Yume

Yume Kami Girão




Resenhas - Yume


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Marcia Luisa 15/09/2011

“Lembre-se de que nem tudo é apenas “de verdade”. Há muito além daquilo que chamamos de “mundo real”.” pág.32
Yume é doce. É como eu vi o livro e suas passagens e seus personagens e seus momentos.
Nadia sempre esteve brincando bem no limite entre o mundo da sua imaginação e a realidade, acho que muitos artistas podem ser assim, mas a menina de Berlim é bem mais que uma pessoa com a imaginação fértil, por isso, é especial e, por isso, está sempre lutando para manter sua sanidade.
Se perder em seu próprio mundo inventado é o maior medo de Nadia e como a Kami é uma autora malvada, é bem isso que acontece.
Quer dizer... é isso que parece acontecer.
Como a Nadia e sua mãe estão com problemas financeiros, ela vende seus desenhos para conseguir um dinheirinho. E quando uma proposta dos sonhos acontece, valendo 1000 euros se ela conseguir desenhar exatamente a pessoa que está em seus sonhos.
Ela aceita, claro, afinal são 1000 euros!
Só que a vida de Nadia estava prestes a mudar.
Vários fatores fazem com que a menina tenha que vir morar no Brasil, em São Paulo, com seu primo Yooki, que é um cara TÃÃO LEGAL que eu acabei querendo ter um primo que nem ele também!
Eu comentei que a Nadia tem sonhado com um cara faz alguns meses? Então... Não é que esse cara sonha com ela também?
Aí conhecemos o lindolindolindo Adrien, o guitarrista da banda Reticências. Um cara que tem se sentindo “vazio” em sua vida. A faculdade, a banda e as muitas garotas já não têm mais graça e a única hora do dia em que ele se sente feliz é quando está sonhando com a menina de cabelos castanhos e olhos verdes.
O primo Yooki é professor de música e tem um amigo empresário que tem uma gravadora que está de olho na Reticências.
Daí tu pensa: OBA! AGORA QUE ADRIEN E NADIA VÃO SE ENCONTAR, SE RECONHECER E SER FELIZES PARA SEMPRE!
Que nada. Como disse, a Kami é malvada e eu acabei torcendo e vibrando – MESMO MESMO – em TODA página, esperando pelo encontro deles, que se vissem, que se olhassem, que percebessem que o amor da vida deles estava bem ali, pertinho...
O destino joga com eles O TEMPO TODO. Eles chegam TÃO PERTO de se verem, tão perto, tão perto que você fica roendo as unhas esperando pelo momento.
Sério, é uma tortura. Eu me senti torturada, pelo menos. Mas dá bem pra perceber que um é o destino do outro.
Reticências é uma história à parte e seu vocalista Arashi é adorável, meio que torci pra ele ter alguma coisa com a Nadia, de verdade.
Ele é todo tímido, engraçado,atencioso... ~suspiros~

E A IRMÃ DELE?
Alice. Alice se torna melhor amiga de Nadia que está a cada se acostumando com o país e aprendendo a língua e a cultura.
Alice é aquele tipo de amiga que NÃO CALA A BOCA, animada, viciada em tecnologia e em redes sociais, se veste como uma bonequinha, no estilo oriental.
Os personagens de Yume são tão queridos e reais. Parecem mais pessoas que personagens. Entende?
Mas Yume é bem mais que romance. Tem umas passagens aleatórias e misteriosas que te fazem perguntar:
QUEM É ESSE AÍ? O QUE ELE QUER COM A NADIA? POR QUE ESTÁ ATRÁS DELA?
Sem contar os encontros de Adrien com uma moça que você não sabe se acredita que está acontecendo ou se é alucinação do cara.
E têm tragédias em Yume também, momentos que me apertaram o coração e eu quis brigar com a Kami, a odiando por fazer os personagens sofrerem. Porém, são momentos necessários para o crescimento dos personagens como pessoa.

“— Está pronto para saber de toda a verdade, meu querido?”pág.196

Você passa o livro todo para isso, mas quando acontece, você não tem mais tanta certeza se quer realmente saber.

O final não é óbvio, é TORTURADOR e ALUCINANTE, me vi querendo entrar no livro para avisar aos personagens do que estava acontecendo, para ajudar, para socorrer, para... aah! Só para entrar e salvar o casal dos malvados.
A última parte de Yume é o momento onde a autora colocou sua imaginação para trabalhar e MUITO BEM. O mundo dos sonhos, dos próprios sonhos pode ser bem mais assustador que encantador e é isso mesmo que a Kami mostrou para Nadia e para gente.

