Cem anos de solidão

Cem anos de solidão Gabriel García Márquez




Resenhas - Cem Anos de Solidão


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Sgt_Pm_Jamis 28/04/2020

O livro
Uma história fantástica. O autor conseguiu neste livro, fazer de tal maneira que a medida que é lido, cria -se mais interesse pelo desenrolar da narrativa. Sem sombra de dúvidas esse muito bem escrito trás uma história que dificilmente sairá da sua memória.
Mylene.Caldeira 28/04/2020minha estante
Sou doida para ler


Sgt_Pm_Jamis 28/04/2020minha estante
Vai gostar




João Pedro 21/04/2020

Leitura para alimentar a alma
"Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo."

Daqueles livros em que cada palavra alimenta a alma, ao tempo que faz o estômago do leitor voraz desejar por mais, "Cem anos de solidão" conta e reconta a cíclica história dos Buendía, uma família que carrega por gerações a marca da solidão.

Desde o enlace entre os primos José Arcádio (o primeiro) e Úrsula Iguarán até o fim da estirpe dos Buendía, somos apresentados às inusitadas personagens que compõem as diferentes, porém semelhantes, gerações da família, uma das primeiras a se estabelecer em Macondo, pacato vilarejo em que se desenrola a trama.

Do auge até sua ruína, os Buendía vivem seus romances proibidos, perpassam por guerras civis e conflitos familiares, partilhando entre si, além da tradição intergeracional de repetição dos nomes - que acaba por refletir na personalidade de seus membros -, o pesado fardo da solidão, quase como uma maldição que, por menos aparente que seja, está sempre ali, incrustada no seio familiar, pronta para trazer desgraça e tristeza para dentro de casa.

Um enredo magistral, exemplo mais preciso do que é o realismo mágico, somado a personagens memoráveis e à escrita ímpar de Gabriel García Márquez compõem a obra prima que é "Cem anos de solidão". Merece ser lido e relido por todo amante da boa literatura.
Alê | @alexandrejjr 08/01/2022minha estante
É um livraço, realmente, apesar de não ser o meu Gabo preferido. Acho o final dele ainda mais genial que seu início, e, apesar de entender a função da repetição dos nomes, nunca deixo de afirmar que essa característica muito específica do romance atrapalhou um pouco a minha experiência com o livro.


João Pedro 08/01/2022minha estante
Fiquei aqui remoendo qual seria o final e depois de um tempinho me veio à mente. Realmente é brilhante, daqueles que fica na memória (ainda que precise de um esforcinho pra resgatar rs). Eu não me incomodei tanto com a repetição dos nomes durante a leitura, mas acho que acabam por dificultar a imagem que fica de cada personagem separadamente.




Guilherme.Monteiro 23/06/2020

A Solidão que permeia a vida e a morte
Provavelmente, até agora, esse foi o livro que mais me deixou fascinado. É algo de valor imensurável, a narrativa é hipnótica, os personagens são excelentes e muito bem desenvolvidos, a história é fantástica, que conta os cem anos na família dos Buendia passando por 7 gerações e é impressionante, e claro, a escrita de Gabriel García Márquez é de uma beleza formidável e empolgante, desde da primeira linha você já fica cativado. O título desse livro não poderia ser melhor, vai do drama ao cômico, dos amores às guerras, da vida à morte, mas o principal é a solidão que liga todas as gerações dos Buendias, uma herança que não é hereditária mas que é da vida.
Esse livro proporcionou a minha melhor experiência com literatura que tive até então, e que irei carregar essa história para o resto da vida.
Daphne Nms 23/06/2020minha estante
Obra prima! Meu preferido da vida :)


Debora.Andrade 18/10/2020minha estante
Resenha que traduz o livro completamente!




