Resenhas - O Príncipe Corvo

Zana 11/09/2015

Prazerosa leitura!
O título ‘O Príncipe Corvo’ se deve a uma resumida historieta que abre cada capítulo de um amor impossível entre um príncipe que sofre uma maldição de ter sido transformado em corvo e sua amada Áurea. Essa lenda é pinçada na trama como o tema de um livro pertencente a irmã do protagonista e que a protagonista lê durante o desenrolar da história central.

A trama em si narra a vida da certinha viúva Anna Wren, que por necessidade torna-se secretária de Edward de Raaf, conde de Swartingham, um homem cheio de cicatrizes, mordaz e inflexível, único sobrevivente de sua aristocrata família durante uma epidemia de varíola. A atração entre eles é arrebatadora e com muitos impedimentos. Além do fato do conde ser comprometido, se uma dama viúva corre o risco de ter a reputação comprometida em somente servir a um cavalheiro solteiro como secretária, imagine então em tê-lo como amante! Mas isso não é nada para decidida Anna, que mascarada se disfarça de "puta" para resolver a questão! E o desavisado conde, que já nutria certa obsessão por ela, passa a ter ao invés de uma, duas obsessões, por sua secretária e pela puta.

O Príncipe Corvo é um delicioso romance histórico escrito em uma linguagem peculiar para livros do gênero. Expressões chulas se fazem presentes, mas vejam só que surpreendente, sem cair em vulgaridade! Esse viés trouxe para trama um toque apimentado de humor.

"[...] "Não era um egoísta. Isso não tinha nada que ver com ele pessoalmente. Era seu título que tinha esse elevado valor de mercado. Bom, seu título e o dinheiro que vinha com ele, é obvio. Mas não para Anna Wren, viúva pobre e carente de categoria social. Ah, não para ela, e unicamente para ela, ele só tinha valor para ir à cama, não para casar-se. O que acreditava que ele era? Uma pica de aluguel?"

Eliizabetth Hoytt soube dar vida a personagens interessantíssimos. Um ressalte especial para camareiro Davis, coadjuvante de cenas hilariantes, e do alinhadíssimo Hopple, administrador do conde. Os perfis dos seus protagonistas fogem do comum. Anna Wren está longe ser uma beldade “[...] Essa mulher era feia. Tinha um nariz comprido e fino, olhos castanhos, cabelo também castanho, quer dizer, o pouco que se via. Nada nela era incomum. Além da boca [...]”.

O que não impede o famigerado conde de Swartingham de ficar fissurado por ela: “[...] Ele sentiu seu membro saltar, já endurecido; demônios esperava que ela não o notasse e sua mente virginal se assustasse de morte. Tinha se excitado com um despropósito de mulher a que nem sequer conhecia [...]”

Enquanto nosso herói Edward, conde de Swartingham, além de estar quase sempre carrancudo e ter um gênio horroroso é tido como um homem feio: “[...] rosto branco e marcado pelos sinais da varíola, lhe davam um aspecto horroroso. As pestanas longas que emolduravam seus olhos negros e brilhantes como absintos não compensavam o nariz nem o queixo grandes nem os lábios magros e pálidos “[...].

‘O Príncipe Corvo’ é um livro, leve, quente, agradável e divertido, que só pecou ligeiramente nos desmembramentos das intrigas por parecerem se desfazerem por si mesmas sem maiores apogeus. No mais só tenho a recomendar e dizer obrigada Janne por me proporcionar prazerosa leitura!

Débora Cristina 05/09/2015

Super recomendado!
Apesar da minha resistência em ler livros de romances históricos, tenho me surpreendido muito com alguns livros que recebi por indicação. De fato esses livros definitivamente sairam do rol de livros eu dificilmente leria para entrar no topo da minha lista.

Anna Wren é uma viúva empobrecida que seguiu a risca os moldes que a sociedade impôs a ela. Ela se encontra em uma situação onde precisa de um emprego, fato que não se vê com bons olhos diante da sociedade. Sem encontrar nenhuma solução ela começa a trabalhar o conde de Swartingham. É isso ou morrer de fome.

Edward de Raaf é um conde de língua ferina e um humor mordaz, que não consegue manter seus secretários por mais de algumas semanas trabalhando para ele. Um homem marcado pela dor da perda da família.

