Winkie

Winkie Clifford Chase




Resenhas - Winkie


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naniedias 21/04/2011

Winkie, de Clifford Chase
Winkie é apenas um ursinho de pelúcia. Aliás, já foi até mesmo umA ursinha de pelúcia - quando tinha sua primeira criança. Depois, passado de geração em geração, acabou sendo Winkie!
Depois de muitos anos esquecido na prateleira do quarto de uma criança crescida - aliás, um homem feito que nem mais morava na casa - Winkie decidiu mudar de vida. Simplesmente quebrou a janela e foi embora - viver a sua liberdade!
O que ele não esperava era que fosse encontrado na casa de um terrorista morto e fosse confundido pelas autoridades e, consequentemente, fosse preso e acusado de ser ele, um simples ursinho de pelúcia, um terrorista.
"Segundo fontes próximas à investigação, a sra. Winkie é possivelmente a cabeça por trás de uma das maiores operações terroristas já descobertas nesse país [...] Quanto à estatura absurdamente pequena da sra. Winkie e sua aparência incomum [...] fontes policiais atribuem isso a uma doença rara que talvez seja bastante comum em alguns partes do mundo, tais como Ásia ou o Oriente Médio."
No decorrer do julgamento podemos acompanhar as lembranças de Winkie sobre seu passado e as loucuras do homens que o acusam - chegando a absurdos impensáveis.
"Winkie é bem diferente. Nunca vi outro urso com olhos iguais a esses, e as orelhas dele são muito maiores que as dos outros. Além disso, ele está surrando, e já foi costurado tantas vezes que o rosto adquiriu características próprias. Olhei para esse rosto muitas vezes quando era criança e, por isso, como disse, reconheci-o imediato. E então associei ao fato de ele ter desaparecido da casa dos meus pais, o que aconteceu há uns dois anos." - Clifford Chase, enquanto personagem do livro, descrevendo Winkie.
"Alguma espécie de alienígena, pensava ele. Alguma espécie de demônio. Ou de fantasma. ou de antimatéria. Algum tipo de deformidade, o terrível resultado físico de uma depravação repulsiva. Uma criação malfeita, um experimento louco que dera errado. Uma espécie de híbrido de homem com animal. Ou uma arma de ponta. Ou o governo encobrindo algo. Uma espécie de mutante, produto do lixo químico, aquecimento global, gás asfixiante, radiação. Uma aberração da natureza. Ou algum avanço evolutivo que não conseguimos entender. Uma espécie de dinossauro, deperto novamente depois de séculos. Ou um tipo de viajante do tempo. Ou um ser de outra dimensão. Alguma rara configuração de energia, uma espécie de raio quântico. Ou algum tipo de mensagem do universo [...] Ou algum tipo de punição divina..." - o comandante, responsável pela prisão de Winkie, descrevendo o ursinho.

O que eu achei do livro:
Como descrever Winkie?! Não há palavra para descrever, satisfatoriamente, esse livro. Ao mesmo tempo complexo e simples, cheio de significado e apenas mais um livro nonsens.
Acho que depende da alma de cada um - de sua essência e do que os seus olhos querem enxergar.
A escrita de Clifford Chase é simples e delicioso, mas a história é um tanto complexa - o que pode tornar a leitura um pouquinho demorada. Por outro lado, Wikie é tão encantador, que as páginas voam rapidamente entre nossos dedos.
Será que apenas eu exergo o que vi nesse livro? Não acredito. Um livro que me fez pensar no mito da Caverna de Platão (aquele que fala que os homens enxergam a realidade através de uma sombra projetada na parede, incapazes de olhar diretamente e, portanto, não conhecem o que é real) e também no julgamento do brasileiro nos EUA (um brasileiro que foi acusado de abusar sexualmente dos filhos. Outros três homens foram acusados de crime semelhante, na mesma cidade. Os outros três, americanos, já foram julgados e não só foram inocentados como ainda tem, atualmente, a guarda dos filhos. Apenas o brasileiro permanece encarcerado, sem conseguir, ao menos, ser julgado). Por que me lembrei dessas coisas? Porque o livro nos mostra uma realidade irreal - ideias que são obviamente impossíveis e inaceitáveis, mas apenas porque enxergamos a realidade. Ao comparar com a vida, vemos o quanto nós mesmos temos nossa visão vendada por medo, ignorância, preconceito.
Abaixo eu deixo Winkie contando um pedaço de sua história. Mas, atenção, contém spoiler da história - apenas clique no botão se não ligar para spoilers.
[Trecho com spoiler disponível apenas no blog, pois não há como escondê-lo nos skoob]
O que exatamente Clifford Chase quis dizer com Winkie - um dos livros mais lindos, nonsense e tocantes que li nos últimos tempos - eu não sei. Mas sei que o livro me tocou profundamente e que caiu no meu gosto. Winkie é genial - lindo demais!