OK, tem que ter alguma coisa que eu não tenha gostado do livro, certo?
Em Yume foi difícil achar essa “alguma coisa”, mas o que menos me agradou – não incomodou, nem fez com que a leitura fosse maçante, nem nada – é o fato de mudar de cena muito rápido e toda hora.
Num momento a gente tá na cabeça de Nadia, tentando entender seus sentimentos e seus sonhos, e puuum! Corta para Adrien que está fazendo alguma coisa, tipo tocar, tentando dormir ou pensando na menina dos seus sonhos.
É legal isso, de poder estar em todos os lugares ao mesmo tempo, de saber o que está acontecendo com todo mundo e como algum acontecimento mexeu com todos os personagens envolvidos, mas têm horas que você quer curtir mais a cena, não sei, você quer ficar mais um tempinho ali.
Mas isso ajudou também para o livro ficar mais dinâmico, mais agitado e no final, ficou ELETRIZANTE.
O que tenho para falar de Yume é que a autora Kami Girão escreve muito bem e que a leitura foi maravilhosa e me fez sorrir bastante, soltar uma ou duas gargalhas e me emocionar.

Yume é o tipo de livro que mexe com você, que te faz suspirar e se emocionar. Yume é, definitivamente, o livro dos seus sonhos.

“A história não vai acabar.”
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Gisele Galindo 22/07/2011

Yume é uma grata surpresa no mundo literário de hoje
Inicio agradecendo a confiança que a Kami teve ao me enviar o livro em PDF antes do tão esperado lançamento. Mas, não é por isso que falarei bem dele. Pois, já fiz criticas construtivas de alguns que recebi virtualmente também. No entanto, este não é o caso, rs. E como conversei e esclareci com a autora, o arquivo não havia passado pela última revisão, por isso, não me aterei a detalhes técnicos da língua portuguesa, apesar, adianto, os que encontrei, que foram poucos, eram 90% de digitação mesmo. O que demonstra o cuidado com a escrita que Girão possui. Além de levar, também, em consideração a pouca idade da escritora.

Ainda no âmbito da escrita, ressalto que o texto flui que é uma maravilha, uma delícia de se ler. O apreço não se apresenta apenas no modo de escrever, mas também na formatação realizada no decorrer das páginas. Antes mesmo da diagramação, a autora refletiu sobre o formato e dividiu o texto em partes, que acaba por trazer o famoso e sempre bem vindo espaço em branco, a área de respiro, que ilude o nosso cérebro e traz mais ânimo. Muito bom! Como isso foi feito? Pois bem, existem os capítulos, representados por números, e as partes, onde, por exemplo, Kami, reservou uma página inteira para uma única palavra significativa, como quando se chega ao Yume. Bom, você verá quando ler. ;)

Os personagens são outra atração irresistível. Cada qual com suas características e totalmente contemporâneos e reais, daqueles que encontra no seu bairro, na sua rua ou num passeio ao shopping. Enfim, Girão, conseguiu colocar pessoas ainda não muito bem representadas na literatura, pelo menos para mim. Um exemplo? A irmã fofa de Arashi, Alice, a mais nova, uma bonequinha, leia o trecho onde ela é descrita pelos olhos de Nadia:

“sua normalidade era quebrada pelas roupas pomposas e negras que vestia, lotadas por babados e tachas de metal. Usava meias alvinegras longas, que alcançavam seus joelhos e sapatos pretos de boneca, igualando-se a uma.”

Ah, então, a Nadia é a personagem central. A que não se sabe se é sã ou doida de pedra. Ela mesma possui essa dúvida cruel em seu ser. Tem entre 15 e 16 anos, mora na Alemanha e mais tarde se muda para o Brasil. Cresceu no meio de garotos, por isso, e pela falta de posses, veste-se como um menino, já que os amigos lhe doam roupas. Pessoalmente, a garota de Berlim, como é citada no livro (amei), não me cativou tanto quanto Arashi e Adrien. Os dois são membros da banda brasileira Reticências, o primeiro é o vocalista e o segundo, o guitarrista. Amigos, acabam se envolvendo com a mesma garota, a solução desse problema você descobre no livro, claro.

Adrien me conquistou mais no final, acredito que foi por ele ser meio “porra loca”, demorou a me cativar. Mas, o final... As partes finais... Ai ai.

