A Arte de Viajar

A Arte de Viajar Alain de Botton




Resenhas - A Arte de Viajar


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Léo 24/02/2024

Fui tomado de assalto por essa obra que, apesar do título, não versa sobre viagens. Ou, melhor dizendo, parte das viagens para refletir sobre a vida e sobre como podemos nos relacionar melhor com ela.

O autor nos pega pelas mãos e nos mostra que ser viajante é mais do que sair do ponto A até o ponto B. Ser viajante é um estado de espírito, uma postura que assumimos frente à vida. É a capacidade de observar cada detalhe e refletir sobre ele; de se encantar, seja numa viagem por entre montanhas, na solidão de um café noturno, ou mesmo no ambiente familiar de nosso quarto.

Ser um viajante é aprender a observar a vida através da arte, e de entender o nosso lugar no Cosmos. E isso é possível para todos nós.

Recomendo vivamente essa viagem, que passa por locais diferentes, e que tem como guias figuras ilustres, como Flaubert, Van Gogh, Ruskin, Jó etc..
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andrealog 13/01/2023

Prepara as malas?
Dono de um texto impecável, o filósofo nos ensina por meio de um passeio em outras obras literárias, que viagem é um estado de espírito não de conceitos como espaço e tempo. Adorei, nunca mais andar por aí sem praticar esse olhar viajante, esteja eu perto ou longe de casa
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jenny. 25/12/2022

O livro é incrível em seu conteúdo; consegue fazer-te olhar para a viagem por um outro ângulo, e torná-la mais maravilhosa do que já se mostra ser. A leitura e as referências são ótimas, e o autor constantemente prende o leitor em suas reflexões e histórias.

Minha única crítica e razão de não dar-lhe as cinco estrelas, é o fato do livro físico não ser favorável; as letras pequenas tornam uma leitura maravilhosa, maçante e cansativa, além de que a falta de cor nas fotos torna alguns assuntos sem sentido, como na parte em que ele ressalta a necessidade de Van Gogh de exagerar sentimentos através do exagero das cores e de um ponto de vista diferente dos artistas de sua época, que buscavam retratar fielmente o que viam. Dizer isso num livro em que as figuras não possuem cores é um tanto quanto decepcionante.
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adjalina.menezes 17/04/2022

"As viagens são parteiras de pensamentos"
Neste livro as digressões do autor sobre viagens são entremeadas com as opiniões de artistas, escritores, estudiosos e filósofos sobre a atividade de viajar. Uma obra com muitas referências interessantes, mas no todo não chega a surpreender muito. O ponto negativo do livro é que as ilustrações, imagens e figuras são em preto e branco, para um livro que se propõe a falar de viagens e permeado por algumas obras de arte achei um defeito .
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Brina 25/07/2020

Para uma manhã de sábado
Outros livros do Alain Bottom que considero leituras mais essenciais do que está. Porém, recomendo mesmo assim. ;) Algumas partes do livro, talvez a maioria, são fatos, biografias e curiosidades sobre figuras conhecidas, como Flaubert, Alexandre von Humboldt, e outros, relacionadas ao ato de viajar. Adicionado a isso, a própria reflexão do autor sobre o tema.
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Vinícius 28/06/2020

Receptividade!
De Botton fala sobre receptividade nas viagens. Acho que receptividade é um bom item para essa leitura.

Há umas partes um pouco mais desinteressantes, mas, no geral, gostei da leitura.
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Nícea 10/07/2018

Uma nova perpectiva das leituras sobre viagem, mais que um diario e muito além de um guia, uma reflexão sobre ato de viajar. Ao mesmo tempo que é um poço de respostas, é um oceano de perguntas sobre minha paixão.
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DaniM 03/01/2018

a arte de entediar
Meu primeiro livro de De Botton e talvez tenha sido uma das piores coisas que já li na vida – pode ser que eu não o tenha entendido...não sei, hein. Ele se propõe a filosofar sobre o desejo humano de viajar e conhecer novos lugares. A proposta é interessante, mas seu resultado me pareceu um amontoado de pensamentos desconexos sobre esse estranho hábito humano. Ele faz um grande esforço mal humorado para nos convencer de que viajar é uma atividade subaproveitada pelo homem desde os seus primórdios. Textinho pretensioso, mal escrito e azedo. Detestei tudo, do começo ao fim.


site: https://www.instagram.com/danimansur/
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Eloísa 04/08/2015

