Os Ladrões de Cisne

Os Ladrões de Cisne Elizabeth Kostova




Resenhas - Os Ladrões de Cisnes


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Julinho 24/11/2022

O estilo de Elizabeth Kostova ("O historiador") é prolixo, no qual a autora dedica páginas e mais páginas à descrever minúcias do universo de seus personagens: traços dos seus dia-a-dia, das suas vidas, da forma como eles enxergam o mundo. o que os torna muito humanos aos olhos do leitor, mas que também deixa a experiência de leitura muito truncada.
Na minha opinião, esse estilo da aurora é muito dependente de um bom enredo. Em "o historiador encontrarmos um enredo acima da média, onde digerimos melhor a gordura da escrita de Kostova.
Por outro lado em "Os ladrões de cisnes" encontramos um enredo bem medíocre - apesar do pano de fundo, o mundo da pintura e a influência do impressionismo ser muito interessante - onde acompanhamos um espécie de delírio onde um monte de homem cinquentão é disputado por mulheres com vinte anos de diferença a menos.O narrador Andrew, Robert Oliver e Olivier Avinot parecem personagens do José Mayer nas novelas brasileiras e do Richard Gere nos filmes americanos. Custo a acreditar que mulheres tão incríveis como Kate, Beatrice e Mary se descabelariam por esse bando de bodes velhos. A trama que transcorre no século XIX é mais desinteressante ainda que a trama no século XXI e o desfecho de ambas não me interessou, uma pena.
Engraçado que se me dissessem que esse livro é uma auto-ficção de um homem branco velho, eu acreditaria. Sorry Kostova, voce é mais talentosa que muito homem branco e velho.
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Juliana 01/07/2022

Bom
Achei a leitura um pouco arrastada, demorei para concluir o livro, exceto pelos 10% finais da história. Mesmo assim gostei bastante.
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Murphy'sLibrary 04/07/2011

Esse livro é sobre arte, mas é uma peça artística também.

Os Ladrões de Cisne começa com o psiquiatra Andrew Marlow tentando descobrir as razões que levaram o pintor Robert Oliver a se fechar para o mundo. Robert tentou atacar um quadro na National Gallery, e todos os tratamentos tentados com ele falharam. Robert não quer falar, apenas viver em silêncio.

Quando tinta e pincel lhe são dados, a mesma imagem é criada por suas mãos sem parar: uma mulher de cabelos negros. A imagem não faz mais sentido do que tudo que Robert balbucia, ou que as cartas que ele lê o tempo todo, e Marlow decide tentar algo diferente. Ele não deveria fazer o que está pensando, a vida pessoal de seus pacientes é algo além de seu alcance, mas mesmo assim Andrew começa uma investigação entrevistando todas as mulheres do passado de Robert. Isso inclui a ex-mulher e a amante abandonada.

Desse momento em diante, a narrativa não nos deixa respirar. O livro é uma decida de montanha russa, cheio de surpresas e baques no enredo. Pelas histórias que Marlow escuta, podemos começar a colocar juntas as peças do quebra-cabeça que nos leva a descobrir o que fez Robert chegar ao seu estado mental. O livro é para amantes de artes—e existem diversos tipos de arte no mundo—e sobre o que as pessoas fazem por amor. Todos os personagens são peças marcantes desta incrível história.

Eu só não posso dar 5 livros de classificação para Os Ladrões de Cisne porque o final é muito, muito rápido. Tudo acontece como se Elizabeth estivesse cansada da narrativa de suspense e tivesse que revelar tudo ao mesmo tempo. O livro não perde o charme por isso, mas tem uma quebra na narrativa que não precisava acontecer.

Como em toda arte, nós podemos ver falhas nessa peça, mas podemos ver a a beleza artística dessa história também. Não é isso que os artistas buscam de verdade?
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Elane.Medeiross 18/06/2022

Comprei esse livro em um sebo, e o escolhi justamente pela temática, por falar de arte, e ter seu toque de suspense. Apesar de ter demorado um pouco para finalizar, a experiência foi boa!!
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Blog MVL - Nina 05/05/2011

Blog: Minha Vida por um Livro | Marina Moura www.minhavidaporumlivro.blogspot.com

Este é o primeiro contato que tenho com o trabalho de Elizabeth Kostova, apesar de seu romance anterior, O Historiador, ter sido considerado um best-seller, eu pessoalmente não havia me interessado pelo estilo da autora. Graças à parceria com a Editora Intrínseca tive a oportunidade de conferir o talento de Elizabeth. E afirmo que os elogios à criatividade e narrativa da escritora não são em vão.

