A Anatomia do Fascismo

A Anatomia do Fascismo Robert O. Paxton




Resenhas - A Anatomia do Fascismo


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guibre 14/11/2011

Excelente.
Primeiramente, diga-se que a leitura deste livro me foi extremamente prazerosa, devendo-se destacar a qualidade do texto, bem como a estruturação dos argumentos do autor, o qual, de forma extremamente competente, analisa o fascismo demonstrando que as noções que compõem o senso comum acerca de tal fenômeno político e social são muitas vezes decorrentes de uma análise parcial e limitada.
Frisa-se na obra que para caracterizar adequadamente o fascismo é necessário refletir sobre todo o seu desenvolvimento, não se limitando ao seu surgimento, pois tal limitação cognoscitiva pode conduzir a conclusões errôneas, especialmente porque a prática governamental revelou-se reiteradamente contrária aos dogmas iniciais adotados pelos movimentos. O autor, magistralmente, demonstra que os partidos fascistas que ascenderam ao poder o fizeram por meios institucionalmente estabelecidos (formalmente legais, leia-se), mesmo que a violência seletiva fosse elemento essencial de sua atuação, enraizamento e crescimento.
Os apontamentos são feitos com apoio em fatos, não se limitando a análises abstratas de preceitos programáticos ou proposições teóricas, alertando o leitor acerca da utilização política de alguns argumentos. Apresenta-se um panorama dos diversos posicionamentos em relação a vários aspectos do fascismo, com a demonstração de suas eventuais vicissitudes, mesmo que de forma sucinta.
Ademais, o autor analisa manifestações que guardam alguma identificação com o fascismo tanto antes de sua ascensão quanto depois de sua queda na Alemanha e Itália. Destaca-se que a análise se prolonga até os dias atuais, com reflexões sobre alguns dos movimentos e partidos de extrema-direita em alguns lugares do mundo (especialmente da Europa). Tal aproximação temporal revela-se extremamente salutar para a contextualização atual das forças políticas e suas semelhanças com o fascismo.
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Romeu Felix 19/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
“A Anatomia do Fascismo” é um livro escrito pelo historiador americano Robert O. Paxton, que tem como objetivo descrever as características fundamentais do fascismo. O autor apresenta uma análise da origem e desenvolvimento do fascismo na Itália, na Alemanha e em outros países europeus no período entre as duas guerras mundiais, assim como as suas variações em diferentes contextos históricos.

A obra se divide em dez capítulos. No primeiro, Paxton discute a definição de fascismo, demonstrando que o termo é frequentemente mal utilizado e confundido com outros conceitos políticos. Em seguida, o autor apresenta as origens ideológicas e históricas do fascismo, analisando o papel do nacionalismo, do antissemitismo, do racismo e do socialismo na sua formação.

O livro continua com uma descrição detalhada dos movimentos fascistas na Itália e na Alemanha, desde a ascensão de Mussolini ao poder, em 1922, até a queda do regime nazista, em 1945. Paxton analisa os métodos de propaganda, a estrutura do partido e as instituições políticas e sociais criadas pelos regimes fascistas, assim como as suas relações com outras potências internacionais.

Nos capítulos seguintes, o autor discute a natureza dos movimentos fascistas em outros países europeus, como a França, a Espanha, a Romênia e a Hungria, assim como as suas relações com os regimes fascistas da Itália e da Alemanha. Paxton também apresenta uma análise crítica dos estudos sobre o fascismo produzidos por outros autores e discute a relevância do fascismo como categoria de análise histórica.

Principais ideias:

O fascismo é uma ideologia política que combina elementos nacionalistas, antissemitas, racistas e socialistas, que defende a criação de um Estado forte e autoritário, a eliminação das liberdades individuais e a supressão dos direitos civis e políticos;

O fascismo se desenvolveu em diferentes contextos históricos, com variações significativas em termos de estilo e conteúdo. As características fundamentais do fascismo, no entanto, são a rejeição do liberalismo e da democracia, a defesa da violência como meio legítimo de ação política, a afirmação da superioridade da nação ou da raça e o culto ao líder carismático;

Os regimes fascistas da Itália e da Alemanha foram caracterizados pela propaganda em massa, a militarização da sociedade, a criação de instituições paralelas ao Estado e a perseguição sistemática de minorias étnicas e políticas;

O fascismo também se desenvolveu em outros países europeus, como a França, a Espanha, a Romênia e a Hungria, embora em contextos diferentes;

A análise crítica do fascismo como categoria de análise histórica permite entender as raízes e as consequências desse fenômeno político, assim como as possibilidades e os limites da democracia e do Estado de direito.

**Importância
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Camila1856 28/12/2022

Muito bom
Ótimo livro pra quem quer estudar o tema. O autor tenta abarcar diversos pontos e aspectos do fascismo, relacionando com a atualidade, então leva um tempo pra ler, embora a linguagem não seja tão difícil. Mas vale a pena pra quem deseja aprofundar no tema.
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Poema.Portela 25/07/2020

Uma boa leitura introdutória ao tema. A análise de Paxton leva em conta não apenas o discurso construído em torno do fascismo, mas também as práticas encerradas pelos movimentos fascistas.
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