Luiz Felipe 11/09/2015

Fantástico (em todas as acepções possíveis do termo)
“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo. Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, construídas à margem de um rio de águas diáfanas que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos. O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome e para mencioná-las se precisava apontar com o dedo. Todos os anos, pelo mês de março, uma família de ciganos esfarrapados plantava a sua tenda perto da aldeia e, com um grande alvoroço de apitos e tambores, dava a conhecer os novos inventos.”
Com essas palavras, tem início Cem Anos de Solidão, um dos livros mais fantásticos já escritos, em todas as acepções do termo. O termo fantástico possui sentidos diversos. Pode significar tanto algo sobrenatural, surreal, como algo incrível, espetacular. No caso do livro “Cem Anos de Solidão”, ambos os significados são válidos.
Ele nos leva ao vilarejo de Macondo, fundado por José Arcádio Buendía e Úrsula Iguaran, que, embora primos, acabam se casando. O livro nos guia, geração por geração, pelos filhos, netos e bisnetos do casal, criando um universo fantástico e único.
A história do vilarejo e da família Buendía é permeada por causos e acontecimentos surreais e fantásticos. O arsenal de “causos” apresentados no livro inclui: pessoas que levitam; um homem que, ao caminhar, é seguido sempre por um enxame de borboletas; uma epidemia de perda de memória; mortos que aparecem e conversam com os vivos; chuvas que duram anos e anos e anos; um personagem que morre absolutamente do nada; uma mulher que decide se trancar em casa e no entanto permanece viva por anos e anos;
A quantidade de metáforas e coisas geniais presentes no livro é tanta que eu gastaria dezenas de parágrafos enumerando todas. Tentarei fazer um resumo do que mais gostei. Para começar, o livro faz uma analogia com a história da América Latina. No início, Macondo é um vilarejo pobre, pouco desenvolvido, e constantemente recebe a presença de ciganos que sempre trazem alguma “novidade”. Uma dessas novidades, por exemplo, é o gelo (a famosa passagem de José Arcádio Buendía levando seu filho Aureliano para conhecer o gelo é citada várias e várias vezes durante o livro). Com o tempo, o vilarejo vai se desenvolvendo, chegam mais pessoas para morar no local, acontecem algumas guerras, uma indústria se instala, etc. Pessoas de vários lugares do mundo se instalam lá e assumem o controle do local, “tomando” o vilarejo da população nativa.
A política também é algo extremamente presente no livro. Vemos o vilarejo se dividir em dois partidos (o partido conservador e o partido liberal). Assim como no mundo real, os conservadores são tradicionalistas, religiosos, primam pela ordem, pela moral e bons costumes, enquanto os liberais são rebeldes, contra a igreja e contra o autoritarismo. A questão do autoritarismo, por sinal, é muito bem explorada pelo autor. Ela é encarnada no personagem Arcádio, por exemplo (não confundir com José Arcádio ou José Arcádio Buendía, pois são três personagens diferentes – a repetição de nomes é constante na família).
A história da família Buendía é, sobretudo, uma história de ciclos e repetições. Vemos não só nomes se repetirem, mas também acontecimentos relacionados a esses nomes. Notamos que quando o nome se repete, a personalidade também costuma se repetir. Aureliano’s são sempre tímidos, reflexivos e estudiosos. José Arcádio’s são sempre impulsivos. A própria expressão “Muitos anos depois”, que abre o livro, repete-se várias e várias vezes durante a narrativa. O final do livro também parece estar conectado ao início, num ciclo sem fim.
A solidão é o fio que liga todos os personagens dessa família. Todos os personagens acabam, de uma forma ou de outra, experimentando a solidão. E nenhum personagem é esquecido. Todos possuem um desfecho.
Ao final, o que fica é uma história que permanece em nossa mente por semanas após ter terminado a leitura – Cem Anos de Solidão pertence ao rol de livros dos quais é impossível sair intacto da experiência de se lê-los.
Cristiane 28/09/2015minha estante
Incrível a sua resenha! ?


Luiz Felipe 11/10/2015minha estante
Obrigado, Cristiane. :)




Bual 31/08/2020

Um dos melhores
Bem... tem e não tem muito para resenhar.

