, leitores).
Quote: "É exatamente disso que me queixo! Devia ter querido! De que acha que serviria uma criança que não quer dizer nada? Até uma piada tem de querer dizer alguma coisa... e uma criança é mais importante que uma piada, espero. Você não conseguiria negar isso, nem que tentasse com as duas mãos".
Bom, achei os diálogos muito confusos e sem sentido, apesar de que, justamente por esse motivo, muitas vezes, achei gozado e dei algumas gargalhadas. Os enigmas, como de costume, são desafiadores, tanto para nós, quanto para a pobrezinha da Alice. Me afeiçoei, mais do que no livro anterior, pela gatinha da Alice que, nesta "continuação", teve filhotinhos.
Enfim, acredito que está seja mais uma obra complexa (e multifacetada) de Lewis, pois pode ser interpretada de diversas formas (tudo depende do leitor e de sua experiência de vida). Recomendo este livro á todos, mesmo sendo um livro infantil.
Sem mais para o momento, agradeço por dispor de seu tempo e ler minha resenha. Até mais! :)