Nota: 10
Dificuldade de Leitura: 7


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Júlia 29/05/2021

Cansativo e confuso
Sinceramente, achei que seria um livro bom, pois a proposta é interessante, mas o que eu li foi totalmente incoerente e arrastado. não sei se o problema fui eu, mas não consegui gostar de nada. demorei meses pra terminar e terminei na marra.
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danilo_barbosa 14/05/2011

Toy Story para adultos
É possível criarmos através da fantasia uma crítica cruel e real ao sistema que vivemos?
Com uma visão ácida e sem papas na língua do nosso mundo ocidental, Clifford Chase cria em sua primeira obra um livro controverso, quebrando o estilo de livros "fantasia Disney" que permeiam as nossas vidas, onde tudo se dá bem e o ar se mantém repleto de felicidade. Com Winkie, (Bertrand Brasil, 218 páginas), um ursinho de pelúcia nada bonito ou fofinho, mas remendado e puído em muitos pontos; fará você irá descobrir o lado mais sombrio da humanidade.
Aqui, a pureza da infância será corrompida, vítima do sistema capitalista. Como?
Tudo começa quando o pequeno brinquedo resolve fugir da casa onde passou pelas mãos com carinhos e desprezo de duas gerações da família Chase. Em meio a devaneios, pensamentos e acontecimentos, ele viaja pelo mundo em busca do sentido do amor, liberdade e do segredo da existência, mas acaba sendo preso como terrorista internacional, enfrentando nos tribunais todo o preconceito e maldade da nossa sociedade.
Usando referências literárias como O Processo, o autor transforma o que poderia ser um conto de fadas em um livro triste e pesado, jogando na nossa cara toda a mesquinharia e soberba do mundo ocidental, que julga e pune o diferente com uma fúria implacável, mesmo que não tenha motivos.

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/iizyhI
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Tales 10/05/2011

O mundo visto pelos olhos de um ursinho de pelúcia
Winkie foi uma grata surpresa. Não lembro de rir tanto com um livro quanto com a obra de estreia de Cliff Chase. A história do ursinho(a) Winkie é encantadora e envolvente como poucas hoje conseguem ser.

O livro tem um bom ritmo, a história flui bem e a empatia com o protagonista e seus outros personagens, beiram a realidade. Afinal, com excessão do próprio winkie, personagens como uma auxiliar de limpeza egípcia lésbica e um advogado gago com o sobrenome de "Perdedor", apesar de excêntricos, não são surreais, ou são? haha

Cliff construiu um romance que prende até a última página, que mais do que situações engraçadas e dramáticas, faz o leitor refletir sobre o mundo a nossa volta e sua evolução, sobre nossas vidas e atitudes da sociedade, mas sem cair no clichê de livros romance-de-auto-ajuda (destesto).

Todos irão se encantar pela comovente história do ursinho de pelúcia que ganha vida e seu embate contra uma sociedade que repudia o desconhecido e culpam os mais fracos por seus fracassos e enjúrias.


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Rany 18/04/2020

Realmente não consegui gostar desse livro,desde o começo achei a história muito confusa.
Por várias vezes me vi perdida na história,sem saber onde o Winkie se encontrava ou quanto tempo havia passado.A única parte que consegui ler sem ficar irritada e sem revirar os olhos foi quando ele começou a lembrar da vida dele.Mais o que realmente não desceu foi o julgamento que aconteceu com ele,achei que o autor viajou demais, provavelmente foi o intuito dele,mais achei muito exagerado e sem necessidade.
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May 17/05/2020

Comecei a leitura esperando algo que definitivamente não recebi, e finalizei sem saber ao certo o que acho dessa leitura. Um lado de mim grita que é genial, e o outro diz que é um emaranhado de coisas sem noção, pura viagem do autor. Eu tenho a certeza que vou reler esse livro em algum outro momento da minha vida, por que sinto que não compreendi muito coisa.
Se você pretende ler esse livro, anote algo: não pense que você vai descobrir o por que desse urso ter ganhado vida.
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Anica 09/07/2011

Winkie (Clifford Chase)
Um ursinho de pelúcia é preso e julgado por uma série de crimes, sendo considerado um perigosíssimo terrorista. É essa a ideia principal que alinhará os eventos em Winkie, romance do escritor Clifford Chase e lançado aqui pela Bertrand Brasil. Considerando essa premissa, seria constatar o óbvio falar que trata-se de uma história carregada pelo nonsense. De qualquer forma, vale a pena se libertar das amarras do “mundo real” e mergulhar de cabeça nessa realidade onde ursos ganham vida e ainda precisam batalhar por ela.

