Narciso: Tédio e Fúria

Narciso: Tédio e Fúria Roque Neto




Resenhas - Narciso: Tédio e Fúria


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ThaisTuresso 11/02/2011

"Sei exatamente o que você veio buscar. Você deseja conhecer os segredos por trás de minhas ações. Eu os revelarei. Quero entregá-los à você, porque você me encontrou e quase me surpreendeu (....)"


São exatamente com essas palavras acima que iniciamos a leitura do livro "Narciso, tédio e fúria" um livro que poderá te surpreender muito mais do que você possa imaginar. E as palavras citadas acima, poderá de imediato nada significar, mas poderá lhe fazer refletir quanto ao final...

A história se passa em Esperantina no Piauí, o protagonista também narra sua história e insiste em nos contar como tudo começou, tudo começou o quê? Espere, leia a resenha SEM SPOILERS e você poderá ter alguma ideia do que quero expressar.
Francisco, acredita que sua vida não foi fácil desde que passou a existir neste mundo, filho bastardo de seu pai com uma amante qualquer, foi criado até os 11 anos de idade pela esposa de seu pai, dona Rosa, que assim que soube do caso e da gravidez de Bete a amante de seu esposo o tomou na maternidade, mas ele tampouco a chamou de mãe. Sempre foi excluído pelos seus irmãos, que o desprezavam e lhe jogavam na cara sua situação desprezível. Até que um dia seu pai foi embora com uma mulher qualquer, deixando dona Rosa deprimida e com seus filhos para criar. Ele não suporta mais viver sob o mesmo teto daqueles que o desprezam, afinal seu pai se fora e não existe mais nada que o prenda naquele lugar. E assim ele vaga nas ruas até que Padre João e Dona Helga, o leva para morar na paróquia.

Entre os estudos no seminário, sua vida se torna mais amarga e sem atrativos logo após alguns acontecimentos que o magoam muito, ele estava entediado, a fúria surgiu naturalmente. E então aquele que ficar em seu caminho será lançado fora, suas intenções: Vingança. De quem e porquê? Descubra lendo o livro, que lhe proporcionará momentos de reflexão...Até onde um psicopata pode chegar? Quais são os motivos que levam um ser humano a seguir sem destino e com rebeldia e vingança?

"Narciso, tédio e fúria", me prendeu em suas páginas, eu queria desvendar o intento do protagonista, porque ele cometia tantas atrocidades? Tentei me colocar em seu lugar e pensar se faria e agiria do mesmo modo, e concluí que não. Ele tinha motivos? Talvez. Quem é que pode desvendar a mente humana? Nós mesmos que não. O livro é de leitura rápida, instigante e fascinante. O autor usa de termos próprios e todos muito bem colocados, a linguagem de escrita é cativante, inteligente e de maneira nenhuma superficial. Como relatar os acontecimentos e mortes em ambientes nada convencionais? Criativo, inteligente e instigante, com estas três palavras defino o livro. Recomendo! Boa Leitura!
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Psychobooks 01/12/2011

Quando o Roque mandou um e-mail oferecendo seu livro para resenha e sorteio, logo me prontifiquei para o recebimento. O tema me chamou muito a atenção e o site de divulgação está realmente muito bem-feito.

O livro conta a história de Francisco. Nascido de um relacionamento extraconjugal, passa a morar com a família de seu pai e tem uma boa acolhida por parte de sua madrasta, mas não por parte de seus meio-irmãos.

Seus traumas e a formação de seu caráter começam quando passa uns dias na casa de sua mãe verdadeira, e lá insinua que houve um abuso por parte de um de seus irmãos mais velhos. E aqui faço um aparte por conta da insinuação… Acredito que por se tratar de um livro de serial killer, todas as informações de formação de caráter, são de suma importância para nossa (digo leitores) construção de opinião; houve abuso? Por parte de quem? Que tipo de trauma isso trouxe para a vida do personagem?

Após fugir de casa, é acolhido por padre João e sua irmã Helga e todos os seus passos são definidos por essa relação. Desde a escola, onde sofre bullying, até o seminário, onde se destaca como uma grande promessa.

O início do livro é uma descrição da infância e adolescência do personagem, e apenas isso. Faltou sentimento nessa primeira parte, em nenhum momento me senti conectada ao Francisco. Imaginar tudo o que ele passou até os dez anos de idade tinha que despertar pelo menos simpatia, mas a linguagem é tão mecânica que não me identifiquei com ele.

