Amanda 21/06/2021
Tinha tudo pra ser perfeito e simplesmente não foi!
Sério, esse livro tinha tudo pra ser perfeito! Uma mocinha cabeça dura, cheia de vontades e originalidade incomparável. Um mocinho que é um duque, libertino de primeira, arrogante e que se achava o dono do mundo. Fora a trama com ela apaixonada por um amigo palerma de infância e cheia de admiradores e ele que se apaixona sem querer pela impetuosidade dela e luta com todas as forças para conquistar seu coração. Gostou né?! Eu também, até a autora acabar com os personagens criando umas situações ridículas e desnecessárias. Já aviso que essa resenha tem muito spoiler!
Whitney Stone é uma mocinha rebelde que dá muito trabalho ao pai, um viúvo frio que não sabe como lidar com a personalidade forte da filha. Aos quinze anos já aprontou de tudo, mas a paixonite que criou pelo filho dos vizinho, Paul Saverin, virou quase piada entre todos da cidade que vivem. Cansado, o pai a manda para a França com os tios, o diplomata lorde Edward e Lady Anne Gilbert. Lá, Whitney conhece o verdadeiro sentido de família e amor incondicional com os tios que a tratam como uma filha querida. E é em Paris que a impetuosa Whitney debuta e conquista legiões de pretendentes que são recusados um atrás do outro, afinal ela ainda pretende voltar para Paul. Até que em um baile de máscara, ela chama atenção de ?Satã? e uma conversa poderá mudar os rumos de sua vida para sempre.
Royce Westmoreland é o nono duque de Claymore, conhecido por ser um libertino, riquíssimo e impiedoso, ele faz tremer qualquer um que se coloque em seu caminho. Ele vive pra administrar suas terras e bens e para curtir prazeres como as mais belas mulheres e festas que a Europa pode prometer. E é em uma festa que ele conhece Whitney, uma mocinha inglesa que está arrebatando Paris com sua originalidade e personalidade. Após ela zombar de seu título e não o reconhecer, ele fica tão encantado que decide que vai se casar com ela. Assim, ele volta a Londres, se encontra com o pai dela, assina um contrato, assume todas as dívidas e manda um dote para ela comprar um enxoval. Contudo, ele pede ao pai dela que não diga de cara que já são noivos, pois pretende conquista-la naturalmente.
Até aqui maravilhoso né?! Mas então as coisas começam a degringolar. A Inglaterra faz muito mal aos neurônios de Whitney, que passa a ser uma mocinha insuportável e obcecada pelo vizinho (que na verdade é um pamonha sem atitude). Além de ter recusado/esquecido o querido Nicki Du Ville, o irmão de uma de suas melhores amigas francesas. Enquanto isso, Clayton assumiu uma identidade de um simples senhor e foi morar aos arredores da casa de Whitney a fim de conquista-la. Mas eles brigam como gato e rato, ela sendo chata e ele sendo arrogando e escroto. As coisas vão indo bem, o desenrolar até começou a me interessar (fiquei até com pena do Clayton por se apaixonar por uma pessoa chata que se passa por cheia de personalidade) quando de repente ele fode com tudo (desculpe-me o termo)!
Cheio de ódio e irritação por ACHAR que Whitney ficou noiva de outro depois de aceitar o compromisso dos dois e por ouvir uma fofoca de uma invejosa, Clayton simplesmente acha uma ótima ideia sequestrar Whitney, levá-la para sua casa e forçar ficar com ela já que acredita que ela não é mais Virgem, em outras palavras, ele praticamente estuprou a garota. Depois fica todo arrependido, mas não pede desculpas, só fica sofrendo. Até que Whitney que também tá sofrendo, mesmo tendo considerado que foi uma situação ?perdoável? resolve dar uma chance. Aí eles começam a brigar por intrigas e ciúmes e achismos desnecessários e que eu nem me atentei muito porque já tinha passado raiva com a cena anterior.
Já que já contei tudo vou terminar de despejar minha raiva na resenha. Depois de se acertarem - com muita facilidade - vem ainda a história do bebê que foi completamente sem cabimento e sem lugar na história. Olha, sinceramente achei que a Judith fez um desserviço com esse livro: romantizou relacionamentos abusivos e obsessivos , depois relativizou o perdão e ainda me criar uma intriga idiota depois de tudo o que aconteceu. Se não fosse a autora ser espetacular acho que daria 0 estrelas pro livro, mas a escrita dela é tão boa, que mesmo passando raiva eu acabei presa e engajada em terminar. E o pior é que nada do que aconteceu era relevante ou tinha desenho anterior na história, sabe?! Ela simplesmente teve a brilhante ideia de inserir essa cena e seguir a história. Olha não rolou comigo, mesmo tendo sido avisada, ainda não acreditei.
Minha dica para quem for ler, é: se prepare pra passar raiva. E ainda sugiro a ler até 67% e depois imaginar o final, porque se seguir, você só vai passar raiva e ficar com ódio. Sinceramente não gostei de nenhum dos dois, mas desprezei a história deles como casal. Obviamente era um relacionamento não saudável e tudo o que não precisamos é de pessoas que achem isso normal. Enfim, quero ler o próximo e manter em mente apenas um casal feliz e fingir que nunca li a história deles.