Yume

Yume Kami Girão




Resenhas - Yume


19 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Gisele Galindo 22/07/2011

Yume é uma grata surpresa no mundo literário de hoje
Inicio agradecendo a confiança que a Kami teve ao me enviar o livro em PDF antes do tão esperado lançamento. Mas, não é por isso que falarei bem dele. Pois, já fiz criticas construtivas de alguns que recebi virtualmente também. No entanto, este não é o caso, rs. E como conversei e esclareci com a autora, o arquivo não havia passado pela última revisão, por isso, não me aterei a detalhes técnicos da língua portuguesa, apesar, adianto, os que encontrei, que foram poucos, eram 90% de digitação mesmo. O que demonstra o cuidado com a escrita que Girão possui. Além de levar, também, em consideração a pouca idade da escritora.

Ainda no âmbito da escrita, ressalto que o texto flui que é uma maravilha, uma delícia de se ler. O apreço não se apresenta apenas no modo de escrever, mas também na formatação realizada no decorrer das páginas. Antes mesmo da diagramação, a autora refletiu sobre o formato e dividiu o texto em partes, que acaba por trazer o famoso e sempre bem vindo espaço em branco, a área de respiro, que ilude o nosso cérebro e traz mais ânimo. Muito bom! Como isso foi feito? Pois bem, existem os capítulos, representados por números, e as partes, onde, por exemplo, Kami, reservou uma página inteira para uma única palavra significativa, como quando se chega ao Yume. Bom, você verá quando ler. ;)

Os personagens são outra atração irresistível. Cada qual com suas características e totalmente contemporâneos e reais, daqueles que encontra no seu bairro, na sua rua ou num passeio ao shopping. Enfim, Girão, conseguiu colocar pessoas ainda não muito bem representadas na literatura, pelo menos para mim. Um exemplo? A irmã fofa de Arashi, Alice, a mais nova, uma bonequinha, leia o trecho onde ela é descrita pelos olhos de Nadia:

“sua normalidade era quebrada pelas roupas pomposas e negras que vestia, lotadas por babados e tachas de metal. Usava meias alvinegras longas, que alcançavam seus joelhos e sapatos pretos de boneca, igualando-se a uma.”

Ah, então, a Nadia é a personagem central. A que não se sabe se é sã ou doida de pedra. Ela mesma possui essa dúvida cruel em seu ser. Tem entre 15 e 16 anos, mora na Alemanha e mais tarde se muda para o Brasil. Cresceu no meio de garotos, por isso, e pela falta de posses, veste-se como um menino, já que os amigos lhe doam roupas. Pessoalmente, a garota de Berlim, como é citada no livro (amei), não me cativou tanto quanto Arashi e Adrien. Os dois são membros da banda brasileira Reticências, o primeiro é o vocalista e o segundo, o guitarrista. Amigos, acabam se envolvendo com a mesma garota, a solução desse problema você descobre no livro, claro.

Adrien me conquistou mais no final, acredito que foi por ele ser meio “porra loca”, demorou a me cativar. Mas, o final... As partes finais... Ai ai.

Mas, voltando... a coisa toda gira em torno de Nadia e Andrien, e, claro, os sonhos. Quando se encontrarão????? Era o que meu cérebro gritava a cada página e a cada vez que praticamente se esbarravam, mas não se viam... A autora arrasa nesse quesito. Queria matar. Parecia aquelas novelas que você fica louca para que dois personagens se encontrem e BUM! Nada... Era de enlouquecer. Teve uma parte em que pensei: como? Como? Não é possível! Não é possível! Tá li, ó! Tá ali! Não acredito!!!!! Então, respirava e prosseguia na leitura.

O linguajar utilizado no livro é bem coloquial, digo, dos personagens. Não há censura. Palavrões rolam soltos. O que pode não agradar certos leitores. Como não me agradaria, mas realmente, foram colocados de maneira que não me chocaram, já que condizia com a realidade empregada ali.

O interessante desse livro são também as referências e elucidações, como pode-se ler na sinopse lá em cima, retirada do blog do livro, e de uma parcela da jovem população de hoje que vive na sociedade, mas é pouco aproveitada na literatura e muito disso vem através de Alice, já deu para perceber isso na descrição dela, neh?!

Kami, descreve os trechos de alucinação ou não, rs, com o mesmo primor. Realmente me sentia ali, vendo tudo o que acontecia. Paro por aqui para não soltar sem querer algo que estrague a sua leitura.


Como disse antes, levei em consideração a idade da autora, por isso os pontos que seriam negativos, são altamente justificáveis. Uma das coisas que não me agradou foi o finalzinho, mas o finalzinho mesmo, que já comentei com ela, rs. Mas, tá valendo, afinal, cada um tem seu ponto de vista!


Recomendo e muito Yume!
Teri 28/01/2012minha estante
o livro tem continuação?




