Os Magos

Os Magos Lev Grossman




Resenhas - Os Magos


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Lit Yousei 29/08/2011

Sexo, drogas, rock'n'roll e magia
Lev Grossman tentou ser audacioso ao escrever "os Magos". Infelizmente, ele não foi sagaz o suficiente para sustentar a sua obra.

O livro começa como qualquer outro do gênero, a receita já foi passada e repassada milhares de vezes por diversos autores: um garoto jovem descobre que existe um mundo mágico e decide se embrenhar em suas profundezas. O que diferencia Grossman das demais estórias é que ele tenta puxar o lado obscuro desse novo universo e dá um tapa na cara do leitor com a realidade que vem a existir por detrás desses contos.

Mas não é difícil ficar incomodado com a leitura, a começar pelo fato de que palavras são repetidas o tempo todo. Não sei quantas vezes li o termo "sabe-se lá" ou "seja lá" durante as 456 páginas. Gostaria até de ter contado para ter uma idéia mais exata do tanto que esse termo foi reutilizado. Também achei alguns adjetivos empregados pelo autor muito estranhos, eles não davam liga com o que estava sendo escrito.

Superando a parte da escrita, vem o problema com o universo de "Os Magos". Nada é muito bem explicado, o mundo é muito superficial e o leitor acaba não entendo muito bem as regras por detrás dele. Muitas vezes da a impressão que o próprio Grossman não sabia ao certo como ele funcionava. Porém, se você chega até a página 100, 150 você começa a entender qual é a intenção do autor. Não é um livro de fantasia, muito pelo contrário, é um livro sobre evolução interna e relações interpessoais.

Seria uma ótima idéia SE os personagens fossem carismáticos. Em nenhum momento senti empatia ou afeição pela gama de estudantes que foram apresentados. Talvez um pouco pela jovem Alice, mas ela é uma sombra de personagens já conhecidos. Quentin foi uma péssima escolha como papel principal. O próprio é capaz de fazer o leitor abandonar a leitura e partir para um conto mais emocionante.

Em geral, acredito que o grande problema de "Os Magos" é a propaganda do verso. Ele é vendido como um livro de fantasia, uma estória surpreendente que precisa ser lida pelos amantes do gênero, mas é bem o contrário. O livro não possui nenhum elemento que entre nessa classificação, como personagens heroicos e um enredo cheio de aventuras e reviravoltas. A obra de Grossman pode ser simplificada como um livro de "sexo, drogas, rock'n'roll e magia", que você deve ler sem grandes pretensões; e mesmo seguindo por esse lado, existem melhores opções no mercado.
Juliane.Millani 02/05/2012minha estante
o ponto é: tu não precisa sentir empatia pelos personagens! eles sao tudo que agente despresa e sem perceber é! a angustia de vida deles só faz eles parecerem mais humanos e não tão heróis!




Elena58 02/11/2011

Primeiramente, sabe aquelas críticas que tem na costa do livro, dizendo que ele faz uma homenagem à Nárnia e Harry Potter? É LITERALMENTE isso. Não é nas entrelinhas, não é implícito, é algo totalmente na cara. Por isso, as referências nas críticas.

Na realidade, ele não é melhor nem pior do que nenhuma dessas séries de fantasia. Ele de fato traz um enfoque tão diferente que é impossível comparar. Não concordo com a crítica do George R. R. Martin que há no livro (dizendo que Harry Potter é chá e Os Magos é uísque), pois ela faz com que as pessoas tenham uma visão errada do livro antes de lê-lo, ou já ficam com birra do livro por ter sido dito que é melhor que Harry Potter. É importante, portanto, lê-lo com a mente aberta, sem ter a intenção de comparar, apenas notando as, como já disse, explícitas referências.

Outra coisa: o livro é bem adulto! Com grande enfoque em sexo e álcool. Então já fique sabendo disso!


