Cores proibidas

Cores proibidas Yukio Mishima




Resenhas - Cores Proibidas


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Olgen 17/02/2024

O texto trabalha lindamente as reflexões e as relações das personagens, porém peca ao transitar entre essas cenas. O vazio abordado no livro de forma concisa cumpre seu propósito nos capítulos finais. O último capítulo finaliza de forma direta o livro.

Em suma, é um ótimo livro, mas poderia ser mais polido.
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Ayumi.kimura 27/10/2022

Acho que nunca demorei tanto pra ler um livro como esse. Teve um momento que ele se tornou maçante e repetitivo, talvez fosse a intenção do escritor frisar tanto a beleza de um personagem, ou mesmo estivesse apaixonado por Yuichi, entretanto o capítulo Desfecho, que encerrou o livro fez com que ele valesse a pena.
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O Hobbit 26/08/2022

Me sinto burro, mas no bom sentido!
Para quem nunca leu Mishima, eu não começaria por esse livro.

Estou há um tempo pensando em como definir esse livro. Definitivamente não amei, e não me cativou tanto quanto os outros livros que li do Mishima. Mas, ao mesmo tempo, a discussão apresentada é interessante e bem trabalhada, como é de se esperar do Mishima. Não consegui absorver todas as ideias do livro, e acredito que a imensa maioria do público leitor também precisaria reler algumas vezes para se aprofundar melhor na discussão do livro.

O livro é um pouco repetitivo, e os homossexuais são apresentados de forma meio caricata. Em alguns momentos, senti que os homossexuais eram tratados de forma semelhante aos travestis em One Piece, e isso me incomodou no início. Para mim, o ponto forte está nas personagens femininas e como elas lidam com a falta de interesse do Yuichi, protagonista do romance. Shunsuke, um escritor, é o responsável por grande parte dos devaneios filosóficos do livro, e admito que não consegui me sentir muito cativado pelo personagem (mas acredito que a ideia do Mishima era justamente essa).

Daria 3.5 estrelas se pudesse! Acredito que relendo o livro eu viria a apreciar mais o conteúdo, mas a leitura é um tanto quanto maçante, então não me sinto nada tentado a dar uma segunda chance no momento (ao passo que O Marinheiro que Perdeu as Graças do Mar eu releria com um grande prazer!).
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Joao Felipe 19/02/2022

Um mestre
Uma leitura poderosa, em muitos momentos nos vemos acuados em reflexões que muitas vezes fugimos, é um livro com uma vida própria e só lendo pra sentir. Ele possui um magnetismo muito latente nas primeiras palavras, e se alguém se propor a dar uma resenha detalhada que o faça com muito estudo do próprio autor. É como se a obra fosse mais do que eu possa absorver, mas mesmo assim eu amei lê-la, ela se enveredou pelo meu coração e já está enraizada.
Yukio Mishima me fascina a cada novo capitulo a cada nova palavra, é um prazer ler seus livros e vou continuar até não restar nenhum.
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Augusto Queiroz 31/01/2022

Uma noite no Rudon e não tem mais volta...
Primeiro contato com o autor Yukio Mishima que conheci em 2007, no seriado "Toma Lá Dá Cá", da TV Globo, cujo personagem Adônis aparece lendo este calhamaço. Depois de 13 anos de procura, finalmente em 2020, consegui uma edição e a curiosidade se manifestou nos primeiros dias de recebido. A edição publicada em 2002, reimpressa em 2009, e dada como esgotada desde 2011, que vem sendo relançada pela Companhia das Letras divide opiniões quanto ao seu teor aparentemente misógino, mas que não passa de subterfúgio para a escrita de praticamente uma análise sobre os desejos mais profundos dos homens, ainda não explorados, principalmente numa sociedade e contexto histórico onde a homossexualidade era comparada à feminilidade, que sempre foi mais complexa do que o simples desvio sexual que muitos até hoje pensam o ser.