Eu poderia falar dos adjetivos que poupam linhas de descrição, das palavras novas que aprendi, da criatividade inesgotável, das passagens profundas e tocantes, da circularidade da estirpe, dos propositais nomes repetitivos, dos momentos brilhantes do mágico e das cruezas da realidade, mas seria chover no molhado. Essa obra não é a segunda mais importante da literatura hispânica por achismo.

Essa edição (linda, diga-se de passagem) apresenta a árvore genealógica logo no início e isso me ajudou bastante a navegar no fluxo borbulhante que constrói brilhantemente cem anos em pouco mais de 400 páginas.

Sinto que lerei esse livro muitas vezes e sentirei pena das almas que não tiveram a sorte de desfrutá-lo, porque é um deleite, é um presente à imaginação, é um banquete à criatividade... enfim. Só lê!
Renata 31/08/2020minha estante
Impossível ler esse livro apenas uma vez. Eu sinto saudade da história frequentemente, e a cada releitura, se é que isso é possível, fica ainda melhor.


Bual 31/08/2020minha estante
Concordo! Assim que eu terminei, já fiquei me perguntando quando eu vou ler ele de novo. Eu acabei percebendo uma metalinguagem no final, em relação ao livro e aos pergaminhos, que deu mais vontade ainda de voltar pro começo. Não vejo a hora.




Joviana 31/08/2015

As coisas têm vida própria...
Borboletas amarelas que rondam o corpo de um homem moreno, crianças que nascem com rabinhos de porco devido a casamentos consanguíneos, ataques de formigas, uma chuva incessante e o desaparecer de uma memória que pode causar sérios problemas políticos....
Esses são apenas alguns dos elementos fantásticos que encontramos na escrita de "Cem Anos de Solidão", primorosa obra de Gabriel Garcia Márquez.

O contato com o fantasioso já se dá pela vinda de uma trupe de ciganos que, logo nas páginas iniciais, dá o tom de profecia, misticismo, inocência e sagacidade que permeia todo o livro. A história basicamente se concentra na família Buendía e os percalços enfrentados por eles ao longo de cem anos.Apesar da profusão de personagens, o título é um espelho do conteúdo encontrado nas páginas: uma profunda e melancólica solidão azul.Um a um nossos protagonistas vêem diante de si mesmos o aceno de uma solidão que se instala nas paredes ocas das casas de Macondo, a cidade ficcional criada pelo autor.

A genialidade do estilo de realismo fantástico empregado por Garcia Marquez, para mim, se encontra na dosagem perfeita de crítica social e política associada à uma ingenuidade doce e tristonha que guarda toques de comicidade e leveza, tudo isso ao mesmo tempo.

A cada nova página, e a cada novo José Arcadio e Aureliano Buendía que nascia, nos tornávamos mais habitantes de Macondo, mais sensíveis e mais crentes na estrutura delicada do roteiro que torna a leitura extremamente agradável.

Recomendo a todos este livro marcante e que, após o estranhamento inicial, torna-se um companheiro que abandonamos com saudade após a última página.
Termino com uma das frases que acredito que mais sintetiza o espírito de Cem Anos de Solidão:
"As coisas têm vida própria...tudo é questão de despertar a sua alma." - Melquíades

Joviana Marques
Clube do Livro JF
Aninha.Thurler 05/09/2015minha estante
Joviana, faço minhas suas palavras. Este livro é maravilhoso, uma obra prima. Sempre quando chove me lembro dos Buendía.. E choveu por quatro anos onze meses e dois dias!!!


Joviana 11/09/2015minha estante
Ahh! Obrigada pelo comentário Aninha!
Inclusive, está chovendo agora ;)




nalannes 26/06/2020

"O mundo terá se fodido de vez - disse então - no dia em que os homens viajarem de primeira classe e a literatura no vagão de carga."

