My Friend Leonard

My Friend Leonard Pittacus Lore
James Frey




Resenhas - My Friend Leonard


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otxjunior 04/07/2020

My Friend Leonard, James Frey
Como um leitor de ficção que sou, não poderia me importar menos com o quão real são os eventos desta memória. Descobri, aliás, que o gênero, com o qual não sou muito familiarizado, tem uma classificação entre ficção e não-ficção. Portanto, foi como romance que li My Friend Leonard, sequência de James Frey, que narra episódios pós-rehab do personagem-autor. Lido em inglês, sem grandes dificuldades, por seus períodos curtos e apesar da falta de pontuação, incluindo diálogos não sinalizados. Inclusive alguns trechos, talvez por repetição, sugerem música.
A princípio, não me conectei com as relações entre os personagens. Pareciam extremas, James tem um grande amor e um grande amigo, isso já nas primeiras páginas. Cheguei até a justificar que num ambiente de vício, laços são formados de maneira diferente. Mas possivelmente, meu entendimento das conexões do protagonista seria mais profundo se eu tivesse lido o primeiro livro.
A transição temporal é marcada pela passagem das estações, também neste primeiro momento. Mas o autor abandona esta estratégia para uma mais frenética à medida que o personagem troca de cidade (e ele viaja praticamente o país todo!). Acho que a intenção do autor é mostrar como uma vida pós-rehab pode ser bem-sucedida: o rapaz só faz comer nos melhores restaurantes, dormir nos melhores hotéis com mulheres belíssimas, visitar praias paradisíacas, cassinos exuberantes, tudo às custas de seu amigo Leonard, quase numa ausência total de conflitos. Fiquei imaginando quando algo iria desandar, depois de uma sequência quase ininterrupta de coisas boas. Não demora.
Sim, é previsível, um pouco sentimentalista e talvez maniqueísta, mas funciona, emociona, faz rir, refletir, deixa feliz ao celebrar a vida. Não aprofunda, mas me vi apegado ao herói da história, especialmente sortudo por ter um amigo anjo da guarda em quem pode contar. Outro ponto positivo é que o livro parece consciente de seus defeitos. James é autoindulgente ao fazer um personagem referir-se a sua poesia como "wax-poetic" ou perceber um conflito eventual como absurdo. Qualidades que não podem ser atribuídas a muitos trabalhos literários, de não-ficção ou não.
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