Delly 23/04/2011Sempre que vamos comprar um livro a primeira coisa que nos chama a atenção nele é a capa e o laço que parece dar continuidade a estampa da capa no livro deixa A vidente com uns pontos a mais conosco. Além disso o fato de Jane Austen ser citada já nos deixa saltitando de vontade de colocarmos nossas mãos nele. Porém não se deixe enganar. A vidente pode se passar na mesma época que Orgulho e Preconceito, mas Chloe não tem nada de Elizabeth Bennet.
Órfã de pai e expulsa de casa pela própria mãe, Chloe é uma mulher da Inglaterra Georgiana que pensa como uma mulher do século XXI, ou seja, que homens e mulheres têm direitos iguais. Isso levou vários blogs a difamar o livro por ele ser meio “para frente” de sua época e ter cenas bem adultas; um leitor mais observador teria notado a diferença de o autor ser sem noção e de o personagem ser sem noção.
Hannah Howell escreve sobre uma faceta diferente da mulher geogiana; aquelas mulheres (e homens, por que não?) que por muito tempo foram queimadas por serem consideradas bruxas o por não ser o arquétipo da mulher ideal. Mulheres que não pensavam apenas em casamento, roupas e filhos. Ela escreve sobre traição, cobiça e luxúria. Independente da época pecados capitais sempre estiveram presentes na nossa realidade, por mais que alguns tentam romantizar certos períodos da história.
O desenrolar dos fatos começa quando a irmã e o sobrinho de Chloe morrem no parto. Dois homens levam o bebê e em seu lugar deixam outro recém nascido saudável, o filho de um lord, a pedido da própria esposa do seu senhor. Mas Chloe já esperava por isso porque ela é uma Wherlocke e todos os Wherlocke têm dons especiais. O de Chloe é a capacidade de prever o futuro.
Ela logo descobre que a condesa na verdade é uma mulher fútil que só pensa em dinheiro e sexo (Sim, os personagens desse livro não tem tanto receito sobre o sexo quanto os personagens dos livros de Jane Austen.) e que ela tentou dar um fim no próprio filho para que o conde não tivesse um herdeiro e ela pudesse ficar mais rica e com mais amantes (o que mostra a sua faceta burra. Ela já era rica com ele, já tinha um titulo e já tinha muitos amantes.). Com a ajuda - e um pouco de pressão - do tio do Conde, Betrice tentava matar o marido e teria conseguido se Chloe e seu primo não tivessem intercedido.
Depois que o conde Julian Kenwood entra como ativo e não mais como alvo no jogo as coisas começam a ficar boas. Prepare-se para muita ação estilo faroeste e para duelos de espadas próprias do período do livro. Além de um romance que fará Chloe ter mais um motivo de querer ser mãe de Anthony além do de já amá-lo como uma.