Marcia Luisa 15/09/2011

“Lembre-se de que nem tudo é apenas “de verdade”. Há muito além daquilo que chamamos de “mundo real”.” pág.32
Yume é doce. É como eu vi o livro e suas passagens e seus personagens e seus momentos.
Nadia sempre esteve brincando bem no limite entre o mundo da sua imaginação e a realidade, acho que muitos artistas podem ser assim, mas a menina de Berlim é bem mais que uma pessoa com a imaginação fértil, por isso, é especial e, por isso, está sempre lutando para manter sua sanidade.
Se perder em seu próprio mundo inventado é o maior medo de Nadia e como a Kami é uma autora malvada, é bem isso que acontece.
Quer dizer... é isso que parece acontecer.
Como a Nadia e sua mãe estão com problemas financeiros, ela vende seus desenhos para conseguir um dinheirinho. E quando uma proposta dos sonhos acontece, valendo 1000 euros se ela conseguir desenhar exatamente a pessoa que está em seus sonhos.
Ela aceita, claro, afinal são 1000 euros!
Só que a vida de Nadia estava prestes a mudar.
Vários fatores fazem com que a menina tenha que vir morar no Brasil, em São Paulo, com seu primo Yooki, que é um cara TÃÃO LEGAL que eu acabei querendo ter um primo que nem ele também!
Eu comentei que a Nadia tem sonhado com um cara faz alguns meses? Então... Não é que esse cara sonha com ela também?
Aí conhecemos o lindolindolindo Adrien, o guitarrista da banda Reticências. Um cara que tem se sentindo “vazio” em sua vida. A faculdade, a banda e as muitas garotas já não têm mais graça e a única hora do dia em que ele se sente feliz é quando está sonhando com a menina de cabelos castanhos e olhos verdes.
O primo Yooki é professor de música e tem um amigo empresário que tem uma gravadora que está de olho na Reticências.
Daí tu pensa: OBA! AGORA QUE ADRIEN E NADIA VÃO SE ENCONTAR, SE RECONHECER E SER FELIZES PARA SEMPRE!
Que nada. Como disse, a Kami é malvada e eu acabei torcendo e vibrando – MESMO MESMO – em TODA página, esperando pelo encontro deles, que se vissem, que se olhassem, que percebessem que o amor da vida deles estava bem ali, pertinho...
O destino joga com eles O TEMPO TODO. Eles chegam TÃO PERTO de se verem, tão perto, tão perto que você fica roendo as unhas esperando pelo momento.
Sério, é uma tortura. Eu me senti torturada, pelo menos. Mas dá bem pra perceber que um é o destino do outro.
Reticências é uma história à parte e seu vocalista Arashi é adorável, meio que torci pra ele ter alguma coisa com a Nadia, de verdade.
Ele é todo tímido, engraçado,atencioso... ~suspiros~

E A IRMÃ DELE?
Alice. Alice se torna melhor amiga de Nadia que está a cada se acostumando com o país e aprendendo a língua e a cultura.
Alice é aquele tipo de amiga que NÃO CALA A BOCA, animada, viciada em tecnologia e em redes sociais, se veste como uma bonequinha, no estilo oriental.
Os personagens de Yume são tão queridos e reais. Parecem mais pessoas que personagens. Entende?
Mas Yume é bem mais que romance. Tem umas passagens aleatórias e misteriosas que te fazem perguntar:
QUEM É ESSE AÍ? O QUE ELE QUER COM A NADIA? POR QUE ESTÁ ATRÁS DELA?
Sem contar os encontros de Adrien com uma moça que você não sabe se acredita que está acontecendo ou se é alucinação do cara.
E têm tragédias em Yume também, momentos que me apertaram o coração e eu quis brigar com a Kami, a odiando por fazer os personagens sofrerem. Porém, são momentos necessários para o crescimento dos personagens como pessoa.

“— Está pronto para saber de toda a verdade, meu querido?”pág.196

Você passa o livro todo para isso, mas quando acontece, você não tem mais tanta certeza se quer realmente saber.

O final não é óbvio, é TORTURADOR e ALUCINANTE, me vi querendo entrar no livro para avisar aos personagens do que estava acontecendo, para ajudar, para socorrer, para... aah! Só para entrar e salvar o casal dos malvados.
A última parte de Yume é o momento onde a autora colocou sua imaginação para trabalhar e MUITO BEM. O mundo dos sonhos, dos próprios sonhos pode ser bem mais assustador que encantador e é isso mesmo que a Kami mostrou para Nadia e para gente.

OK, tem que ter alguma coisa que eu não tenha gostado do livro, certo?
Em Yume foi difícil achar essa “alguma coisa”, mas o que menos me agradou – não incomodou, nem fez com que a leitura fosse maçante, nem nada – é o fato de mudar de cena muito rápido e toda hora.
Num momento a gente tá na cabeça de Nadia, tentando entender seus sentimentos e seus sonhos, e puuum! Corta para Adrien que está fazendo alguma coisa, tipo tocar, tentando dormir ou pensando na menina dos seus sonhos.
É legal isso, de poder estar em todos os lugares ao mesmo tempo, de saber o que está acontecendo com todo mundo e como algum acontecimento mexeu com todos os personagens envolvidos, mas têm horas que você quer curtir mais a cena, não sei, você quer ficar mais um tempinho ali.
Mas isso ajudou também para o livro ficar mais dinâmico, mais agitado e no final, ficou ELETRIZANTE.
O que tenho para falar de Yume é que a autora Kami Girão escreve muito bem e que a leitura foi maravilhosa e me fez sorrir bastante, soltar uma ou duas gargalhas e me emocionar.

Yume é o tipo de livro que mexe com você, que te faz suspirar e se emocionar. Yume é, definitivamente, o livro dos seus sonhos.

“A história não vai acabar.”
comentários(0)comente



Bruno 14/07/2011

Kamile Girão - Yume
Eu não sabia o que esperar da escrita da Kami. Eu nunca tinha lido nada dela, nem mesmo alguns trechos de Yume ou de outros livros, o que tornou essa surpresa ainda melhor quando comecei a virar as páginas e conhecer a história de Nádia e Adrien, os protagonistas dessa história, ambos bem diferentes dos típicos protagonistas de uma história.

Enquanto Nádia é uma jovem garota alemã de 15/16 anos, sonhadora e amigável que mora na Alemanha, mas que passa por dificuldades financeiras e entre outras coisas acaba tendo que roupas velhas de seus amigos, Adrien é o típico membro de uma banda: cercado de mulheres e com uma personalidade mais rebelde, mais cética e calculista. Guitarrista solo da Reticências, Adrien mora em São Paulo, palco de boa parte da história de Yume.

