A Besta dos Mil Anos

A Besta dos Mil Anos Ilmar Penna Marinho Junior




Resenhas - A Besta dos Mil Anos


13 encontrados | exibindo 1 a 13


RUDY 01/11/2018

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:
O livro é uma intrigante teia e trama bem escrita, trazendo personagens vívidos e bem desenvolvidos, de países diferentes e de caráter bem desenvolvidos. Não há personagem que não tenha um papel influente na trama, inclusive as personagens secundárias.
Uma mistura de cultura, história e conhecimento bíblico, religioso e místico, em um enredo que aborda uma miscelânea de assuntos como: ambição desmedida pelo poder e dinheiro, ganância, dramas e problemas familiares, romance, crimes e traições, corrupção e como as organizações criminosas se infliltram em várias escalas políticas e policiais, religião e seu fanatismo, compõem esse livro muito bem escrito, carregado de tensão e violência, suspense, um certo mistério, tornando a leitura intensa.
O leitor é levado a acompanhar todas as vertentes, convergirem para uma possível solução, trazendo um final bem amarrado, entretanto, com grande gancho para o próximo exemplar da série. Não tem como não deixar a leitura até a última página. É algo excepcional!
O enredo foi muito bem pensado e a escrita é elaborada ao ponto de utilizar a existência de lugares e fatos reais, para construir uma ficção que aborda assuntos aparentemente sem ligação, mas que ao final, mostra a inteligência soberba do autor, mostra seu conhecimento e pesquisa aprofundados em diversos assuntos, trazendo o ecletismo para dentro da obra.
Confesso que é um livro mais intelectualizado, que exige atenção, concentração e raciocínio do leitor, para conseguir entender nas entrelinhas a simbologia do real sentido da obra e o significado por traz de todo o enredo.
Embora recomende a leitura para todos que se interessam por uma boa trama e suspense, acredito que nem todos se sentirão satisfeitos com a leitura, pois exige um determinado nível de conhecimento e entendimento de determinados assuntos.
Sem querer comparar, mas apenas como exemplo de estilo que o livro carrega, é algo como O CÓDIGO DA VINCI.
O que sei é que já está na lista dos melhores livros lidos no ano até aqui.

site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com/2018/07/resenha-40-besta-dos-mil-anos.html
Michelle 19/12/2021minha estante
não é meu estilo


Angela Cunha 07/04/2022minha estante
Até o título do livro já me agradou! Eu gosto muito do gênero e como não conhecia o livro, claro que já vai para a listinha dos muito desejados!!!
Essa misturinha me agrada muito!!!!
Beijo




@biaentreleituras 04/10/2018

A famosa Tapeçaria do Apocalipse está exposta no Castelo de Angers, um dos monumentos mais visitados da França e um importante museu. O castelo passará por uma reforma e reabrirá ao público em breve, uma nova iluminação ressaltará a beleza da tapeçaria e as telas estão sendo aproximadas para não deixar espaços vazios nas cenas que faltam, mas o curador deixou apenas um espaço para colocar o misterioso quadro 75.

O quadro que retrata a cena do “Diabo enjaulado por mil anos” pode estar próximo de ser recuperado. Algumas fontes levam a crer que ele está no Brasil e o Ministério da Cultura (da França) está disposto a financiar a busca pelo quadro, no entanto como a veracidade dele ainda não foi confirmada a polícia não pode ser envolvida. Por conta disso, a solução encontrada pelo curador Ferdidnand e pelo Padre Antoine é enviar ao Brasil o sobrinho do padre, Aurélien Kléber, que é bibliotecário e já conhece o Rio de Janeiro.

Como o quadro veio parar no Brasil ainda é um mistério, o pouco que se sabe é que ele está em uma perigosa favela do Rio de Janeiro. Mas mistério é o que não falta quando o assunto é a tapeçaria, mais precisamente o quadro 75. Quem está com o quadro é Leonardo, um homem perigoso que possui uma vida dupla. Aparentemente, é um homem de negócios com uma bela família e que vive ausente, mas secretamente está envolvido com os chefes do tráfico e administra as finanças do mundo do crime.

Enquanto o casamento de Leonardo se afunda cada vez mais, sua vida secreta lhe rende bons frutos. Além do mais, ele se envolve com Lisa, uma astróloga ambiciosa e capaz de tudo para conseguir o que quer. Leonardo possui uma casa onde há reuniões de candomblé a portas fechadas e para um seleto grupo, e é em seu templo que o quadro 75 está guardado, dando ao lugar um ar ainda mais sombrio.

