Adriane Rod 09/09/2013SINOPSE: No ano de 1992, no dia 29 de fevereiro, duas crianças predestinadas nascem: Layla e Victor. Layla passa por todo tipo de sofrimento, pessoas queridas morrem em acidentes bizarros e, a cada morte, uma nova cicatriz aparece em seu corpo. Victor ao contrário, tem uma vida perfeita, um garoto que nasceu incapaz de sofrer. Victor e Layla se encontram e se apaixonam, um amor sem limites. O romance tinha um destino certo, à felicidade, mas eles não sabiam que eram peças de um complexo jogo entre o bem e o mal chamado: Algoritmos Sagrados.
Hoje trago a resenha de mais um livro nacional que amei e que quero muito ler a continuação. O livro Almas Seladas é o primeiro de uma trilogia chamada Algoritmos Sagrados, do escritor Marcelo Pontes (leia mais sobre ele). O livro me surpreendeu positivamente, a história é fantástica, vale muito à pena ser lida e é só mais uma prova de que há talentos fantásticos e que merecem ser conhecidos, no Brasil.
No enredo é possível encontrar três histórias paralelas: Layla é uma pessoa completamente infeliz e a pessoa mais azarada do mundo; ela leva uma vida simples, cheia de tristeza e carregada de tragédias. Vive com sua avó que a odeia e também perdeu todas as pessoas queridas, para a morte. Já Victor é rico, sempre teve tudo e é muito sortudo, muito sortudo mesmo. Sua vida é tranquila, fácil e nunca conheceu o fracasso nem o azar. Rogério é outro personagem; um senhor já de idade e chefe do Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), que vive envolvido em seus estudos carregados de códigos, números e segredos.
“Layla há muitos anos não sabia o que era rir. Seu sofrimento petrificou seu coração e, depois de muitos anos sentia o ódio em ver o sorriso nas bocas de outras pessoas.”
A narrativa é desenvolvida na terceira pessoa, a história é bastante envolvente e é um daqueles livros que te faz querer ler de uma vez só. Os capítulos não são muito grandes o que não cansa o leitor e no início de cada capítulo (25 ao todo) é encontrado uma frase de algum pensador, uns conhecidos, outros nem tanto.
“O homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos. (Pitágoras)”
Um fato bastante interessante é que o leitor acompanha os acontecimentos em um período que vai de 1992 até 2008. Você vê o trabalho de Rogério se desenvolver e começa a entender sua importância, enquanto Layla e Victor têm suas vidas em cidades diferentes acontecendo. Ela em São Paulo. Ele no Rio de Janeiro.
O romance dos dois surge em São Paulo, quando Layla vai à uma excursão junto com sua escola, onde acaba conhecendo Victor. Juntos vão viver uma aventura amorosa completamente fora no normal.
“Em nanquim estava escrito: Códices 7, 9 e 10. 1992, 1996, 2000, 2004, 2008 e 2012. Anos bissextos.”
O enredo é carregado de probabilidades, estatísticas, códigos, números e mistérios que estão relacionados com anos bissextos, profecias do povo Maia e a relação disso tudo com as catástrofes ocorridas no mundo. O livro tem um excelente conteúdo que faz jus aos 20 anos de pesquisa do autor (leia a entrevista concedida ao blog). É um dos poucos livros que li com um excelente embasamento.
“Alguns acreditam que sua civilização tenha sido afetada por culturas avançadas fora do planeta.”
SE RECOMENDO???
Uma história que parecia ser um “e viveram felizes para sempre” se transforma em uma ação de tirar o fôlego diante de seus olhos. E eu nem falei do final do livro. Meu queixo caiu – literalmente. A curiosidade reina em mim desde que terminei o livro e preciso urgentemente do próximo.
É claro que recomendo!! A história é boa, o autor é nacional. Vale muitíssimo a pena.
Cinco estrelinhas.
Resenha publicada originalmente no blog Pseudônimo Literário.
site:
http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/2013/09/resenha-almas-seladas.html