z..... 09/11/2016
Recentemente li sobre uma luta terrível, a Batalha de Gettysburg, ocorrida na Guerra de Secessão no século XIX. Esse episódio durou 3 dias e causou a morte de mais de 50 mil pessoas (o maior morticínio nos EUA). A guerra opôs abolicionistas e escravagistas, representados, respectivamente, pelos estados do Norte e Sul no país.
Essa foi a motivação da leitura da obra. Verne usa o cenário da guerra civil americana para contar o embate entre Texar (um sulista bandido, cruel com os escravos) e Burbank (fazendeiro abolicionista vindo do Norte). Em linhas gerais, Texar aparece insuflando o povo contra o fazendeiro e armando um plano que sequestrou uma escrava e a filha caçula de Burbank (fatos decorrentes de uma rixa pessoal, devido o fazendeiro ter impedido o bandido de tomar posse de um casal escravizado, ter laços com os abolicionistas nortistas e conceder alforria de escravos). A narrativa tem perseguições no salvamento das sequestradas, encerrando-se no julgamento e fuzilamento do bandido. Surpresas pelo caminho, como um irmão gêmeo de Texar, igualmente perverso.
A obra não cita a batalha que mencionei, mas estava curioso em ver o olhar verneano sobre a malfadada guerra.
Não gosto de adaptações infantojuvenis de clássicos e recorro apenas quando se apresentam como única alternativa de momento. O livro tem essa caracterização e particularmente não gostei. São apenas 48 páginas e não tem o mínimo de divisões em partes ou capítulos. Acho isso pouco didático, não ajuda na assimilação da história e torna o texto enfadonho.
É interessante para jovens leitores, mas na proposta que gosto ficou a desejar. Ainda pretendo ler no texto original.