Deliciosa Viagem
Nunca pensei que fosse possível falar de placas em aeroportos de modo tão poético e, bem, Alain de Botton consegue realizar esse feito de modo muito natural. Em A arte de viajar, de Botton nos leva a uma visitação por todas as etapas que envolvem uma viagem desde a consideração do porquê e para onde até o retorno. Quais fatores impulsionam o desejo de realizar uma viagem? Quais fatores influenciam na nossa impressão de uma ótima ou uma péssima viagem (fatores que não levamos em consideração quando projetamos o nosso destino - filas em aeroportos, doenças, acidentes, o dinheiro gasto que pode ser diferente do planejado, solidão)? Por que viajar de trem, de avião? Por que turismo no campo nos faz sentir tão bem? Como a arte tem a capacidade de nos inspirar a viajar? O que queremos quando fotografamos, desenhamos ou escrevemos sobre nossas viagens? Através de obras de alguns artistas (pintura, desenho, poesia) e cientistas, como Charles Baudelaire, Alexander von Humboldt, Vincent van Gogh e John Ruskin, somos levados a refletir sobre a nossa relação com a capacidade de observação do ambiente (do nosso cotidiano ou de outros lugares, região, países), sobre o que aprendemos ou queremos aprender quando viajamos. É, realmente, uma deliciosa viagem.
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e-zamprogno 12/01/2015

Filosofia e arte
Procurei este livro por causa de uma referência que encontrei no blog "Minha Distopia", do Victor Lisboa ( http://www.minhadistopia.com/sobre/ ). Não me lembro exatamente qual era o texto que mencionava o livro, mas acho que foi algum que discorria sobre o conceito do Sublime. No livro este tema é abordado no capítulo VI, que tem exatamente este título, "Do Sublime".
O livro tem nove capítulos, que estão divididos em cinco partes: Partida; Motivos; Paisagens; Arte; Retorno.
Apesar do livro ser cultura, erudição e filosofia do começo ao fim, confesso que os primeiros capítulos ficaram aquém das minhas expectativas. Porém as três últimas partes me impressionaram grandemente, e para mim foi o que fez valer a pena ler o livro.
O Sublime está na parte sobre Paisagens, e o que mais me impactou neste capítulo foi uma dissertação totalmente não teológica sobre o sentimento da presença do que convencionou-se chamar de Deus. Os "guias" deste capítulo são Jó (bíblico!) e Edmund Burke; o lugar visitado é o Deserto do Sinai.
No primeiro capítulo da parte sobre Arte, a visita é à Provença e o guia, Van Gogh. No segundo discorre-se sobre Madri, Amsterdã, Barbados e Docas de Londres, sendo o guia John Ruskin. Nos dois capítulos desta Parte mais o único capítulo da parte seguinte e final, aprendemos a abrir os nossos olhos e enxergar o mundo com a mesma sensibilidade própria dos artistas. Confesso que meu vontade de aprender a desenhar!
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Cibele 22/07/2013

A pergunta que o autor lança no livro o que faz uma pessoa arrumar as malas rumo ao desconhecido?? Há muitas resposta diferente e cada um a responderá com aquilo que representa viajar sair do conforto de sua casa e ir até outro lugar. O livro faz vc pensar em inúmeras possibilidades sugerindo autores famosos. Mas a verdade é que o bom é viajar sem pensar muito somente arrumar as malas e seguir para outro lugar e deixar o lugar fazer o resto por você. Vc pode curtir uma paisagem lindíssima e não precisa ser pintor e retratar isso em uma tela para vivenciar.
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Gustavo Araujo 12/06/2013

Filosofia e Arte na Mochila
Confesso que sempre torci o nariz para livros que tratassem do ato de viajar em si. Talvez por preconceito, ou talvez por considerar que os autores fossem pretensiosos demais. Pensando bem, talvez fosse a manifestação daquele sentimento puro e simples que se apodera de nós devagarzinho em momentos inesperados: a inveja. Algo do gênero “por que eu nunca pensei em escrever algo assim antes?”

Comecei a ler “A Arte de Viajar”, do autor inglês Alain de Botton, cheio de reservas. Quem era esse sujeito, afinal, para querer ensinar a qualquer um os segredos impossíveis que o mero deslocamento espacial de uma pessoa para outras paragens pode proporcionar?

Por que alguém deteria o monopólio de pensar o que se esconde na filosofia que nos impele adiante, na busca pelo que não conhecemos?

Enfim, comecei.