Aurélien vai contar com a ajuda de Júlia, uma jornalista que instigada pelo mistério e por prever um furo de reportagem concorda em ajudá-lo. Conforme passam mais tempo juntos fazendo suas próprias investigações a respeito da tapeçaria roubada de uma ONG incendiada logo surge uma amizade e pouco depois eles acabam se envolvendo amorosamente. Aurélien e Júlia conseguem descobrir o possível paradeiro do quadro, mas não sabem como poderão ter acesso ao terreiro.

Sem saber, todos esses personagens acabam tendo uma ligação e as suas vidas dependem dos acontecimentos futuros relacionados à tapeçaria... Segredos revelados e mortes estão entre as próximas cenas, o quadro 75 faz jus à fama, a besta está solta e causa destruição onde estiver.

Leia a resenha completa lá no blog https://goo.gl/yZ45CW

site: http://vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br/
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Thaisa 19/09/2018

Intenso!
Apesar de assistir nos noticiários, diariamente, a quantidade de atrocidades que o ser humano é capaz de cometer, é difícil não sentir aquele incômodo ao se deparar com a maldade humana também na literatura. Seja ela motivada por uma ação demoníaca ou pela própria maldade do ser humano, é doloroso aceitar que um semelhante seja capaz de cometer as piores atrocidades por ganância, vingança e prazer.

Quando comecei a leitura de A besta dos mil anos não imaginava que encontraria uma realidade tão nua e crua descrita nas páginas do livro. Temos como base da história a busca pela peça 75 da Tapeçaria do Apocalipse, mas o autor aproveitou muito bem de sua narrativa para fazer uma bela crítica social e política e esmiuçar o lado perverso do caráter humano. De verdade, eu não fazia ideia de que encontraria algo tão real.

Apresentando diversos personagens que compõem a trama, Ilmar deixa Leonardo com a responsabilidade de nos chocar. Sim, ele nos apresenta um mundo onde o crime, a ganância e o sexo são usados para atingir os objetivos mais sórdidos e desejos mais obscuros do coração humano. Leonardo é só a pontinha do iceberg de um mundo imerso no caos da vaidade, do dinheiro e da luxúria.

As cenas são muito bem descritas e muito reais. É um passeio por dentro do mundo do crime e da barbárie. Quem tem "estômago fraco" com toda certeza ficará bem incomodado com a leitura. Achei muito interessante o autor abordar temas como política, religião, o mundo do tráfico e a bandidagem da forma explícita como fez, jogando na nossa cara toda a sujeira escondida por baixo do tapete.

Uma coisa me incomodou no decorrer da leitura e não foram as cenas de tortura. A trama em si ficou meio que deixada de lado e o autor foca muito em debater sobre política, sobre o funcionamento do tráfico, economia e como funciona o mundo do crime. A busca pelo tapete em si só vem começar depois da página 150. Os muitos personagens apresentados me deixaram meio confusa num primeiro momento mas depois me ambientei na história.

Entendo que é uma trilogia e que esse é só o começo da aventura da peça 75, mas eu esperava um pouquinho mais da parte investigativa. Gostei muito do casal de "heróis" e dos momentos de ação.

É uma leitura que está o tempo todo em movimento, motivando o leitor a seguir para a próxima página. Estou super curiosa para já começar o segundo livro e espero que em A besta de Lucca a trama em torno do tapete apareça mais. Super recomendo a leitura para quem curte um suspense!

Resenha publicada no blog Minha Contracapa:

site: http://minhacontracapa.com.br/2018/09/resenha-a-besta-dos-mil-anos-de-ilmar-penna-marinho-junior/
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Rose 30/04/2014

Com uma história envolvente, cheia de tramas e reviravoltas, Ilmar nos leva ao mundo real, um verdadeiro quebra cabeças onde a religião, a droga, o sexo, a exploração, a violência, corrupção, a vingança, o ódio e o amor se fazem presentes. Como a peça chave é a recuperação de uma tapeçaria muito antiga e de valor incalculável (existente na vida real), somos levados por caminhos muitas vezes conhecidos por nós através das notícias de jornais e nos pegamos pensando que a besta dos mil anos toma varias formas, e que atualmente pode atender por nomes como: dinheiro, droga, violência, e que sua verdadeira prisão pode ser dentro de cada um de nós. Fica a pergunta, o que é realidade e o que é ficção nesta trama muito envolvente e misteriosa.

site: http://www.fabricadosconvites.blogspot.com.br/p/minhas-resenhas.html
Clarice.Castanhola 26/06/2015minha estante
Os personagens parecem ser bem desenvolvidos, tem a profundidade ideal para um livro onde várias pessoas são importantes na trama, gostei muito de ler um pouco á respeito do livro ainda não conhecia :]




Rita Nunes 01/10/2013

Este livro até poderia ser bom, mas não foi bem desenvolvido. A narrativa é fraca, crua, superficial. Mesmo sendo usado basicamente um capítulo para descrever cada personagem, o autor não consegue torná-los interessantes. Tudo na história é óbvio, até o grande final.
Livro fraco, não recomendo.
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Carla 06/05/2012

Um thriller nacional espetacular!!! [Sonho de Reflexão]
(...)