Os Magos é, na realidade, o tipo de livro perfeito para aqueles que como eu, amam fantasia e cresceram lendo esse tipo de literatura, mas agora, procuram livros mais adultos do gênero... E eu achei nesse livro um dos melhores do gênero que eu já li.
Ele é um livro único. Sim, ele é uma mistura de Harry Potter, Nárnia, com elementos adultos, mas o melhor do livro é que ele, com essa mistura, cria uma história completamente original, com a sua visão de magia, com os seus personagens imperfeitos, com a sua própria escola de magia. A história original é tão bem feita, tão dinâmica, que o livro me cativou. Já o li faz um tempo, mas a história continua vívida na minha memória, pois foi um livro entre tantos outros, mas um livro que me marcou. Recomendadíssimo :)
Albarus Andreos 12/01/2012minha estante
Oi, Lena. Quando Martin diz que Harry Potter é chá, refere-se a ideia central explicitamente inglesa utilizada por J. K. Rowling. Não é uma crítica. Já a comparação ao uísque linkada ao livro de Grossman, nos remete exatamente à temática mais adulta do livro, como você bem comentou. Não há comparação, de fato, entre um livro e outro, no sentido de dizer que um é melhor e outro pior. Beijos.


Elena58 12/01/2012minha estante
Sim, eu percebi isso depois que eu li o livro... O problema é que a maioria das pessoas interpreta isso como se ele estivesse dizendo que Os Magos é melhor que Harry Potter...




Pedro Nabuco 01/01/2012

A junção de nada com coisa nenhuma
Quem vê a capa do livro e lê a descrição que faz a comparação com Harry Potter, corre pra comprar o livro, assim como eu ... mas quem lê 100 pags. dele ou mesmo quem faz o sacrifício de chegar ao final, como eu, percebe que este é um livro no minimo contestável e de propaganda enganosa.

Tive alguns bons momentos com o livro, mas eles foram passageiros... A maior parte do tempo eu não sabia o que estava acontecendo, e quando sabia aquilo não fazia o menor sentido.

Enfim, não recomendo, se querem algo próximo a Harry Potter, procurem Percy Jackson ou algo do tipo. Mas se querem algo um pouco mais adulto como este livro promete ser, leia O Nome do Vento, ai você vai ver o que é um livro de verdade. :D
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Carf 12/12/2011

As horas mais mal gastas da minha vida
Um dos piores livros que já li.
É uma mistura de Harry Potter (por causa da escola de magia só pra nerds, que é concluída no livro) com Crônicas de Nárnia. Mas com personagens "loosers", enfadonhos, ébrios e drogados. Triste o fato de adicionar sexo e drogas em um livro para dizer que ele é literatura para adultos, pois, afora isto, a estória é parva, medíocre.
Já li livros infantis mais interessantes que esse e com a história melhor desenvolvida, incluindo as próprias Crônicas de Nárnia, infinitamente melhor que esse mísero empilhado de papel que tem a vergonha de se chamar de livro.
O enredo é totalmente previsível do começo ao fim, e eu fiz o sacrifício de ler até o fim para ver se pelo menos este se salvava...mas nem isto.

Há uma resenha perfeita no Amazon sobre este livro (The Magicians does almost everything wrong., January 30, 2010
By D. Fischer "ShoutingMan"):
"Goes nowhere, Does nothing: The story is a string of essentially random events, culminating in nothing."
(Tradução livre: "Não vai a lugar nenhum, não faz nada: a estória é uma seqüência de eventos essencialmente aleatórios, culminando em nada").
Se ao menos eu tivesse lido essa resenha antes.

O mais interessante é ver os defensores ferrenhos dessa obra a defenderem com o argumento de "A Roupa Nova do Imperador": somente os inteligentes enxergam a genialidade da obra!
Acho que até o autor se surpreenderia com as conclusões a que alguns de seus fãs chegaram.

Mas, enfim, nunca, mas nunca mesmo quero ler outro livro parecido com este.
Danzoc 13/12/2011minha estante
Discordo, mas respeito!


Pedro Nabuco 01/01/2012minha estante
Concordo plenamente.




Diio 01/03/2013

Uma boa (mas nem tanto) estória. Um (com toda a certeza) péssimo protagonista.
[Não vou marcar como spoiler, pois as possíveis revelações que faço são fracas e estão contidas na sinopse]

Lev Grossman escreve bem, isso ninguém pode negar, mas talvez devesse repensar a estória de quem ele quer contar.