De Botton divide o livro em 5 capítulos principais, que falam da partida, das motivações, da paisagem, da arte e do retorno. Em cada uma delas ele faz um paralelo entre experiências próprias e de outras pessoas que, de alguma forma, acabaram por inspirá-lo.

O que nos leva a viajar, afinal?

Para minha surpresa, De Botton explora muito bem essa questão. Seria porque idealizamos um lugar? Imaginamo-nos como parte daquele cenário perfeito que nos conquista no exato momento em que pousamos os olhos sobre uma brochura, um quadro ou mesmo uma foto? A partir do instante em que somos fisgados, só há espaço para a perfeição. Ninguém pensa nos aspectos não-tão-apreciáveis que envolvem o “chegar lá”, e nem mesmo nos detalhes não-tão-aprazíveis que costumam cercar o paraíso idílico que nos embota os sentidos. É a mais pura verdade.

Quando se fala: “vou para o Tahiti”, a imagem que nos surge é de uma praia maravilhosa, algo que beira a perfeição. Não há espaço para pensar nos táxis malcheirosos e nas baratas que podem aparecer mesmo nos mais caros dos hoteis. Ninguém pensa nisso. Ninguém quer pensar nisso. Para quê? O que realmente interessa é o coqueiro sobre a areia branca, o mar azul transparente.

Mas há algo mais que nos força a seguir adiante. E isso se refere à necessidade de nos distanciarmos de nós mesmos, de nossa vida corriqueira, de nossa rotina maçante. Viajar nos transporta a outras realidades, não necessariamente melhores do que as nossas, mas diferentes.

E, por vezes, essa sensação de não sermos iguais àqueles que habitam o nosso destino nos faz perceber o quanto podemos estar sozinhos. Esse sentimento de solidão acompanha muitos viajantes, apesar das muitas amizades que se pode fazer na estrada.

Todavia, no fundo, viajar é uma experiência de autoconhecimento. E nisso De Botton acerta em cheio, inclusive por ilustrar o capítulo dedicado a essa discussão com obras de arte fantásticas de autoria de Edward Hopper. As descrições que se faz dos quadros é também impressionante, transmitindo a angústia e a melancolia que permeiam as cenas.

Claro, De Botton busca inspiração também no fato de buscarmos o exotismo em nossas viagens. Nesse ponto, descreve a fantástica viagem de Gustave Flaubert no Egito. Conta, em detalhes, a ânsia que o futuro autor de “Madame Bovary” alimentava por conhecer aquela civilização e, para mim um surpresa, como ele desprezava profundamente a França, os franceses, enfim, o modo de vida europeu. Por que sempre estamos buscando algo diferente? Por que, em uma viagem qualquer uma simples placa de sinalização nos fascina, a ponto de nos colocar boquiabertos, espantados porque em Amsterdã existem várias palavras em que o “a” aparece dobrado? Por que esse “aa” nos hipnotiza quando os holandeses simplesmente passam direto, ignorando-os por completo?

Evidentemente, o exotismo é irmão da curiosidade. E nisso, lembra De Botton, Alexander von Humboldt surge imbatível. Citando Emerson, De Botton descreve a vida de Humboldt, explorador da América do Sul, responsável por descobertas científicas que abrangiam geografia, botânica, zoologia, meteorologia, antropologia e muito mais: “uma dessas maravilhas do mundo, como Aristóteles, como Julio César, como o Admirável Chrichton, que aparecem de tempos em tempos como que para nos mostrar as possibilidades da mente humana, a força e o alcance de suas faculdades – um homem universal”. Nesse ponto, De Botton lamenta não haver espaço para novos Humboldts.

Hoje tudo está descoberto, tudo foi catalogado, exaustivamente descrito, explorado. Não há mais novidade. Qual a graça de se visitar Paris ou Madri se nos guias de viagem já há informações suficientes para que saibamos a metragem exata da Plaza Mayor, quem foram os arquitetos responsáveis por sua construção, quem são as figuras históricas que surgem montadas em imponentes cavalos?

Situando-se no Distrito dos Lagos, na Inglaterra, De Botton busca as razões pelas quais a natureza exerce tanto fascínio sobre nós. Para tanto, ele relembra a história de William Wordsworth, o poeta inglês que, no início do século XIX primeiro dedicou versos aos então insignificantes detalhes do mundo de plantas, árvores, insetos e cachoeiras, algo que buscamos com todas as forças nos dias atuais.