Concluí a leitura no começo do mês, mas vocês viram apenas uma prévia do que senti lendo-o. (...).

Li-o em um momento que queria diversificar um pouco dos temas que ando lendo atualmente e tive uma grata surpresa, porque apreciei cada momento da leitura.

Na França, o renomado historiador e curador Ferdinand Rochemont de Sailly, auxiliado pelo padre Antoine Duvert, palestram sobre uma tapeçaria inspirada no Apocalipse, o último livro do Evangelho, que está exposta no Castelo de Angers, uma fortaleza militar construída por Blanche de Castille, uma guerreira, que atualmente abriga a Tapeçaria do Apocalipse e o Museu de Armas Medievais, que reúne uma coleção completa de bestas de guerra francesa.

Depois que a tapeçaria sofreu um sacrilégio, ela foi retalhada e posta à venda, porque durante a Revolução Francesa, os objetos sacros foram destruídos. No caso da tapeçaria, as peças foram milagorsamente reagrupadas e conservadas, já que estava num estado deplorável e conservá-la tornou-se um estorvo. Com a restauração, foram recuperadas seis peças que contém quatorze quadros cada uma e diversas cenas. Eles têm uma grande fé de recuperar um quadro perdido, que traz esperanças de um mundo sem miséria e violência.


(...). Reconhecia como legítima e saudável a ambição do curador do castelo em recuperar pelo menos um dos sete quadros perdidos da sequência da Revelação Divina; em especial, a recuperação a qualquer preço da cena desconhecida do Diabo enjaulado por mil anos. Na verdade, temia que esse quadro desaparecido significasse que o dragão de sete cabeças estivesse solto e fosse o grande responsável pela atual desordem no mundo. Onde estivesse, estaria semeando a discórdia, incentivando a aids, a pedofilia, o aborto e a clonagem humana, instigando a violência, a ganância e a corrupção. Tudo indicava que os homens teriam perdido a batalha do bem contra o mal. (...). Pág. 14


E, durante a investigação do sumiço da cena 75, que faz parte da sétima peça que falta para completar o quadro, que traz a Besta aprisionada por mil anos, uma busca faz com que a vida de diversos personagens entrelacem-se entre si, entre eles:

Casado com Ana, tem um filho que torna-se seu aliado, Leonardo Marcondes, cujos pensamentos sempre foram turvados por datas, mortes, cifras que contabilizavam angústias e temores, acabou sendo enfeitiçado pela misteriosa astróloga Lisa. Ele terá que romper barreiras para conseguir o que deseja, porque teve um grande baque na vida ao perder um ente querido e rebelou-se contra o mundo. Há uma grande reviravolta no seu destino. Voltado para as raízes familiares, ambicioso e calculista, usará de todos os subterfúgios para atingir seus objetivos.

Ao fazer um estudo do mapa astral de Leo, que fervilha morte e cobiça, Lisa viu que ele era um homem que traria grandes mudanças em sua vida, porque ele tinha uma vida dupla e sombria.


- Muitas coisas boas e promissoras estão para acontecer. Posso estar errada, (...), você tem tudo para se tornar um grande chefe. (...). Vai pagar um preço que só você sabe dizer se é alto ou justo. (...). Pág. 20


- É como se fosse uma sombra, alguém com quem vai fazer um pacto. Terá muito dinheiro, muito mais do que imagina. (...). Esta sombra está associada a uma conjuntura de muitas surpresas. Ela o obrigará a viver daqui por diante no fio da navalha. (...). Pág. 22


Aparentemente, era um contador, sendo que sempre viveu confortavelmente, porque pertencia à classe média alta, já que era mimado e frequentava bons colégios. Largou o escritório de advocacia imposto pelo pai e dedicou-se como contador, onde passou a trabalhar para a escória da sociedade e passou a viver no fio da navalha. Ninguém nunca desconfiou de suas falcatruas, pois seus segredos eram muito bem guardados, inclusive sua esposa, que era de uma família tradicional e política.