E cem anos de solidão merece todas as pompas que uma grande obra deve receber. É uma história completa: magia, reflexões, personagens interessantíssimos, mistérios, amor e solidão. Tudo escrito de forma linda, poética.

Precisei de duas tentativas para me apaixonar pela família Buendía. Quando mais nova, não consegui me envolver no realismo fantástico de Macondo, de Aurelianos e José Arcádios e acabei abandonando o livro.

É impressionante como nesta segunda tentativa precisei de poucas páginas para saber que minha relação com o livro seria totalmente diferente.

"Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo."

A história retrata um recorte de pouco mais de cem anos na vida de 7 gerações da família Buendía em uma pequena cidade fictícia chamada Macondo.

Macondo, por sinal, pode ser visto como um dos personagens do livro e um dos membro da família. Todos nascimentos, transformações e mortes dos Buendía refletem na cidade. Assim como os acontecimentos, chegadas e clima de Macondo também influenciam diretamente à família e suas gerações.

As histórias relativamente mágicas são pinceladas artísticas de verdadeiros fatos ocorridos na América Latina, misturados às crenças e mitos dos povos tradicionais da região, como era o próprio Gabriel Garcia Marquez.

Embora cada personagem tenha um traço de personalidade marcante, em especial as mulheres, todos acabam por ter um final parecido e solitário. Como se fosse um ciclo amaldiçoado e inevitável.

"- E o que você esperava? - Suspirou Úrsula. - O tempo passa.
- Pois é - admitiu Aureliano -, mas nem tanto."
Joana Thompson 29/07/2020minha estante
Li esse livro há mais de 20 anos e o considero ainda o melhor da vida!! Mas preciso tomar coragem e reler!


nalannes 29/07/2020minha estante
Vai valer a pena, Joana. O livro é maravilhoso mesmo. Com certeza vou querer reler daqui uns anos também.




Luciano Rosa 29/12/2020

Uma boa companhia em momentos de solidão
Li este livro num momento difícil que passei em minha vida. A cada página que lia, um conforto sentia por saber que não estava sozinho. Por outro lado, um incômodo surgia por ser desvendada a realidade nua e crua da vida. Um livro que retrata fielmente os sentimentos mais profundos de um ser, e o fim a que se destina cada um. Leria por cem anos, como companhia de meus momentos de solidão.

Obs: cheguei a abandonar a leitura por 6 meses por achar cansativa, até encontrar o momento certo de lê-lo.
Ray 31/12/2020minha estante
Eu aaamo esse livro kkkkk


Luciano Rosa 04/01/2021minha estante
É muito bom mesmo. Quero relê-lo.




Isadora Neves 14/11/2020

Uma obra de arte esculpida com palavras
Esse livro significou a superação do meu maior desafio enquanto leitora até agora. Não só pela sua aura de grande clássico da literatura latino-americana, mas pelo realismo mágico, os incontáveis Aurelianos e Josés Arcádios, a falta de parágrafos. Tudo isso fez com que meu encontro com ele demorasse tanto para acontecer. Mas eu encarei: grifei, marquei, numerei os capítulos, procurei palavras no dicionário, escrevi pensamentos e me agarrei na árvore genealógica dos Buendía para não me perder.
Vencido o desafio, eis a prova cabal de que livros transformam pessoas. Eu acho que a literatura me encanta mais pelas escritas do que pelas histórias, e o estilo de Gabo é o ápice do que as palavras podem nos oferecer. O narrador tem total domínio da história: ele te conta a saga da família Buendía como se a conhecesse de cor, e permeia essa história com as mais belas metáforas, formando uma escrita que mistura narrativa com poesia e é tão linda que encanta e absorve. Não existe uma palavra nesse livro que não seja a mais perfeita escolha e que não esteja colocada da melhor forma. "Cem anos de solidão" é uma obra de arte esculpida com palavras. Quando vi, minha cabeça já habitava Macondo e a família Buendía se tornou também a minha.
O que mais me chamou atenção na história em si foi o papel da memória: ela aparece como fio condutor, baseando a repetição de nomes, de personalidades e de destinos dos personagens, e também expandindo a dimensão da obra para além do que é contado: a memória é a criação, e a morte o esquecimento. Gabo ainda vai além: trata de falsas memórias, da perda de memórias coletivas, do quanto desconhecemos as nossas próprias feridas, e de como esse mergulho nos machuca, mas também nos constitui. Como Aureliano, “ferido pelas lanças mortais das nostalgias próprias e alheias”, o tempo circular criado por Gabo também é nosso, pois espelhamos as marcas da nossa solidão. Para essa obra que me disse tanto e tem ainda tanto a me dizer, eu só deixo aqui a minha recomendação incondicional e o agradecimento por ter acesso ao que de mais belo o ser humano é capaz de produzir.

