A Condessa Sanguinária

A Condessa Sanguinária Valentine Penrose




Resenhas - A Condessa Sanguinaria


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Cdmm 25/10/2022

O livro não tem foco
Nem como relato histórico, psicológico ou factual. É cheio de floreios e suposições, muitos nomes misturados com linhagens da nobreza húngara e das redondezas. É um livro muito confuso e acredito que quem lê o livro se interessa um pouco pela psicologia da assassina tb e não só de relatos de tortura repetitivos e aflitivos. Não sei. Pra quem se interessa pelo gênero True crime é melhor pesquisar na Internet ou procurar livros mais objetivos.
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Lili Machado 16/10/2012

Erzsébet Báthory é um caso histórico de uma psicopata, que evoca a aristocracia delinqüente na idade das trevas das superstições.
Esta é a verdadeira estória de uma condessa húngara do século XVII, que se banhava no sangue de jovens mulheres para manter-se bela.
Descendente de uma das famílias mais antigas e aristocráticas da Europa, Erzsébet Báthory (1560 – 1614) superou todas as aberrações psicóticas de séculos de casamentos consangüíneos.
A Condessa sanguinária é um caso histórico de uma psicopata, que evoca a aristocracia delinqüente na idade das trevas das superstições.
Vaidosa e bela, Erzsébet Bathory tinha 15 anos quando se casou com o Conde, que também tinha pouco mais de 18 anos e não estava muito interessado naquele casamento por conveniência, arrumado por sua mãe, Ursula Nadasady.
Erzsébet era muito bonita, bem feita de corpo e loura, porque lavava o cabelo com camomila e açafrão. Mudava de vestido 5 a 6 vezes por dia, vivia na frente de seu grande espelho, durante longas horas, diurnas ou noturnas, contemplando sua própria imagem. Para ficar com a pele mais branca, passava no rosto uma pomada de pés de carneiro e disfarçava seu odor pestilento, com essências de jasmim e de rosas.
A Condessa estava sempre em busca do prazer. Cercada de aduladores e amando muito a si própria, tinha de manter a aparência sempre bela e jovem.
Diz-se que certo dia a condessa, estava a ser penteada por uma jovem criada, quando esta puxou os seus cabelos acidentalmente. Erzsébet virou-se para ela e espancou-a. O sangue espirrou e algumas gotas caíram na sua mão. Ao esfregar o sangue, pareceu-lhe que estas a rejuvenesciam. Foi após esse incidente que passou a banhar-se em sangue humano.
Segundo crendices daquela época, povoada de feitiços e de perversão, a melhor fórmula para manter-se a juventude era banhar-se em sangue fresco. Usava-se o sangue dos porcos, bois e cabras, para isso. Porém, para Erzsébet, essa prática era muito mais especial. Ela não temia o cheiro da morte, pelo contrário, gostava de seu sabor, e banhava-se em sangue fresco das jovens vítimas de suas sandices.
A Condessa Báthory usava uma grande variedade de métodos de tortura em suas vítimas.
De qualquer forma, o fim de tudo era a captação do sangue das jovens, até sua última gota, jogadas que eram, sobre uma treliça que fora colocada sobre um quarto secreto, só do conhecimento de alguns. Erzsébet, então, punha-se, nua, nesse quarto, debaixo dessa treliça, por horas, recebendo aquele sangue, como se tomasse um agradável banho de chuva.
Os criados não assistiam, mas sabiam o que acontecia nos porões do castelo, cujas sólidas paredes abafavam os gritos.
E todos ficavam calados, amedrontados e até agradecidos, por serem parte necessária ao andamento da rotina normal da vida doméstica e, portanto, pouco prováveis de serem escolhidos como prêmios dos rituais macabros.
Quando estava sofrendo uma crise de dor de cabeça, mordia os ombros das servas e mastigava a carne que conseguia arrancar, abria com as mãos, a boca das moças, até rasgar os cantos dos lábios. Sua própria dor, então desaparecia, como que por encanto.
Qualquer tarefa doméstica mal feita, ou demorada, era motivo para ela colocar alfinetes nos lábios e sob as unhas, deixando as jovens sem comida ou água por vários dias, jogadas no fundo do porão. Uma roupa mal passada era o bastante para queimar a planta dos pés da criada, com ferro quente.
Ela havia mandado construir, na cidade, dois instrumentos de tortura especialmente odiosos. O primeiro era um manequim de ferro que ao ser tocado, lançava finos estiletes que transpassavam a serva, mantendo-a presa, sangrando até morrer. O outro era uma gaiola circular e pequena demais para manter-se de pé, mas muito estreita para ficar sentada. Era jogada de um lado para o outro, contra estacas afiadas, que retalhavam a jovem presa lá dentro. A Condessa, então sentava-se numa cadeira, por baixo da gaiola e ficava a sorver os pingos de sangue que caíam.
Ferencz morreu em 1604 e isso só veio ajudar a aumentar a matança, porque se sabia o que lá acontecia, nada fez para impedir. Os filhos, à medida que cresciam eram levados a estudar em outros países, com parentes, fora do alcance da vista de sua mãe. Os vizinhos curiosos ou os padres, ela os comprava com presentes e ofertas de ouro e prata.
Os anos se passaram, a Condessa envelhecia, mas não desistia de seus prazeres enlouquecidos.
Sem a presença incômoda do marido, as torturas se passavam em seu próprio quarto, onde era preciso jogar cinzas, em volta de sua cama, quando as poças de sangue eram tantas e tão grandes que ela não podia atravessá-las para ir deitar-se.
Quando as jovens do povoado começaram a escassear, Erzsébet mandava buscar donzelas das cidades vizinhas, até de bem longe, que vinham para o castelo, inocentes, à procura de trabalho na casa da nobre condessa.
Num dia 24 de janeiro, ironicamente, o dia da Benção da Mulher Feliz, na Hungria, em agradecimento pelas dádivas recebidas, a Condessa convidou 25 mulheres da corte, para passar uma temporada em seu castelo. Uma a uma, aplicou nelas vários tipos de suas “brincadeiras”. Jogou água gelada sobre elas, nuas, ao ar livre, no inverno, até que congelassem, colocou moedas incandescentes em suas mãos e pedaços de papel em fogo, entre os dedos dos pés e das mãos, ateou fogo em seus pêlos púbicos, com uma vela, transpassou suas línguas com estiletes, jogou-lhes água fervendo e cortou seus dedos com uma tesoura. No final, uma delas foi acusada de matar todas as outras e se suicidar em seguida.
Em 1610, suas auxiliares, sempre atentas aos detalhes, foram negligentes e, cansadas das orgias, se esqueceram de guardar os apetrechos vis e de limpar as áreas públicas do castelo.
Foi iniciado um longo processo criminal contra a Condessa. Todavia, o verdadeiro objetivo das investigações não era conseguir uma condenação, mas sim confiscar-lhe os bens e suspender o pagamento da dívida contraída ao seu marido pelo rei.
Apesar de distribuir muito dinheiro e jóias, ela acabou presa, julgada e sentenciada à prisão perpétua, numa pequena torre de seu próprio castelo, quase sem ventilação e com uma dieta de pão e água.
Havia matado cerca de 612 jovens mulheres.
Suas ajudantes foram torturadas, decapitadas e jogadas ao fogo.
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Erika 01/05/2011