Ana era uma esposa devotada e compassiva por um homem, cujo sofrimento a vida impôs tornando-o revoltado, já que antigamente ele era previsível e confiável. Nunca desconfiou das amizades malfazejas e nem das "forças ocultas" (esse foi um dos momentos que me deixaram apreensiva e aterrorizada, porque tenho muito medo) que enfeitiçaram seu marido fazendo com que ele ficasse ainda mais ganancioso e vingativo, porque sempre confiou nele. Com o tempo reconhece essa mudança repentina, porque deixara de ser o marido de sempre ficando tenso e cheio de segredos e manias, ficando cada vez mais evasivo tornando a relação conflituosa.


(...). E Ana tinha ainda de enfrentar, solitária, os prolongados silêncios das palavras não ditas de um marido interligado a algum outro ponto do planeta, sem tomar conhecimento do fio terra conectado à sua casa, que vivia invadida por vozes estranhas. Pág. 33


Depois de muitas mágoas reprimidas, decidiu tomar uma decisão. Que decisão foi essa? Será que ela desvendou a verdade sobre o marido? Garanto a vocês que fiquei chocada com o ocorrido. Foi surpreendente!

- (...), mas a sua mensagem. A cena mostraria a insistência e a sobrevivência da fé. (...), se a cena da tapeçaria anda pelo mundo, com o diabo à solta, explica-se tanta criminalidade, violência, luxúria, perversão e pornografia, e o pior é que não deve deixar de ter seus adoradores por toda a Terra... Pág. 40


Outro personagem em destaque no livro é o sobrinho do padre Antoine Duvert, Aurélien, policial, arqueiro, bibliotecário e pesquisador. Foi obrigado a seguir os passos do pai, que era militar, o que acabou sendo um fardo por não ter residência fixa. Incentivado e motivado pelo avô, começou a pesquisar livros raros que, até então, sempre viveu angustiado em busca da sua verdadeira vocação.


Aurélien ganhava, aos poucos, em seu íntimo, uma crescente consciência de que a vida é uma viagem cheia de mistérios e surpresas, ligados à grande aventura de estar no mundo, (...). Pág. 63


O quadro do diabo aprisionado foi visto no Brasil e, com isso, Aurélien é designado pelo governo francês em sua busca, compra e restauração, que está sendo financiada pelo Ministério da Cultura, mas para isso tem que provar se o quadro é autêntico.

A adorável Júlia, filha de um botânico belga, sempre foi fã de fotos e livros de aventura, cresceu em meio à natureza e aos livros. Herdou do pai a curiosidade por mistérios que aguçou-se ainda mais com as aventuras de Tintin. (Assim como Júlia, sou aficcionada por livros e esse desenho era minha grande paixão na infância e adolescência. Adorava assistir às aventuras de Tintin, com seu cãozinho fiel Milu e o Capitão Haddock. Saudades daqueles tempos!). O grande sonho de Júlia era ser jornalista no Rio de Janeiro e de encontrar um grande amor. Tinha uma capacidade inata de lidar com serviços administrativos e comerciais da pousada, mas era uma péssima cozinheira. Seus pais tinham uma linda história de amor. Foi um dos momentos mais emocionantes do livro.


- Só espero que encontre alguém que te faça rainha. - Neste fim de mundo, mãe? Nem por milagre! - Não é o lugar que importa. É o traço do destino que está escrito nas mãos e nas estrelas. Você vai acabar achando, onde ele estiver, minha filha. Tenha fé nisso! Pág. 52


- (...). Mas, aqui, não tenho futuro, mãe. Quero fazer faculdade. Trabalhar num jornal. Ter minha vida de mulher. (...). Não aguento mais ouvir as histórias dos outros. Quero escrever a minha história. Pág. 53


Não foi fácil para Júlia partir de Mauá. Deixar para trás a infância de bonecas de pano, de bichos e matos, a adolescência de muitos livros, recordações de fases risonhas, felizes, saltitantes no jardim florido da pousada. Deixar de contar com a companhia do pai que a incentivou a conhecer o mundo. (...). Pág. 55


Complexada, Júlia dedica-se de corpo e alma ao trabalho, até que um dia seu chefe pede que faça uma reportagem sobre o grau de violência na Rocinha e as relações dos moradores com os traficantes.

Depois de um incêndio criminoso numa ONG, as vidas de Leonardo, Júlia e Aurélien nunca mais serão as mesmas e, só posso adiantar, que a tapeçaria está ligada a todos esses eventos, cuja reviravolta na história é surpreendente!

