Ana Bernhard 05/04/2024
O progresso da arte conforme a história do homem
Uma leitura obrigatória para todos os estudantes e apaixonados pelas artes!
Graça Proença é uma das minhas autoras favoritas. Amo a forma como ela conduz o livro e traz um foco especial para a arte brasileira, demonstrando com carinho a variedade indígena também. Considerando a grande quantidade de obras de arte, períodos, estilos, culturas e nações que temos, a autora consegue organizar de forma didática, a história da arte, fazendo com que possamos ter uma ideia do panorama geral.
Uma observação pessoal, e agora analisando sobre a arte em si produzida pela humanidade:
A impressão que tive é que a partir da "arte contemporânea" pra cá (segunda metade do século XX), as coisas foram ficando só mais doidas.
Muitos estilos variados e com pouca concordância entre os artistas. Artes cada vez mais voltadas para o abstracionismo (onde o objetivo não é retratar como algo é, mas sim gerar uma sensação sobre algo através de imagens abstratas), e eu diria que mais voltadas para o eu e o ego do próprio artista.
Através dos textos da autora, conseguimos perceber a necessidade que ela tem de "explicar mais no texto do que no mostrar a obra", e como as obras acabam demonstrando "menos significado". Isto em paralelo com as obras clássicas, renascentistas e até indígenas, retratando o que é o ideal e o belo na natureza e na humanidade, é assustador.
A Arte, talvez, acaba refletindo a confusão e a perdição da humanidade que vai seguindo em progresso até o fim dos tempos.