Resenhas - Napoleão

Daniel Rolim 26/05/2010

Mesmo que retratado de forma parcial, mas também magistral, por Alexandre Dumas, não há como não deixar de admirar a figura de Napoleão Bonaparte, com toda a sua genialidade, sagacidade, fama e, sobretudo, importância. Afinal, assim como Alexandre fez ao espalhar a cultura helênica para outras civilizações, Napoleão conseguiu disseminar os ideais da Revolução Francesa aos quatro cantos do mundo, fornecendo subsídios para a derrocada completa do mundo medieval.
Livro obrigatório a todos que não entendem de história e que são levados a crer que Napoleão Bonaparte foi um tirano comparável a Hitler, Stalin e outros mais. Apesar de seus erros, que hão de ser julgados pelos valores de sua época e não da atual, a crítica ao imperador é fruto da mesquinharia e pequenez de alguns "historiadores" ingleses, mais preocupados com a fábula de Robin Hood do que com a verdade.

Ingrid 25/01/2021

A maioria das pessoas está acostumada aos romances de Dumas, ainda que eles tenham sempre um fundo histórico, mas aqui é possível se conhecer o biógrafo; e o autor não deixa nada a desejar. A curiosidade mais interessante é que o avô de Alexandre Dumas foi um general de Napoleão, e é bem possível que isso tenha sido um combustível maior para escrever a biografia do Imperador. Mas não espere fatos detalhados da infância ou do homem, já que Dumas focou nas memórias bélicas de Napoleão, até seu declínio. Diante disso, é uma leitura difícil para quem não está acostumado a biografias, e não porque a escrita seja ruim. Aliás, é impossível que Dumas não escreva bem; mas tão somente porque é preciso gostar de estratégias bélicas; já que o livro é quase que totalmente sobre isso. Mesmo assim, é muito curioso ver a genialidade de Napoleão, que deixa claro o motivo dele ter se tornado Imperador da França, e tenha sido, praticamente, o do dono do mundo em seu tempo.

Raul 05/01/2011

Napoleão
Dumas traça aqui um relato de vida tão fantástico que supera, para mim, muito de suas outras obras. O livro já nasce eterno, definitivamente.
A história de Napoleão, desde sua saída tímida da Córsega aos gloriosos campos de batalha como em Marengo, é de uma sutileza e detalhismo perfeito. Jamais poderia contemplar tão vividamente a imagem do Grande Corso se não fosse por essa obra. Vibra-se ao decorrer da história, surpreende-se, lamenta-se. Vemos aqui, talvez, a mais perfeita biografia escrita para reluzir a memória do homem mais fabuloso de toda a História. Não falo isso por ufanismo, unilateridades. Já li vários textos sobre Napoleão, cada qual com suas particularidades, mas o que difere daqueles outros, distantes e imparciais, é o Dumas: o autor de uma biografia gloriosa, escrita não mais do que vinte anos após a morte de Bonaparte e que permite, com furores românticos pelo seu líder, ou não, um relato belo.
Observamos também uma escrita de alguém que não escreve por motivos supérfluos: o encanto pelo Imperador está visivelmente presente em toda a obra. Aqui vemos o quão a França foi traída e o quão Bonaparte fez por seu império. Demonstra a estima que o mundo, o povo, lhe tinha, em todos os cantos. Verifica-se o endeusamento de um homem por mérito dele mas pela escolha de todos. Os documentos, aqui inseridos nessa obra, são de uma riqueza estonteante: relatos de soldados, cartas do Imperador para a população e seu exército - sempre, em todas, demonstrando satisfação e grande respeito-, mapas e ademais coisas.
Confesso que fico um tanto quanto nauseado ao pensar em como a figura de Bonaparte ainda passa despercebida em nosso mundo. Este não é um livro para ser meramente lido e absorvido. É um livro para ser lido e desfalecer de admiração, contemplando feitos supra-humanos. Com efeito que, escrito por um francês, filho de um general bonapartista, não lhe escapa certas coisas para se fazer certo "ufanismo" mesmo. Entretanto, o que há de errado nisso? Prefiro acreditar numa história escrita com amor, e quase contemporânea ao personagem principal, do que nas histórias que tentam nos impor o relato dos "vencedores", através desse "eurocentrismo" que esmagou heregicamente a figura de Napoleão. E sim, vencedores entre aspas, afinal quem é o Lord Wellington ou Blücher hoje em dia? Nada.
É como o próprio Imperador falou, e sem querer se definiu de maneira perfeita: "os homens de gênio são meteoros destinados a queimar para iluminar o seu século."