Há descrições de poemas incríveis que no início foram motivo de piadas na sociedade inglesa, mas que, trinta anos depois, fizeram de Wordsworth um dos mais amados e respeitados autores ingleses. Se fosse possível imaginar o momento em que a humanidade foi arrebatada pela natureza, seria esse.

Isso serve de motivo para que De Botton dedique um capítulo inteiro ao “sublime”, mencionando uma viagem que fizera ao deserto do Sinai, um cenário que, segundo ele, aproxima qualquer ser humano do que se entende por “Deus”. A amplidão dramática, o calor arrebatador, a força angustiante e o poder imensurável do deserto refletem exatamente o quão insignificante somos, dando-nos conta de que há forças muito maiores do que nosso vão egoísmo.

De qualquer maneira, chega o momento em que precisamos ter um motivo para sair de casa, uma razão especial que ultrapasse os folhetos e as promoções de agências de viagem. De Botton encontrou isso na Provença, a região da França que, segundo ele, traduz o ideal de perfeição climática com que sonha qualquer viajante.

Mais do que isso, contém uma razão verdadeiramente interessante para nos tirar da mesmice e do conforto que só nos leva às preocupações ordinárias. Especificamente em Arles, o local em que Vincent Van Gogh produziu a maior parte de suas obras, existe a chance de se passar a um outro plano de existência.

Descrevendo a vida do pintor holandês naquela região, mencionando suas cartas, transcrevendo suas preocupações com as cores, suas aspirações e desejos, De Botton nos conduz por passagens estreitas, coloridas e fascinantes, fazendo-nos mergulhar na arte fantasticamente perturbadora do mestre impressionista. Está tudo ali: as paisagens, os girassois, os ciprestes, o quarto, a noite estrelada…

É nesse ponto que De Botton pergunta, com razão, por que nos preocupamos tanto em “possuir” a beleza dos lugares que visitamos? É talvez o capítulo mais interessante do livro. A necessidade que temos de tomar posse é tanta que a primeira coisa que fazemos ao visitar determinado local é registrá-lo em fotos. Muitas fotos. Como se isso garantisse que ele não nos escapará jamais. Que é nosso para quando e onde quisermos. O ato é instantâneo. Um clique e pronto, não há mais razão para perdermos tempo com isso. Um novo local nos espera.

Talvez esse método nos esteja jogando para fora do verdadeiro propósito da viagem. Essa posse, que é legítima, pode ser obtida de maneiras muito mais autênticas e eficazes. Não que se deva deixar de fotografar, mas pode ser que haja espaço para ir além. De Botton sugere que adotemos a filosofia de John Ruskin, desenhando os locais e aspectos mais interessantes, por pior que sejam nossas habilidades nesse quesito. Dessa maneira nos será possível compreender os detalhes, memorizá-los com mais eficiência e profundidade, guardá-los de modo permanente e não para esquecê-los instantaneamente após alguns cliques de nossas modernas máquinas digitais. Há que se descrevê-los, imaginá-los em diferentes contextos, criar romances, poemas. Talvez de fato seja a melhor maneira de termos para nós, legitimamente, um pedaço desses locais que nos apaixonam. Mesmo que sejam insignificantes a outros.

Tenho que admitir que o livro de Alain De Botton me surpreendeu e me fez repensar a maneira como se deve viajar. Como procurar novos destinos, novos motivos? Como entender essa necessidade de busca que se espalha por nossas entranhas, que nos traz o desejo de fugir na direção de um encontro com o que realmente importa? O que, afinal, realmente importa?
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MK 20/05/2013

para qualquer tipo de viagem
Gosto de ler Alain de Botton há tempos, mas esse livro me agradou especialmente por conta das citações de artistas que foram utilizadas de modo muito certeiro e inspirador para qualquer tipo de viagem, mesmo aquelas que se faz sem dar um passo sequer.
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sonia 25/04/2013

estilo irregular
O autor começa com uma instigante interiorização, e, depois da segunda página, começa a fazer descrição mornas e monótonas.
Depois,vai alternando entre experiencias pessoais e curiosidades sobre biografias de viajantes famosos, a maioria artistas geniais, e aí ocasionalmente ele conta fatos realmente interessantes, faz citações relevantes,e a saída para mim foi leitura dinamica: eu ia rapidamente zapeando as páginas para pular os trechos sem graça e me ater aos pedaços interessantes.
Não é um livro que voce tenha de ler antes de morrer, não! Mas se tiver de aguardar no aeroporto, pegue este!
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