site: https://www.instagram.com/professoraisadoraneves/
Fabiano133 14/11/2020minha estante
Parabéns, tipo de resenha que nos faz querer ler o livro. De tanto ler você faz uso magistral das palavras. Parabéns


Isadora Neves 14/11/2020minha estante
Muito obrigada




Alana 25/07/2016

Estou maravilhada. Acredito que seja uma ousadia minha tentar escrever minha impressão sobre Cem Anos de Solidão, mas peço licença...

Eu nunca havia lido nada de realismo mágico em toda a minha vida e nem ao menos sabia da existência desse gênero literário. E que sorte a minha, ter a primeira experiência por meio dessa obra prima de Gabriel Garcia Márquez. Gabo tem o dom de misturar o surreal e a magia com o simplório e real de forma tão harmoniosa, que você se flagra, diversas vezes, abrindo um sorriso ou soltando uma risada em momentos trágicos da narrativa.
Mortos voltam à vida, personagens vivem mais do que o tempo normal, há chuva de flores amarelas, peixes nadando no ar devido há uma chuva que dura uma década, pessoas que são arrebatada aos céus como anjos. Agora, põe nesse caldeirão temas como o amor, guerra, política, sexo... Parece inconcebível, não é mesmo?

A história começa com José Arcádia Buendía fundando um povoado colombiano no meio do nada, junto com sua esposa - e prima - Ursula, mais uns 20 companheiros e suas respectivas famílias. Acompanhamos, a partir daí, toda a evolução e ruína dessa pequena cidade, juntamente à toda a linhagem dos Buendía, com seus 5 José Arcadio, 22 Aurelianos, além de algumas Remédios e Amarantas, ao longo de 7 gerações. A cronologia da história não é linear, portanto, é preciso atenção na leitura para não se perder no tempo. Como se não bastasse, a história é um ciclo interminável de acontecimentos que se repetem, com netos cometendo o mesmo erro dos avós, e seus filhos cometendo os meu erros dos tios... É necessário um pouco de loucura dentro de si para consegui acompanhar a insanidade que parece estar na genética dessa família. Antes da metade da narrativa, eu já me sentia uma habitante daquela casa, compartilhando suas nostalgias, suas paixões, seus medos e sua solidão. Vivi uma completa imersão.

Gabo consegue consegue fazer descrições de forma econômica mas precisa, nos levando a uma leitura fluida e riquíssima em detalhes. Belíssima obra!!!
Phelipe Guilherme Maciel 30/01/2017minha estante
Esse é meu livro favorito. Foi meu livro de cabeceira por uns 3 anos, juro. Por incrivel que pareça, ainda não registrei ele no skoob, porque quero reler e inserir aqui conforme for passando a leitura minhas novas impressões, mas é o livro que encabeça como frase do meu perfil no skoob. Gabriel Garcia Marquez me fascina!


