Declínio e queda do Império Romano

Declínio e queda do Império Romano Edward Gibbon




Resenhas - Declínio e Queda do Império Romano


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Thalezito 05/09/2022

A queda de um gigante
Declinio e queda do Império Romano é uma das maiores obras da historiografia inglesa, então tinha altas expectativas com esse livro.
Essa obra me surpreendeu. Gibbon possui um estilo de escrever único, ao mesmo tempo que se atem aos fatos e a pesquisa, escreve de forma eloquente e épica, sendo a leitura fluida e desperta o prazer de ler. Embora o autor tenha seus preconceitos e limitações em certos aspectos.
Nessa edição resumida da Companhia das Letras, Gibbon narra desde a época de Trajano e dos Antoninos até a Queda do Império Romano do Ocidente. A principal causa da queda desse gigante é que ele sucumbiu diante de seu próprio tamanho, sendo que diversos fatores convergiram para causar sua ruina.
A expansão do cristianismo, as guerras civis, a corrupção, as invasões bárbaras, o enfraquecimento do exército romano, foram os principais fatores para a queda desse império que durou tanto.
Mais do que apenas um obra de historiografia, Declinio e Queda do Império Romano pode ser lido como uma tragédia.
A mesma nação que deu ao mundo Cícero, Virgilio, Ovidio, Horácio, Titio Livio e tantos outros gênios foi engolida pelas areias do tempo. Esse livro nos ensina que tudo, por mais duradouro e resiliente que pareça, é efêmero. Então aproveite o momento.

Carpe diem
Thalezito 23/04/2023minha estante
A análise do Gibbon já foi superada, mas não deixem de ler, pois é importante saber como a historiografia mudou e como ela era feita no passado.


Lucas.Cunha 13/03/2024minha estante
Foi superada em que sentido?




fabianelima 14/01/2013

A escrita de Gibbon é uma delícia. Épica, fluída. Mais interessante é ver os preconceitos e juízos de valor do autor e seu ethos refletidos nas páginas do livro, como quando, em uma nota de rodapé, o autor fala com desprezo da homossexualidade dos imperadores romanos.

A edição da Companhia das Letras é condensada, o que causa uma certa decepção. Trata apenas da queda do Império Romano do Ocidente, uma pena. Um dia ainda vou ler a obra completa.
Raul Ribeiro 22/11/2013minha estante
Gostaria de saber se a edição consta a parte que fala de Hipátia. Se souber me responder agradeço.


fabianelima 22/11/2013minha estante
Faz tempo que li, mas pelo que me lembre fala um pouco dela sim, e de como o cristianismo fez a ciência retroceder.


souztx 07/01/2024minha estante
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK




Lucy 17/06/2021

Que experiência longa e longínqua
Ler esse livro me aterrorizou deveras.
Uma coisa é a gente estudar história com seu professor amenizando as coisas, outra coisa é ler sobre feitos terríveis que não têm nada de ficção.
Eu tenho um pouco de reserva sobre ler livros baseados em fatos reais e assumo. Livros sobre guerra, então... ;-;
Porém, este aqui tem uma perspectiva do autor e dos tradutores que é bastante interessante.
A maneira que foi feito é de uma visão que deixa muitas coisas compeensíveis sobre o mundo hoje e a importância de pensar o passado e como as narrativas se propõe. Tanto as da realidade quanto as literaturas de ficção.
Eu vim ler o livro devido ao fato de descobrir que ele é inspiração para GOT e FUNDAÇÃO, e é clara a influência em Senhor dos anéis.
Não só pela influência de registro, mas também como obra e como literatura. Recomendo bastante. Você vai se sentir como lendo Game of Thrones, tem muitos nomes repetidos ?
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Fimbrethil Call 29/08/2012

magnífico e abrangente
Um livro magnífico, realmente esplêndido, muito abrangente e detalhado, mas que requer muita paciência e força de vontade. Se esse Edward Gibbon era professor de história, coitados dos alunos dele.
Edras 04/07/2015minha estante
É realmente muito difícil a leitura desse clássico.