“Os Ladrões de Cisne” possui sua narrativa compartilhada por vários pontos de vista diferente, toda essa rede de personagens que convergem para um ponto. Um grande artista entra em um museu de artes e tenta destruir uma famosa pintura, o homem está obviamente desequilibrado e é então que entra em cena o médico Psiquiatra Andrew Marlow. Ao tentar desvendar o mistério por trás do estado daquele paciente em especial, ele será tragado por uma história além do tempo.

Antes de começar a tecer meus pensamentos sobre o livro, gostaria de parabenizar o trabalho da tradutora Adalgisa Campos da Silva, como conhecedora da língua inglesa e tradutora amadora sei que este é um trabalho na maioria das vezes bastante ingrato. Construir uma “versão” do inglês para o português nunca é uma tarefa fácil, entretanto, “Os Ladrões de Livros” é uma obra longa e preenchida por detalhes com um admirável trabalho de tradução.

Eu sou, e sempre fui leitora ávida de livros de suspense. Mas, além disso, sempre tive um gosto especial para dramas Psicológicos. Não é a toa que já li praticamente todos os livros de Ilana Casoy (Serial Killers: Made in Brazil) e Ana Beatriz Barbosa Silva (Mentes Perigosas). O aspecto psicológico dos personagens sempre me foi apelativo, talvez por isso eu tenha gostado tanto deste novo lançamento da Editora intrínseca.

Apesar de o início do livro ser bem lento, se desenvolvendo e revelando seu objetivo vagarosamente eu fiquei fascinada pelas impressões de Marlow, o Psiquiatra e a despeito dos variados das variadas perspectivas, todos os personagens possuem certa atração para o leitor.

Os detalhes sobre o universo das artes, o conteúdo cultural que o livro oferece também não pode ser ignorado. Terminei a leitura com a mente renovada por começar a compreender coisas pelas quais nunca me interessei.

“Os Ladrões de Cisne” desperta uma consciência no leitor, uma dúvida, uma semente. Até onde algo que é feito por amor e paixão torna-se perigoso para o indivíduo? Como não ultrapassar a linha tênue que dividi a sanidade da insanidade? Somos muitas vezes possuídos pelas coisas que nós deveríamos possuir.

É uma obra que pode criar grande debates não só entre estudantes de História da Arte e Psicologia, e talvez não seja uma leitura indicada para as massas, pois não creio que todos poderiam compreender a qualidade da narrativa de Elizabeth Kostova neste romance.

Penso que cada pessoa ao virar as 533 páginas de “Os Ladrões de Cisne” terá sua própria verdade em relação ao livro, mas talvez a forma de melhor condensar a premissa da obra seja dizendo que é uma história de amor e paixão. E que nos diz que às vezes o ser humano pode ser a maior obra de arte de todas.
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Ju Oliveira 02/05/2011

Difícil falar de um livro tão complexo e até mesmo perturbador. O Ladrão de Cisne (assim mesmo, cisne no singular) fala sobre obsessão, amor platônico e descobertas sobre si mesmo.

O psiquiatra Andrew Marlow, tem uma vida tranquila e sossegada. Metódico e organizado ele leva sua vida de forma simples, atendendo seus pacientes na clínica Goldengrove. Seu tempo livre é ocupado com a pintura, sua grande paixão e pela leitura. Mas toda essa tranquilidade acaba, no dia em que ele recebe como paciente na clínica psiquiatrica, um renomado pintor, que em um acesso de loucura, tentou “esfaquear” um famoso quadro na Galeria Nacional. Robert Oliver simplesmente entrou na Galeria com um canivete e foi barrado pelos seguranças antes de prejudicar a obra. Andrew então tenta entender o que Robert pensou ao tentar destruir a obra, uma imagem de nu feminino, deitada sobre alguns tecidos e ao seu lado um cisne, em uma floresta ao entardecer. Mas, para dificultar ainda mais as coisas para o psiquiatra, Robert se recusa a falar, não fala mais nenhuma palavra.