A história começa com Shunsuke, um escritor que vem de três casamentos malfadados, que quer se vingar das mulheres, em nome de suas três ex-esposas. Recentemente, uma coletânea sua foi relançada e ele parece estar ainda no meio de algumas rodas. Conhecendo o jovem e sedutor Yuichi - que é homossexual em segredo - ele planeja dar um martírio psicológico, de como a todas as mulheres do mundo, através da moça que está prometida em casamento a ele, Yasuko. No início, Yuichi acredita estar sendo levado apenas por uma brincadeira inocente, já que sua esposa - como qualquer mulher num Japão ainda muito machista - nem liga para o que ele faz fora de casa, porém ela começa a desconfiar do marido, contrariando seus pensamentos. Já Yuichi, introduzido por Shunsuke no Rudon, um "bar gay" da Tóquio pós-guerra, ele conhece e se relaciona com homens os mais diversos. A trama começa a ficar perigosa quando Yuichi se envolve romanticamente com o casal amigo de Shunsuke, o misterioso idoso Nobutaka e sua esposa, cada um por vez, o que desafia perigosamente o lado "submisso" de Yasuko, e leva também a própria família do marido a caçar o seu passado e seu presente. Yasuko consegue engravidar e ser mãe, que é o que serve para disfarçar as aparências desse casamento entre uma submissa e esperta esposa, e um homossexual "encubado", muito embora Shunsuke ainda tenha uma carta na manga, e Yuichi não seja tão ingênuo quanto seu mentor imagina, o que pode leva-lo a consequências maiores.

Meu primeiro contato com o sempre comentado Mishima, foi numa nota sincera 90% positiva, apenas com ressalvas, o livro se torna bastante prolixo quando o autor começa a divagar sobre arte, coisa que Shunsuke faz e muito. Também alguns personagens não têm muito tempo de escrita, alguns até aparecem e somem em poucas páginas, só são notados porque se envolvem com Yuichi em algum momento. Com um final também um pouco filosófico, "Cores Proibidas" traz boas frases que podem ser destacadas como citações, mas enrola um pouco no quesito "prosa", pois se cortássemos as divagações de Shunsuke, não daria nem 350 páginas do que realmente importa na história, e seria bem mais fluido. Sem contar a misoginia disfarçada em algumas passagens, outras que saltam aos olhos, da boca do próprio Shunsuke, mas lembremos o contexto histórico, para a época, infelizmente era comum. O desafio não é interpretar o contexto histórico, mas interpretar as intenções de Shunsuke e dos demais personagens para com Yuichi, que mudam a cada página.

Quem sabe o próximo Mishima me traga melhores impressões. Ainda é o primeiro. Mas de uma coisa, tenha certeza, uma vez que você leia, e pior, uma noite no Rudon, e não tem mais volta! Principalmente para quem é gay.
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Janderson Silva 07/01/2022

Meu primeiro contato com a literatura oriental, o livro tem uma escrita crua, por vezes "cruel", mas gostei bastante.
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Guilherme 01/01/2022

Encontrei esse livro por completo acaso e me interessei demais pela sinopse, corri pra ler mas acabei demorando alguns meses para terminar..

"Cores Proibidas" não é um livro chato, mas acaba por ser muito repetitivo.. o autor parecia obcecado pelos conceitos de beleza, juventude e decadência, tudo muito interessante, mas que se repete muito até o fim, chega um ponto que você não aguenta mais ler páginas e páginas falando sobre a beleza do personagem principal, entre vários outros assuntos repetidos a exaustão.

Por outro lado, é muito divertido acompanhar a vida desses personagens, o livro é cheio de festas luxuosas, eventos da alta sociedade japonesa com muitas intrigas e armações, explora também o submundo gay da época, com uma visão de decadência, é preciso dizer, mas que não deixa de ser interessante. O contexto histórico e as transformações sociais da época são também muito explorados, o que deixa a história bem rica.