Quando os acontecimentos de sua vida o levam à decisão de fazer justiça com as próprias mãos, o livro realmente toma outro rumo. As maquinações de Francisco e seu ego exacerbado o levam à busca de uma vingança cega, contra qualquer um que ele julgue ter atrapalhado (ou estar atrapalhando) sua vida de alguma forma.








“Do capítulo 25, sobre como lidar com pessoas que cometiam faltas graves, emergiu a seguinte frase: ‘Este homem foi assim entregue à morte da carne para que seu espírito se salve no dia do Senhor’. Senti-me devorado por meus pensamentos. Ali nasceu meu plano… Eu precisaria apenas de tempo para aperfeiçoá-lo. Mas a decisão nasceu ali. Ninguém tinha o direito de me fazer sentir aquela dor que me oprimia o peito. Alguém teria que pagar por isso.”

Página 53

O final do livro é realmente surpreendente, e as conclusões finais são bem colocadas.

Senti falta de um pouco de sangue… Por contar a vida de um assassino, esperava mais das cenas de ação, mas nada que estrague o enredo.

Não se pode negar a criatividade da obra e o cuidado que o autor teve com as motivações do personagem. O título do livro é realmente genial! Pra quem não conhece a lenda de Narciso, ela conta a história de um belo rapaz que encantado com sua própria beleza refletida em um lago, acabou por se jogar nas águas e morrer afogado.

E esse é o centro do livro. Francisco se considera tão onipotente que acaba se perdendo em meio às suas próprias maquinações.

Link: http://www.psychobooks.com.br/2011/03/resenhasorteio-narciso-tedio-e-furia.html
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sentilivros 14/02/2011

resenha de Narciso, tédio e fúria
O livro é de linguagem simples e fácil entendimento, conta a história de Francisco, de sua infância até o momento da narração do livro.
Uma história em que você se perde em emoções algumas vezes. Há momentos que nos indignamos como que Francisco passa e outros com o que ele é capaz de fazer. Independente do lugar em que a história ocorre, podemos perceber a humanidade dos personagens, seus pontos fortes e fracos, envolve-nos de tal forma que você não quer parar de ler.
A história justifica o título, ou o contrário?...rsrsrs...O final, de certa forma surpreende apesar de um livro fino, os personagens não serem tão descritos, parece que conseguimos apreender todas as suas complexidades.
Recomendo...



site: http://sentimentonoslivros.blogspot.com.br/2011/02/narciso-tedio-e-furia.html
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Tathy 09/03/2011

Narciso: Tédio e Fúria de Roque Neto
Para ler a resenha completa com imagens e links ativos, visite o blog Eu sou assim (www.tathy.com.br)

Narciso: Tédio e Fúria de Roque Neto é um livro viciante. O livro é narrado por Francisco, que nos conta sua história e tem como cenário Esperantina no Piauí e a igreja Católica. Vítima do descaso da mãe, foi morar com o pai, com a mulher de seu pai e seus três filhos. Mais uma vez Francisco é tratado com indiferença, seu pai praticamente não o nota e a única que lhe dá um pouco mais de atenção é sua madrasta, mas somente até o dia em que o seu pai a abandona. Depois disso, Francisco vaga por Esperantina até ser encontrado por Helga, a irmã do Padre João. Quando Helga decide que Francisco irá morar na casa paroquial com eles, Francisco finalmente se sente querido e desejado. Envolvido neste meio religioso ele decide entrar para o seminário e é lá que começa a mostrar suas garras…

Em Narciso: Tédio e Fúria, o autor nos mostra como a infância, os pais, os amigos na escola e a sociedade pode influenciar na formação de um homem. É isso que acompanhamos na trajetória de Francisco, que quando retiram dele o que ele ama ou quando o fazem lembrar de seu passado difícil, se transforma em alguém… como posso dizer? furioso (clichê, mas está valendo) e que possui domínio total sobre as pessoas e situações. Era o tempo em que Francisco era maltratado pelos amigos e família. Hoje Francisco é o que deseja ser!

O livro mostra os defeitos da igreja católica e eu como católica preciso confessar que isso mexe comigo de maneira negativa, mas eu tentei colocar em minha cabeça durante toda leitura que (independente das verdades reais) este livro é uma obra de ficção e acho que deu certo. Esqueci de mim e me entreguei deliciosamente a leitura

Leitura incrível de um livro viciante e de uma narrativa impecável!
Confira o booktrailer de Narciso: Tédio e Fúria

Sobre o autor:

Roque Neto nasceu em Esperantina, Piauí. Aos 13 anos, teve seu primeiro texto publicado em uma revista, e desde então, passou a escrever e a publicar com regularidade.
Sua formação acadêmica inclui uma graduação em filosofia, pós-graduação em Psicopedagogia e Gestão Escolar, e mestrado em Educação.
Atualmente, reside nos Estados Unidos, onde cursa Psicologia e também segue o Doutorado em Liderança Educacional, no Saint Mary’s College of California. Semanalmente, oferece a seus leitores artigos para reflexão sobre desenvolvimento pessoal no blog Sentido.