Alana 30/01/2017minha estante
Eu ja havia lido outra obra dele, mas nada se compara a esta!! Virou meu preferido da vida, junto com Ensaio Sobre a Cegueira.. Entendo perfeitamente o seu fascínio, Phelipe :)




Tatá 08/10/2020

Complexo
"Cem Anos de Solidão " não é uma leitura fácil nem rapida, mas é uma leitura que prende quem tá lendo. É um livro cheio de fábulas, assasinatos, solidão, mistérios e temas chocantes, como incesto, pedofilia e coisas que era "comuns" àquela época.
O fim deixa muito a desejar, pois eu esperava outro desfecho.
InfinitaTBR- Jana 12/10/2020minha estante
Putz, cheguei na parte da pedofilia e já estou seriamente tentada a abandonar a leitura.


Tatá 13/10/2020minha estante
Tbm fiquei super tentada. Tem mais coisas polêmicas.




Leila de Carvalho e Gonçalves 05/06/2018

Obra-Prima
Foi em meados de 1965, após passar um final de semana com a família em Acapulco, que Gabriel García Márquez começou a escrever ?Cem Anos de Solidão?. Foram dezoito meses de exclusiva dedicação, um período mais extenso do que estimara ao abandonar o emprego, ocasionando dificuldades que, muitas vezes, não seriam contornadas sem o auxílio dos amigos.

Se muito já foi escrito sobre este período, pouco se sabe sobre a construção do romance, isto é, permanece obscura a engenharia sobre a qual foi edificado o universo de Macondo. Um mistério criado pelo próprio escritor que, ao receber o primeiro exemplar impresso, rasgou a maioria do material referente ao projeto, tornando inacessível seus truques e à carpintaria secreta por trás de sua obra máxima. Do que restou, o documento mais importante é a primeira cópia das provas de impressão onde estão anotadas 1.026 correções de seu próprio punho, deixando à mostra modificações e inflexões que denotam meticulosidade e perfeccionismo.

Considerado o mais importante romance da literatura latino-americana, sua história apresenta a vida de uma família ao longo de um século, um período que se estende da fundação de Macondo pelo seu patriarca até a morte do seu último descendente. Curiosamente, tanto o destino dos Buendía como o da caminham lado a lado e em sincronia, portanto, tal qual ocorre com as tribos errantes de Israel, esta é a história de um povo que pode ser compreendida por meio da gênese de uma única família?.

Outro ponto interessante é a dicotomia entre a linearidade e circularidade do tempo, isto é, o romance apresenta uma narrativa com começo edênico, meio e fim apocalíptico, mas também possui uma concepção cíclica, marcada por repetições de nomes, traços de personalidade e, inclusive, situações.

Não obstante, ?Cem Anos de Solidão? também se tornou exemplo, quando o assunto é o realismo mágico, um sintagma utilizado pelos críticos, para se referir a um determinado tipo de literatura que entrelaça a descrição realista a um senso de mistério e adivinhação poética da realidade. ?Em outras palavras, a literatura enquadrada dentro deste selo analítico costuma inserir em seu enredo e no desenvolvimento das personagens elementos fantásticos ou maravilhosos, percebidos na trama como parte constituinte da realidade ou da normalidade.?

De acordo com a historiadora e pesquisadora Karla Pereira Cunha, o romance pode ser interpretado como uma espécie de metáfora da situação latino-americana entrelaçada com a história da Colômbia, ao denunciar os principais problemas socio-politicos da região como a chacina de trabalhadores, o roubo de terras, a violência e a tirania imposta pelo poder. Também pode ser compreendido como a criação e síntese do mundo, isto é, uma representação da condição humana revelada através dos membros da família Buendía que se apoia nas inúmeras repetições, na força da natureza, no determinismo e na solidão que rege a vida das personagens. Ainda há uma terceira via que entrelaça estas duas interpretações e considera ?Cem Anos de Solidão? capaz de conectar-se com realidades históricas determinadas, mas com suficiente autonomia para plasmar simbolismos de ressonância universal.