Tiago 19/11/2023

A história é pouco explicada, não tem como ter prazer de ler o livro por que o livro não dá contexto. Para quem não sabe nada das guerras napoleónicas esse livro é perda de tempo

romulorocha 01/12/2023

Napoleão: uma biografia literária, de Alexandre Dumas
Gênero: Biografia
País: França
Ano: 2004 / 240 páginas
Editora: Zahar

Não tive a oportunidade de ler as outras biografias de Napoleão, mas gostei bastante deste livro. Ainda que dê para sentir a parcialidade do autor a favor de Napoleão, o leitor consegue ter uma dimensão honesta da pessoa e do símbolo nacional e até mundial que este personagem tem na história. Com uma linguagem acessível e generosa, Napoleão: uma biografia literária remonta a história da ascensão e queda de Napoleão, com ênfase maior em algumas de suas maiores batalhas como as de Austerlitz e Waterloo.

Este é um livro bem descritivo e histórico, o autor, embora tenha sido uma testemunha ocular de napoleão, não traz muitos detalhes pessoais da personalidade do personagem, apenas uma descrição mais aprofundada dele e de suas conquistas quanto fracassos. As cenas de batalha são muito bem escritas, nos transportam para a cena. Esse mérito, acho que ninguém discute.

Para Napoleão: uma biografia literária, 8/10.

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Tatiane.Gieswein 26/10/2016

No geral achei o livro um tanto quanto chato.
Esperava saber mais detalhes da personalidade de Napoleão, detalhes de sua vida em geral, porém o autor de focou em narrar apenas sua vida com o foco nas batalhas. Salvo os últimos capítulos onde narra seu exílio na ilha de Elba e depois seu 2 exílio até sua morte em Santa Helena. Esses capítulos focaram mais em Napoleão apesar de trazer poucos detalhes.
Em geral a leitura não atendeu minhas expectativas. Mas segui firme até o final pois não sou de abandonar a leitura.
Porém vou buscar outros livros sobre Napoleão, pois crédito que devo encontrar obras que tragam mais da essência desse personagem tão ilustre que entrou para a história.

Tatiane
Setembro 2016

Lucas Rey 29/11/2017

Empolgante
O livro tem poucas páginas, mas é direto no que se propõe a narrar. Não é como aquelas biografias de mil páginas que conta detalhes tão minuciosos a ponto de tornar a leitura densa ou desinteressante.

Foca em manter uma narrativa da parte mais interessante da vida de Napoleão em três atos: 1º- ascensão ao poder, 2º- batalhas, e 3º- exílios e morte.

Saber como Napoleão chegou ao poder é surpreendente, um mix de sorte e competência que se misturam de tal forma que jamais saberemos até que ponto é uma coisa ou outra.

As batalhas são um show a parte. Narradas de forma empolgante, com detalhes; uma escrita quase que cinematográfica.

O exílio e morte são narrados com pesar. Sente-se o clima do ambiente, a atmosfera do fim de sua vida. O testamento de Napoleão, bem como outros documentos foram colocados em anexos no final do livro.

Recomendado para quem sempre teve curiosidade sobre a vida de Napoleão, mas não quer perder tempo lendo algo maçante e com detalhes que só interessam a um "fã" do ex-imperador.

Mopi 23/05/2022

Dumas bairrista
Livro bom, mas autor claramente bairrista, admirador de Napoleão e um tanto quanto exagerado nas palavras e na narrativa. Mas bom o livro.

Laís 26/12/2022

Posição 95
No dia 15 de agosto de 1769 nasceu em Ajaccio, na Córsega, uma criança que recebeu dos pais o nome Buonaparte, e dos céus o de Napoleão.

Posição 131
Durante o inverno de 1783 para 1784, caiu uma quantidade tão grande de neve que todas as recreações ao ar livre foram interrompidas.

Posição 263
Logo Paoli desfraldaria abertamente o estandarte da revolta. Nomeado, em 26 de junho de 1793, pelos partidários da Inglaterra, generalíssimo e presidente de uma comissão em Corte, foi em 17 de julho declarado fora da lei pela Convenção Nacional.


Posição 515
Bonaparte marchou em direção a Alvinzi, encontrou-o em Arcole, lutou três dias corpo a corpo com ele e só o largou depois de ter deitado cinco mil mortos no campo de batalha, feito oito mil prisioneiros e tomado trinta peças de canhão.

Posição 538
Assim, aos vinte e sete anos, Bonaparte segurava com uma das mãos a espada que dividia os Estados e, com a outra, a balança que pesava os reis.