Eu gostei do livro, realmente. Mas o protagonista imediatamente entrou na minha listinha de piores protagonistas existentes! Quentin Coldwater é muito muito chato, cara. Nunca tá contente com nada e, o pior, é que acaba passando essa tristeza para a gente no decorrer da estória. Encontrou uma escola de magia? Que lindo! Bom, não para um Quentin. Uma semana depois ele não quer mais estar lá. Ah, vai se ferrar!

Tem uma diferença básica entre ser alguém com conflitos e ser um panaca total.

Também não me agradou muito a agilidade na passagem do tempo. Nas 100 primeiras páginas já se passam três anos letivos. É muito rápido! E mesmo com todo esse tempo, fomos apresentados a só um pingo de personagens. Pouquíssimas interações. Parece que o cara se escondeu no quarto durante todo esse tempo.

No mais, o livro vale ser lido pelas referencias e a descrição realística de como seriam adolescentes indo parar em um mundo como Nárnia. É um bom livro. É só aturar o Quentin xD

George R. R. Martin diz que Os Magos está para Harry Potter como uma dose de uísque está para chá. Bom, acho que ele está correto. Eu, pessoalmente, nunca gostei muito de uísque.
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Lai 01/02/2022

Os Magos
Essa só não foi a minha leitura mais demorada, porque eu enrolei muito mais tempo pra ler Relíquias da Morte.

A leitura começou bem, digamos assim, o autor soube despertar minha curiosidade. Porém, depois da 2° parte, eu comecei a perder o interesse e ficou cansativo pra mim ler, porque eu particularmente gosto bastante de diálogos e tinha muito mais descrições das coisas que aconteciam do que conversas.
A história foi seguindo, os personagens cresceram e em certo momento eu realmente odiei muito um personagem, só não vou dizer quem, pois seria spoiler.
Meu interesse voltou mais, um pouco antes da reta final do livro e preciso admitir que eu não tava esperando por esse final.
Giulia Barreto 27/02/2023minha estante
A Julia? Hehehe




Amillay 04/01/2022

ruim d+
Pensa em um livro muito ruim, ainda não vai ser tão ruim quanto esse. A história não vai pra lugar nenhum e nenhum acontecimento é importante, as vezes acontecem coisas super grandes e que logo são esquecidas. Assim vai indo o livro, só um monte de coisa aleatória acontecendo. Além de o personagem principal ser chato e ter 25 anos na cara e se comportar que nem um pré adolescente mimado. Algo que me irritou também foram as cenas hot super longas e SUPER desnecessárias, literalmente não acrescentavam em nada na trama.
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Ana Clara 31/08/2020

Gostei muito, esse livro tem um quê de mistura de Harry Potter com Nárnia só que em uma versão mais pesada e bem depressiva as vezes, mas o enredo da história é super empolgante e me faz correr para ler o volume 2, espero que seja explorado mais a questão dos poderes do personagem que nesse livro ficou classificado como indefinido.
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danyelaaw 29/04/2021

Os magos
Tem partes boas e tem partes ruins, a série é bem melhor e estou decepcionada com alguns personagens.
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Giu 06/10/2020

Já tinha assistido à série, mas o livro me surpreendeu muito!

Apesar das claras referências a livros mais infantis como Harry Potter e As Crônicas de Nárnia, ele é um livro super intenso e, às vezes, até pesado. Vai muito além da fantasia, explorando mais aspectos da psiquê humana do que da magia em si.

A leitura me prendeu bastante e mal vejo a hora de ler os outros dois!
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Albarus Andreos 08/11/2011

Fantasia x Amadurecimento. Você decide...
Lev Grossman fez um trabalho magistral sobre o que é a fantasia e como as pessoas normais a encaram, primeiro quando possuem o dom da inocência e do senso mágico (que um dia todos nós tivemos) e "entendem" a fantasia. A mentalidade mágica de Freud está aqui; então as pessoas crescem e, algumas delas, simplesmente se esquecem o que é sonhar, ter um amigo imaginário e fingir ser um personagem de fantasia. Essas pessoas começam a ver no mundo real coisas mais interessantes, como o sexo, por exemplo. A música e o álcool tomam conta das preferências cultutais delas e as baladas substituem de vez qualquer traço do que poderia ser entendido pelos amigos e pelo sexo oposto, como "coisas de criança". Pobres coitados...