O Príncipe Corvo é uma mistura de romance e erotismo na medida certa, com uma pitada leve de humor. A autora desenvolve muito bem o relacionamento dos protagonistas, que foi crescendo ao longo do livro de forma constante. Os personagens secundários também foram muito bem construídos e inseridos no decorrer da história dando a ela um bom ritmo.

O livro possui também em paralelo um conto que é mostrado no início de cada capítulo, tão envolvente quanto o livro em si.

Uma história de amor envolvente e cativante, O Príncipe Corvo, é uma leitura recomendadíssima. Um livro que realmente se destaca da multidão, com personagens únicos e adoráveis.

Babi 16/12/2013

Perfeitooo!!! qndo eu li a sinopse ,morri de rir, mas ai com o passar das paginas as coisas se encaixam e ai a historia se torna incrivel... as cenas hot sao mto bem escritas a ponto de fazer qualquer mulher cruzar e descruzar as pernas hahaha, a historia e mto boa , o cliche do homem sofredor chega a passar despercebido!! Recomendo muintissimo...amo esses livros em que se torce pelo casal desde o primeiro esbarrao!!

Cris Paiva 29/04/2012

Um historia de amor e um conto de fadas.
Tenho uma queda por homem feio desde que conheci o Lord Dain, no livro da Loretta Chase, Lord of Scoundrels. De lá pra cá, só fui ladeira abaixo, assisti todos os filmes do Vin Diesel (feiosão e gostosão) e é só homem ter uma cicatriz, um nariz torto e usar tapa olho que eu pulo em cima! Kkkk
Ja tinha ouvido falar vezes sem conta do feiosão Edward de Raaf, e sempre fiquei muito curiosa a esse respeito, mas nunca havia lido, apesar de ter uma tradução feita por fãs. Eu sempre fui da opinião que quando o livro é muito bom, ou muito bem recomendado, eu tenho de fazer um esforcinho e adquirir a versão oficial. E quando a Carla me ofereceu o livro, na versão que saiu em Portugal, eu pulei em cima, agarrei o livro e saí correndo! KKkkk

O Edward, apesar das suas cicatrizes causadas pela varíola, é um tudibão! Logo no comecinho do livro, ele, seu cavalo desembestado e o cachorro desmiolado, quase atropela a pobre mocinha que estava capengando na estrada enlameada, carregando a sua cesta de compras, a derrubando de bunda no chão. O grosseirão nem pede desculpas, e ja vai xingando a mocinha por ela estar no seu caminho. Oh hómi grosso! Mas no final fica bem impressionado por ela. E quando ela se candidata a sua secretaria, ele estranha um pouco, mas no final acha a ajuda dela indispensável.
Anna, a mocinha, fica encantada por aquele homem feioso e grosseiro, se bem que ela não ve os defeitos nele, ela consegue enxergar alem de suas marcas e vê o homem maravilhoso que se esconde por trás dela. E ele, acha que a viúva é a melhor mulher do mundo, mas infelizmente, ele, como ultimo descendente de sua família tem de se casar com uma moça de boa família e que possa lhe dar filhos, e Anna é uma viúva empobrecida e muito provavelmente, estéril. Não há futuro nessa relação.
Anna, há muito já se conformou com sua situação, o que ele não se conforma é em nunca ter o gosto desse amor, e se disfarça de "puta" (esta assim no livro) e vai até um antro de perdição e, mascarada, se entrega à paixão com o seu feiosão!

É claro que não existe crime perfeito, e que depois dessa noite as coisas vão mudar muito para os dois...

O titulo do livro O Principe Corvo se deve a uma pequena historia encantadora contada no início de cada capítulo, sobre um corvo e uma mulher e a estranha historia de amor dos dois. Eu fiquei ansiosa para terminar cada capitulo, e começar outro logo para ler mais pedacinho da história. E não pude deixar de comparar o conto de fadas com o livro. Encantadoras as duas narrações. Fazia tempo que não lia uma obra tão boa. Não sei o que as editoras brasileiras estão fazendo que ainda não descobriram o nicho de históricos românticos que é tão explorado em Portugal.

CarlaC 03/04/2012

Eu não tenho nada contra livros hot, desde que eles vão além disso. Alguns dos livros de cariz erótico que tenho lido ultimamente têm me sabido a pouco, no sentido em que ou sinto que falta romantismo ou estrutura.. enfim, sempre fico com a ideia que são desequilibrados.

