Bandidos

Bandidos Eric J. Hobsbawm




Resenhas - Bandidos


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Jaime Filho 27/01/2021

Hobsbawm aborda em Bandidos o controverso tema do "banditismo social", a tese de que certas formas de ação criminosa configuram-se como ação política contra grupos opressores. O tema é tão controverso que o autor dedica as últimas páginas da obra a responder seus críticos. Hobsbawm aponta que o fenômemo ocorria no meio rural, onde o Estado tinha pouco alcançe, tendo em seu lugar, elites que exploravam a população pobre. O banditismo social teria se esgotado com o avanço do Estado através das melhorias no acesso e nas comunicações com essas áreas remotas e na estruturação das forças que combatiam tais bandos. Cabe destacar, entre tantos exemplos citados pelo historiador, a presença constante do cangaço nordestino com a menção a personagens como Lampião, Maria Bonita, Corisco, Padre Cícero e a cidade de Juazeiro do Norte. É interessante para mim, como nordestino, ter tamanho autor se debruçando sobre nossa história.
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Camila1856 28/01/2022

Recomendo
O foco do livro é o banditismo social, o tipo Robin Hood de bandido, muito presente no imaginário social, fato que o autor busca investigar. Então é bem interessante pra quem se interessa ou pesquisa esse tema, inclusive o cangaço, e ele cita várias vezes o Lampião como exemplo de caso no Brasil.
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Bruno939 15/04/2023

A construção social do bandido, personificado na figura de Robim Hood. Hobsbawm discorre sobre como o banditismo passa a ser por muitas vezes uma forma de revolução, de heroísmo, nos mais diversos casos em todos os cantos do planeta. Geralmente pessoas pobres e oprimidas, que cansam do escárnio de servir até a alma própria para tentar o mínimo de dignidade, que por sua vez quando nao alcançada, revolta e dar cara ao que o autor chama de Bandistimo Social.
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Brenner.Resende 08/11/2016

Brilhante!
Em Bandidos, Hobsbawm traçará um paralelo entre o banditismo comum e o chamado banditismo “social”, além de definir em que consiste essa forma de banditismo, esclarecerá como eram as relações de poder entre o Estado, os bandidos e o campesinato. Valendo-se do método de pesquisa histórica que abrange um período do séc. XV ao início do século XX, e vários locais do mundo.
O autor ensina, de maneira fácil e resoluta, quais as condições propícias para o surgimento do banditismo social, bem como quem é esse bandido, quais são os seus valores, o seu modo de pensar e agir. Ao fazê-lo aprendemos também como eram as condições de vida, a política, e a economia da sociedade onde o bandido social está inserido.
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Daniel432 11/04/2023

Banditismo Social
A proposta do autor é apresentar ao leitor o banditismo e as condições sociais que deflagravam o gatilho para que camponeses até então ordeiros passem a atuar como bandidos sociais e para isso faz uso de exemplos bastante famosos tais como Robin Hood que presumivelmente não existiu historicamente, Pancho Villa e Lampião além, é claro, de inúmeros outros exemplos menos conhecidos. Não é objetivo do autor tratar especificamente da figura dos bandidos.

A principal causa desse gatilho, segundo o autor, é o sentimento de injustiça frente ações praticadas por representantes do poder seja estatal ou não conjugado com situações em que a comunidade do qual o camponês faz parte sofre diante da escassez de recursos. A título de exemplo o autor cita que o cangaço brasileiro começou com a seca no final do século XIX e atingiu seu auge na grande seca de 1919.

O autor cita que o bandido social, normalmente, não age contra sua comunidade pois dela espera proteção e suporte, possui um código de conduta e honra e não é visto por sua comunidade como um criminoso. Seus alvos preferenciais são membros da classe que representa a opressão e a injustiça. Entretanto, ele precisa deixar claro que é capaz de ser violento, inclusive com os seus, em caso de extrema necessidade, como forma de evitar a traição.

Essa situação ambígua é bastante interessante e, nesse ponto, Lampião é novamente citado por ter sido capaz de obrigar um cangaceiro de seu grupo a comer um quilo de sal por ter feito uma desfeita. O cangaceiro morreu por ter comido tanto sal?? Há quem diga que sim, mas também há quem diga que foi fuzilado após terminar ingrata tarefa.

Ao longo de todo o livro o autor procura deixar claro as condições para se classificar um bandido como bandido social e por se tratar de uma edição revisada, o livro foi publicado inicialmente na década de 70, no final do livro foi incluído um pós-escrito onde são apresentadas considerações de outros estudiosos discordando da tese apresentada pelo autor. Em grande parte, o autor rebate e defende sua tese contra-argumentando e reforçando seus pontos de vista, porém ele cede e concorda, em parte ou totalmente, com algumas críticas.

O autor diz que não há mais bandidos sociais (isso lá em 1970!!) pois as condições necessárias não estão mais presentes nas sociedades modernas e industriais. Eu concordo. E aí, o que você acha?? Leia o livro e chegue à sua conclusão!!
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Almir 14/01/2019

Não muito atraente de ler
O livro de Eric Hobsbawm sobre o banditismo social não é um livro que se lê com tanto prazer, sem uma história pra ser contada, apenas um marco teórico para o estudo do tema.

Carece de estudos de caso, apenas um apanhado de vários detalhes e características do banditismo em diversas partes do mundo para compor suas semelhanças.
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Fernando 25/01/2024

Destacaria o capítulo 7 e o posfácio das edições recentes. Não me pareceu tão datado como costumam dizer, o próprio autor incluído. Há percepções que encontram paralelos na realidade pós industrial de massa.
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