Quentin Coldwater, o personagem principal é um geninho daqueles que tiram notas muito altas em todas as matérias, seu mundo é pequeno e sem graça, um dia foi apaixonado por Fillory, o mundo mágico dos livros que lia quando garoto. Ainda acha que gosta disso, mas é só aparecer a chance de deixar de ser um nerd e se integrar aos "descolados" da nova escola de magia que começa a se enquadrar num estilo mortífero de caras e garotas que rodam por aí, em roupas caras e rostos perfeitos. Quentin, embora tenha entrado numa faculdade de magia (uau!), logo assimila tudo aquilo como se tivesse entrado em medicina ou ciências contábeis. A rotina se torna mais massacrante ainda, por te experimentado a magia e ter se enjoado dela.

Mas com a conclusão do curso, parece que teremos uma reviravolta... Os acontecimentos que se suscedem são um jorro de vida nova, mas não são mais o que seriam se Quentin ainda fosse um garoto com mentalidade mágica. Ele é adulto, mais preocupado com o fim do namoro e a birra com os que o rodeiam, com o nariz empinado demais para ver o mundo mágico a sua volta. Ele recebe a maior dádiva que alguém poderia receber, mas nem se dá conta dela, por que o mundo real nunca dá uma brecha. A fantasia que se descortina é encarada com cabeça de gente grande, como se estivesse entrando num parque temático e tudo fosse feito para girar ao redor dele.

No final do livro, na página 437, temos o tipo de pessoa em que Quentin se tornou: "Eles passaram por uma ilha habitada por ferozes girafas sanguinolentas e uma crtiatura flutuante que os ofereceu um ano a mais de vida em troca de um dedo (oferta que a irmã aceitou três vezes). Eles passaram por uma ornamentada escadaria de madeira que descia em espiral pelo oceano e por uma jovem à deriva em cima de um livro aberto, grande como uma pequena ilha, onde ela não parava de escrever. Nenhuma destas aventuras inspirou em Quentin qualquer tipo de encantamente ou curiosidade. Ele já não tinha mais interesse naquilo."

Chega a ser irritante e anticlimático, sim. Lev Grossman nos mostra como é o encarar da fatasia por gente normal, lúcida e enjoada. Se você tivesse uma espada na mão e um monstro viesse babando em sua direção você encararia a fera? Provavelmente o guerreiro mágico que você sonhou ser um dia, sim. Mas você mesmo, aí, de carne e osso, talvez desmaiasse de medo ou então corresse feito louco para se salvar. As mocinhas dos filmes de terror, não pegam a lanterna na mão e saem para fora de casa, na escuridão, no meio do mato para ver quem fez o barulho que ouviram? Sim, e você, sentado na poltrona do cinema se espreme de aflição e pergunta "o que essa idiota foi fazer lá fora?". É aí que Grossman deita e rola. Gente normal não entra em histórias mágicas! Os personagens de livros e filmes, sim, entram.

Resta saber porque a revisão editorial não pegou um monte de errinhos iguais e irritantes de construção gramatical. Numa quantidade enorme de vezes o texto parece escrito de forma desajeitada, com construções como na pág 331: "...ela havia o anulado, ainda que ele não soubesse como", ao invés de "...ela o havia anulado, ainda que...", ou na pág. 341: "...Quentin teve a clara impressão de que ela estava os ignorando..." ao invés de "...Quentin teve a clara impressão de que ela os estava ignorando.", ou ainda na pág. 422: "...era como se ele só tivesse a conhecido e a amado, a amado de verdade mesmo...". (Cruz credo! Fica até difícil sugerir alguma correção. Enfim...). Será que o tradutor e o revisor da Editora Amarilys não sabem onde colocar os artigos? Isso acontece duzias de vezes durante o livro todo, mas não peguei muitos outros erros mais, diferentes destes e dignos de nota.