Andrew encontra com Robert Oliver um maço de cartas, escritas em francês, datadas de 1879, mais de 100 anos atrás. São cartas trocadas entre Bèatrice de Clerval e o tio de seu marido, Olivier Vignon. Em seu quarto na clínica psiquiatrica, Robert desenha incessantemente uma mulher de longos cabelos escuros e vestida à moda francesa do século XVIII. Ele pinta vários e vários quadros, mas sempre com essa mesma mulher como plano central de sua obra. Andrew fica cada vez mais intrigado com as cartas, a mulher misteriosa e o silêncio de Robert. O psiquiatra começa então uma jornada incessante em busca da verdade de Robert Oliver. Nessa busca, ele acaba fugindo completamente de sua rotina, seu método de trabalho. O médico acaba ficando ele mesmo obsecado por essas cartas, essa mulher misteriosa não lhe sai mais da cabeça. Em busca da verdade, ele acaba conhecendo as mulheres que fizeram parte da vida de Robert. E através delas, ele acaba conhecendo um pouco mais sobre a vida desse misterioso pintor. E assim, Andrew Marlow acaba literalmente vivendo a vida de Robert Oliver.Chegando ao ponto de ter que descobrir a qualquer custo a verdade, mas agora não mais por seu paciente e sim por ele mesmo.

Não me lembro de ter lido uma história tão intensa como “Os ladrões de Cisne”. Os capítulos do livro são dividos entre os narradores da história: Marlow, o psiquiatra, Kate, a primeira esposa de Robert Oliver, Mary, a amante de Robert e também simultaneamente à narração dos personagens principais, temos uma narração do ano de 1879, relatando a vida de Bèatrice de Clerval, seu marido Yves e o tio de seu marido, Olivier Vignon. Todas as cartas trocadas entre Bèatrice e Olivier também são narradas no livro. Apesar dessa quantidade de divisões nos capítulos, a história é bem definida, só que é aquele tipo de leitura que tem que se prestar muita atenção aos fatos. O assunto pintura é constante durante toda a história, mas sem ser massante. O único ponto que eu considero desfavorável no livro, é o excesso de detalhes nas histórias contadas pelas mulheres na vida de Robert Oliver. A autora poderia ter contado a mesma história sem o excesso de informação que eu considerei desnecessário. A autora consegue deixar o leitor apreensivo, vendo a angústia do psiquiatra em decifrar o enigma do quadro e da mulher de cabelos escuros. O final é ótimo, surpreendente. Um ótimo livro, pra quem quer uma leitura mais madura. Recomendo!

http://juoliveira.com/cantinho
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Thais Saes 05/09/2011

Lindamente escrito...
Sabe aquele livro que quando o finalizamos temos a sensação de que sentiremos saudades dele? Esse é o sentimento exato que sinto nesse momento.


Elizabeth Kostova, autora de “Os ladrões de cisne” criou uma história incrível, repleta de detalhes sobre pinturas, artistas e telas. Enfim, um romance que gira em torno da obsessão de um artista.


O livro conta a história de Robert Oliver, um famoso pintor e professor que é preso ao tentar violar uma obra de arte na National Gallery of Art. Seu estado é lastimável, palavras confusas, não sabe explicar o porquê do ataque, assim, é enviado aos cuidados do Dr. Andrew Marlow, psiquiatra.


Confinado no quarto de um hospital psiquiátrico, Oliver, em silêncio absoluto, nada faz além de pintar quadros de uma misteriosa mulher com vestimentas francesas do Século XIX.


Quem seria essa mulher intrigante? Qual foi o motivo que gerou um ataque ao museu? Movido pela curiosidade profissional, Dr. Marlow embarca numa perseguição em busca dessas respostas, indo além do que é permito na sua profissão: revira o passado de Oliver através do contato com sua ex-mulher e sua ex-amante.