Moitta 20/10/2020

Notas
Trajano ambicionava fama, e enquanto a humanidade continuar a prodigalizar mais aplausos aos seus destruidores do que aos seus benfeitores, a sede de glória militar continuará a ser sempre o vício das personalidades mais enaltecidas.

A política dos imperadores e do Senado, no que respeitava à religião, era felizmente secundada pela opinião do setor esclarecido e pelos hábitos do setor supersticioso de seus súditos. As várias formas de culto que vigoravam no mundo romano eram todas consideradas pelo povo como igualmente verdadeiras, pelo filósofo como igualmente falsas e pelo magistrado como igualmente úteis. E assim a tolerância promovia não só a mútua indulgência como a concórdia religiosa.

Os poderes visíveis da Natureza, os planetas e os elementos, eram os mesmos por todo o universo. Os invisíveis governantes do mundo moral foram inevitavelmente vazados num molde fictício e alegórico semelhante. Cada virtude e cada vício adquiria seu representante divino, cada arte e ofício o seu patrão, cujos atributos, nas mais distantes épocas e países, derivavam uniformemente do caráter de seus devotos peculiares.

Nas repúblicas de Atenas e Roma a modesta simplicidade das casas particulares anunciava a igualdade de cidadania, enquanto a soberania do povo estava representada nos majestosos edifícios destinados a uso público;

As estradas públicas eram acuradamente divididas por marcos miliários e se estendiam em linha reta de uma cidade a outra, sem muito respeito pelos obstáculos da natureza ou da propriedade privada. Perfuravam-se as montanhas, e arcos audazes franqueavam os rios mais largos e mais caudalosos. A parte mediana da estrada erguia-se num terraço que dominava a região adjacente; consistia em várias camadas de areia, cascalho e argamassa e era pavimentada com pedras grandes e, em lugares próximos da capital, com granito.

Uniam os súditos das mais distantes províncias num intercâmbio fácil e familiar, mas seu objetivo primeiro era facilitar as marchas das legiões; a nenhum país se considerava completamente subjugado enquanto todas as suas partes não estivessem acessíveis às armas e à autoridade do conquistador.

e a mesma liberdade de intercâmbio que disseminou os vícios difundiu igualmente os melhoramentos da vida social.

A todos estes avanços se pode acrescentar uma assídua atenção às minas e à atividade da pesca que, com empregar abundante de mão de obra, serviu para acrescer os prazeres dos ricos e a subsistência dos pobres.

Mas na atual condição imperfeita da sociedade, o luxo, conquanto possa advir do vício ou da estultícia, parece ser o único meio capaz de corrigir a desigual distribuição da propriedade. O obreiro diligente e o artífice engenhoso, que não obtiveram quinhão algum na repartição da terra, recebem um tributo voluntário dos proprietários rurais; e estes se veem instigados, por uma questão de interesse, a desenvolver as suas propriedades a fim de, com a produção delas, poder adquirir prazeres adicionais. Este processo, cujos efeitos específicos são perceptíveis em toda sociedade, atuava com vigor muito mais difuso no mundo romano. As províncias teriam sido em pouco exauridas de suas riquezas se as manufaturas e o comércio de artigos de luxo não fossem aos poucos devolvendo aos súditos industriosos as somas que lhes haviam sido extorquidas pelas armas e pela autoridade de Roma.

Na religião romana, os lares eram espíritos malignos ou benignos; estes últimos, cultuados nas lareiras domésticas, se incumbiam de proteger a casa e seus habitantes, sendo invocados em determinados dias do mês e em ocasiões especiais, como nos casamentos.

Um Monarca fraco será sempre governado por seus criados.