Nota: Adquiri um exemplar da edição comemorativa do cinquentenário do lançamento do livro. Em capa dura, ele está bem diagramado e o papel escolhido para impressão prima pela qualidade. Aliás, o mesmo ocorre com o projeto gráfico e o visual, mas senti falta das ilustrações do artista Carybé que acompanharam as edições brasileiras até 2003. Quem possuir um destes exemplares, guarde com carinho, trata-se de uma preciosidade.
Debora.Andrade 22/09/2020minha estante
Parabéns, suas resenhas sao sempre esplêndidas! Há muito afeto empregado nas leituras.
A senhora é professora?


Leila de Carvalho e Gonçalves 23/09/2020minha estante
Fico feliz que você goste de minhas resenhas. Não sou professora, mas filha de professores. Minha formação é outra: sou estatística. Abraços!




Elisabete Bastos @betebooks 30/08/2018

Uma história fantástica
O livro Cem anos de Solidão é extremamente rico, fantástico, na composição dos personagens, da narrativa, das surpresas, superstições, mitos, política, economia, religiosidade, poder e a finitude e solidão do ser humano.
A história começa com o casamento entre dois primos José Arcandiao Buendía e Úrsula, que tem medo gerar “iguanas” e por isso postergou a consumação do matrimônio por mais de ano. Tal fato passou a ser pilhéria para a coletividade e que gerou o ponto de seu marido brigar e matar Prudencio Aguillar com uma lança no pescoço. Com a morte teve que conviver com o fantasma de Prudencio Aguillar em casa e diante de tal perseguição marido e mulher e outras pessoas amigas saíram e formaram uma aldeia chamada Macondo.
Em Macondo o casal tiveram três filhos normais: José Arcandio, Aureliano (tinha presságios e nasceu com olhos abertos) e Amaranta e uma adotada Rebecca ( que tinha o hábito de comer terra, cal da parede e colocar o dedo na boca e trouxe a peste da insônia, mas banida através de antídoto do cigano Melquíades).
Nesta aldeia, sempre chamava atenção à vinda de ciganos, particularmente Melquiádes que mostrava as novidades do mundo, imã, a alquimia, bússola etc.
José Arcandio pai chegou às rias da loucura e preso na amendoeira até a morte. Aureliano filho teve uma vida intensa: promoveu 32 revoluções armadas e perdeu todas. Escapou de 14 atentados, setenta e três emboscadas, um pelotão de fuzilamento e e desfechou um tiro de pistola no peito sem que o projétil atingisse algum órgão vital. Teve dezessete filhos varões de dezessete mulheres diferentes, todos foram assassinados e morreu na velhice. Era do partido liberal. Já José Arcanjo filho morreu em casado com Rebecca.
Pilar Ternera (lia cartas- gostava de amar) foi amante dos dois homens e com eles teve dois filhos criados pela Ùsula: Arcadio (com Santa Sofia de La Piedad teve uma filha e dois gêmeos: Remédios ( era denominada a bela, tinha hábitos distintos e sumiu levitando), José Arcádio Segundo e Aurealiano Segundo) - foi fuzilado por ser transformar um ditador) e Aureliano José – que foi assassinado por capitão no teatro.
Aureliano Segundo casou-se com Fernanda e manteve a sua concubina Petra Cotes. Com a esposa teve três filhos: José Arcádio ( o ideal da Úrsula é que se tonar-se padre, quiçá papa – mas foi assassinado e roubado), Meme (ficou grávida de Mauricio Babilônia (levou um tiro quando ia visitar a amada e ela internada no convento). A criança Aureliano ficou escondido em casa, como bastardo, aquele apareceu no cesto levitando, conforme o desejo de Fernanda) e a terceira filha Amaranta Úrsula foi enviada para a Bruxelas.
O bastardo Aureliano está na casa em Macondo, quando Amarants Úrsula volta casada com Gáston.
Mas o destino irá fazer que Aureliano e Amaranta e Úrsula tenham ser enamorados e esta venha a morrer após o parto de um menino com rabo de porco, que será comido por formigas.
Aureliano saberá ler em sânscrito os pergaminhos deixando por Melquíades a história de sua família no período de 100 anos, os eventos até o sumiço de Macondo por um furacão.
Enfim: teremos os seguintes pontos:

a) Macondo cresce, traz riqueza, novos habitantes, o delegado, o padre, o exército, o cinema, gramofone, o trem, uma companhia americana que explora o extrativo de bananas, a exploração dos trabalhadores, a guerra civil, a morte de trabalhadores que reivindicavam seus direitos, a chuva ininterrompida de quase cinco anos, o declínio de Macondo e a sua extinção.