Não quero me prolongar sobre a história. Finalizo com um único pedido: leia “Os ladrões de cisne”. Lindamente escrito... e incrivelmente arrebatador!
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Glau 02/06/2016

Aos que apreciam História da Arte
A narrativa desse livro é digno de roteiro para cinema (este e o Historiador também).
A autora nos conduz, através da obsessão de um artista, pela vida de outros personagens, em tempos e locais diferentes.
A criação artística é o motivador de sentimentos avassaladores: amor, paíxão, medo, ganância que nos sacodem e fazem refletir sobre questões da psicanálise e psicologia à modos e costumes de outras épocas.
Uma leitura instigante.
Aqueles que apreciam história da arte vão gostar a apropriação criativa empreendida pela autora.
Recomendo a empreitada!
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Carlos Padilha 11/12/2020

Boas extremidades com um miolo muito, muito chato...
Elizabeth Kostova escreve muito bem, quanto a isso não há qualquer dúvida. O livro começa com uma proposta bastante interessante e prende a atenção durante algum tempo. Entretanto, quando chegamos às narrativas de Kate e Mary (especialmente dessa última) sobre seus relacionamentos com Robert, o livro se torna extremamente chato. Iniciar cada novo capítulo exige um esforço de auto incentivo. E isso, infelizmente, ocupa mais de dois-terços do livro.
Boa parte desse miolo gira em torno do já batido tema da atração por alguém talentoso, mas visivelmente desequilibrado (a descrição física de Robert aliada ao seu comportamento me lembra um ogro).
A partir da viagem para Acapulco, quando aparecem outros personagens além do já cansativo quarteto, a trama volta a despertar interesse, e a explicação do "mistério" é criativa e inteligente. Também é interessante (e fundamental...) a inserção da trama paralela que se passa no final do século 19.
Enfim, se o "miolo" fosse condensado a 30% de sua extensão, seria um livro muito mais agradável.
Spoiler: Robert passa algumas semanas no centro de tratamento sem falar quase nada, com um comportamento que, por diversas vezes, se aproxima da agressividade. Solucionado o "caso", em menos de10 minutos Marlow conclui que ele está curado, não oferecendo riscos para si e para outros, e lhe dá alta. Pode isso, Arnaldo?
Vivi Coutinho 25/08/2021minha estante
Perfeito. Eu não descreveria melhor!!!!




luna188 27/01/2024

Arte e obsessão ?
Se a arte é um sentimento, então a pintura é esse sentimento expresso em formas e cores.

Os ladrões de cisne é sobre um pintor que é preso ao atacar uma pintura no Nacional Gallery, depois disso a vida do pintor se torna um grande mistério. Veja que o crime cometido que envolve o livro é sobre arte e a obsessão é sobre arte. A história tem como pano de fundo o mundo das artes, precisamente a pintura. O mundo de grandes pintores, belos quadros, magníficas obras de arte.

Não é melhor que o outro livro da autora ?O Historiador?, mas é tão envolvente quanto. Vale muito a pena a leitura, principalmente se gosta de arte.

~ Quero ver um artista pintando, o cheiro que emana do pincel, ver a tinta tomar forma na tela antes em branco, a intensidade do foco de um pintor ~
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Ronan 22/07/2023

Elizabeth Kostova tem o dom de te deixar imerso nas histórias dela, fiquei extremamente envolvido nessa narrativa, adorei os personagens, toda a construção do livro é ótima.
Se houve uma coisa coisa que me deixou um pouco decepcionado nesse livro foi a resolução do mistério, mas não acredito que isso retire algum mérito desse livro, toda essa jornada valeu a pena.
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Mi Hummel 31/12/2014

Nos bastidores das Belas Artes...
Devo dizer que " Os Ladrões de Cisne" acabou me prendendo. Gostei muito da premissa e da forma como a autora conduziu a narrativa. Embora, eu confesso, meu maior interesse era na história de Robert e me via agoniada quando o livro enveredava para algumas situações triviais da vida de Marlow.

A narrativa trata de um transtorno obsessivo desencadeado, aparentemente, por um quadro, cuja pintura trata de Leda - a mortal possuída por Zeus em formato de Cisne.

Um talentoso pintor - tomado por um ataque de fúria - vê-se como paciente de Andrew Marlow e a chance de recuperar a sanidade. Desde o começo do livro tomamos a "persona" do psiquiatra e caminhamos com ele por galerias de artes em busca da pista que resgatará o seu paciente de seu tormento.

O livro aborda o mundo das Belas Artes e não decepciona.
Robert, o homenzarrão pintor, é uma personagem que cativa justamente por ser o retrato de alguém transtornado. Ele me convence de que, por trás da genialidade, existe um ser excêntrico e de difícil convivência.
Em suma, o desenrolar da história foi bastante convincente para mim e o final me surpreendeu. Quando descobríamos algo ( Ah, sim: no plural, já que éramos eu e Marlow nessa enrascada.) outro mistério se apresentava.