Ora, mais o que liga Nádia a Adrien, já que fisicamente eles estão tão distantes e possuem personalidades bem diferentes um do outro? A resposta é o nome da primeira parte do livro, Sonho, já que um habita os sonhos do outro, mesmo nunca acontecendo um encontro entre eles até que Nádia se vê obrigada a mudar para São Paulo e morar com seu primo Yooki , que a ensina sobre o idioma, alguns costumes e até compra roupas novas para a garota. É Yooki também que acaba sendo a pessoa em comum na vida de Nádia e de Adrien, que faz os dois terem alguns encontros e desencontros sem saberem exatamente quem realmente são.

E a Kami não perdoa se tratando de encontros e desencontros. Quando parece que os dois finalmente vão se encontrar e ficar juntos, algum imprevisto acontece e acaba atrapalhando o casal sonhador. Mas Yume não é somente uma história de amor tradicional onde o casal acaba sendo afastado por forças do destino ou de ex-namoradas ciumentas. Nem tudo é tão preto e branco em Yume e apesar de ser uma história um pouco mais leve e fofa, tem seus momentos de tensão e mantém um bom suspense que atiça a curiosidade do leitor, principalmente no final da primeira parte, com a menção de Yume.

Com o transcorrer do livro, aquela visão de uma história bonitinha e simples passa a ser substituída por algo mais elaborado. A trama amadurece, assim como os personagens e suas relações. Vários acontecimentos mudam a personalidade de Nadia e de Adrien, e a história bonitinha começa a ficar mais sombria, de uma forma sutil e que se mostra por completo quando é mostrado Yume, o Sonho Maior.


Veja a resenha completa aqui:
http://bruno-bianchi.blogspot.com/2011/07/resenha-kamile-girao-yume.html
comentários(0)comente



Ama 30/11/2011

Yume - A luta para atingir o amor é inevitável.
ATENÇÃO: Podem haver leves referências a acontecimentos do livro, porém procurei fazer tudo de maneira mais implícita possível, então acredito que não será prejudicial para quem não leu.

Imaginação em alta, somada à inovação. Isso eu começo falando sobre Yume. Confesso que eu tive expectativas contraditórias na leitura desse livro, que, aliás, faz isso conosco o tempo todo, o que eu acho muito ousado por parte da Kamile, mas não prejudicial. O que quero dizer é que o livro vai lhe levar a pensamentos e situações revoltantes, emocionantes e inesperados, principalmente inesperados.

Nadia é encantadora. Sim, ela é desarrumada, xinga, age com ignorância por diversas vezes e tem uma leve (leve?) tendência esquizofrênica em relação ao mundo. Mas ela é encantadora ainda assim, seus pensamentos rebeldes da adolescente que é, confrontam muitas pessoas reais que também são como ela. É incrível notar como a construção e evolução dessa personagem foi feita. Nádia possui os elementos doces de uma garota frustrada que vai confrontar o mundo, e apesar das respostas frias e cortantes, ela ainda pensa, tendo emoções inerentes ao seu pensamento. Tem certa imaturidade típica da sua idade, e, ao mesmo tempo, tem uma responsabilidade com a mãe (mesmo que ela não demonstre isso diretamente). Enfim, ela sente e se comove como qualquer garota, e, além disso, acredita na fantasia a ponto de aceitar o seu desafio – desenhar alguém dos seus sonhos perfeitamente. Ela evolui como se a meiguice que existe em seu interior fosse, pouco a pouco, aparecendo timidamente na sua aparência.

Já Adrien é um personagem que merece ódio, sim, a autora fez questão de fazê-lo odioso no início do livro. Mas eu não resisti, particularmente sempre gostei do Adrien, e ele me foi cativante justamente por quebrar o estereótipo comum daquele cara que faz tudo pela garota que ama. Até rio de pensar que Adrien faria algo assim, logo de cara. Prepare-se para se revoltar com o seu ceticismo e descaso com as pessoas. E também para se surpreender com sua imaturidade apesar de ser bem mais velho do que Nádia. Mas eu compreendo que suas decepções o fizeram interiorizar muito daquele homem decente que ele poderia se tornar.

Os personagens secundários também têm seus bons aspectos, a natureza de Alice tão meia e gótica que... Sabe-se lá o que seria da Nádia sem ela no Brasil. Além da fofura do Arashi e suas eternas e engraçadas brigas com o Adrien, que deixam a narrativa mais agradável e divertida. E, claro, o primo perfeito que cuida tão bem da Nádia, Yooki! Ele me foi uma surpresa agradável, sinceramente. Acreditava que Nádia teria um conflito ao se mudar, mas essa é uma das coisas inesperadas que se encontra em Yume.

Acredito que Yume seja uma história que mostra o desenvolvimento da maturidade. É irônico que Adrien, tão mais velho que Nádia, tenha, no entanto, uma maturidade tão semelhante à dela. Imaturo como é, Adrien nunca estaria preparado para amar alguém de verdade, mas não é por isso que deixa de se apaixonar e enlouquecer por alguém que, teoricamente, “não existe”. Já Nádia, que deveria ser a imatura da história por ser mais nova, se conforma quase sempre com seu destino. Lutar, sim, ela luta, mas com alguma insistência é convencida da sua realidade, afinal, ela é tão “louca” mesmo. E é aí que entra Adrien, e ele é forçado a tirar de dentro de si aquela força que não possuía para salvar a garota do Yume.

O Yume, ao meu ver, é o lugar que se vai para alcançar a maturidade. Por isso se torna é tão necessário que ele exista, e que Nádia tente ser salva de lá por Adrien, não importando o que aconteça. Conseguindo ou não salvá-la, a luta é necessária. Adrien precisa se libertar do ceticismo e ser mais homem e menos menino, digamos assim. Já Nádia precisa se libertar da responsabilidade que lhe foi dada tão jovem, de arcar com todo o sofrimento, dúvidas e loucuras sozinha. Porém, ao se lançar nesse mundo perigoso ela também aprende que não pode deixar de lado suas revoltas e sofrer em silêncio, também é preciso gritar às vezes. Porém, ela não é uma donzela em perigo. Ela é a donzela causadora do perigo, que poderia muito bem se livrar dele sozinha. O problema é que, para conseguir alcançar o amor, é preciso que ela se deixe ser salva, enxergando que não está sozinha nessa luta por maturidade. E, para Adrien, chegar ao amor significa ser menos egocêntrico. Os dois precisam atingir níveis de maturidades ideais para que os desencontros acabem. Agora, se isso vai acontecer, é por conta de você ler até o final.

