spoiler visualizarKeith.Melo 01/06/2018
Chorei nas primeiras páginas. Por mais que a gente saiba da morte do Cazuza, a narração crua e detalhada da Lucinha impacta fortemente.
O que se segue é descrição de uma vida que muitos de nós não chegaremos perto. Em alguns momentos, a narração que separava os artistas da "gente comum", a relação de coisas dadas e gastas como se fossem besteira, os excessos, o convívio social e o gasto desregrado, chegaram a incomodar. Mas aí chegamos no ponto: Seria Cazuza o que foi sem toda a liberdade que teve?
Cazuza, sonhador, passeou brevemente por esse plano como uma criança rebelde que fez o que quis. É uma liberdade rara e que, com certeza, espanta a nós, caretas por convicção ou necessidade, que faz parte do cerne de muitos artistas e que tosa a criatividade de tantos outros artistas.
Gostei da construção do livro, o roteiro que foi seguido. Aos 70% do livro me vi perguntando, com Cazuza pertinho de morrer, o que teria a mais pra escrever pós morte de Cazuza. E a grata surpresa de ver Cazuza vivendo pós sua morte, seja na Instituição Viva Cazuza, seja nas suas declarações.
Cazuza, poeta, letrista, filho, criança, liberto, brega, romântico, egocêntrico, egoísta, político, força, irreverente, careta, vivo
Viva, Cazuza!