Onde encontrá-lo:

Site | Twitter (livro) | Twitter (autor) | Skoob (autor) | Skoob (usuário) | Facebook | Orkut
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PeqMari 02/04/2011

"Ao leitor, a surpresa."
Sim, é exatamente como defino esta obra. Surpreendente.
Sabe quando você lê a sinopse (ou vê um booktrailer), constrói toda uma potencial história na cabeça, e quando finalmente pega aquela obra pra ler, fala "hã? Jura que era assim? Poxa, acho que me enganei..."
Então, começou exatamente desse jeito: eu tinha visto o booktrailer, e sendo leitora de narrivas mais fantasiosas e/ou intimistas (ou seja, aquelas que descrevem detalhadamente os sentimentos dos personagens), ao me apresentar à história de Francisco (não, o personagem principal não chama Narciso! Há!) confesso que fiquei um pouco desapontada.


E por que?
Porque a escrita pareceu rasa, meramente descritiva. Eu, que esperava algo forte desde o começo, me deparei com um estilo leve, simples até demais. Com direito a algumas repetições de termos e tudo.


Mas...
É, mas...
A coisa começou a esquentar quando a história foi se desenvolvendo, o personagem se revelando, e colocando em prática suas verdadeiras intenções. E de repente (...)

[resenha completa em: http://peqmari-trocoatencaoporvidas.blogspot.com/2011/03/resenha-narciso-tedio-e-furia.html]
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Lili 12/04/2011

Um livro muitíssimo bem escrito e revisado. Roque Neto está de parabéns, pois conseguiu arrebatar a minha atenção o livro inteirinho. Apesar de saber o que esperar através da sinopse, a narrativa do livro é surpreendente. Como sou fascinada por histórias de suspense e crimes, fui conquistada por essa história. E é uma história que nos faz refletir sobre a vida, educação, política, entre outros. E é um livro narrado em primeira pessoa e acabamos sendo conquistados pelo protagonista: Francisco. Embora ele tenha sido capaz de atos hediondos, é de se refletir o que se passava em sua mente perturbada e como ele acabou ficando assim. É um livro que recomendo muito, pois mostra mais um talento nacional que deve ser incentivado!

Se quiser ler mais resenhas, acesse http://leiturasdeeliane.blogspot.com
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Mi Araujo 17/05/2011

Posso dizer de início que esse livro é surpreendente,Roque Neto realmente soube nos conquistar com a leitura de seu livro.

Narciso:Tédio e Fúria relata a vida de Francisco.Ele não vivia com sua mãe biológica,mas sim com sua madrasta,que realmente era a esposa de seu pai.Francisco era fruto de um relacionamento extra-conjugal de seu pai.Por um tempo ele viveu tranqüilamente com sua madrasta,seu pai e irmãos,até que um dia seu pai resolveu sair de casa sem avisar nada,e nunca mais voltou,a partir daí sua vida mudou totalmente,pois ele passou a ser maltratado por um de seus irmãos,e sua madrasta passou a ignorá-lo,e assim ele acabou saindo de casa com apenas 11 anos de idade,ele vivia de casa em casa pedindo abrigo,mais todos os ignoravam.
Como que por obra do destino,Francisco é encontrado por um padre e sua irmã e eles acabam adotando-o.Francisco passa a ter uma vida totalmente diferente,começa a estudar em boa escola,e torna-se um seminarista bem aceito por seus colegas e reconhecido pela sua inteligência(...)
->Continue lendo em:http://almadeleitor.blogspot.com/2011/05/narcisotedio-e-furia-roque-neto-resenha.html
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Fernanda 02/08/2011

Resenha: Narciso tédio e fúria (Roque Neto)
Boa tarde, caçadores!
Sei que hoje não é dia de resenha, mas após a leitura desse livro ficou impossível não postar hoje!
Conheçam:


Ed. Quártica
ISBN: 978-85-7801-175-8
167 páginas

Notas:

Capa: 7.0
Conteúdo: 8.5
Diagramação: 8.5

Sinopse: A vida não é um filme, mas bem que poderia ser, bem que poderia trazer enredos e músicas para dentro de nossos dias. Talvez assim nos sentíssemos envolvidos pelas brumas de um doce romance ou, mesmo, por uma aventura de capa e espada.
Narciso: tédio e fúria é isto, um filme real, uma história viva, cortante, apaixonante, visceral. Neste livro, temos a vida como tema central, personagens de carne e osso interagindo numa ficção sem precedentes.
O mistério da vida joga com a realidade de fatos que passam pelo amor de maneira tão surpreendente como faz com a morte. Nada é previsível, nada é lugar-comum neste livro.
A cada capítulo, descobrimos que o tédio e a fúria vivem dentro de nós, exatamente na mesma proporção, numa luta marcadamente vigorosa.

Quando comecei a ler o livro, pensei em um roteiro totalmente diferente, mas adorei a surpresa de Tédio e Fúria!
A história se passa em Esperantina, Piauí. Nessa cidade há cinco famílias predominantes, sendo as mais conhecidas: Borges, Lins, Valadares e Aleijo.
Porém o grande "astro" e narrador-personagem desse livro é o chiquinho, ou melhor, o Francisco das Chagas Araújo.
Francisco teve uma infância difícil, logo foi testemunha da destruição de sua família e para fugir do seu irmão Claúdio, teve que se virar como pôde nas ruas.

Para conhecer a resenha completa, visite:

http://www.cacadoradelivros.com/2011/08/resenha-narciso-tedio-e-furia-roque.html
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Euflauzino 12/06/2011

A raiva incontida

De cara o título do livro me fez retornar a visão para ele e quando isso acontece dificilmente deixo de lê-lo: “Narciso: tédio e fúria” carrega tanta força que por si só já vale uma observação mais apurada por parte do leitor. E foi pensando nisso que iniciei a leitura e me tornei cativo.

Logo no início Roque Neto compara Esperantina, uma pequena cidade do Piauí com a Cabul de Hosseini e a Boston de Lehane. Como ficar indiferente diante de tal conexão? É como se deparar com o sertão mineiro de Guimarães Rosa com suas sutilezas e universalidades. Além do mais são autores que tenho em alta conta, para não dizer que sou fã inconteste.

Ainda no início nos faz questionar a respeito do “mito”, ou melhor, de como se dá a passagem do estágio de “bastante conhecido” para o de “mito”, citando o famoso “Lourenço Bandoleiro”, personagem com uma longa ficha policial que inclui, inclusive, homicídios, utilizado pelos mais velhos para amedrontar as crianças:

“Se continuar desse jeito, você vai ficar igualzinho ao Lourenço Bandoleiro”.

Fez-me lembrar de alguns mitos de minha própria infância em Mococa-SP, tais como: Curruila, uma senhora negra como o pássaro que lhe originou o apelido, que corria atrás das crianças quando chamada pelo epíteto; Mané Quiabo, outro que pegava as crianças e as comia (pelo menos era o que os pais nos diziam).

Tudo isso fui rememorando, porém o que me fez regredir foi o enredo, tratado de forma magistral, trazendo à tona imagens de meus tempos de coroinha da igreja Matriz. A raiva do personagem central me atingiu em cheio. Já carreguei dentro de mim uma raiva incontida e ainda hoje trago resquícios dela em algumas de minhas atitudes. Tenho pouco controle, mas consigo disfarçar bem.

“... Ele sorriu e deu tapinhas nas minhas costas. Eu sorria para ele, mas o meu peito mais uma vez estava tomado de raiva... Quando apertei sua mão, olhei em seus olhos e concluí ‘Vou matá-lo!’ ”.

O personagem parece carregar toda a raiva do mundo dentro de si, filho bastardo, nascido na zona rural, sofre todos os dissabores do preconceito e da invisibilidade social. Arvora-se da condição e do direito de ser deus, encontrando justificativa para seus inúmeros crimes, inclusive com trecho das regras de São Bento:

“Este homem foi assim entregue à morte da carne para que seu espírito se salve no dia do Senhor”.

Não sobra pedra sobre pedra – homossexualismo, aborto, morte, não passam desapercebidos em nenhum momento. Com citações de Hermann Hesse e Umberto Eco, o enredo feito de retalhos transforma-se numa colcha bem trabalhada, belíssima. O livro é “forte”, desconcertante, provocativo e assumidamente polêmico, seja por envolver a igreja, seja por nos colocar como juízes. Altamente recomendado!
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