Rafa 15/04/2021🩸Claire Elliot leva uma vida tranquila, até que perde seu marido e sente que o filho adolescente não está conseguindo superar a morte do pai. A doutora decide se mudar para Tranquility, uma pequena cidade que parece fazer jus ao nome. Porém, um de seus primeiros pacientes é tomado por um ódio incomum que culmina no assassinato de vários colegas de sua escola e de uma professora. Todos na cidade passam a apontá-la como a principal responsável pela repentina tragédia. Mas Claire desconfia de que haja algo suspeito por trás desse acontecimento sinistro. Em suas incansáveis pesquisas, Claire percebe que não é a primeira vez que tais surtos de violência acontecem no local. Entretanto, não é apenas a cidade que parece estar em perigo mortal, talvez a ameaça seja maior e esteja mais perto do que ela imagina.
🩸 Eu gostei de como a autora conseguiu desenvolver a história em relação ao que levou ao comportamento agressivo dos jovens da cidade. Ela arma uma teoria bem complexa, mas consegue deixar tudo muito bem explicado. O que também ajuda na trama investigativa, pois está totalmente relacionado com a motivação da pessoa que causou tudo isso no presente. Nenhuma informação ali é irrelevante.
🩸 A construção de Claire também é muito boa. Suas características pessoais são muito bem marcadas, ela se sai muito bem quando é afrontada e desacreditada por toda cidade durante suas investigações. Mas, principalmente, sua trama particular, que envolve sua relação com o filho, dá uma humanidade muito grande à personagem. Há um segredo do filho que, quando revelado, é usado contra eles. É a hora em que ela mostra toda sua força e também toda sua fraqueza!!
🩸 Apesar de considerar um bom livro, o final foi o que não me agradou muito. Como já disse, gostei de como ela explica toda a teoria biológica ali presente. No entanto, achei que ela se prendeu muito nessa parte e esqueceu um pouco do suspense. Não me causou surpresa ou impacto a revelação da pessoa responsável por tudo. Acho que isso não foi muito bem trabalhado. Fez sentido? Sim. Mas se a idéia dela era surpreender, comigo não funcionou.