Posição 541
Em relação ao papa, o Diretório empregava formas ultrajantes; já Bonaparte escrevia-lhe sempre com respeito e só o chamava de Santo Padre.

Posição 545
No 15 vendemiário do ano VI, era assinado o tratado de Campoformio, e a Áustria, à qual se entregou Veneza, renunciava a seus direitos sobre a Bélgica e a suas pretensões sobre a Itália. Bonaparte deixou a Itália e rumou para a França, chegando a Paris no 15 frimário do mesmo

Posição 563
Em 12 de abril de 1798, Bonaparte era nomeado general em chefe do exército do Oriente.

Posição 747
primeira tarefa de Bonaparte? ao chegar à suprema magistratura de um Estado ainda sangrando em função da guerra civil e externa, e esgotado por suas própria vitórias? foi tentar estabelecer a paz sobre bases sólidas.

Posição 964
Então tudo se encolheu, tudo refluiu, tudo debandou. Os generais austríacos queriam apenas sustentar a retirada, que se transformara em derrota, já que as divisões francesas atravessaram em meia hora a planície defendida pé a pé durante quatro horas.

Posição 989
Não seja por isso? replicou o primeiro-cônsul mostrando ao príncipe a carta interceptada.? Seu imperador não soube da tomada de Gênova, e o que tem a fazer é simplesmente não contar a ele.

Posição 1013
A Inglaterra se assustou e, em 25 de março de 1802, era assinado o tratado de Amiens.

Posição 1017
Depois desse grande desafio lançado à Revolução, colocou-se para a França a grande pergunta: Napoleão será imperador dos franceses? Cinco milhões de assinaturas responderam pela afirmativa, e

Posição 1019
Napoleão subiu ao trono de Luís XVI. O que não impediu que três homens protestassem em nome das letras, eterna República que não possui césares e não reconhece napoleões. Esses homens eram Lemercier, Ducis e Chateaubriand.


Posição 1055
Em 2 de dezembro de 1804, realizou-se a sagração na igreja de Notre-Dame. O papa Pio VII viera expressamente de Roma para colocar a coroa sobre a cabeça do novo imperador. Napoleão dirigiu-se à igreja metropolitana escoltado por sua guarda, conduzido num coche de oito cavalos, tendo Josefina a seu lado. O papa, cardeais, arcebispos, bispos e todas as grandes figuras do Estado o esperavam na catedral, em cujo adro se deteve por instantes para ouvir uma saudação e responder.


Posição 1077
Napoleão preparava-se, ao fazer de seu enteado um vice-rei e de sua irmã uma princesa, para transformar seus irmãos em reis.

Posição 1358
Bonaparte primeiro-cônsul criara repúblicas; Napoleão imperador as transformava em feudos. Herdeiro das três dinastias que tinham reinado na França, quis aumentar ainda mais o legado de Carlos Magno, e a Europa fora obrigada a assistir àquilo passiva.


Posição 1362
Com o decreto de Berlim sobre o bloco continental, a Inglaterra fora colocada à margem da Europa. Nos mares do Norte, na Rússia, na Dinamarca, no Oceano e

Posição 1365
Napoleão decidiu assim, por um decreto, datado de 27 de outubro de 1807, que a Casa de Bragança cessara de reinar, e Alexandre, em 27 de setembro de 1808, comprometeu-se a marchar contra Gustavo IV.

Posição 1374
Os franceses não demoraram a entrar em Madri. Já o imperador correu a Bayonne, convocou os príncipes espanhóis, obrigou Fernando VII a devolver a coroa ao pai e o enviou, preso, para Valença.

Posição 1375
Imediatamente o velho Carlos IV abdicou em favor de Napoleão e se retirou para Compiègne. A coroa então foi então passada a José Bonaparte por uma junta suprema, o Conselho de Castela e a municipalidade de Madri.

Posição 1446
No dia 12, essa trégua foi firmada em Znaïm. Logo começaram as reuniões, que duraram três meses, período em que Napoleão residiu no palácio de Schönbrunn, onde escapou como por milagre do punhal de Staps. Finalmente, em 14 de outubro, a paz foi assinada.

Posição 1466
Em 1º de abril de 1810, Napoleão casou-se com Maria Luísa, arquiduquesa da Áustria. Onze meses depois, cento e um canhões anunciavam ao mundo o nascimento de um herdeiro do trono. Um dos

Posição 1708
Em 14 de setembro, o exército entrou em Moscou. Tudo seria sombrio nessa guerra, inclusive os triunfos. Nossos soldados estavam habituados a entrar em capitais, não em necrópoles. Moscou parecia um imenso túmulo, por toda parte deserta e silenciosa. Napoleão estabeleceu-se no Kremlin, e o exército se espalhou pela cidade. Em seguida, anoiteceu.