Observam-se várias referências a cultura oriental, em certas partes da narrativa se tem a impressão de estar dentro de um filme ou anime. Isso, a meu ver, torna o livro bem mais dinâmico e simples de se compreender. Uma dos pontos que eu gostaria de ressaltar que não me agradou muito foi o da divisão de cenas, sendo elas bem próximas das outras se tem a impressão de que são curtas demais. Na parte “Yume” se vê vários elementos fantasiosos que, acredito, prendam o leitor em busca de compreender o que está escrito, mas como o Yume remete ao sonho (em japonês), creio que seja necessária essa impressão de confusão que é deixada, visto que os sonhos são extremamente sem nexo e incompletos. Por fim, acredito que não tenham sido propositais as falhas em relação à mudança de cenas.

Pelo fato desse ser o primeiro livro da Kamile, vejo que ela se preocupou muito com a construção coerente da narrativa e com o menor número de erros possíveis. Senti um pouco de falta de mais informações sobre alguns personagens secundários. Porém, alguns errinhos existentes no livro não retiram, de jeito nenhum, a essência que nos envolve diante de sua leitura. Acredito que o potencial da autora se desenvolva ainda mais após essa experiência e suas críticas sobre ela.

O fim é feito para surpreender o leitor. Sendo assim, de fato vai depender de cada um, varia de leitor para leitor de acordo com seu gosto. Em minha opinião, é tão inesperado que é cativante. Eu realmente gostei do fim, acredito que deixa ao leitor a impressão de que ele mesmo pode continuar a história como quiser, como também parar ali mesmo, esperançoso. Uma personagem que me prendeu completamente à parte final do livro foi a Lady Liberté, tão “estilosa” em seu mistério que não consegui não gostar dela, apesar das poucas cenas em que aparece. Os outros que compõem o final da história também são como dois extremos, mas esses prefiro deixar aos leitores que descubram por si só.

Enfim, Yume, com sua narrativa simples, faz-nos passar uma página após a outra sem ter noção do tempo. Uma história que, tendo seus defeitos, torna-os pequenos em relação à diversão que nos traz. Ao meu ver, ensina que uma pessoa precisa lutar por si mesma, alcançar suas próprias verdades antes de se aventurar a ir em busca do seu amor.
comentários(0)comente



Saleitura 09/10/2012

YUME





Vivendo em um país como o Brasil que se encontra na periferia do mundo é impossível vez ou outra não se perguntar: "O que difere uma cultura hegemônica de uma cultura periférica?". Bem, para uma pergunta como essa existem muitas respostas, mas quando terminei de ler Yume pensei: "Cáh está um grande exemplo do que difere a periferia do centro do mundo, se Yume fosse escrito nos Estados Unidos ou Inglaterra facilmente ele estaria na lista dos best-seller, até os que torcem o nariz para esse tipo de texto estariam dando uma chance a ele e 2013 haveria um filme contando essa história no cinema mais próximo de todas as casas.".

Putz, a Kamile é uma contadora de história nata, uma imaginação fervilhante. Na orelha do livro ela nos informa que nasceu na década de 1990, li isso antes de começar o livro e pensei: "Oxe! É um bebê Jesus, deve ter a idade de minha irmã (19 anos), vou ler com carinho!", quando terminei li novamente e pensei: "Caracá! Néh a toa que Mery Shelley escreveu Frankenstein aos 18 anos!".

Em Yume Kamile narra a história de como a pequena menina Nadia, moradora dos subúrbio de Berlim se encontra através dos sonhos com o estudante universitário Adrien e acaba descobrindo além de um amor bonito inúmeros mistérios.

Nadia é uma sonhadora nata, na mente dela realidade e fantasia se misturam de uma forma tão intensa e verdadeira que acaba despertando o interesse de forças que vão além da compreensão humana atraindo para si o perigo. Já Adrien é um cético, alguém que desaprendeu como se sonha, um pássaro ferido pela crueldade do mundo, não é um príncipe em potencial, mas quem dos homens feitos de carne e sangue é néh?!?!

Os dois são os polos opostos que se complementam na trama de Yume, mas apesar de serem carismáticos não são o grande trunfo de Yume. O grande trunfo de Yume é o fato de que em sua narrativa a Kamilé nos apresenta uma interpretação diferenciada para a nossa realidade, ou seja, ela cria ainda que timidamente, uma mitologia para seu mundo, uma forma alternativa de perceber a realidade que orienta a narrativa.

Tal como Neil Gaiman, as meninas da CLAMP, Terry Pratchett, Sthefany Meyer fizeram, com maior ou menor pericia, ela entrelaça ao mundo real nosso velho conhecido uma rede sobrenatural por nós não conhecida para explicar os eventos naturais. É muito legal ler algo assim feito por uma autora brasileira.

A parte meu momento epifania literária, talvez seja interessante destacar a presença da música em Yume, muitas referencias ao rock clássico, ao mundo das bandas japonesas, aliás é obvio que a Kamile é fã de cultura oriental e isso aparece em sua narrativa e em seus personagens, vários deles de origem japonesa. E talvez por compartilhar essas referencias culturais muitas vezes eu senti como se estive ouvindo uma amiga contar uma história a mim e não lendo uma estranha que nunca vi tão gorda ou tão magra.