A maior parte dos crimes que perturbam a paz interna da sociedade são produzidos por coerções impostas aos apetites da humanidade pelas necessárias mas desiguais leis da propriedade, que confinam a uns poucos a posse dos objetos cobiçados por muitos. De todas as nossas paixões e apetites, o amor ao poder é o de natureza mais imperiosa e insociável, pois a soberba de um homem exige a submissão da multidão. No tumulto da discórdia civil, as leis da sociedade perdem a força e o lugar delas raramente é preenchido pelas leis da humanidade. O ardor da disputa, a arrogância da vitória, o desespero do êxito, a lembrança de injúrias passadas e o temor de perigos vindouros, tudo contribui para inflamar o espírito e calar a voz da piedade. Por tais motivos, quase todas as páginas da História estão manchadas de sangue civil;
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Marcos606 03/09/2023

O Declínio e a Queda compreendem, portanto, duas divisões, iguais em volume, mas inevitavelmente diferentes em tratamento. A primeira metade cobre um período de cerca de 300 anos até o fim do império no Ocidente, cerca de 480 d.C. Na segunda metade, quase 1.000 anos são comprimidos. No entanto, a obra é um todo coerente em virtude da sua concepção do Império Romano como uma entidade única ao longo do seu curso longo e diversificado. Gibbon impôs uma unidade adicional à sua narrativa, vendo-a como um declínio constante dos ideais de liberdade política e, mais ainda, de liberdade intelectual que ele havia encontrado na literatura clássica. A decadência material que o inspirou em Roma foi o efeito e o símbolo da decadência moral. Por mais adequada que esta atitude se adequasse à história do Ocidente, a sua continuação constitui o defeito mais grave da segunda metade da história de Gibbon e envolveu-o em contradições óbvias. Ele afirmou, por exemplo, que a longa história do império no Oriente é de decadência contínua, mas durante 1.000 anos Constantinopla permaneceu como um baluarte da Europa Oriental. O fato é que Gibbon não apenas simpatizava com a civilização bizantina; ele se sentia menos familiarizado com as fontes gregas do que com o latim e não tinha acesso a vastos estoques de material em outras línguas que estudiosos subsequentes reuniram. Consequentemente, há graves omissões em sua narrativa.

No entanto, esta segunda metade contém muito do melhor de Gibbon. Com todas as suas deficiências, ele comanda com lucidez magistral as forças sucessivas que eventualmente derrubaram Constantinopla. Muitos de seus capítulos mais famosos ocorrem lá. Estas incluem seções sobre Justiniano, as controvérsias trinitárias, a ascensão do Islã e a história do direito romano. Há, além disso, uma história brilhante e comovente do último cerco e captura de Constantinopla e, finalmente, o epílogo de capítulos que descrevem a Roma medieval e renascentista, o que dá alguma esperança de que o longo declínio acabou e que a humanidade tem alguma perspectiva de recuperar a liberdade intelectual. A reivindicação da liberdade intelectual é uma grande parte do propósito de Gibbon como historiador. Quando, no final da sua obra, ele comenta: “Descrevi o triunfo da barbárie e da religião”, ele revela epigramaticamente a sua visão das causas da decadência do mundo greco-romano. Eles dificilmente podem ser contestados. Mas há ainda a questão de saber se as mudanças provocadas devem ser consideradas como progresso ou retrocesso. Escrevendo como um “filósofo” de meados do século XVIII, Gibbon viu o processo como um retrocesso, e o seu julgamento permanece de interesse perpétuo.
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GeanPerius 08/09/2017

Crepúsculo romano.
A queda do Império Romano não se resume a uma só causa, mas de acordo com Gibbon, várias. O autor discorre sobre as possíveis e muitas causas do crepúsculo romano, começando em 98 d.C., com os Antoninos e terminando o livro muito além de 476 d.C., com a queda de Rômulo Augusto. O texto termina no século XV, com as ruínas de Roma. Um livro fantástico, de linguagem acessível e que vale muito ser lido
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MPontes 12/07/2019