Quem sairá vitorioso na busca do quadro perdido? Leonardo, Aurélien ou Júlia? Isso você só saberá lendo o livro, é claro, e garanto que fiquei boquiaberta com o final surpreendente! (risos).

O livro mostra todas as fases do Brasil, quando este faliu com o Plano Cruzado, fala sobre a violência e o crime organizado, a favela da Rocinha.


(...), um dos principais motivos para o crime organizado ter nascido, se expandido e atingido o atual estado de violência, seria (...): o crescimento incontrolável das cidades. Pág. 76


- Um mundo de calamidades em que a servidão se intensificou, os fracos foram oprimidos, os pobres foram renegados, as crianças foram manipuladas e os velhos abandonados. Tudo está representado nas cenas das florestas desaparecendo, dos cursos d'água se putrefazendo, das doenças se proliferando, dos valores da existência jogados por terra e dos jovens se desesperando e se suicidando. Dá para se imaginar nações destruídas por bandidos com armas demoníacas. Pág. 104


- (...). O dinheiro encarado como fonte de desgraça do homem - interveio o curador - (...). É a violenta necessidade de poder e de supremacia dos homens que pensam que quem possui dinheiro tem tudo na vida. Pág. 105


(...). Nesses anos todos de guerras fratricidas nos morros, em que as pessoas sobreviviam no meio daquela situação de mortes, prisões, balas perdidas, a Besta da Terra com suas sete cabeças andava solta. O poder do dinheiro continuava movendo a imensa máquina dos negócios ilícitos. Pág. 121


Esse livro maravilhoso, surpreendeu-me muito!

A história - apesar de ter como pano de fundo um tema polêmico, que é a realidade brasileira nua e crua nas grandes metrópoles -, é um thriller policial dramático, eletrizante e envolvente desde o início. Tem todos os ingredientes que adoramos em livros de mistério e muito mais: amor, romance, paixão, ódio, vingança, religiosidade, fatos e artefatos históricos, muita ação e adrenalina, além do suspense em si envolvendo ecologia, astrologia, maldições, dinheiro, violência, ganância e corrupção. Alguns momentos chegaram a ser comoventes e, ao mesmo tempo, tensos, através dos grandes males que atualmente afligem a humanidade.

Uma história, cujo enredo se passa na França e no Brasil, repleta de reviravoltas e ressalto que impressionei-me com algumas cenas violentas, porque sou muito impressionável, já que não gosto dessas coisas que vemos diariamente, mas temos que encarar a realidade dos dias de hoje.


Ambientada em cenários como Angers, Visconde de Mauá, Rio de Janeiro, Nova York e Paris, esta “corrida do ouro” pela conquista da cena 75 serve de mote para Ilmar Penna Marinho Jr. elaborar seu primeiro thriller, com trechos recheados de ação, mortes e reviravoltas nos destinos das personagens, compondo assim um painel do mundo contemporâneo – para não dizer globalizado – e suas chagas como corrupção, terrorismo e tráfico de drogas e de armas. (Trechinho do release).


No decorrer da leitura, percebi que algumas coisas ficaram em aberto. Questionando o autor se "A Besta dos Mil Anos" fará parte de uma série ou se ele dará continuidade à história, este me respondeu:


"Quanto ao day after do thriller, em principio, não pretendo escrever nenhuma série. Mas quanto à continuação, ainda não tomei uma decisão definitiva. A questão continua em aberto. (...)."


(...)

Só para concluir, quero agradecer muitíssimo ao autor, porque através de "A Besta dos Mil Anos" trouxe-me momentos maravilhosos! Obrigada por ter concedido-me a honra de conhecer essa obra imperdível, preferencialmente nacional, que proporcionou-me uma leitura profundamente envolvente, instigante e emocionante!

Por isso, este livro nacional está mais do que recomendado!

Confira esta e outras resenhas na íntegra no Sonho de Reflexão:

http://sonhodereflexao.blogspot.com/
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Thiago Rapsys 28/03/2012

[Resenha] A besta dos mil anos - Ilmar Penna Marinho Jr.
O livro, posso dizer, é daqueles que chamo de "brio-literário", ou seja, não tem criaturas míticas, mundos paralelos, pessoas com poderes. No livro, tudo é na base da crença - principalmente a Católica.