Outro ponto que destaco em relação ao trabalho da Kamile em Yume foi a delicadeza e respeito demonstrados por quem pode não saber nada a respeito da cultura oriental e derivativos, no final do livro nós encontramos um vocabulário com as expressões mais diferentes utilizadas na narrativa da história, ou seja, se você não precisa correr para o Google quando aparecer uma referencia a lolitas, uma expressão em japonês ou um livro da década de 1990.

Por fim destaco que Yume facilmente poderia ter uma continuação, tanto a mitologia e os personagens criados por Kamile tem carisma suficiente para sustentar outras histórias, quando a Nadia e o Adrien, eu adoraria ver a relação deles caminhar e amadurecer, a banda Reticencias crescer e enfrentar as dificuldades advindas do sucesso, os irmãos Hikari, um pouco mais do Yooki e claro e muito mais do potencial da Kamile para criar interpretações alternativas para os eventos da realidade.

Resenha feita pela colaboradora Pandora
http://www.skoob.com.br/estante/livro/17384219

Postagem Saleta de Leitura
http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2012/10/resenha-do-livro-yume-de-kamile-girao.html
comentários(0)comente



Daniel Bittar 10/01/2014

Um livro gostoso e apaixonante
Quando comecei a ler Yume eu não acreditava muito que iria gostar da história. Não é propriamente meu estilo favorito e ainda era escrito por uma jovem autora iniciante. Contudo, aproveitei uma oportunidade oferecida pela Amazon e adquiri o livro. E hoje vejo a sorte que tive. O livro possui uma leitura gostosa e cativante.

Tudo começa com a sonhadora Nádia na Alemanha e a ligação que ela forma com Adrien no Brasil. À medida que os problemas vão ocorrendo é impossível não sofrer junto com protagonista bem como não torcer para que ela consiga alcançar a felicidade. No fundo a história de Yume relata um desejo íntimo trazido por cada um dos leitores. Quem não gostaria de ter um amor tão grande capaz de superar os piores infortúnios?

Por determinação de sua mãe Nádia vem morar no Brasil e fica mais próxima de encontrar seu par (im)perfeito. Entretanto ainda será necessário uma jornada entre o mundo dos sonhos e da realidade onde tudo pode acontecer para que eles possam ter a chance de ficar juntos. Dessa forma a narrativa se desenrola prendendo o leitor a cada página, sempre sequioso de chegar ao final e conhecer o desfecho dessa aventura.

Parabéns à autora e a todos que participaram do desenvolvimento dessa obra. Certamente lerei outros livros seus.
comentários(0)comente



Ely 24/03/2022

Um pouco chato
Parabéns a autora que me deixou curiosa para entender o universo do livro. Mas tenho que deixar claro que eu não gostei. É uma história boa, mas não ao ponto de me fazer recomendar. Talvez só não faça o meu gênero.
comentários(0)comente



Patty 17/05/2012

[Resenha] Yume - Kamile Girão
Nadia mora na periferia de Berlim, se veste com roupas que seus amigos lhe dão. Ela e sua mãe tentam se sustentar como pode. Nadia se refugia em seu mundo imaginário, sonhos e seus desenhos, mas quando começa a sonhar com um personagem diariamente pensa estar ficando louca.


Adrien mora no Brasil e é guitarrista de uma banda de rock e tem uma vida libertina onde ele faz o que quer. Ele é destinado a impedir uma menina de encontrar a chave do Yume.


Lendo o livro achei legal pelo inicio não ser parado como é habitual na maioria dos livros e isso já muito bom. Outra coisa que eu achei legal, é que a sinopse não fala sobre a trama de modo que a história fique previsível, pois em várias partes do livro eu não sabia o que esperar.


Tudo gira em torno de Nadia e Adrien que são os personagens principais, na sinopse fala que ele é muito mal, porém pela minha perspectiva não tive a mesma conclusão. Ele é meio perdido e apenas sofre consequência de seus próprios atos. Nadia ela já é mais certinha e mais criança, mas ao longo do livro é fácil de se notar a mudança que acontece, ela fica mais madura.


Só achei estranho o que Nadia se apaixona por Adrien de uma maneira bem ficticea, pois eles nem se falam direito acho que poderia ocorrer mais dialogo entre os dois no livro. Mas fora isso o livro é muito bom e é interessante que a Kamile criou um universo diferente que é o Yume, para mim foi fácil imaginar os personagens principalmente o desenho do personagem da Nadia.

blog Cartas para Ficção
comentários(0)comente



Rapha 03/07/2012

Resenha YUME (Blog: Doce Encanto)
"[...] Lembre-se de que nem tudo é apenas "de verdade". Há muito mais além daquilo que chamamos de "mundo real".
Página 55.


Yume, primeiro livro da jovem autora Kamile Girão, foi uma grata surpresa para mim.

Eu, que há tempos queria ler o livro, não perdi tempo e assim que foram abertas as inscrições para o Book Tour, fui correndo me inscrever.

No início da leitura eu não sabia muito bem o que esperar, afinal a sinopse é para lá de misteriosa. Comecei lendo super desconfiada, mas aos poucos fui me entregando e entrando no fantástico mundo criado pela autora, aliás leitores, impossível não se entregar, a escrita é envolvente e "enlouquecedora", sim, sim, enlouquecedora, a Kami é má e não te entrega os pontos do que vai acontecer logo no começo do livro, cada frase lida é uma pulga a mais atrás da orelha!

O tema tratado não poderia ser mais interessante: os sonhos!
Eu nunca havia lido nada sobre eles (pois é, não li a trilogia Wake ;/) então tudo foi novidade. Fiquei fascinada com esse novo "universo".

A trama gira em torno da Nadia e do Adrien, nossos personagens principais que são absolutamente diferentes; Nádia é uma garota de 15 anos que ajuda nas despesas da casa vendendo seus desenhos, talvez pela triste realidade em que se encontra vive mais em seus sonhos que na vida real; Adrien, 22 anos, é guitarrista da banda "Reticências", um cara desregrado e cético, que se torna ainda mais perturbado após começar a ter sonhos com uma garota misteriosa que nunca viu na vida.