A personagem da Srta Kaburagi foi minha favorita, uma mulher muito inteligente e cheia de camadas no meio de muitos homens feridos e cruéis. O personagem principal, Yuichi, apesar de ter sua personalidade explorada com muita dedicação, sempre parece incompleto e misterioso. No final das contas, foi uma experiência cansativa, mas intrigante, com muitas passagens que provocam reflexões e que logo depois cansam pelo excesso.
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Lusia.Nicolino 30/07/2021

Mishima precisa ser lido
Ainda é preciso lembrar que a literatura japonesa não é sempre, e apenas, sobre samurais e gueixas. Cores proibidas foi publicado pela primeira vez em 1953, é um dos primeiros romances de Mishima. A trama, contextualizada nesse período, nos leva a conhecer Shunsuke, um velho escritor, sobrevivente (?) de três casamentos fracassados que passa a dedicar-se a Yuichi, um belíssimo jovem, homossexual. Seus encontros e desencontros com homens e mulheres parece seguir um roteiro do escritor. Para a época, um confronto do erótico com as velhas convicções morais da sociedade japonesa, que havia sido devastada pela Segunda Guerra. Para hoje, algumas situações inverossímeis, mas que nos levam a conhecer outros tempos, outras culturas e aterrissar num velho novo assunto. Mishima precisa ser lido.

Quote: "Que contraste cruel sua infelicidade e essa felicidade que há muito não sentia!, pensou. ´As emoções dele e as minhas são como as flores e folhas de cerejeiras: existem de modo a que nunca se enxerguem mutuamente´."


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Gabriel 14/05/2013

Esse foi meu primeiro contato com esse autor, considerado um dos grandes nomes do Japão pós-guerra. O que me chamou muito atenção nesse livro foi todo seu contexto histórico, o autor funde os conceitos homossexuais, até então não muito bem explorado na cultura japonesa, de uma forma que nós nos vemos diante desse mundo homossexual ainda muito retraído e que sofria muito preconceito.
Ele exalta a beleza masculina de uma forma que chegamos até a reagir como um desprezo pelo sexo feminino. O rapaz jovem, lindo que procura se encontrar ao meio de tudo isso e fica encantado com essa nova visão do mundo a sua volta que lhe é apresentada e suas novas possibilidades de viver.
Orochi Fábio 04/07/2019minha estante
Lembro do Rudon...




Michel 01/11/2012

Confuso
Li várias resenhas sobre o livro "Cores proibidas" de Mishima. Quase todas falaram mal desse livro. Foi a primeira vez que me encarei um livro de Mishima, por muitos considerado um dos grandes autores japoneses do século XX.
Confesso que achei o livro confuso, repleto de clichês e um certo preconceito no que se refere aos homossexuais que viviam naquele Japão pós- 2ª guerra. A "promiscuidade" do personagem principal me pareceu um pouco forçada e também a homossexualidade de todos os personagens que passaram pela trama.
Mishima parece sentir um desprezo profundo pelas mulheres, fato demonstrado nesse livro. Por estranho que pareça, o personagem que mais me chamou a atenção foi Yasuko, esposa de Yuichi, este o principal personagem. Falou-se tão pouco dela na história que fiquei mais curioso em saber sobre ela. O final me pareceu um pouco estranho, coisa de cinema, mas é preciso entender que o autor precisava por um fim à história.
Não foi de todo ruim, quem sabe no próximo Mishima eu tenha mais sorte...
Julia 10/12/2017minha estante
Concordo com voce em tudo... Tambem achei Yasuko o personagem mais interessante. E acabei o livro com exatamente o mesmo pensamento, nao foi de todo ruim, mas quem sabe o proximo Mishima sera melhor


Vini 15/10/2020minha estante
Tem interesse em vender sua edição.


Vini 15/10/2020minha estante
?




JAQUELINE A. GOMES 29/12/2009

Que coisa chata!!!!!
Estou sem paciência para história que exige um pouco de solidariedade com o sofrimento alheio.
Vini 15/10/2020minha estante
Tem interesse em vender sua edição?




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