Mas o brilho do livro está resguardado. Foi uma obra distópica e fascinante, na verdade. Amarga e triste, esplêndidamente escrita. Ensinando que crescer não implica em perder aquele lado criança que todos nós temos. Na verdade, nos alerta para que não deixemos isso acontecer! É um livro que nos faz pensar e que nos diz que o saber muitas vezes nos rouba a inocência, como aqueles livros que nos dizem para não acreditar em Deus, que nos dão a ciência e nos tiram a fé (qual é mais útil, você decide.). Quentin é um anti-herói, um bundão (como a própria Alice, sua namorada, nos diz), alguém tão centrado na própria miséria e que olha tanto para o próprio umbigo, remoendo-se dos próprios problemas, que não vê o mundo passar ao seu redor e, paradoxalmente, muito menos as chances que a vida lhe dá de ter tudo o que sempre quiz. No final, aparentemente, temos sua remissão. Um personagtem de última hora parece ser um espelho em que ele se vê refletido, e se perdoa de tudo. Aí Quentin se dá uma última chance e talvez tenhamos seu recomeço, como sempre deveria ter sido. Arrebatador, impressionante, menorável. Vai para a lista dos melhores livros que já li na vida.
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Ise 10/05/2011

Livro Horrível.
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Julia 11/06/2012

O livro que tinha tudo pra dar certo...
Os Magos conta a história de Quentin Coldwater, um gênio precoce que vê a sua vida mudar ao ser admitido para a Faculdade Brakebills de Ensino Mágico, localizada em algum lugar no norte de Nova York. Assim como todas as pessoas, Quentin não acreditava em magia até descobrir que ela não apenas existia, mas estava dentro dele, como, para a sua surpresa, provou nos exames de admissão para Brakebills.

Quentin sentia um vazio dentro de si que a magia conseguiu preencher por um tempo, mas não foi o suficiente. Tentou fechar essa lacuna com amizades, amores, sexo e álcool, no entanto nada tinha sucesso de verdade. A resposta era simples: Quentin era um ser humano infeliz. Lev Grossman criou um protagonista altamente complexo e diferente de todos os herois (começando por ele não ser exatamente um).

É absolutamente impossível ler Os Magos e não relacionar com Harry Potter. Relações existem e são inegáveis, como a presença de uma escola de magia e o fato da melhor amiga do protagonista ser nerd. No entanto, não se pode cometer o erro de achar que Os Magos pode ser lido por uma criança. Diferenças no conteúdo dos dois livros devem ser consideradas. Em momento algum nas histórias de Potter são vistos orgias e linguajar vulgar, o que ocorre na criada por Grossman. Essa diferença é exatamente o que torna Os Magos único e gostoso de ler.

Me decepcionei muito no meio para o final do livro (por isso dei apenas 3 estrelas). Os personagens embarcam em uma aventura, que não vou contar para não soltar um spoiler, e o livro que até então era maravilhoso, torna-se sem graça e infantil.

Os Magos é um bom livro para se passar o tempo. É divertido, intrigante e gostoso de ler. Mas não espere um novo Harry Potter, pois Lev Grossman, apesar de ter criado um universo mágico com aspectos diferentes e únicos, ainda precisa evoluir muito para chegar a J.K.Rowling.
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Ana 29/11/2020

Arrastado, mas o final vale a pena
Vamos começar pelo principal: as primeiras 300 páginas do livro são completamente inúteis. O livro se passa num período de mais ou menos oito anos, sendo que nesses oito anos nada acontece. Não que não aconteça literalmente nada, mas as vivências dos personagens não são cativantes, o que faz com que o livro fique sem um objetivo principal desde o início. Eu entendo que o objetivo do autor era criticar a idealização de um salvador herói que compara-se a um messias (como o Harry em Harry Potter ou o Frodo em O senhor dos anéis), mas infelizmente essa opção escolhida pelo autor fez a leitura cansativa e sem muito significado desde o início.

Ainda, um ponto positivo crucial que devo colocar aqui é o lindíssimo trabalho de construir o universo em que se passa a escola de magia de Brakebills, trazendo uma perspectiva adulta e extremamente complexa. Entretanto, a descrição complexa desse universo apesar de ser uma verdadeira salvação da história, nos fazendo aprofundar cada vez mais nesse mundo mágico, também não deixa de ser seu maior pecado, fazendo com que a leitura fique ainda mais arrastada e pedante.

Após termos o primeiro contato com esse minucioso trabalho extremamente descritivo e arrastado, uma missão é (FINALMENTE!!!) apresentada e pela primeira vez no livro inteiro podemos apreciar uma aventura, e é aqui que se justificam as minhas 3 estrelas do livro.