A história da condessa Erzsébet Báthory é famosa no mundo todo, pelos contornos trágicos que a cercam. Dizem que tal mulher mandou torturar e matar centenas de moças, por pura crueldade e, diz a lenda, também para se banhar de seu sangue e se manter bela e jovem.

O livro em questão se propõe a relatar esses acontecimentos. Infelizmente, contudo, uma trama que poderia gerar uma obra muito interessante é desperdiçada com um texto ruim. A autora, no início, se perde em lirismos e conjecturas subjetivas sobre a biografada - elementos totalmente dispensáveis em um livro histórico. Ademais, ela inseriu, desnecessariamente, longas narrativas sobre lendas e costumes da Hungria, além de passagens sobre outra personagem histórica - Gilles de Rais. Esses elementos não só quebram o ritmo, como tornam a narrativa confusa.

Penso que, por não se tratar de um romance, a objetividade seria fundamental, até para o leitor melhor se situar no tempo e no espaço em que os fatos ocorreram. Mas, a autora pareceu não se preocupar em dar ao seu livro uma narração coordenada, sincronizada e objetiva. Em vários momentos, o leitor se perde diante de tantas conjecturas e inserções. Além disso, a própria linguagem é bastante truncada em alguns trechos.

Lógico que é impossível não se chocar com a descrição dos métodos empregados por Erzsébet para torturar e matar suas vítimas. Ela tinha tanta necessidade disso, que chegava a levar alguma jovem em suas viagens, dentro da carruagem, para torturá-la. Infelizmente, por ser de uma família nobre e importante, e também por suas vítimas serem, em geral, moças de famílias pobres, as autoridades fizeram "vistas grossas" para seus crimes por muito tempo. Entretanto, a mudança dos costumes e o fato de a condessa ter feito por vítimas algumas nobres geraram o fim de tal omissão.

Enfim, para quem tem curiosidade de descobrir mais sobre a trajetória da figura histórica em questão, o livro é válido. Mas, ficam as ressalvas aqui feitas.
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Cris Paiva 09/11/2009

Li esse livro aos soquinhos e morrendo de medo! Se bem que o livro não tem tantas partes sangrentas assim, pois a autora é essencialmente descritiva e preocupada com os aspectos históricos, mas as atrocidades cometidas por Erzébeth Bathory, ganham vida e criam cores fortes, apesar da autora tentar suavizar ao máximo os fatos, se atentando basicamente num relato histórico, como eu já disse.

Erzebeth abusava da tortura, e acho que até criou algumas maneiras novas de causar sofrimento no ser humano, algumas cenas descritas são de doer o coração, principalmente o último cometido por ela, e o que a levou presa.

Acho que o mais me horrorizou no livro, além do fato dela ter matado mais de 600 mulheres com requintes de crueldade, ter se banhado no sangue delas, e até canibalizado algumas, foi o total desprezo pelo ser humano mostrado no livro. Os nobres não consideravam os camponeses daquela época como pessoas, eles eram visto como gado, ou simplesmente parte da terra, como um pé de alface, por exemplo. Enquanto as camponesas estavam morrendo as centenas ninguem se importava com o fato, apenas achavam que era alguma "excentricidade" da condessa, mas quando começaram a morrer filhas dos nobres empobrecidos a coisa mudou de figura.

Realmente é um livro apavorante, e em mais de um sentido.
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