Eles moram nos dois extremos do planeta: ela, na Alemanha; ele, no Brasil... nunca se viram, não se conhecem, não sabem da existencia real um do outro, porém um não sai da cabeça do outro, principalmente à noite quando os sonhos vêm. Duas perguntas que não querem se calar: Eles se encontrarão? Porque esse sonho? Pois é.. perguntas que só serão respondidas se vocês lerem ;)

No geral, eu A-DO-REI a leitura, entretanto um pontinho negativo me incomodou: a narrativa do livro é em terceira pessoa e em determinados momentos não se explicita quem é que está se expressando, por vezes me senti perdida com isso e tive que voltar algumas páginas. Então fica aqui meu pedido para que na próxima edição isso seja melhorado.

Kamile, parabéns pelo livro, que você continue com essa super criatividade e possa nos presentear com muitos outros títulos!

Recomendadíssimo! ♥

Confira outras resenhas em: http://rapha-doceencanto.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Jung Angel 01/07/2012

Minha Opinião sobre: Yume
O Livro trás a história de Nadia, uma garota de 16 anos, que ajuda nas despesas da casa com seus Desenhos, mas isso não é o suficiente para ajudar sua Mãe, que então resolve mandar a filha para o Brasil.

Um desenho, um homem e um sonho mudam mais ainda sua Vida, sem esquecer da mudança para um novo País onde ela conhece apenas seu primo e ninguém mais.

[...]Lembre-se de que nem tudo é apenas 'de verdade'. Há muito além daquilo que chamamos de 'mundo real'.[...] --Pág 32

Gosto muito dessa capa, a ilustração é belíssima e tem tudo haver com a história do livro. A Diagramação é simples, letras medianas folhas amarelas. O Capítulos começam separados por 'Berlin', 'Brasil' e depois em números.

Gostei muito da história e dos personagens que a Kamile criou, é impossível não gostar de algum, todos tem algo que te prende!

[...] Ele se virou, nenhuma emoção sendo demostrada. A moça estava ali, sentada confortavelmente em seu sofá. A moça estava ali, sentada confortavelmente em seu sofá, as pernas cruzadas sobre a velha mesinha de centro, o vestido branco contrastando com sua pele negra e brilhante, o sorriso divertido de sempre.

_Está pronto para saber de toda a verdade, meu querido?[...] --Pág296


Para mim o livro pecou apenas em dois quesitos, o livro é narrado por vários personagens do livros, isso é ótimo, as o problema é que não a nenhuma separação, nada que mostre que é outro personagem que está narrando, ai quando você percebe é outro personagem, isso atrapalha, pois você tem que voltar um pouco mais ler, para entender as mudanças.

No Final do livro temos um 'Glossário' com as palavras que estavam numeradas no decorrer do texto. Penso que não deveria ter esse Glossário, mas sim em cada vez que precisasse de uma explicação a alguma palavra desconhecida ele você posto em uma nota de rodapé, pois assim facilita mais a leitura e a pessoa não precisa ir ao final do livro checar o significado, pois ele estará ali abaixo facilitando. Eu não precisei, pois conhecia todas as palavras, mas se não conhecesse penso que seria um pouco chato ter que ir ao final do livro checar.

A Única pergunta que ficou ... Impressão minha ou Yume vai ter continuação?

Esses foram os únicos pontos negativos com relação a leitura, pois a história em si é agradável fluindo rápida e fácil! Gostei muito da história, e desse mundo de sonhos que a Kamile criou, me encantei com ela e claro que recomendo sim YUME!

Acompanhe as resenhas/críticas completas no blog "Lendo com a Angel". Se puder siga e comente que ficarei muito feliz por sua companhia!

site: https://lendocomaangel.blogspot.com/
comentários(0)comente



Samantha @degraudeletras 22/06/2012

Samantha M. - Word in my bag - http://wordinmybag.blogspot.com
Nadia mora na periferia de Berlin e seu corpo de garota está sempre escondido nas roupas frouxas masculinas, doadas por seus amigos. Ela mora com a mãe, que é brasileira e luta para sustentar as duas, com muitas dificuldades para sobreviver, a garota se refugia no seu mundo imaginário, na esperança de passar o tempo e se sentir um pouco melhor. Para ajudar na renda familiar, Nadia vende os desenhos que faz com a ajuda de seu amigo Otto.

Adrien é guitarrista de uma banda de rock brasileira, que envolve rock nacional e japonês. Vive a deriva do destino e tem uma vida rodeada de libertinagem, onde é um quase escravo sexual e sentimental das garotas. Estudante de Letras, tenta se virar sozinho e construir seu futuro, caso a banda não vá pra frente.

Ambos se conhecem através de sonhos. Conversam e criam um certo nível de intimidade... Sem saber que a pessoa com quem estão sonhando exite de verdade, acabam se apaixonando pelo irreal.

Ele tem uma missão. Ela, um dom.

"Viver o real doía. Amá-lo também."

Yume é um livro infanto-juvenil mas com uma estória bem complexa... meio como Alice No País Das Maravilhas, que apesar de ser um livro infantil tem uma estória bem elaborada e cheia de detalhes que não são classificados como próprio para o mundo infantil.

A autora abusou da criatividade em Yume e isso lhe rendeu resultados positivos. Trabalhando elementos da formação da sua cultura (músicas e cultura nipônica), Kamile mergulhou em um romance dos sonhos, literalmente. Segue um estilo meio Meg Cabot, com protagonistas adolescentes e o desenrolar da estória prorrogado para o final do livro.

Yume tem um vocabulário rico, mas não perde a leveza de uma obra infanto-juvenil.