Mas, voltando... a coisa toda gira em torno de Nadia e Andrien, e, claro, os sonhos. Quando se encontrarão????? Era o que meu cérebro gritava a cada página e a cada vez que praticamente se esbarravam, mas não se viam... A autora arrasa nesse quesito. Queria matar. Parecia aquelas novelas que você fica louca para que dois personagens se encontrem e BUM! Nada... Era de enlouquecer. Teve uma parte em que pensei: como? Como? Não é possível! Não é possível! Tá li, ó! Tá ali! Não acredito!!!!! Então, respirava e prosseguia na leitura.

O linguajar utilizado no livro é bem coloquial, digo, dos personagens. Não há censura. Palavrões rolam soltos. O que pode não agradar certos leitores. Como não me agradaria, mas realmente, foram colocados de maneira que não me chocaram, já que condizia com a realidade empregada ali.

O interessante desse livro são também as referências e elucidações, como pode-se ler na sinopse lá em cima, retirada do blog do livro, e de uma parcela da jovem população de hoje que vive na sociedade, mas é pouco aproveitada na literatura e muito disso vem através de Alice, já deu para perceber isso na descrição dela, neh?!

Kami, descreve os trechos de alucinação ou não, rs, com o mesmo primor. Realmente me sentia ali, vendo tudo o que acontecia. Paro por aqui para não soltar sem querer algo que estrague a sua leitura.


Como disse antes, levei em consideração a idade da autora, por isso os pontos que seriam negativos, são altamente justificáveis. Uma das coisas que não me agradou foi o finalzinho, mas o finalzinho mesmo, que já comentei com ela, rs. Mas, tá valendo, afinal, cada um tem seu ponto de vista!


Recomendo e muito Yume!
Teri 28/01/2012minha estante
o livro tem continuação?




Bruno 14/07/2011

Kamile Girão - Yume
Eu não sabia o que esperar da escrita da Kami. Eu nunca tinha lido nada dela, nem mesmo alguns trechos de Yume ou de outros livros, o que tornou essa surpresa ainda melhor quando comecei a virar as páginas e conhecer a história de Nádia e Adrien, os protagonistas dessa história, ambos bem diferentes dos típicos protagonistas de uma história.

Enquanto Nádia é uma jovem garota alemã de 15/16 anos, sonhadora e amigável que mora na Alemanha, mas que passa por dificuldades financeiras e entre outras coisas acaba tendo que roupas velhas de seus amigos, Adrien é o típico membro de uma banda: cercado de mulheres e com uma personalidade mais rebelde, mais cética e calculista. Guitarrista solo da Reticências, Adrien mora em São Paulo, palco de boa parte da história de Yume.

Ora, mais o que liga Nádia a Adrien, já que fisicamente eles estão tão distantes e possuem personalidades bem diferentes um do outro? A resposta é o nome da primeira parte do livro, Sonho, já que um habita os sonhos do outro, mesmo nunca acontecendo um encontro entre eles até que Nádia se vê obrigada a mudar para São Paulo e morar com seu primo Yooki , que a ensina sobre o idioma, alguns costumes e até compra roupas novas para a garota. É Yooki também que acaba sendo a pessoa em comum na vida de Nádia e de Adrien, que faz os dois terem alguns encontros e desencontros sem saberem exatamente quem realmente são.

E a Kami não perdoa se tratando de encontros e desencontros. Quando parece que os dois finalmente vão se encontrar e ficar juntos, algum imprevisto acontece e acaba atrapalhando o casal sonhador. Mas Yume não é somente uma história de amor tradicional onde o casal acaba sendo afastado por forças do destino ou de ex-namoradas ciumentas. Nem tudo é tão preto e branco em Yume e apesar de ser uma história um pouco mais leve e fofa, tem seus momentos de tensão e mantém um bom suspense que atiça a curiosidade do leitor, principalmente no final da primeira parte, com a menção de Yume.

Com o transcorrer do livro, aquela visão de uma história bonitinha e simples passa a ser substituída por algo mais elaborado. A trama amadurece, assim como os personagens e suas relações. Vários acontecimentos mudam a personalidade de Nadia e de Adrien, e a história bonitinha começa a ficar mais sombria, de uma forma sutil e que se mostra por completo quando é mostrado Yume, o Sonho Maior.


Veja a resenha completa aqui:
http://bruno-bianchi.blogspot.com/2011/07/resenha-kamile-girao-yume.html
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