Bravura Indômita

Bravura Indômita Charles Portis




Resenhas - Bravura Indômita


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Regis 20/03/2023

Western com vingança, coragem e determinação.
"Eu tinha só 14 anos quando um covarde que atende pelo nome de Tom Chaney meteu uma bala em meu pai lá em Fort Smith, Arkansas, e roubou sua vida, seu cavalo e 150 dólares em dinheiro, mais duas moedas de ouro da Califórnia que ele levava em uma faixa na cintura.?

Assim começa a jornada de vingança de Mattie Ross, que contrata um agente federal beberrão para acompanhá-la na caçada pelo assassino de seu pai.

O memorável agente federal Rooster Gogburn, bêbado, barrigudo, cansado e contador de causos conquista o leitor aos poucos, e quando vemos já estamos fascinados pelo jeito bruto, mas corajoso e eficaz na caça aos bandidos.

Mattie é ousada e a determinação em pessoa. É impressionante que com tão pouca idade ela tenha uma visão tão clara do mundo e do que precisa ser feito para vingar a morte injusta de seu pai.
A coragem e disposição da personagem é contagiante. Em três páginas eu já estava encantada por ela e querendo segui-la pela reserva indígena em busca de Tom Chaney.

Ainda tem o personagem LaBoeuf, um Texas Ranger ingomadinho com acessórios extravagantes que está atrás de Chaney por outros motivos e se une à dupla na caçada ao criminoso. Claro que com várias ressalvas sobre uma "garotinha indefesa" contratar um federal e acompanhá-los.

O livro é narrado por Mattie, ela tem umas tiradas e analogias rancheiras maravilhosas que me causaram boas risadas no começo da leitura.
A escrita do autor Charles Portis é perfeita em retratar a garota e seus dois acompanhantes distintamente. O tom que ele dá à narrativa e à personagem principal, conquistam o leitor no instante em que o livro é aberto.

Agora... falando das adaptações para o cinema: não assisti a versão de 1969 com John Wayne; vi apenas a versão dos irmãos Coen de 2010, que a meu ver, adaptou o livro quase que vírgula por vírgula. Mesmo assim, fazer a leitura e estar dentro da cabeça da Mattie acompanhando seus pensamentos, é maravilhoso.

O livro é um western envolvente, emocionante e rápido. Com personagens bem autênticos e ótimos de acompanhar. Gostei dele tanto quanto gosto do filme de 2010... o que é muito. Rsrsr

Eu recomendo com certeza essa leitura.
Max 20/03/2023minha estante
Ótima resenha! ?
As duas versões para o cinema, também são otimas!


Vanessa704 20/03/2023minha estante
Gostei da trama! Agora também quero ler e ver o filme..


Regis 21/03/2023minha estante
Obrigada, Max. Ainda tenho que conferir a de 1969, mas farei isso logo. ?


Regis 21/03/2023minha estante
Vai adorar tanto o livro quanto o filme, caso goste do gênero, Vanessa. ??


Léo 21/03/2023minha estante
Ótima resenha, Régis. Toda vez que leio alguma resenha sua minha lista de quero ler aumenta. Rsrs


Regis 21/03/2023minha estante
Obrigada, Léo. Espero que quando for fazer a leitura goste tanto quanto eu. ?


HenryClerval 22/03/2023minha estante
As adaptações de livros bons tem que ser feitas sem mudar muita coisa. Esse livro é um bom eexemplo.
Ótima resenha, Régis. ?


Regis 23/03/2023minha estante
Todas as adaptações dos Coens seguem os livros, Leandro. Eles são perfeitos! ?




robertablo 07/03/2011

Magnífico!
Adorei o livro! Acabei de ler e penso que ele bem que podia ter algumas (muitas) páginas a mais para não acabar tão rápido!

Ele tem de tudo o que um livro bom precisa: uma boa história, uma heroína cativante, uma linguagem rica, um ótimo clímax e um desfecho que, pra ser sincera, esperava um pouco diferente (não que seja ruim, longe disso, mas esperava que fosse por outro caminho).

Enfim, um excelente de um livro!

Kennedy 31/07/2011minha estante
"Linguagem rica"?! Rica ?!


robertablo 01/08/2011minha estante
Sim, achei uma linguagem rica. Deve-se olhar pelo contexto do livro. Uma linguagem refinada aqui não combinaria com o ambiente nem com os personagens.

Vou copiar uma parte do que a Coruja resenhou para para este livro, que achei muito legal: "A sacada de gênio do livro é a linguagem em que ele é escrito, num discurso livre que soa como se você estivesse escutando a história da boca de Mattie - já uma velha solteirona - sentado no alpendre da casa dela..."