Ao contrário, O Príncipe Corvo me agradou bastante pois as cenas hot surgem enquadradas num cenário de romantismo pré-existente. É um livro adulto (e quando digo adulto, quero dizer "muito adulto"), mas cheio de romantismo também, com personagens adoráveis que nos conquistam de imediato, além de um toque de humor que concede leveza à história. Adorei e certamente que vou continuar a acompanhar essa autora.

Sueli 16/02/2012

Ai se eu te pego Edward de Raaf....ai, ai...

Minha amiga Adriana, há tempos me falava sobre esse livro, mas não sei por que sempre imaginei que fosse um romance sobrenatural, que não é muito do meu interesse....
Ainda bem que ela não me levou a sério e me emprestou o livro que eu muito sutilmente (pelo menos eu acho que sim) tentei que ela me vendesse....infelizmente, minha amiga é como eu, não se afastava dos seus livros queridos.
Pois é, o que eu imaginava não passar de mais uma estória nesse universo inesgotável, me deixou mais de 24 horas sem dormir, acompanhando a dinâmica de um dos casais mais queridos de minhas últimas leituras!
Elizabeth Hoyt é uma escritora generosa e animada. Generosa por nos poupar de grandes e extensos sofrimentos e animada porque suas cenas românticas são quentes! Muito quentes! Rsrsrsrsrsr
O começo do livro foi “chupado” do livro Jane Eyre, da Charlotte Brönte, o que foi mais um ponto para Elizabeth Hoyt, pois acho que essas homenagens que as autoras fazem para suas escritoras preferidas, é muito elegante e simpático!
Nossa heroína é uma viúva corajosa e em sérias dificuldades financeiras, portanto não poderia se deixar reger por regras tão rígidas, assim como absurdas existentes durante muitos séculos e que não permitiam que senhoras trabalhassem em determinadas áreas. Podemos imaginar que foi uma licença literária, mas creio que em determinado momento, as mulheres tenham começado a se revoltarem e que algo parecido tenha acontecido....
Em contrapartida temos um conde feio e mal humorado, mas muito sensual. Então, eu pergunto: será que alguém tão sensual, culto, rico, inteligente consegue ficar feio muito tempo? Nã, na, ni, na, não! E, é exatamente isso que acontece! Assim que conhecemos Edward e seu inseparável cão anônimo nos apaixonamos irremediavelmente....Eu, confesso que me apaixonei imediatamente pelo cão! Um verdadeiro gourmet esse rapaz!rsrsrsrsrsr
O grande problema é que agora eu tenho que me separar dessas pessoas queridas que a imaginação da Elizabeth Hoyt me apresentou e desejar ardentemente que esses livros maravilhosos sejam editados o mais rápido possível no Brasil, pois apesar das compras internacionais de livros terem facilitado demais o nosso acesso aos romances românticos, ainda tem o fato do custo do frete ser caríssimo...Uma pena, uma grande pena!

neli 16/02/2012

Mais um romance histórico maravilhoso, made in Portugal.
Esse é o primeiro livro da trilogia The princes trilogy de Elizabeth Hoyt e entrou para os favoritos. O único "defeito" é a capa, feia demais.

Confesso que o me apaixonei pelo Edward. É difícil um mocinho de romance não ser perfeito e o coitado é muito é muito feio: narigudo, cheio de marcas de varíola no rosto e no corpo, mal humorado. Mas aí você começa a ler e vê que ele é um fofo, sozinho (toda a sua família morreu de varíola), fica com empregados que nem trabalham direito, só porque estão com ele desde pequeno.
A mocinha de frágil não tem nada, descobre que o mocinho vai a um bordel e dá um jeito de ser a mulher com quem ele vai encontrar.
Coitado, atraído pela secretária e pela mulher que ele dormiu, sem saber que são a msm pessoa.

Adorei, quero ver se consigo os outros dois da série para ler.
Recomendo.

Semiramis 02/02/2012

Lindo
A historia desse livro me surpeendeu. Amei a desenvoltura e coragem que a heroína teve, ao lutar pelo desejo de Edwarde, que ela sabia ser dela. Embora, depois que tudo foi revelado, ela não sinta merecedora de desfrutar do amor deles.
No inicio da história, a descrição física dos personagens, com tantos aparentes "defeitos" me aguçou a curiosidade, já que fugiram do modelo de beleza e perfeição que costumamos encontrar nos livros de amor.
Com certeza uma história envolvente e linda, que nos faz querer continuar sem parar, pois, o conto paralelo com que começa cada capítulo, tb é muito curioso.
Amei!