Por vezes, sentia que a personagem de Marlow oscilava diante da personalidade de seu paciente e se confundia de forma angustiante.
Bravo para Elizabeth Kostova.
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Cheiro de Livro 17/08/2017

Os Ladrões de Cisnes
“Os ladrões de Cisnes” é um típico caso de livro comprado na sombra por mim. Vi o nome de Elizabeth Kostova e coloquei logo na pilha para levar, nem vi do que se tratava. Ele ficou um tempo na estante esperando e só quando fui lê-lo que vi que se tratava sobre pintura. Porque digo que foi comprado na sombra e não no escuro? Fácil, Kostova me conquistou com “O Historiador”, um livro maravilhoso sobre vampiro.

O livro é vendido como contendo um grande mistério. Até tem um certo suspense, mas não acho que isso seja o forte do romance, o que me seduziu no livro foi a forma e a incrível capacidade da escritora de seduzir o leitor com os ambientes. Ao fechar o livro me deu uma vontade enorme de ir a Normandia conhecer Etretat ou visitar alguns dos museus e admirar os quadros retratados no livro, foi mais ou menos a mesma coisa com o livro anterior dela, mas nesse caso a vontade era de seguir os caminhos de Vlad Tepes em cenários bem diferentes.

Tudo começa quando um pintor de relativo sucesso Robert Oliver é detido ao tentar atacar um quadro em Washington. Ele só parece importante nos primeiros capítulos, logo se descobre que o importante mesmo é o mergulho do psiquiatra Andrew Marlow no mundo da pintura tendo como desculpa a obsessão de seu paciente. O livro então se divide em dois tempos, o início do século XXI e o final do século XIX. As histórias caminham paralelas e por um momento achei que Kostova havia cedido aos fantasmas, mas estava errada.

A investigação de Marlow em si é ótima, seu mergulho na vida do paciente e, principalmente, a busca pela mulher onipresente nos quadros de Oliver é que encanta. Kostova até tenta criar um grande mistério, uma trama, mas a revelação não é lá essas coisas, o que importa mesmo é o caminho. O desenvolvimento do livro é ótimo, e é ele que vale a leitura.

“Os ladrões de Cisnes” não é tão bom quanto o livro anterior de Kostova, mas é um bom livro. Vale a leitura, se você gosta de pintura, a leitura vale ainda mais. Fechei o livro com uma vontade louca de ver aqueles quadros e de ir para Etretat ver onde eles foram pintados.

site: http://cheirodelivro.com/os-ladroes-de-cisne/
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Vitória 25/10/2021

Uma investigação sobre arte, meus amigos
Comecei esse livro com altas expectativas e, ao mesmo tempo, muito apreensiva. Li o historiador (outro livro da autora) há mais ou menos seis anos, e amei, mas tinha medo do tempo acabar mudando a minha percepção sobre a escrita e a forma como a autora desenvolve a história. Acabou que os meus medos eram infundados (pelo menos em sua maioria). A história é extremamente interessante, com uma investigação completamente diferente das que a gente encontra na maioria dos livros. Afinal, aqui não estamos falando de crimes, mas sim de arte. Senti que a autora pesquisou muito antes de escrever essa história. Porém, o psiquiatra (que narra grande parte do livro) acabou me incomodando. O homem não podia topar com uma mulher no meio da rua sem descrever, em parágrafos e mais parágrafos, como ela era atraente, e como ele queria transar com ela. Acho que isso me incomodou ainda mais pelo fato do livro ser escrito por uma mulher. Não sei se havia algum propósito nisso, mas se havia eu não entendi. Além disso, achei que a conclusão do livro poderia ter sido um pouquinho mais alongada, talvez com um epílogo. Sei que a trama principal foi completamente resolvida, mas gostaria de saber com mais detalhes o que aconteceu com determinada personagem feminina com a qual me apeguei muito (acho que quem já leu vai entender de quem estou falando, mas não vou colocar nomes aqui pra não ser spoiler).
Enfim, uma trama muito cativante, mas poderia melhoras em alguns (poucos) pontos
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