Neto Marcel 01/08/2011minha estante
Concordo com robertablo, e consequentemente discordo de Kennedy, pois PRA mim um dos pontos fortes do livro foi a linguagem e a narrativa utilizadas pelo autor, sem os quais o texto não seria cativante, com um enredo que, sim, é simples. Apesar da simplicidade do livro, acho que vc realmente não absorveu a estória Kennedy. Existem livros com enredos reconhecidamente incríveis e escritos sem um erro mas que simplesmente não atinge determinado leitor em determinado momento da vida, nunca imagine que isso seja impossível! Vide discussão aqui msmo no skoob sobre o livro "A guerra dos tronos". Não afirmo que este foi seu caso, lógico, talvez pra vc foi um poarcaria inexplicável msmo. ;)


ricardo 18/11/2020minha estante
sim, linguagem riquíssima. quem acha qwue não acredita que uma pessoa rica é a que tenha muito dinheiro e apenas isso




Larissa Lorena 09/04/2013

o leitor fica preso à história do início ao fim, mas eu ainda assim esperava mais do livro...
ricardo 07/12/2017minha estante
tipo o que vc esperava?




Coruja 27/04/2011

Para começar falando de Bravura Indômita, tenho que dizer que estou com o original, com John Wayne no papel principal. E, como perdi o novo no cinema, vou ter de esperar até que saia em DVD. Não tendo assistindo nem um nem outro, obviamente não tecerei comentários sobre as versões cinematográficas - ao menos, não por enquanto.

Sobre o livro, contudo, posso dizer alguma coisa. E digo que ele é muito, muito bom.

Não sou uma grande fã de histórias narradas em primeira pessoa, mas Charles Portis acertou em cheio ao contar essa específica história na voz da teimosa (e põe teimosa nisso) Mattie Ross.

A sacada de gênio do livro é a linguagem em que ele é escrito, num discurso livre que soa como se você estivesse escutando a história da boca de Mattie - já uma velha solteirona - sentado no alpendre da casa dela, observando a paisagem e tomando alguma coisa gelada para suportar o calor do Velho Oeste.

O problema de histórias escritas em primeira pessoa é exatamente aí: na maior parte das vezes, elas são contadas na voz do autor, não do personagem que supostamente estaria falando. Elas não se coadunam com a cultura desse personagem, com o que ele realmente sabe e viveu. Não deixam entrever a personalidade daquela pessoa.

Mattie Ross, nossa protagonista e narradora, conta como, muitos anos antes, aos 14 anos, tem o pai assassinado. Apesar da idade, a menina é madura, tem um forte senso de justiça, uma ótima cabeça para números e um sério problema de teimosia. Uma vez que ela acha que, pelos meios oficiais não conseguirá levar o assassino para a forca, contrata o agente Rooster Cogburn - que é tanto um bêbado decaído quando um dos mais implacáveis perseguidores dos criminosos da área - para dar conta do serviço.

Pelo caminho, aparecem agentes federais, bandoleiros simpáticos, juízes ferrenhos, seguidos de mil e uma reviravoltas, e recheados de um delicioso humor negro. Para quem gosta de um bom faroeste, Bravura Indômita é um prato cheio, com personagens bem construídos e um enredo não apenas envolvente como também surpreendente. Fora que é leitura rápida, para uma tarde de domingo... e, no meu caso, bebendo um chá mate gelado!
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Van Trintin 21/07/2011

Bravura Indômita
O começo do livro é um pouco chato, mas depois ficou bom! A narrativa por fim me prendeu.
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Giovanni 27/04/2011

É um livro muito bom!!!
É um legitimo roteiro de livro, fácil de imaginar as cenas!!
A história é contada por uma menina muito inteligente de 14 anos chamada de Mattie Ross que se destaca por sua inteligência, que indignada pelo assassinato de seu pai contrata o agente federal Rooster Cogburn, que é um legitimo cara durão, e nesta empreitada ganham o reforço de um policial "Ranger" dos Texas chamado de LaBoeuf que vem embusca da recompesa, pois o assassino Tom Chaney num passado próximo tinha matado um senador de outro Estado.
E assim juntos partiram no encalço deste assassino passando por perigos e dificuldades, até que por acidente se deparam com este assassino e nesta luta todos perdem algo.
O final do livro é diferente do convencional.
Gostei do livro e agora to com vontade de ver o filme.
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neli 29/05/2011

Quando vi o trailler do filme Bravura indômita, fiquei bastante curiosa e doida para assistir o filme. Não sabia que ele era baseado nesse livro de Charles Portis. E no mês passado, no encontro do skoob, quando ganhei o livro, fiquei super feliz.

