O Livre-Arbítrio

O Livre-Arbítrio Santo Agostinho




Resenhas - O Livre-arbítrio


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Luzineide 01/03/2023

Leitura muito densa e muito profunda!
Ler Agostinho é enveredar pela "verdade" e pelas verdades contidas em todas as suas obras.
O livre arbítrio é uma reflexão diária, e Agostinho com toda sua espiritualidade e eloquência em cada palavra, nos ajuda a olhar para dentro
e voltarmos para questões que certamente serão o divisor de águas entre o que decidimos e o que não decidimos, para trilhar uma vida e um caminho mais voltado para o céu.
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Felipe 06/10/2022

Santo Agostinho nessa incrível obra da teologia e filosofia cristã fala de maneira brilhante sobre temas tão fundamentais, como: o mal e sua origem, o pecado original, o papel da vontade do homem frente ao pecado, a graça na santificação.
O Doutor da Graça consegue de maneira assertiva construir toda uma argumentação filosófico sobre cada um desses temas, nos apresentando com segurança e profundidade fundamentos tão importantes para a doutrina cristã.
Vale muito a pena, porém não é muito simples de compreender, porém não tenho nem palavras para expressar o valor espiritual e intelectual da obra.
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Yuririn 06/06/2022

achei legal que os 3 volumes contidos neste livro são feitos como uma conversa entre o Agostinho e seu amigo Evódio, então fica mais interessante de ler (parecido com os diálogos de Sócrates em q ele pergunta algo pra pessoa falar a opinião dela), mas ao mesmo tempo vc tem que prestar bastante atenção nas teorias e ir com calma nos diálogos pra assimilar tudo direitinho. Como eu não tinha o livro físico foi mais complicado, pq não conseguia anotar as conexões nele, mas ainda assim dá pra tirar bastantes ideias dele. Achei q várias ideias demonstram o relativismo das relações, ele aborda vários assuntos que são levados uns aos outros, gostei quando fala sobre a vontade, corrupção e os graus do conhecimento. Achei bem feito este combate ao maniqueísmo q o Agostinho faz, mas de certa forma foi complicadinho e me seria preferível ter o livro físico.
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Lucio 08/05/2018

Um Agostinho meio Arminiano...
O título da resenha, claro, é um gracejo. Todavia, nessa obra, Agostinho certamente não havia desenvolvido adequadamente uma antropologia teológica bíblica. Haverá, evidentemente, muitas revisões no que é dito. Todavia, tantas outras coisas permanecem como verdades permanentes que serão guardadas em toda a obra do autor e mantida na fé cristã até os dias de hoje, seja pela Reforma, seja mesmo pela Igreja Católica.

O 'leitmotiv' de toda a obra, evidentemente, é discutir a questão do problema do mal. Mas há, sem dúvidas, um refinamento da questão, pois a obra irá discutir o problema do mal moral - e não o mal de forma indiscriminada - e sua origem. Para tal, distingue muito bem o que é o mal, os tipos de males que existem, o que é a ação moral e os verdadeiros motivos para a prática do bem - bem como formas de distinguir o que é esse tal bem. A propósito, o viés platônico de buscar a sabedoria para a ascensão é nítido. Não obstante, Agostinho faz do próprio Cristo a Sabedoria. Assim, em última instância, Agostinho une a sabedoria à piedade.
Para Agostinho, a origem do pecado é a vontade-livre do homem. Ele reconhece a dificuldade de buscarmos a causa dessa vontade, mas tenta escapar dizendo que tal questão levantaria questões ad infinitum. Nós, particularmente, discordamos e acreditamos que essa pergunta pode ser solucionada e terminada em Deus e seus múltiplos propósitos.
Seja como for, o homem estava em perfeitas condições de resistir, mas resolveu buscar autonomia mediante a sugestão diabólica, tornando-se assim cativo ao Diabo, precipitando-se.
Ainda assim, nessa obra, Agostinho afirma estar no poder do homem caído o levantar-se - embora, em poucas partes, com certa timidez, ainda fale da necessidade da graça para isso, mas noutras diz que essa graça tem de ser pedida, já havendo aí uma disposição inicial do homem. Deus teria dado ao homem o poder de exercer sua vontade para, mesmo com dificuldades, superar, pela virtude, com a ajuda de Deus, o estado decaído e, assim, ascender sua alma para o estado de Sabedoria.
Parte do livro é dedicado a lidar com objeções, demonstrando que a vontade foi dada e, mesmo havendo, com isso, possibilidade de pecar e, de fato, mesmo Deus prevendo que o homem pecaria, ainda consta como um bem. A propósito, mesmo ela em seu estado degradado ainda é um bem. Para explicar isso, defende a harmonia do conjunto da obra cósmica na gradação dos bens como composição de um bem completo. Com isso, nota que bens menores não são maus por haver bens superiores. Identifica a liberdade como um bem, mesmo que o homem peque e, por isso, serve aos propósitos divinos. Mostra que ela é usada de forma errada, e por isso há severa punição, mas ela mesma foi dada para que houvesse ação moral e suprema felicidade para a criatura que a conduzir corretamente. Agostinho também argumenta que a previsão dos atos não os causa, harmonizando, assim, a presciência divina com a liberdade das ações.

É possível, pois, ver Agostinho desenvolvendo temas metafísicos, antropológicos, éticos e até epistemológicos no decorrer de toda obra. A utilização da filosofia para dar razões para artigos de fé é manifesta de forma esplendorosa. O filósofo ainda mostra muita astúcia na elaboração dos problemas e percepção das dificuldades, encarando-as todas com muita coragem - embora, nalgumas poucas mas importantes vezes, sem competência.

Filósofos e Teólogos realmente têm que ler a obra. Suas elaborações em várias áreas de estudo são, certamente, muito prolíferas e instiga a mente a reflexões muito profundas, levando na companhia o andamento de raciocínios de uma das mentes mais brilhantes dentre os mortais: Agostinho de Hipona. Mesmo discordando de muitos pontos, aprendemos muitas coisas importantes aqui e certamente lições serão levadas para sempre. Graças a Deus por Agostinho!
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Viruga 15/01/2018

Teologia e Razão podem andar juntas?
Me aconselharam fortemente que eu começasse a conhecer a filosofia de Agostinho através desse livro, mesmo sendo de leitura não tão fácil quanto seu livro mais famoso, Confissões, que possui um peso salmista e religioso muito maior. A devoção de Agostinho é surpreendente, mas nesse livro ele se atem mais a tentar responder algumas perguntas difíceis mais importantes para entender a fé de forma lógica (nem sabia que isso era possível).

Porque Deus tem que existir? Como não seria possível existir a humanidade sem Deus? Se um homem se entrega aos seus desejos e cala a sua moral, o que o difere de um animal? Tudo que Deus criou é bom porque Deus é bom, então como explicar a existência do mal?

Perguntas como essa fizeram desse livro pra mim, um dos mais importantes que eu já li nos últimos anos.
Rafael Zanini Francucci 11/09/2018minha estante
"tentar responder algumas perguntas difíceis mais importantes para entender a fé de forma lógica (nem sabia que isso era possível)."

Se um dia se interessar por São Tomás de Aquino, verá essa sua afirmação em formato perfeito.




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