A trama diabólica, primorosamente estruturada, cheia de reviravoltas e muitas surpresas, envolve religiosidade, mistérios, vinganças, ódio e amor, e traz de volta a figura bíblica da Besta dos mil anos.
Todo o enredo envolve a Tapeçaria do Apocalipse - um tapete medieval gigante, onde é retratado todas as fazes do Apocalipse bíblico. Esta Tapeçaria fica em Angers, precisamente no castelo Châteu d'Angers, França.
Porém a Tapeçaria do Apocalipse não está totalmente completa, e uma das peças faltantes é o "quadro" cujo desenho é a besta sendo enjaulada por mil anos. Segundo o padre Antoine Duvert (amigo do curador do Castelo de Angers), esse quadro desaparecido significa que o dragão de sete cabeças está solto e é o grande responsável pela atual desordem no mundo.

Um dos exemplos de desordem, é o Leonardo Marcondes, um brasileiro de uma vida nada honesta. Ele trabalha para o tráfico, como contador, e com isso ganha muito dinheiro - tanto com o seu trabalho como contador, quanto desviando certas quantias do total do tráfico. A sua vida pessoal também não foge deste "mal-padrão". Ele trai a mulher com Ana, uma astróloga bonitona (a qual revela um futuro - também - não desejado).

O renomado curador do Castelo de Angers descobre que no Brasil está a tal cena perdida. Foi enviado então Aurélien, com o objetivo de verificar se a peça é verdadeira e assegurar que ela volte para Angers. Porém, na ONG onde a cena se encontrava, localizada no Morro da Rocinha - RJ, foi invadida e incendiada.
No meio entre o sumiço da peça da Tapeçaria do Apocalipse e o incêndio da ONG, Aurélien conhece uma repórter - Júlia -, a qual se dedica totalmente para a solução o caso. Onde será que essa peça foi parar?

Foi um dos "brios-literários" mais emocionantes, crentes e lógicos que eu li. Com um desfecho que nunca imaginaria! Recomendo como uma ótima opção para sair um pouco do mundo fantástico tão explorado na literatura atual. O autor até recebeu duas homenagens do prefeito da cidade de Angers: “Embaixador de Angers” e “membro benévolo da Rede de Angevinos no Exterior”.
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Literatura 05/01/2012

Todo ser humano pode ser corrompido
Qual é a interferência de um símbolo na vida das pessoas? O que uma simples figura é capaz de exercer na bondade ou na maldade das pessoas?
Todos nós já vimos alguém (ou nos vimos) diante de santos ou símbolos de religiosidade à espera de um milagre. Na minha humilde opinião diante dos fatos, acho que não é o simbologismo que facilita as ações, mas sim a nossa fé diante dos fatos...
E se esta fé fosse voltada para o mal?
Ilmar Penna Marinho Jr. tece com perfeição uma parábola sobre estes valores em sua obra A Besta de Mil Anos (Novo Século, 312 páginas).

Leia mais no Literatura de Cabeça
http://www.literaturadecabeca.com.br/2010/11/lancamento-besta-dos-mil-anos.html
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luzuanon.appromances 10/08/2011

Um toque da realidade
http://www.apaixonadaporromances.com.br/2011/08/besta-dos-mil-anos-ilmar-penna-marinho.html

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Agradeço a gentileza do Sr. Ilmar Penna Marinho Junior por me mandar seu livro autografado. Muito obrigada pela atenção.

Não sou crítica literária, mas aqui no blog tem espaço aberto para a divulgação de qualquer gênero literário.

Deus do céu! Eu demorei bastante na leitura deste livro, embora seja bem diferente do que me disponho a ler, mas sinceramente me impressionei muito a história.

Eu achei o livro forte, em cada página deparava-me com a verdade nua e crua do que o ser humano é capaz e foi extremamente chocante em meio à esse cenário turbulento que está presente a corrupção, tráfico e assassinatos. O mistério e as intrigas que enredam toda a história são eletrizantes. Muitos dos envolvidos que não cumprem as regras tem um desfecho trágico.

O leitor pode acompanhar a trajetória da famosa tapeçaria, pois o autor faz uma ligação entre a França e Brasil.

É uma história interessante, que nos instiga a continuar a leitura. Me surpreendi, pois fui dominada pelo suspense, misticismo e aí a leitura engrenou não conseguindo mais parar de ler.

É uma realidade que estamos cansados de ver no dia-a-dia, como pessoas tipo o Leonardo um contador, que tem uma vida dupla; a jornalista Julia e o francês Aurélien, todos vão se envolver na busca dessa tapeçaria valiosa. É uma trama bem elaborada, com muitas reviravoltas. Achei o final surpreendente, um enredo criativo e aqueles que gostam de livros policiais que envolvem muito mistério vale a pena ler.