A história nada mais é que " o registro dos crimes, loucuras e desventuras da humanidade."
Livro simplesmente fascinante, a incrível história de queda de um dos maiores impérios da humanidade é muito envolvente.
Gibbon escreve de maneira brilhante como o império do oriente e ocidente desmoronou sobre o próprio peso, e como foi o triunfo da barbárie e da religião sobre o povo romano.
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Leandro.Santana 09/07/2020

Clássico do século XVIII
Livro escrito pelo historiador inglês do século XVIII Edward Gibbon. Não obstante sua longínqua publicação, 1778-1788, Declínio e queda do Império Romano continua a ser um livro de referência sobre o tema.

O livro começa com o auge do Império Romano, isto é, as dinastias Nerva-Trajana e dos Antoninos, período que vai de 98 d.C. até 180 d.C., que culmina na fatídica ascensão de Cômodo ao trono, marco do início do declínio do Império. E vai até até a invasão da Itália por Alarico, passando brevemente pela queda do Império Romano no ocidente, em 476. d.C.

Trata-se de um período de 378 anos, descritos detalhadamente em quase 600 páginas. Fato que pode tornar o livro um pouco massante. Porém, isso ocorre em benefício da profundidade e qualidade da análise feita por Gibbon.

Algumas lições tiradas do livro são:

a qualidade da liderança foi determinante na definição do destino do Império Romano.
à medida que imperadores ineptos se perpetuavam no ocidente, o centro econômico e de poder se deslocava cada vez mais para o oriente, dando sobrevida a esta banda do Império.
as conquistas foram ao mesmo tempo o auge e a derrocada do Império.
fronteiras porosas, habitadas por povos hostis, ou, no mínimo, não comprometidos, ao poder central, permitiram que horas bárbaras invadissem e se miscigenassem com os povos romanos, enfraquecendo ainda mais a unicidade do império.
de fato a Idade Média é um período de trevas comparada às instituições, cultura e administração romanas.

É um livro que vale a pena ser lido, mas conhecimento prévio sobre o tema contribui para o melhor aproveitamento da leitura.
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Romeu Felix 24/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro "Declínio e queda do Império Romano" é uma edição abreviada da obra original escrita por Edward Gibbon, publicada em 1776. A edição foi organizada por Dero A. Saunders e apresenta uma seleção dos principais capítulos do livro original, com o objetivo de torná-lo mais acessível aos leitores contemporâneos.

Dividido em seis partes, o livro apresenta uma análise minuciosa do declínio e queda do Império Romano, desde suas origens até o período da invasão dos bárbaros. Gibbon apresenta um retrato detalhado da sociedade romana, suas instituições políticas, militares e culturais, e examina as causas da decadência do império, como a corrupção, a divisão política e a crise econômica.

Além disso, o autor também aborda as invasões bárbaras e a queda do império do Ocidente, com destaque para as guerras entre os romanos e os hunos liderados por Átila, o Huno. Gibbon ainda analisa a formação do Império Bizantino e sua relação com o Império Romano do Oriente.

Ao longo do livro, Gibbon apresenta um estilo de escrita elegante e erudito, que combina detalhes históricos com reflexões filosóficas. Sua obra é considerada uma das mais importantes sobre a história da Roma antiga e tem influenciado estudiosos e historiadores até os dias atuais.

Em resumo, "Declínio e queda do Império Romano" é uma obra fundamental para aqueles que desejam entender as origens e o declínio de um dos maiores impérios da história, com um olhar crítico e profundo sobre os eventos que levaram à sua ruína.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Monocromatico 24/02/2009

Não dou cinco estrelas porque esta é a versão resumida da obra, que omite análises pormenorizadas de grandes lacunas da história romana contidas no original. Embora muitos conceitos e dados estejam superados, é uma leitura muito agradável.
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Ana 09/10/2011minha estante
É uma pena que seja apenas o resumo desta obra maravilhosa de proporções tão colossais quanto seu objeto de estudo. Recomendarei sempre.




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