Amsterdã Blues

Amsterdã Blues Arnon Grunberg




Resenhas - Amsterdã Blues


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Zeka.Sixx 04/11/2021

Pagando por sexo
Lançado em 1994, esse romance autoficcional do holandês Arnon Grunberg narra os últimos dias de adolescência e os primeiros anos de juventude do protagonista, um jovem de Amsterdã meio sem rumo na vida, de família judaica de origem alemã. O primeiro terço do livro narra o relacionamento juvenil de Arnon com Rosie, uma colega de escola, ao que tudo indica sua única paixão verdadeira na vida. Esta parte trata da descoberta do sexo, dos dilemas adolescentes, do relacionamento conturbado com os pais.

Os dois terços finais do romance se passam alguns anos mais tarde, quando o protagonista já está com seus vinte anos, vivendo de subempregos e decidido a se relacionar unicamente com prostitutas. Essa parte do livro me lembrou muito a excelente HQ "Pagando Por Sexo", de Chester Brown, pois também tem a interessante proposta de narrar em detalhes os encontros com diversas profissionais do sexo, sem romantizações.

Um bom livro, com alguns ecos da obra de Philip Roth (pela questão judaica e pela obsessão pelo sexo), que consegue transmitir com realismo e leveza o vazio do protagonista. Achei um pouco confuso e pouco coeso em algumas partes, e a tradução um pouco problemática, mas recomendo tranquilamente para quem se interessar pela temática. De brinde, temos a ótima ambientação de Amsterdã, algo não tão comumente visto na literatura, e que traz uma atmosfera única ao romance.
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@wesleisalgado 10/02/2021

As pessoas são descartáveis como sacolas de plástico, mas não se dão conta disso
O livro é autobiográfico e conta as reminiscências do jovem holandês judeu Arnon Grunberg, ou Stephen, nome que ele passa a usar em um novo ramo de trabalho . A escrita é meio poética, meio lírica, meio pessoal demais às vezes, como se fosse uma narrativa escrita em um diário , não para um livro. Ele, o autor, nos conta sobre sua vida problemática nos colégios desde muito cedo, sua família disfuncional, vide o pai que morre engasgado e seus intentos de um trabalho. Porém , o mote principal do livro são suas aventuras com mulheres, desde as amigas de escola até a gama gigantesca de prostitutas pelas quais passou, antes dos 22 anos de idade. Não sobra muita coisa para analisar, o livro/relato/diário se resume a isso. Ponto positivo; a Amsterdã dos anos 80.
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Sergio Carmach 18/05/2012

Imagine um livro construído a partir de fatos reais e autobiográficos e em que o protagonista tem o mesmo nome do autor. Com essa proposta, o holandês Arnon Grunberg estreou como escritor em 1994, aos 22 anos, lançando Amsterdã Blues. Não demorou para vender 70.000 exemplares em seu país.

A história é underground. Arnon é um jovem de família judaica que está sempre a perambular pelo submundo de Amsterdã, onde gasta seu tempo enchendo a cara e torrando dinheiro com prostitutas. Em meio a tudo isso, precisa enfrentar os dramas trazidos pelo primeiro amor, por uma mãe dominadora e pela doença do pai, que vive preso a uma cadeira de rodas.

Tendo sido inclusive expulso da escola, existe uma principal razão para o protagonista levar uma existência desregrada desde cedo: seus pais não criaram o melhor dos mundos para que ele crescesse de forma psicologicamente saudável. Ele acabou odiando a família, sua religião e, em última instância, a vida. Mas... o leitor aceitará essa justificativa para ver com outros olhos as atitudes de Arnon?

Se você gosta de histórias emocionantes de amadurecimento, em que o personagem principal sai do fundo do poço após sofrer e crescer interiormente, vai se decepcionar lendo Amsterdã Blues. Mas se seu espírito aprecia um humor cínico e, em certas situações, é até capaz de debochar da desgraça, quem sabe tirando lições dela, irá se deleitar com o texto de Arnon. É... Existe um ditado que se encaixa perfeitamente nesse livro: “há horas em que é preciso rir para não chorar”.
http://sergiocarmach.blogspot.com.br/2012/05/resenha-amsterda-blues.html
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Patricia 17/08/2011

"Um Passeio Pelo Lado Selvagem" em Amsterdã
Um relato não linear ou mesmo muito lógico da vida do personagem/autor. Na orelha do livro já diz que Grunberg contando causos da sua vida para um editor, acabou por publicar esse livro.
E é essa a sensação que se tem ao lê-lo, um estranho em um balcão de bar, tomando várias, relatando sua vida, para quem quiser ouvir. Curiosamente ou não essa é uma das situações que mais se repete ao longo da história.
Simples, direto e franco. Sem grandes análises e julgamentos. O bem dosado sarcasmo dá o tom necessário a essa quase que releitura do passeio pelo lado selvagem.
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