Matrimônio do Céu e do Inferno

Matrimônio do Céu e do Inferno William Blake




Resenhas - Matrimônio do Céu e do Inferno


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Michela 20/12/2010

Para ler nas entrelinhas
O casamento entre o céu e o inferno de Willian Blake é uma obra para ser lida nas entrelinhas. Por seu vasto conhecimento nos mistérios ocultos, Blake se faz claramente entender aos que tem olhos, ou ainda nas palavras do autor:

..."a aqueles onde uma escarpa achatada franze as sobrancelhas para o mundo presente."

Blake relata seu conhecimento com grande maestria e versa parte dele no que chamou de provérbios do inferno. Palavras de sabedoria, ironia ao casamento e denúncia às religiões podem ser notados no trecho:

"Assim como a lagarta escolhe as mais belas folhas para colocar seus ovos, assim o sacerdote coloca sua maldição nas mais belas alegrias. Criar uma florzinha é labor de eras. A maldição distende: a bênção relaxa. O melhor vinho é o mais velho, a melhor água a mais nova. As orações não aram! Os elogios não colhem! A alegria não ri! A tristeza não chora!"

A obra de Blake, mais do que lida, precisa ser sentida para então ser compreendida. O ponto central da obra é, o relato da grande alquimia, onde as portas da percepção se abrem e isso, segundo o autor,

..."ocorrerá por uma aperfeiçoamento do gozo sensual".

Uma belíssima obra que tem a expressão máxima, na frase: A Oposição é a verdadeira Amizade, que resume a harmonia dos opostos e no qual se intitula a obra: O casamento do céu e do inferno.
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Leituras e Reflexões 22/11/2022

Fala sério!
Só não foi uma total perda de tempo porque eu precisava conhecer a obra que ?inspirou? C. S. Lewis a escrever O GRANDE DIVÓRCIO.
Agora entendi muito bem o que Lewis quis fazer.
Não consegui extrair nada de bom.
Não recomendo!
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Gu Henri 23/07/2019

Creio que no original, e lá em seu tempo, o livro seria melhor apreciado, devido ao seu extremo conteúdo poético e mistico, além das inúmeras críticas quanto à igreja, religião/religiões e à sociedade, mas é apreciável por demais certos momentos, e as figuras retratadas dialogam e convivem com outras personalidades de outras épocas e lugares. O livro parece ao mesmo tempo de uma matriz religiosa, mas mesmo assim, se visto aos olhos das religiões tradicionais, pode soar como profano, e esta dubiedade se dá ao tipo de pessoa que vai lê-lo.
É daqui que Huxley tirou o termo "The Doors of perception", mas ao ler esta parte me surpreendi porque há uma menção bem explícita à caverna de Platão, e certamente isto reflete uma visão gnóstica do autor. Uma pena que, pelo livro ser um manuscrito contendo letras escritas à mão seja impossível apreciá-lo num formato digital. Não é apenas um livro/poema, mas era como que se fosse uma arte onde se fundissem ilustração e poesia, uma sem a outra não faria sentido. Bem diferentemente de dizer que há ilustrações em um livro, o que em muitos casos isto não faz diferença.
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Emily717 07/05/2022

Qualquer um que deboche das doutrinas empregadas pelas religiões, tem o meu total apoio e admiração.
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Elizandra 29/09/2017

Tudo que vive é sagrado
O livro ataca a ortodoxia religiosa, política, social e literária, demonstrando enfaticamente seus princípios pessoais. O texto imita o tom profético da bíblia. São palavras ricas em sabedoria que é visto no seguinte trecho:
"Atração e Repulsão, Razão e Energia. Amor e Ódio são necessários à existência Humana.
Desses contrários saem o que os religiosos chamam Bem e Mal. O Bem é o passivo que obedece à Razão. O Mal é o ativo que vem da Energia. O Bem é o Céu. O Mal é o Inferno".
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Thais645 15/01/2022

Interesante
Interessante construção desafiando os paradigmas religiosos da época. A influência romântica é clara na obra e embora curto, é um texto denso, cheio de alegorias e referencias não muito fáceis de se captar.
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