Dividido em três partes, o livro narra a história do urso Winkie partindo do começo de sua captura, para então em um flashback contar como ele ganhou vida e de como (e o motivo pelo qual) deixou a família com que vivia e então retorna para o momento de seu julgamento. Desses três momentos, talvez o mais enrolado seja o do flashback, embora ele fosse necessário para criar empatia pela personagem, conhecendo mais de seu passado e então compreendendo de como ele chegou na situação em que estava quando foi preso.

É uma parte necessária também para pensarmos em um processo contrário da coisificação que domina nossos dias atualmente. Ao invés de coisificar uma pessoa (que é o que vemos a todo momento nas notícias do jornais), Chase sabiamente humanifica uma coisa (o urso), o que amplifica o sentido de coisas simples de nossas vidas que simplesmente damos como garantidas e sequer pensamos sobre elas (ou ficamos felizes por elas estarem ali). Foi uma boa jogada do autor, e se como dito anteriormente soa enrolado, não é que fosse descartável dentro da história, poderia apenas ser um pouco mais curto.

Já os momentos da prisão e do julgamento de Winkie são simplesmente geniais. Abusando do absurdo para criar situações de humor (veja bem, por mais que exista uma suspensão da realidade, Winkie ainda é um urso de pelúcia), Chase de forma sutil consegue fazer uma crítica ácida à indústria do terror que foi criada nos Estados Unidos após os atentados do 11 de Setembro. Aquele clima de caça às bruxas, em que não se confia em ninguém, já que qualquer um pode estar planejando atentar contra a vida de outras pessoas – incluindo aqui o inocente Winkie.

O tratamento que dispensam ao urso, mesmo quando eles não possuem qualquer prova concreta para acusá-lo, os absurdos pelos quais a personagem acaba passando (como o modo que é atendido no hospital, quando os médicos insistem em tratá-lo como um humano), enfim, tudo isso acaba contribuindo para a construção dessa crítica, mais do que isso, para esse alerta para o que o terror pelo terror pode causar.

No final das contas é quase como um conto de fadas moderno, inclusive contando com algumas ilustrações (fotos de Winkie pelos lugares por onde ele passa). Consegue ser engraçado e tocante ao mesmo tempo, e certamente traz muito para o leitor refletir. Não pensem que pelo enredo trata-se de um livro fácil, só para se divertir. Há muito que Winkie não fala na história, e cabe ao leitor procurar o significado, tal como o advogado de defesa enquanto conversa com o urso. É um belo romance, que vale a pena até por chamar atenção para questões que nós mesmos já nem percebemos em nosso cotidiano.
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Mariana Melo 27/05/2012

"O urso chorou ao se lembrar da cena, e sacudiu a cabeça como quem diz não. Não pelo fato de agora ser um prisioneiro, mas porque na época também era - cheio de esperança, porém, escravo dos caprichos alheios (...)" Pág. 99
"Winkie" é a história de um urso que um dia ganha vida e sai andando. Ao longo do livro, temos acesso às memórias do bichinho que, por já ser velhinho, viveu em época de bastante preconceito racial nos EUA até os dias atuais, em que há a sombra do terrorismo sobre a América. Confesso que esperava um pouco mais de humor ao longo da história e não fazia ideia de como ela seria nonsense. Mas embora não tenha me apaixonado perdidamente pela leitura, por fim ela me foi satisfatória e interessante.

Logo no início do enredo somos tomados pela tal sensação nonsense que nos acompanhará em boa parte de "Winkie". Afinal, quando uma série de autoridades que vai de policiais a um juiz começa a tomar um urso de pelúcia por um terrorista perigoso, a impressão que temos é que esses adultos estão brincando como crianças. Se este nonsense será agradável para você ou não, somente experimentando para saber - mas ouso arriscar que os fãs da série "O Guia do Mochileiro das Galáxias" têm mais probabilidade de curtirem a leitura.