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Psychobooks 18/07/2011

O enredo gira em torno da Tapeçaria do Apocalipse, que mede no total 103 metros. Está exposta no Castelo de Angers (França), onde a mesma vem sendo restaurada ao longo dos anos, depois de ter sido cortada em vários quadros e espalhada pelo mundo. Grande parte das telas já foram encontradas e restauradas, mas a mais simbólica, A Besta dos Mil Anos (nº 75) ainda encontra-se desaparecida. O governo francês está disposto a tudo para trazê-la de volta e aprisionar o A Besta em sua Tapeçaria.

Aurélien, ex-militar e hoje bibliotecário em Paris, tem a missão de vir ao Brasil, mais precisamente na Rocinha - RJ, investigar a autenticidade do suposto quadro de nº 75. Nessa missão ele encontra não só o quadro, como também Julia, uma bela repórter, que foi criada em Mauá, seu pai é um francês que se encantou por uma brasileira e pelas nossas belas paisagens, resolvendo permanecer no Brasil e abrir uma pousada.

Leia mais: http://www.psychobooks.com.br/2011/05/resenha-besta-dos-mil-anos.html
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dani 19/06/2011

A Besta dos Mil Anos - Ilmar Penna Marinho Junior
A besta dos mil anos é um livro adulto com um cenário de suspense.
O livro conta várias histórias juntas que acabam se unindo através de um fator comum. A tapeçaria antiga que retrata o apocalipse e que foi dividida em partes e acabou se perdendo pelo mundo, porém uma das partes mais importantes, a besta de sete cabeças que foi presa por mil anos esta sendo procurada e vai ligar as vidas de Ferdinand, Antoine, Leonardo, Julia e Aurelin.
Ferdinand é um curador que junto com o padre Antoine estão em uma busca intensa pela partes desaparecidas da famosa tapeçaria que representa o Apocalipse que foi dividida a muito tempo atrás, porém a parte mais procurada é a de número 75 que representa o besta, o diabo, enjaulado por mil anos. Leonardo é um contador brasileiro com uma história conturbada e com desejos de vingança que vão levá-lo a caminhos perigosos, Julia jornalista brasileira com uma curiosidade e uma necessidade de ação que acabarão por ajudá-la em sua história e Aurelin, francês com uma vida calma que vai sofrer grandes mudanças. Todos esses personagens vão se interligar e se envolver pela busca dessa tapeçaria tão valiosa acabarão sendo afetados por ela.
A história é muito bem amarrada e é cheia de suspense e ação e a narrativa em terceira pessoa intercala os pontos da história de modo que tudo leve para o assunto principal, a tapeçaria que por mais que seja um objeto “inanimado” é o que acaba regendo todos os personagens. Uma temática bem diferente que vai misturar suspense com uma leve pitada de sobrenatural.

http://olhosderessaca25.blogspot.com/2011/06/besta-dos-mil-anos-ilmar-penna-marinho.html
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danilo_barbosa 25/04/2011

Todo ser humano pode ser corrompido
Qual é a interferência de um símbolo na vida das pessoas? O que uma simples figura é capaz de exercer na bondade ou na maldade das pessoas?
Todos nós já vimos alguém (ou nos vimos) diante de santos ou símbolos de religiosidade à espera de um milagre. Na minha humilde opinião diante dos fatos, acho que não é o simbologismo que facilita as ações, mas sim a nossa fé diante dos fatos...
E se esta fé fosse voltada para o mal?
Ilmar Penna Marinho Jr. tece com perfeição uma parábola sobre estes valores em sua obra A Besta de Mil Anos (Novo Século, 312 páginas).
Tudo começa na França. No Castelo de Angers, está exposta uma das mais belas e religiosas obras da humanidade - a Tapeçaria do Apocalipse - uma bela peça que retrata em fios bordados todo o final bíblico apocalíptico da humanidade. Com o tempo, esta peça foi destruída e picada em vários pedaços pelo homem. Alguns desses pedaços se perderam pelo tempo. A peça que mais se sente falta é o pedaço chamado de 75, que retrata o Diabo, representado na figura de um dragão de sete cabeças, enjaulado, confirmando assim a vitória do bem contra o mal.
Mas como é dito em um trecho do livro que "enquanto o quadro 75 não voltar ao seu lugar, é como se o diabo andasse pelo mundo, sem ser subjulgado", os corações dos personagens destes livros são permeados pela sombra da maldade.
A famosa peça do Demônio da tapeçaria não foi destruída, nem está perdida, como anteriormente se achava. Ela foi adquirida por Leonardo, um contador marcado pelo suicídio do pai, que vê no submundo do tráfico uma forma de se vingar do mundo.
O governo francês se envolve e enviam Aurélien para resgatar a tão famosa tapeçaria. Ao lado da jornalista carioca Lisa sua fé e amor serão postos à prova, para confirmar se todo o valor maligno que se dá a famosa tapeçaria é real.
A história do livro é boa e te surpreende desde a capa. Vendo as altas ameias do Castelo de Anger, você pensa em se deparar em uma aventura épica e cheia de aventuras. Engana-se...
O livro é feito de personagens reais e cheios de nuances. O cenário original são as favelas cariocas e o submundo do PCC, acompanhando Leonardo por esta jornada sombrio, sendo contador do tráfico e responsável pela lavagem de dinheiro no morro.
O mais interessante é ver a trajetória da famosa tapeçaria. O que você começa vendo apenas como um objeto histórico, vai adquirindo um valor cada vez mais sombrio no decorrer da trama, graças ao ódio de Leonardo pelo mundo que o cerca, corrompido pelo pior dos vícios: o dinheiro. O personagem vai se transformando a olhos vistos e, para mim, é o melhor da trama. O texto é bem construído e nos detalha a violência e o mundo do misticismo brasileiro, às vezes de forma fria e crua.