Ele conta a estória de Mattie Ross, que tem seu pai assassinado e roubado por um empregado e resolve contratar o agente federal Rooster, para que juntos, consigam prender e trazer o assassino para ser julgado.
O que eu não gostei muito é que na maioria dos diálogos, era um tal de "Ela disse", "Ele respondeu", achei estranho.
O livro é diferente do que estou acostumada a ler, mas com personagens envolventes e muito bem escritos.
Gostei. Recomendo.
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Kennedy 31/07/2011

"Bravura Indômita" = narrativa porca
"Bravura Indômita" é um romance escrito por Charles Portis, na década de 1960. Conta a jornada de Mattie Ross - uma garota de 14 anos - que quer vingar a morte de seu pai, que foi morto por Tom Chaney. A menina fica revoltada com o fato de seu pai ter dado abrigo ao homem, e esse mesmo homem o matar a tiros.

A premissa da estória é bem simples: Mattie tem que encontrar Chaney para matá-lo, vingando, assim, a morte de seu pai. Em sua jornada vai conhecer pessoas adultas e experientes, algo muito inovador.

Pois é, a estória é interessante e simples. Desde quando uma estória, para ser boa, tem que ter uma trama complexa? Mas parece que quando um autor tem uma boa estória em mãos, na grande maioria das vezes tudo dá errado. É o que acontece com "Bravura Indômita", um livro sem ritmo, que enche linguiça com coisas inúteis e na hora mais esperada de toda a estória a situação é resolvida rapidamente. O que era para ser um clímax, acaba sendo um verdadeiro anti-clímax. E é óbvio que estou falando da morte de Tom Chaney, isso não é "spoiler", pois a morte dele já é previsível desde quando você lê a sinopse. Ou seja, o livro é totalmente previsível, consequentemente, sem emoção. Tom Chaney tinha que morrer e morreu. Não, não estraguei a surpresa de você, que está lendo essa resenha e que pretende, um dia, ler esse marasmo escrito por Charles Portis.

E os defeitos não acabam por aqui - aliás, não encontrei pontos positivos nessa estória, pois tudo que era bom estava do lado do que era "ruim", e é evidente que o "ruim" se sobressaiu. Além do ritmo lento, sem emoção e outros defeitos, temos outro. A narrativa. Porca, é isso que eu defino essa medíocre narrativa. PORCA. As palavras não se conectam da forma certa, é uma escrita confusa - não no sentido de entender o que o autor está querendo expôr, porque o livro NÃO É COMPLEXO, e sim porque ele escreve mal mesmo. Não raro me deparava com diálogos assim: "NUM vou com você". Bom, isso é a fala dos personagens, vai ver o autor queria dá um realismo maior a eles, ou seja, eles falam como nós falamos no nosso cotidiano e não certinho como lemos na maioria dos livros. Era o que pensava até ler partes em que o narrador - que é a protagonista - cumpre sua função, que é narrar, ora bolas! Não era difícil encontrar trechos da obra com o uso do famoso PRA.

É claro que isso varia de autor para autor, ainda mais quando estamos falando de um livro narrado em primeira pessoa. Mas dói, dói ver, ou melhor, ler isso. Com erros de escrita ou não, nada salvaria a narrativa, que é forçada, e olha que estamos falando de um livro que não chega a 200 páginas. Uma verdadeira decepção foi ler "Bravura Indômita", que não conquista o leitor com nenhum atributo, seja com uma narrativa bem polida, ou uma estória mais impactante.
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Herandy 02/08/2011

Um livro, que posso dizer sem medo nenhum, diferente de todos os outros que se encontra por ai sobre faroeste. Primeiro destacamos a linguagem predominante nele, narrado em primeira pessoa o autor nos leva ao tempo do auge da corrida para o oeste com sua linguagem tipica e marcante daqueles tempos.
O autor não se apega aos clichês normalmente vistos em livros assim, personagem com personalidade própria que você não espera o que pode ser feito a seguir. Me prendeu do inicio ao fim, coisa rápida de se ler, e que vale muito a pena de se adquirir. Livro recomendadíssimo.
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Adriana 05/08/2011

Brava, indomada, indomesticada, selvagem. Se você, assim como eu, não sabia o significado literal de “indômita”, aí está sua resposta. Estes adjetivos, assim como o título, retratam muito bem a essência deste livro. Considerado um clássico norte-americano, Bravura Indômita foi lançado originalmente em 1968 e já teve duas adaptações para o cinema, sendo a mais recente deste ano.