As aventuras no universo de Fillory, onde árvores andam como pessoas, e animais frequentam bares e andam em carruagens, funcionaram para mim como um abraço confortável de um amigo em meio a uma festa de desconhecidos. As tristezas e felicidades ironicamente ganham um caráter real pela primeira vez no livro nesse universo filloriano mareado em magia. Dessa forma, apenas nesse momento da história, consegui criar uma verdadeira opinião sobre os personagens a partir de seus atos covardes ou valentes nas lutas que vem a seguir, ao contrário do caráter universalmente depressivo que todos tinham nas primeiras partes.
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CooltureNews 11/06/2012

Publicada no www.CooltureNews.com.br
Sim, sou fã de livros que contam histórias sobre magia, afinal cresci lendo Harry Potter (e continuo lendo sempre que dá tempo). Ao ler a sinopse desta história foi impossível nao fazer comparações entre suas histórias, e realmente existe muitas similaridades entre elas, assim como é possível encontrar traços de Senhor dos Anéis e Crônicas de Narnia, e sabe o que foi mais legal durante toda a leitura? O autor não tentou esconder nada disso, inclusive houve algumas passagens onde chegou a brincar com essa questão. Como fã dessas outras obras citadas, geralmente quando encontro algo parecido chego a ficar irritado, desta vez, pude sentir que o autor não se valeu destas obras para atingir o mesmo publico, me senti homenageado.

De repente, ele deu meia volta.

- Espera aí - disse ele - Tenho que buscar minha roupa de quadribol. Digo, meu uniforme. Digo, de balbúrdia.

A história se passa em uma faculdade de magia. Nosso protagonista não passa de um nerd tentando entrar em uma das grandes faculdades do país, apaixonado pela namorada de seu melhor amigo e que passa o tempo fazendo truques de mágica, sem ter noção de que a magia realmente existe. Após um evento traumático, onde encontra o corpo da pessoa responsável por entrevistá-lo para uma faculdade, encontra um envelope com seu nome, ao abri-lo seu conteúdo voa ao vento e ao tentar pega-lo acaba entrando em um terreno baldio que se mostra uma passagem para um local estranho, a faculdade para magos Brakebills, onde após uma estranha sessão de provas acaba sendo aprovado.

Como disse, escola mágica, protagonista vivendo uma vida, digamos mediocre que até o momento em que vai para lá não tinha noção de que magia existia, alguns fenômenos que levam a crer que ele pode ser um grande mago, lembraram de alguma história? Entretanto, deixando as comparações de lado, o que Harry Potter tem de digamos, pureza, Os Magos tem de cenas picantes. Os personagens estão em uma faculdade e tudos os ingredientes que sempre vemos em filmes americanos sobre faculdade se encontram ali, brigas, esportes, drogas e sexo, muito sexo.

A trama a princípio me pareceu complicada, os 5 anos que Quentin passa na faculdade é contado em aproximadamente metade do livro, ou seja, o autor não se ateve a contar sobre a magia e como ela esta relacionada ao mundo real, muito menos em feitiços, durante esse tempo tivemos a oportunidade de conhecer os personagens e a magia é simplesmente um pano de fundo. Alguns mistérios são simplesmente deixados de lado, e durante um bom tempo não voltam a tona dando a impressão que não passa de uma ponta solta que o autor esqueceu de atrelar, entretanto tudo isso tem um significado que, apesar de demorar, nos é apresentado durante a trama em momentos certos.

Os personagens não foram em nenhum momento romantizados, seus defeitos ficam claros logo no princípio e em determinados momentos voce odeia alguém com toda sua força para em outro momento esse alguém se tornar seu personagem favorito. Os dialogos travados, principalmente aqueles mais acalorados, são excepcionais, é falado justamente aquilo que você, leitor, está pensando e gostaria de falar, tive a impressão que fazia parte da história e pude dar um chacoalhões nos personagens.

Definitivamente Os Magos é o tipo de livro que você fã de sobrenatural, fantástico e romance deve ler, a narrativa é fluída e deliciosa. A trama te prende do início ao fim e quando você percebe, o livro chegou ao fim. Por sorte já estou com a continuação em mãos e logo estarei lendo.
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