A princípio podemos ficar um pouco perdidos sobre o propósito do livro, sem entender muito bem aonde o autor quer chegar. Alguns acontecimentos parecem ser aleatórios, o que intensifica a sensação de nonsense - e talvez seja realmente esta a intenção. Porém, lá pelas tantas ele engata e fica gostoso, é apenas uma questão de paciência para deixá-lo nos revelar o seu valor.

"Winkie" é uma espécie de Pinóquio contemporâneo ou Toy Story literário e, de toda a história, suas épocas de brinquedo que deseja falar e ser de verdade me foram as mais encantadoras. Em se4u processo de autoconhecimento Winkie faz muitas reflexões sobre a alma e a matéria. Afinal, onde começa a minha alma e a minha essência? Eu sou importante? Quem eu sou? Estes são questionamentos muito complexos que nos fazemos em alguns momentos da vida e que nos aproximam do protagonista da história, fazendo a leitura valer muito a pena.

Acredito que as interpretações sobre a metáfora do livro podem variar de acordo com o leitor. A minha foi de que o livro trata sobre a existência - desde o significado de ser, até as sensações e sentimentos que temos o benefício de ter como seres pensantes - aspectos intrínsecos à vida, mesmo que muitas vezes não reflitamos sobre o valor disso tudo. Porém, já encontrei por aí outras perspectivas, então não se impressione se você entender algo totalmente diferente ao ler "Winkie", o importante é que o livro provavelmente te fará pensar sobre questões importantes, o que é sempre bem vindo.

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Sailor 09/11/2022

?
Quando vi a capa pensei "hm..suspense", ai fui ver a sinopse: "Hm...farofinha". No final não foi nem um nem outro, a leitura foi bem arrastada, foi muito dificil terminar mas eu queria ver até onde ia e no fim não chegou a lugar nenhum. Acho que única coisa que eu gostei foram as fotos.
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Lucy 31/12/2020

Fofinho mas dolorido
Sabe aquele livro que você vai lendo e esperando que as coisas acabem do seu jeito?

Eu não sei qual é o seu jeito, então, só posso dizer que acabou de um jeito diferente do que eu queria, e como eu sou professora de leitura e estou lendo neste minuto "rápido e devagar", posso dizer que é bem provável que seja do mesmo jeito que o seu, julgando rapidamente, e lentamente...

Mas isso não significa nada, já que Stephen King vive fazendo isso comigo e toda vez que ele lança um livro novo (a cada 15 segundos, e daqui alguns séculos dirão que esse era um pseudônimo que muitos autores usavam para publicar um gênero de terror com final ruim, o que eu discordo em partes) eu penso "puxa que puxa que puxa, lá vamos nós de novo", e eu leio e me divirto muito. E este livro é muito divertido. Prolixidades à parte...

Um ursinho que ganha vida e depois terá um julgamento que até mesmo lembra outros julgamentos como o de Salém... vale bastante à pena.

E tem seu quê de magia e fantasia. Só que eu embirrei com aquele que lynchniano e eu voltaria 25 anos depois sim senhor, com uma Laura Palmer em um mundo paralelo vivinha da silva. E tenho dito... quê?
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Erika 25/10/2012

Simplismente fantastico!
Winkie é o tipo de livro que nos faz viajar, sua compreenção não é tão facil para as pessoas que não tem o habito de ler, pois a história é contada em três momentos da vida deste/a ursinho/a.
Sua confusões podem facilmente serem comparadas com as de um adoslescente que esta "formando" sua personalidade, ou melhor, está se descobrindo.
Vale a pena conferir.
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Gabi SN 15/07/2012

Um bizarro ursinho carinhoso
Quando listei os livros favoritos que li no ano passado, este ficou em segundo lugar, mas talvez ficasse em primeiro se o principal quesito fosse a originalidade e ousadia. Confesso que, quando comecei a ler este livro, fiquei com medo de me deprimir demais. Porque a ideia de um ursinho de pelúcia ser maltratado é triste demais para mim, mas Winkie é bizarro e sarcástico demais para isso. O autor faz questão de manter o humor negro nas alturas durante toda história, impedindo que as coisas caiam num melodrama barato.

