Tibau 13/02/2011
Cult instantâneo
Protagonistas (e muitas vezes figurantes) de tantas produções B por aí, é difícil achar quem leve os Zumbis a sério. Jamie Russell resolveu ser um dos poucos. O crítico estudou profundamente a história dos mortos-vivos, de sua origem na cultura vodu do Haiti até alcançar o cinema (e os videogames, os mashups literários, os quadrinhos, os aplicativos de iPhone etc...).
O escritor brasileiro João Paulo Cuenca declarou à GloboNews que este livro é uma ótima maneira de entender a história do século XX. Realmente, é possível traçar um paralelo entre o que aconteceu nos mundo últimos 80 anos com os temas abordados nos filmes de zumbis. Xenofobia, preconceito racial, guerra fria, paranoia nuclear, feminismo, contra cultura, consumismo, aids, intolerância religiosa e tantos outros assuntos já serviram de metáforas para os mortos que resolveram caminhar sobre a terra depois que o inferno ficou cheio demais.
Russell analisa mais de 300 filmes do gênero, desde "White Zombie", de 1932 até os dias de hoje. De Ed Wood a Geroge A. Romero. Do sangue de catchup às verdadeiras obras-primas, tudo que você puder pensar sobre Zumbis está no livro.
Mas atenção. Antes de encomendar sua cópia gringa na Amazon, dê uma olhada carinhosa na edição brasileira. A editora Barba Negra fez um trabalho primoroso, e conseguiu superar o original. Duvida? Clique no link:
http://www.editorabarbanegra.com.br/project/zumbis-o-livro-dos-mortos/
Ah, a edição nacional tem ainda um capítulo exclusivo, com filmes recentes, incluindo produções nacionais. Altamente recomendável.