Contos de Amor e Morte

Contos de Amor e Morte Arthur Schnitzler




Resenhas - Contos de Amor e Morte


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Laura 09/03/2023

O que rolou?
Não sei o que aconteceu, mas eu amei. O primeiro texto não me agradou muito, o que já me deixou desanimada, E DESPREVENIDA.
Como eu comecei a ler este livro como quem não quer nada, não percebi o quanto ele foi me puxando para dentro de sua narrativa.
Os textos de Arthur Schnitzler trabalham muito com a psique humana, e ele faz isso tão bem que mexeu até com a minha própria percepção. A sensação que eu tinha quando terminava um texto era de que eu tinha presenciado uma experiência meio turva, envolta em mistério, mas ao mesmo tempo a história ficava muito clara na minha cabeça. Loucura.
Uma reclamaçãozinha que eu tenho sempre que leio um livro de contos ou poemas, é que chega um momento em que tudo parece que fica a mesma coisa em um balaio só. Isso, absolutamente, não acontece aqui. As histórias são muito diferentes umas das outras, e cada uma retrata as relações humanas por uma visão e em um contexto diferente.
A escrita de Schnitzler tem essa coisa que eu não sei explicar, é como se ela te deixasse atordoado. Ela parece simples, mas ao mesmo tempo sempre consegue te deixar intrigado para saber o final, e ao mesmo tempo encanta, porque na sua leveza consegue criar os detalhes necessários para que se transforme em uma escrita rica.
comentários(0)comente



Henrique Fendrich 21/05/2019

“Contos de amor e morte” é realmente o nome que melhor caberia a essa coletânea do austríaco Arthur Schnitzler. A tônica dos contos são os relacionamentos amorosos que culminam, em um determinado momento, com a morte de um dos envolvidos. Há traições para todos os gostos, assim como duelos, essa forma nobre a honrada de se cometer um assassinato.

Schnitzler é um escritor eminentemente psicológico, e talvez até psicanalítico, como bem prova a estima que lhe devotava o Freud. Se tem uma coisa que coloca o nosso juízo a perder, afinal, é essa história de “amor”. Gostei de “Os mortos calam”, sobre um acidente de coche sofrido por um casal de amantes e de como a mulher, para não se ver envolvida em escândalos, fugiu da cena, deixando o amante morto. “A sina do Barão von Leisenbohg” também se destacou para mim, sobretudo por conta do seu final, quando se percebe que toda uma vida devotada a uma pessoa não foi suficiente para evitar a perfídia do objeto da sua adoração. Há também uma novela, “Fuga para a escuridão”, cujo tema não é tanto o amor, mas a loucura. Schnitzler sabe como explorar pensamentos doentios.

O conto que mais gostei, no entanto, é o único que não tem nada a ver com amor. “A profecia” é um conto de literatura fantástica. Um vidente ou coisa do tipo faz uma previsão ao sujeito de onde ele estaria exatamente dez anos depois e todas as coisas concorrem para que essa previsão se confirme durante a encenação de uma peça de teatro. Não tem amor, mas tem morte.

Seja como for, devo admitir que a alta expectativa que eu tinha com esse livro, a partir das leituras de contos como “O Tenente Gustl” e “A mulher do filósofo” não se confirmou totalmente. Achei que gostaria mais. De toda forma, é um nome que precisa ser muito mais conhecido que vem sendo na atualidade.
Maria 22/05/2019minha estante
Pensei que entraria para os favoritos :P Expectativas em vão :p Mas confesso que fiquei curiosa em ler o livro.


Henrique Fendrich 24/05/2019minha estante
Acho que você vai gostar.




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