"Não que Yooki fosse o principal estereótipo da beleza máxima, mas, com certeza, era o da fofura extrema."
A autora escreveu o livro quando tinha 14 anos, envolveu elementos culturais que lhe influenciaram na época, creio que apesar de bem desenvolvidos, não precisavam estar lá. Talvez com um conhecimento cultural mais elevado, a obra poderia se tornar um romance fantástico, sem a qualificação infanto-juvenil e com um respaldo bem maior.
comentários(0)comente



May Braga 02/06/2012

Yume, o Mundo Proibido
O livro tem como tema principal algo que todos nós já tivemos/temos/teremos na vida, os sonhos. Sim aquele momento especial quando nossa mente trabalha sozinha, e nos transporta para perto dos mais magníficos lugares ou, pessoas. Uma ótima proposta da autora, que me deixou bem animada.
Logo no prólogo a autora deixa um grande mistério no ar, duas pessoas discutindo, não se sabe quem são, quais seus nomes, e uma maldição é posta em cena. E fim, sem mais para não dar spoiler.

O livro é bem dinâmico, narrado em terceira pessoa e alternando entre os dois personagens principais: Nadia Kant e Adrien Guerra.

Nadia é uma garota de dezesseis anos que mora em Berlin, na Alemanha, juntamente com sua mãe Laura. As duas vivem em condições bem humilde em uma casa alugada que está caindo aos pedaços. Nadia faz desenhos e os vende afim de ajudar a mãe com as despesas, mas mesmo assim, mal conseguem pagar o aluguel.

"Amar o irreal doía. Porém bem menos do que a realidade". Pág. 170

Nadia é o tipo de garota que vive no mundo da Lua, sempre se "desconecta" desse mundo e passa a sonhar acordada, no seu mundo secreto e perfeito onde ela pode se esconder, ou melhor, esquecer todos os problemas pelos quais vem passando. Em um de seus sonhos, Nadia encontra um rapaz desconhecido, que sempre a faz sentir bem, protegida. E esse tal misterioso rapaz começar a aparecer sempre, em todos os seus sonhos.
Um dia, por falta de condições, Nadia é mandada, por sua mãe, para o Brasil, para morar temporariamente com um primo com condições melhores.

Já no Brasil, Adrien Guerra é um rapaz de vinte e dois anos, que cursa a faculdade e é o guitarrista da banda Reticências, uma banda ainda no anonimato, mais que aos poucos vem ganhando fãs, e fazendo sucesso em suas apresentações. Adrien nunca se sente completo, nunca está satisfeito com as coisas que faz, mas também não se importa muito em fazer algo para mudar sua situação. Um dia ele começa a ter sonhos com uma garota desconhecida, e todas as noite, quando ele consegue dormir, ela aparece.

Os personagens femininos me agradaram mais, como a Nadia e a sua melhor amiga no Brasil, Alice. Mas os masculinos me tiraram as maiores risadas. Dos fatos negativos, há cenas bem tensas que particularmente não gostei, e o grande vilão, que deu certo charme à estória, no fim não dá para formar uma opinião concreta sobre ele, e também acho que a autora poderia ter explorado mais o romance, e dado um espaço maior para o lado sobrenatural, já que algumas coisas ficaram subentendidas.

O livro é bem diferente do tradicional, apesar de ter enrolado um pouco no meio, ele consegue prender a atenção do leitor. Algumas partes me lembraram levemente a obra de Lewis Caroll, Alice no Pais das Maravilhas, a autora até usou uma frase de Lewis para a introdução do livro, mas claro, Yume não é uma cópia, tem originalidade e um enredo completamente diferente.

Pelo fim que teve, há a possibilidade de uma sequência, que tem tudo para ser melhor ainda. Enfim, recomendo o livro para você que quer ler algo diferente. Venha se aventurar e descobrir os mistérios do fantástico mundo proibido, Yume!
comentários(0)comente



Pandora 10/10/2012

Vivendo em um país como o Brasil que se encontra na periferia do mundo é impossível vez ou outra não se perguntar: "O que difere uma cultura hegemônica de uma cultura periférica?". Bem, para uma pergunta como essa existem muitas respostas, mas quando terminei de ler Yume pensei: "Cáh está um grande exemplo do que difere a periferia do centro do mundo, se Yume fosse escrito nos Estados Unidos ou Inglaterra facilmente ele estaria na lista dos best-seller, até os que torcem o nariz para esse tipo de texto estariam dando uma chance a ele e 2013 haveria um filme contando essa história no cinema mais próximo de todas as casas.".

Putz, a Kamile é uma contadora de história nata, uma imaginação fervilhante. Na orelha do livro ela nos informa que nasceu na década de 1990, li isso antes de começar o livro e pensei: "Oxe! É um bebê Jesus, deve ter a idade de minha irmã (19 anos), vou ler com carinho!", quando terminei li novamente e pensei: "Caracá! Néh a toa que Mery Shelley escreveu Frankenstein aos 18 anos!".

Em Yume Kamile narra a história de como a pequena menina Nadia, moradora dos subúrbio de Berlim se encontra através dos sonhos com o estudante universitário Adrien e acaba descobrindo além de um amor bonito inúmeros mistérios.

Nadia é uma sonhadora nata, na mente dela realidade e fantasia se misturam de uma forma tão intensa e verdadeira que acaba despertando o interesse de forças que vão além da compreensão humana atraindo para si o perigo. Já Adrien é um cético, alguém que desaprendeu como se sonha, um pássaro ferido pela crueldade do mundo, não é um príncipe em potencial, mas quem dos homens feitos de carne e sangue é néh?!?!

Os dois são os polos opostos que se complementam na trama de Yume, mas apesar de serem carismáticos não são o grande trunfo de Yume. O grande trunfo de Yume é o fato de que em sua narrativa a Kamilé nos apresenta uma interpretação diferenciada para a nossa realidade, ou seja, ela cria ainda que timidamente, uma mitologia para seu mundo, uma forma alternativa de perceber a realidade que orienta a narrativa.