b) A consanguinidade entre casais gera grande possibilidade de transtornos genéticos sofridos pelos filhos de pais com algum coeficiente de parentesco. Tais crianças estão em maior risco de transtornos congênitos, morte e deficiência física e de desenvolvimento, o risco é proporcional ao coeficiente de parentesco dos pais - uma medida de quão geneticamente perto os pais são relacionados. Este tema no livro é exarcebado.

c) Foi um massacre de trabalhadores da United Fruit Company ocorrido em 6 de dezembro de 1928 na cidade de Aracataca (Magdalena), nas proximidades de Santa Marta, Colômbia.[1] Após oficiais americanos, juntamente com representantes da United Fruits apontarem a greve dos trabalhadores como "comunista" e com "tendências subversivas"
As tropas posicionaram suas metralhadoras nos telhados dos prédios baixos nas esquinas da praça principal, fecharam as ruas de acesso e, após um aviso de cinco minutos, abriram fogo contra uma densa multidão de trabalhadores E suas famílias que tinham se reunido após a Missa de Domingo para esperar por uma resposta antecipada do governador. No livro a citação da morte de vários trabalhadores e contada por dois gêmeos o José Arcandio Segundo.
d) Na Colômbia entre 1899 e 1902 ocorreu um confronto civil na Colômbia, foi denominado Guerra de 1000 dias. Os opositores eram conversadores x liberais guerrilheiros.
“A partir da Constituição de 1886 foi estabelecido um acordo com o Vaticano. Segundo o mesmo, a educação dos colombianos deveria ser gerida pela Igreja Católica. Esta iniciativa gerou um profundo descontentamento entre os liberais.
Do ponto de vista político, o país se encontrava em uma situação de instabilidade permanente e havia uma atmosfera social de hostilidade entre o Partido Liberal e o Partido Conservador.
Em 1899, a economia colombiana desabou como consequência dos baixos preços do café nos mercados internacionais. O triunfo eleitoral dos conservadores nas eleições de 1899 foi questionado pelos liberais.”
Esta guerra civil é narrada com início com o filho mais amado por Úrsula Areliano.
Os fatos da Guerra foi extráido do site: https://conceitos.com/guerra-mil-dias/

e) Úrsula e Pilar viveram por mais de 100 anos.

f) A vida é cíclica e a solidão traz a cada personagem um significado.


Fred Ribeiro 30/08/2018minha estante
Tenho esse livro e está guardadinho pra quando eu criar coragem e pegar-lo pra ler!


Elisabete Bastos @betebooks 31/08/2018minha estante
Olá Fred! Vale a pena ler!!!!




spoiler visualizar
Gleison Marques 05/04/2021minha estante
Eu lembro do arrepio ao terminar esse livro. Gabo é extraordinário!


Mandi 05/04/2021minha estante
demais!




Lau 22/01/2021

Capotei
Esse deve ser o primeiro livro clássico que me deu a sensação de um best seller vira-página impossível de largar. Eu ri tanto, senti tanto medo, fiquei tão horrorizada. Deve ser a primeira vez que eu posso falar que encontrei meu livro favorito.

Terminei com náuseas e me sentindo um Buendía (mas ainda bem que não sou).
Jess 22/01/2021minha estante
Meu Deus, eu acabei esse livro agora e tô me sentindo assim e não consigo parar de chorar!!! Rsrsrs


Veiga 28/01/2021minha estante
Este livro é sensacional! Leia também ''O amor nos tempos do cólera'' do mesmo autor, amo.




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