Tenho que confessar que nunca havia ouvido falar nesta obra até ver o trailer muito legal do filme nos cinemas, o que me chamou a atenção. Depois disso, o vi inúmeras vezes nas livrarias, mas sempre tinha outros livros na frente para serem adquiridos e não tinha certeza se gostaria da temática proposta. Por isso, quando o vi na biblioteca, soube que era minha chance de conhecer mais sobre livros de faroeste, assunto que eu acho fascinante.

Não é para menos que adorei a obra. Mesmo tendo sido escrita há algum tempo, a narrativa é comovente e me prendeu às páginas. O livro tem uma linguagem rústica, algumas palavras são escritas conforme a pronuncia e não a gramática. Porém isso não me atrapalhou em nada durante a leitura.

O enredo conta a estória de Mattie Ross, uma garota de apenas 14 anos que levava uma vida confortável ao lado da mãe, do pai e dos irmãosem Yell County, Arkansas. A família tinha uma propriedade, um luxo naquela época, e contava com algum conforto. O pai de Mattie, Frank Ross, era um bom homem que sempre ajudava os necessitados quando podia. Porém ele se enganou com Tom Chaney, um rapaz que um dia chegou em sua porta quase morto de fome. A ele foram dados trabalho, um teto e comida, além da confiança de Frank. Mas em uma viagem que os dois fizeram à outra cidade, Ross acaba levando uma bala na cabeça e tem os seus pertences roubados por Tom.

A obra, que é narrada em primeira pessoa, começa com Mattie indo até a cidade de Fort Smith resgatar o corpo do pai. Só que acima da vontade de levar o corpo de volta está a vontade de vingar a morte de Ross. Para isso, ela vai cotar com a ajuda de Rooster Cogburn, um agente federal caolho e barra pesada, que já matou muitos foras da lei, com ou sem autorização. Ela escolhe este senhor em especial porque sabe que ele é durão, um homem de fibra, como ela mesma diz. O problema é convencê-lo a ajudar uma criança a encontrar um assassino perigoso em uma jornada extremamente arriscada.

O que mais me surpreendeu no livro foi a força de vontade da garota. Ela é brava, indomada, indomesticada e selvagem mesmo, não se deixa intimidar na presença de assassinos, homens perigosos ou poderosos. O poder da vontade dela é que faz tudo acontecer, porque não importa para Mattie como ela conseguirá, o que importa é que ela vingará seu pai custe o que custar!

E assim começa uma trama de ação e aventura, que é rápida e fácil de se ler. O livro não é muito extenso, entretanto nos conta tudo que desejamos saber. Os acontecimentos são bem embasados e amarrados, enquanto lemos temos a ideia de que é uma Mattie mais velha que conta a estória, o que é um detalhe interessante. Algumas cenas sanguinárias são fortes, mas nada que não dê para ser lido (A Queda, de Guilhermo Del Toro e Chuck Hogan, que li esta semana, é com certeza bem pior).

Bem, depois e ler este livro, vou procurar ver o filme (claro) e ler mais obras do gênero, que é fantástico. Para quem gosta de um estilo de literatura um pouco diferente de vez em quando, este livro é uma ótima pedida!

Resenha em: http://mundodaleitura.wordpress.com/2011/08/05/charles-portis-bravura-indomita/
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Aline 22/09/2011

Mattie Ross, garota ponta-firme!
Mattie Ross tinha 14 anos e um objetivo convicto: vingar a morte de seu pai. Para realizar esse trabalho, ela contratou Rooster Cogburn, oficial do US Marshals de métodos suspeitos e fama de Bravura Indômita. A essa estranha parceria se reuniu LeBouef (lê-se LeBife!), um Texas Ranger que há meses caçava o mesmo homem. O assassino e marginal sob a mira de Cogburn, LeBife e Mattie era Tom Chaney.

Um ótimo Western, já roteirizado para o cinema duas vezes: em 1969, com John Wayne no papel de Rooster Cogburn, e em 2010, com Jeff Bridges (numa interpretação primorosa) e direção dos irmãos Coen. Ambas versões são bem fiéis ao livro, mas achei a produção mais recente muito superior.

Ah! E o livro é muito bom. Vale a pena ler.
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jota 23/02/2013

Menina de ouro
Bravura Indômita, livro de Charles Portis publicado em 1968, foi duas vezes adaptado para o cinema, em 1969 e em 2010. Resultou que o filme homônimo de 2010 foi mais bem recebido pela crítica que o de 1969, que reconheceu na nova versão algo mais próximo da obra escrita.

A edição brasileira vem com a recomendação de Donna Tart (autora de A História Secreta, que inclusive gravou o audiobook da obra para o mercado de língua inglesa), também do Washington Post, New York Times Books Review, Newsday, etc.

Mas vamos ao que interessa: Mattie Ross, a narradora, é uma corajosa garota de catorze anos que contrata um agente policial, Rooster Cogburn, para caçar o assassino do pai, que também lhe roubou os poucos pertences. Participa igualmente da empresa em território indígena, um caçador de recompensas, LaBoeuf. E daí pra frente é só aventura...

Mattie tem tiradas e sacadas inteligentes, quase sempre bem-humoradas, e é também uma pequena filósofa e observadora, capaz de emitir opiniões definitivas sobre pessoas, lugares e coisas, sem, entretanto, deixar de reconhecer que às vezes se enganou redondamente em seus julgamentos ou pensamentos. É também uma ótima negociante, especialmente quando se trata de cavalos, sabe ler e escrever muito bem. Fora seus conhecimentos de contabilidade...

E num dos melhores trechos do início do livro, depois de sentir-se mal-atendida por um funcionário público da Louisiana, ela desabafa: “[O funcionário]... se sentia todo inchado por causa de seu cargo. É de se esperar desse pessoal federal, e pra piorar aquela turma [os policiais federais] era republicana e não dava a mínima pra opinião do bom povo do Arkansas, onde são democratas.” Estivesse viva, Mattie certamente seria eleitora de Barack Obama.

Bravura Indômita é uma história bem-humorada de ponta a ponta, mas que não deixa de ter certo suspense, muito tiroteio e igual derramamento de sangue. E, de quebra, bem perto do final, uma cena cheia de cascavéis num buraco escuro, pra fazer a gente tirar o pé do chão no cinema ou em casa.

Todo o livro é escrito em linguagem popular (a tradução é muito boa: os personagens falam como se estivéssemos no Velho Oeste; aquele que o cinema criou em nossas cabeças), prende bastante a atenção e constitui uma boa opção de leitura descompromissada e divertida – ideal para esses infinitos dias chuvosos de fevereiro. Merecia uma nota 4,5, por aí.

Lido entre 18 e 23/02/2013.
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Dose Literária 30/10/2013

Uma tempestade indomável chamada Mattie - Bravura Indômita, de Charles Portis
Sensacional! Essa é a palavra e o sinal de pontuação exatos para fazer referência ao romance Bravura Indômita (original True Grit), do norte americano Charles Portis. Do começo ao fim, não consegui deixar de me impressionar com a protagonista de quatorze anos, a destemida Mattie Ross. É preciso ter ressonância dentro e fora do peito para encarar uma identificação tão profunda como a que senti pela Mattie.


A história é a seguinte: O pai de Mattie é assassinado por um cara chamado Tom Chaney, sujeito que foi ajudado pelo pai da garota. Ao saber da morte do pai, Mattie parte em busca do corpo - a fim de realizar os procedimentos do enterro e transporte - e, principalmente, para vingar sua morte. Para isso, ela contrata os serviços do agente federal Rooster Cogburn, conhecido pela truculência e por ser "um homem de fibra", mesmo possuindo apenas um olho (o agente ficou caolho em combate). Cogburn também nutre o hábito de beber além da conta, mas isso parece não atrapalhar o exercício de suas atividades. Mattie e o agente federal contam com a ajuda do ranger texano LaBoeuf, outro sujeito ríspido e que faz a jovem garota "comer uma volta", como dizem por aí.

Juntos, o trio dispara no encalço de Chaney, encontrando muitos outros obstáculos no caminho. A cavalgada é longa, a comida escassa e a dureza nas ações e sentimentos é uma questão de necessidade. O livro narra uma jornada fantástica, onde descobrir os limites do corpo é como olhar para um abismo ou para um riacho, depende do rumo que você decide seguir. continue lendo em http://www.doseliteraria.com.br/2013/10/uma-tempestade-indomavel-chamada-mattie.html
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dãozinho 05/01/2014

Maldita capa!
Detesto esses livros que tem como capa o cartaz/capa do filme! Mas como o filme é muito bom (e não seria diferente sendo dos Coen), então tá valendo.

Livraço, que você mata rapidinho.
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