Tal como Neil Gaiman, as meninas da CLAMP, Terry Pratchett, Sthefany Meyer fizeram, com maior ou menor pericia, ela entrelaça ao mundo real nosso velho conhecido uma rede sobrenatural por nós não conhecida para explicar os eventos naturais. É muito legal ler algo assim feito por uma autora brasileira.

A parte meu momento epifania literária, talvez seja interessante destacar a presença da música em Yume, muitas referencias ao rock clássico, ao mundo das bandas japonesas, aliás é obvio que a Kamile é fã de cultura oriental e isso aparece em sua narrativa e em seus personagens, vários deles de origem japonesa. E talvez por compartilhar essas referencias culturais muitas vezes eu senti como se estive ouvindo uma amiga contar uma história a mim e não lendo uma estranha que nunca vi tão gorda ou tão magra.

Outro ponto que destaco em relação ao trabalho da Kamile em Yume foi a delicadeza e respeito demonstrados por quem pode não saber nada a respeito da cultura oriental e derivativos, no final do livro nós encontramos um vocabulário com as expressões mais diferentes utilizadas na narrativa da história, ou seja, se você não precisa correr para o Google quando aparecer uma referencia a lolitas, uma expressão em japonês ou um livro da década de 1990.

Por fim destaco que Yume facilmente poderia ter uma continuação, tanto a mitologia e os personagens criados por Kamile tem carisma suficiente para sustentar outras histórias, quando a Nadia e o Adrien, eu adoraria ver a relação deles caminhar e amadurecer, a banda Reticencias crescer e enfrentar as dificuldades advindas do sucesso, os irmãos Hikari, um pouco mais do Yooki e claro e muito mais do potencial da Kamile para criar interpretações alternativas para os eventos da realidade.

Postado originalmente em: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2012/10/resenha-do-livro-yume-de-kamile-girao.html
comentários(0)comente



Irmandade Liter 06/10/2012

Qual o significado dos sonhos???
Estou devendo essa resenha há muito, muito tempo e peço desculpas pela demora na postagem de um dos livros que mais me encantou em uma leitura, quem ler as postagens e resenhas que são postadas aqui no blog perceberam que praticamente todos os livros que leio são recomendáveis e ótimos alguns tenho certeza de que discordam da minha opinião e outros não. É como eu disse, é minha opinião e para minha grande sorte todos os livros que li, e que postei resenha até hoje foram livros com a minha opinião positiva.


E com o livro da Kamile não foi diferente, não por que eu a conheço que tive o prazer de conversar e conhecer mais essa autora maravilhosa, de ter o livro entregue em minhas mãos pela própria autora. O livro é ótimo pelo o simples fato de que a escrita e a historia da autora são ótimos.

Eu simplesmente não conseguia para de ler, me vi rindo em vários momentos os meus pais olhando torto para mim e se perguntando se eu havia pirado de vez, o livro me prendeu de uma forma que não parava de ler e chegava a ler até de madrugada de tão ansiosa que estava para saber o que iria acontecer ao longo de cada pagina virada a cada revelação que ia sendo feita, era uma expectativa tão grande que as vezes tinha vontade de pular para o final e saber o que iria acontecer, mas isso não era possível. Para entender o final eu tinha que ler pagina apos pagina e me deliciar com personagens únicos e uma historia sensível.

Meu personagem preferido foi com toda certeza o Arashi, falarei mais sobre ele mais para frente. rsrs

Kamile nos apresenta dois jovens diferentes em vários aspectos, mas com o único vinculo forte o bastante para deixar marcante a presença de um para o outro, os sonhos que Nádia tem com um belo rapaz que invadi seus sonhos a cada noite que se passa para ela é somente uma mera coincidência é um rapaz que ela tinha visto no metrô ou mesmo na rua e por algum motivo o seu subconsciente registrou e agora ela sonha com ele.

Mas não é somente coincidência, afinal se fosse coincidência Adrien Guerra não sonharia com uma linda menina todas as vezes que fechasse os olhos para descansar ou dormir depois de uma longa noite de estudos ou shows da sua banda mais alguns amigos chamada Reticências.

O que realmente seria coincidência duas pessoas que nunca se viram sonharem um com outro? Ou os sonhos que Nádia tem e nunca se lembrar, ou como ela consegui com perfeição desenhar o rosto de uma pessoa que ela nunca conheceu?

Muitas perguntas são feitas pelo leitor no decorrer da historia e da mesma forma que é feita perguntas a própria autora vai respondendo da sua forma calma e com uma pintada de suspense para o leitor. Nádia vivia em seu próprio mundo, quando de uma hora para outra ser vê caindo literalmente na toca do coelho em um mundo novo e cada vez mais perto daquele belo rapaz de cabelos cor de areia.

O final desse livro é completamente diferente daquilo que o leitor imagina. Você imagina que vai acontecer uma coisa e a autora vai lá e faz outra totalmente diferente, em resumo Nádia e Adrien ficam no maior chove não molha, quando você pensa é agora que eles vão se encontrar e rola aquela maior expectativa a dona kamile vai e tira nosso cavalinho da chuva e faz os dois se desencontrarem. rsrs

Mas quando finalmente o tão sonhando encontro que depois de tanta torcida, até da sua mãe que não está lendo o livro, mas quer que o casal se encontre e você pare de falar dos personagens e por que sempre eles não se encontram, é simplesmente lindo, romântico, heroico e totalmente apaixonadamente, #muitossuspiros.

O final tem gostinho de quero mais viu dona Kamile Girão!!

Agora para finalizar vou falar um tiquinho do meu mais novo amor, Arashi lindo e tesão, melhor amigo do Adrien, no decorrer da historia cairá arriando os quatros pneus do caminhão pela Nadia. rsrs

È vocalista da mesma banda que o Adrien participa é lindo, lindo, lindo; ganhou uma fã totalmente fanática! rsrsrs
comentários(0)comente



19 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR