Carne e Pedra

Carne e Pedra Richard Sennett




Resenhas - Carne e Pedra


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T. Richter 19/02/2010

Livro recomendado para estudantes dos cursos de História e Ciências Sociais. Destaque para os capítulos referentes a Antiguidade (Grécia, Roma e Cristianismo primitivo), aos trechos que são trabalhadas questões referentes a cidade medieval (servindo para quebrar um pouco a imagem cristalizada da Idade Média como uma época exclusivamente rural e feudal) e ao capítulo referente a Revolução Francesa.

Devido a enorme quantidade de referências feitas, a leitura da comédia "O Mercador de Veneza" de Shakespeare para o capítulo 7 e do romande "Howard´s End" de E. M. Forster para o capítulo 10 é recomendável e facilita a compreensão.

É também interessante traçar um paralelo entre a conclusão de "Carne e Pedra" ("Corpos Cívicos- Nova York multicultural") com o capítulo 5 do livro "Tudo que é sólido desmancha no ar" de Marshall Berman ("Na floresta dos símbolos: Algumas notas sobre o modernismo em Nova York").
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Sacripanta 07/01/2010

Carne e pedra (Ricardo Sennett)
Composta por diferentes artigos que abordam a relação entre corpo e cidade, em variados momentos da história europeia ocidental e, nos artigos que tratam de tempos mais recentes, abrangendo também os Estados Unidos.

O mais interessante desse livro de Sennett é sua proposta intelectual audaciosa, de traçar um paralelo entre a forma como as relações interpessoais interferem na concepção da cidade (como na Grécia e Roma antigas ou mesmo na formação de guetos urbanos) ou então, como outro exemplo, como a maneira como o corpo humano era visto tinha reflexos na maneira como a cidade era pensada, priorizando a circulação (de ar e pessoas), e sendo possível tratá-las em "termos médicos", qualificando-a de doente, ou sadia.

Esse livro pode ser lido sem uma sequência de capítulos, bastando escolher o período histórico ou tema que mais interesse ao leitor.

Conforme dito, a proposta do livro é muito interessante. Todavia, é adequada a um processo histórico de urbanização que muito difere do nosso, não sendo portanto muito acurado para se pensar a realidade tupiniquim. Vale como estímulo, porém.
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