Winkie bem que pode ser considerado um encontro de O Processo, do Kafka, com a trilogia já citada, Toy Story . O livro é uma tiração de sarro da paranoia em que mergulhou a sociedade americana depois dos ataques terroristas e uma defesa dos direitos humanos, mas também uma sensível e tocante fábula sobre a perda da infância. A conciliação das duas interpretações acontece, e é eficiente, por conta do ponto de vista escolhido pelo autor: Winkie (o personagem) foi inventado para ser essência da infância, mas Clifford Chase escolheu contar a história sem esquecer as dores e as tristezas do que viveu. Então, quando ele revisita a sua própria infância (e a de sua mãe), faz o que Bruno Schulz propôs na frase usada como epígrafe do livro: reescreve a infância sob os olhos vividos de um adulto.

Mas o grande mérito do livro é, com certeza, o personagem título. Não importa o quão inteligentes e sagazes foram as ideias de Clifford Chase, elas não seriam absolutamente nada se a história não fosse sobre e guiada por esse brilhante personagem que é o próprio Winkie. Poucas vezes vi um personagem ser tão bem desenvolvido em tão pouco tempo. É como se, logo nas primeiras linhas, Winkie já estivesse ali prontinho na sua frente, completo e complexo. Você entende quem ele é e o que ele sente logo de cara. Você se apaixona logo de cara por essa criaturazinha estranha, esse ursinho carinhoso bizarro e melancólico que questiona sua vida, alma e lugar no mundo.

(Texto completo: http://aestanteladecasa.wordpress.com/2012/05/12/um-bizarro-ursinho-carinhoso/ )
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Bacil 22/01/2013

fiquei dividido nesse livro, não sei se dou 4 ou 3 estrelas, mas sem dúvidas -SEM DÚVIDAS!- o livro me rendeu algumas risadas e é -SEM DÚVIDAS, DE NOVO- o livro mais NONSENSE e DOIDO que já li na minha vida. Se você tiver senso de humor leia, mas se não, vai querer abandoná-lo de cara. hm
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Monique 14/11/2015

Winkie
Eu já percebi que a Bertrand se apoia bastante em livros sérios e com Winkie não seria diferente. Acredito que muitas pessoas que leram e não gostaram foi por esse motivo: foram lê-lo com uma intenção e descobriram que a ideia era outra.
Mas, como já conheço a Editora, dediquei minha atenção ao livro pela seriedade que a história queria transmitir e em como ficar triste ou feliz por alguém de modo real - não ficto, como qualquer livro de ficção.
Winkie é um urso e cria vida? Ficta? Claro, não conheço nenhum urso que criou vida de verdade. Mas, e se seu urso preferido, esquecido em sua estante criasse vida? O que você acha que ele falaria para você? Pense que ele se lembrará de tudo.
É com essa narrativa que Clifford nos traz essa história. O que um urso que passou em duas gerações de uma família tem a dizer sobre ela. Todas as alegrias, frustrações, saudades, carências e, acima de tudo, o amor que ele sentiu ou desejou.
Não ser um urso de apenas uma dona que o levou consigo até a fase adulta, acho que despertou certa racionalidade nele. Pois, um dia era da filha, no outro dia de seu filho, e de um filho para o outro. Como uma criança órfã que não se adequa em nenhuma residência e, em cada momento, compartilha seu tempo de vida com uma nova pessoa. Trazendo para ela uma sensação de ser de todos e de ninguém ao mesmo tempo.
Winkie é isso.
Parece um espectro de Toy Storie ainda não abandonado pela família numa cesta de doações, mas muito próximo disso já.
E assim, decidiu fugir.
Quando é preso e interrogado, não consegui imaginar por que, qual crime teria feito, por mais que todos apontassem o dedo em sua direção acusando-o de diversos crimes. Esse é o suspense do livro. O que não soube sobre o Winkie que está sendo mostrado agora?
Mas, no decorrer da história até o seu final, as peças vão se encaixando e as dúvidas sendo respondidas.
Fico pensando nos brinquedos que já abandonei, se eles ficaram muito chateados com meu egoísmo ou se encontraram alguém que valeu mais a pena.
Entretanto, o meu boneco favorito (Pingo) que sempre dormiu comigo desde meus 4 anos, está sempre ali. Às vezes, cai da cama, eu brigo, pego de volta, dou banho, arrumo uma roupa para esconder as imperfeições que o tempo provoca em seu corpo plástico e o levo para viajar.
Acho que ele pode até ter uma raivinha de mim, quando o abandonei na adolescência, mas espero ter ganhado seu perdão quando o peguei de volta. Para onde vou, ele vai comigo.

Recomendo a todos esse livro!

site: http://tothebooklovers.blogspot.com.br/
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