Posição 1718
Em 22, Napoleão saía de Moscou, e no dia seguinte o Kremlin ia pelos ares. Durante onze dias, a retirada operou-se sem grandes desastres, quando, de repente, em 7 de novembro, o termômetro desceu de 5 graus positivos para 18 negativos. E o vigésimo nono boletim, datado do dia 14, levava a Paris a notícia de desastres até então impensáveis, em que os franceses não acreditariam se lhes fossem relatados pelo próprio imperador. contar desse dia, foi um desastre equivalente a nossas maiores vitórias.

Posição 1723
Daqueles setenta mil cavaleiros que tinham atravessado o Niemen, mal se podiam formar quatro companhias de cento e cinquenta homens cada para servir de escolta a Napoleão.

Posição 1796
Enquanto aquela sopa era preparada, colocávamos sobre os carvões a carne de cavalo, cortada em filés, sobre a qual também salpicávamos pólvora de canhão. (Relato do sobrevivente René Bourgeois)

Posição 1911
O Império fora invadido por todos os lados. Os austríacos avançavam na Itália; os ingleses tinham atravessado o Bidassoa e apareceram no alto dos Pireneus; Schwarzenberg, com o grande exército composto por cento e cinquenta mil homens, surgia na Suíça; Blucher entrara em Frankfurt com centro e trinta mil prussianos; Bernadotte invadira a Holanda e penetrara na Bélgica com dez mil suecos e saxões. Setecentos mil

Posição 1987
Antes de entrar na cidade, foi recebido pelas autoridades, o clérigo e os notáveis, precedidos pelo prefeito, que lhe entregou as chaves de Portoferraio numa bandeja de prata. As tropas da guarnição estavam em armas e formavam uma barricada. Por trás dela amontoava-se a população inteira não apenas da capital, mas das outras cidades e aldeias, que tinha acorrido de todos os cantos da ilha.
Posição 2060
quando foi secretamente avisado de que estavam discutindo seu afastamento. A França, por intermédio de Talleyrand, exigia com veemência essa medida do Congresso de Viena, considerando-a
indispensável para sua segurança e apontando incessantemente o perigo, para a dinastia reinante, de Napoleão residir tão próximo
da costa da Itália e da Provença.

Posição 2076
Foi portanto decidido, por não parecer violar os tratados vigentes, que se tentaria convencer Napoleão a deixar voluntariamente a ilha de Elba; caso se recusasse, usariam de violência. Passaram imediatamente à escolha de outra residência. Malta foi mencionada, mas a Inglaterra vira inconvenientes na alternativa, já que, de prisioneiro, Napoleão podia se tornar um grão-senhor. Propôs então Santa Helena.

Posição 2764
O Congresso de Viena (1814-15) representou, para a França, a perda de todos os territórios por ela anexados após 1792. Além disso, a Bélgica foi reunida à Holanda, formando os Países Baixos; a Áustria obteve o Norte da Itália; a Sardenha recebeu Gênova; a Suécia, a Noruega. A Rússia abriu mão de parte do grão-ducado de Varsóvia; a Prússia

Posição 2780
Na noite do dia 26, o Bellérophon entrava na baía de Plymouth. Ali, espalharam-se os primeiros rumores da deportação para Santa Helena: Napoleão não quis acreditar. No dia 30, um comissário transmitiu a Napoleão o desígnio relativo à sua deportação para Santa Helena.

Posição 2801
Quanto à Inglaterra, aceitou em todo o seu alcance a vergonha de sua traição, e, a contar de 16 de outubro de 1815, os reis tiveram seu Cristo, e os povos, seu Judas.

Posição 2844
Quanto ao cerimonial, tudo foi organizado como na ilha de Elba: o grão-marechal Bertrand conservou o comando e a vigilância geral, Montholon foi encarregado dos detalhes domésticos, o general Gourgaud teve a direção da estrebaria, e Las Cases

Murilohlf 21/12/2023

Precisava de mais
Particularmente eu achei que pareceu que o Dumas escreveu na pressa, ele joga um milhão de informações em você mas tu fica perdidão, nomes e mais nomes, o napoleão em si, sua personalidade e tal a gente não fica sabendo, o que deu um up no livro foi a parte final onde tem as notas históricas e tudo mais, enfim, achei que precisava de mais