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/eSVldx
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Mania de Ler 17/03/2011

A Besta dos Mil Anos
Leonardo vive uma vida dupla. Enquanto para a família e alguns poucos amigos íntimos ele é apenas um contador de sucesso e um pai amoroso, no mundo do crime ele é conhecido como “Cabeção”. Uma figura conhecida por “cuidar” do dinheiro do trafico de drogas e armas, fazendo com ele multiplique a olhos vistos, e por ser uma pessoa completamente desprovida de sentimentos, capaz de ordenar a morte de todos os que se colocarem em seu caminho. Leonardo deseja dinheiro e poder.
Lisa é uma conhecida astróloga do Rio de Janeiro. Seu conhecimento sobre essa pratica incentivam diversas pessoas, poderosas ou não, a buscarem conselhos nos mapas astrológicos que ela faz.
Julia nasceu e cresceu em Visconde de Mauá, na Serra da Mantiqueira. Desde muito cedo soube que queria ser repórter, desvendando mistérios e divulgando informações. Para isso deixou a cidade natal e partiu rumo ao Rio de Janeiro, levando consigo seus sonhos aventureiros, sua inteligência e sexto sentido.
Aurélien é um francês descendente de uma longa linhagem de militares. Apesar dos sonhos do pai, Aurélien foi obrigado a abandonar muito cedo a vida militar, devido a um raro problema de saúde. Hoje em dia trabalha como bibliotecário em Paris e passa as horas vagas treinando tiro ao alvo, sua arma preferida é a besta.
Ferdinand é o curador do Castelo de Angers. Uma antiga fortaleza militar construída por uma guerreira, a regente Blanche de Castille. Hoje em dia abriga o Museu de Armas Medievais, com a mais completa coleção de bestas de guerra da França. Porém sua mais valiosa obra é a tapeçaria do Apocalipse. Uma obra monumental de valor incalculável.
Padre Antoine, abade do Liceu Saint-Serge é amigo e colaborador do curador Ferdinand.
A famosa tapeçaria do Apocalipse guarda diversos mistérios. O maior deles é o desaparecimento de 7 peças. Sendo a mais importante delas a cena que mostra a Besta aprisionada por mil anos.
Será a busca por esse quadro o elo que unirá esses personagens tão diferentes.
Cada um deles tem um motivo para querer recuperar o quadro perdido. Para cada um deles o quadro tem uma importância diferente. Desde fonte de poder infinito, renovação da fé e simplesmente beleza histórica.
Intrigas, mentiras e assassinatos estarão no caminho dos nossos personagens, enquanto eles buscam a cena da Besta.
Ela será encontrada. Porém resta saber por quem e se ela se manterá realmente aprisionada por quem a encontrar.
Escolha um personagem. Faça suas apostas e partam rumo a essa jornada.
A Besta dos Mil Anos foi uma agradável surpresa. Confesso que esperava um livro no estilo Dan Brown, com uma busca alucinante pelo quadro, porém me deparei com um estilo diferente. Ilmar se preocupou não apenas com a busca pelo quadro, mas em explorar cada personagem e o porque o quadro era importante para cada um deles. O final foi surpreendente. Quando tive certeza que tudo estava enfim resolvido, forças misteriosas mudam o rumo dos acontecimentos.
Seria impossível falar mais sem soltar spoilers, por isso convido você a partirem nessa leitura e descobrirem os mistérios que um aparentemente simples quadro pode guardar.
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