O Enigma da Pirâmide

O Enigma da Pirâmide Alan Arnold




Resenhas - O Enigma da Pirâmide


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Thay262 31/12/2022

Não consigo parar de comparar com as narrativas de Conan Doyle, até porque o próprio livro faz várias referências ao original, oque me impede de vê-lo como "independente".
A proposta era interessante, mas é narrado como se realmente Sherlock e Watson tivessem se conhecido antes de Um Estudo em Vermelho, o próprio livro tenta nos persuadir a tentar imaginar isso (embora o filme admita que é um roteiro independente, sem finalidade de ser fiel ao original). Daí fica confuso: essa joça quer ser independente OU quer nos convencer que "conversa" com os originais??? Óras!!!

Outro sim, o autor comete o mesmo enfado que outros fãs que se arriscam escrever para o Fandom de Sherlock: muitas vezes divaga sobre o conteúdo original, oque por um lado é bom porque demonstra que ele leu e é tão fã como nós, e por outro lado torna o texto arrastado e repetitivo quando faz referências e conexões em relação aos originais.

PONTOS POSITIVOS:
- Gostei mais do livro que do filme, pois é mais explicativo e tem mais detalhes (como geralmente é melhor).
- A escrita desse autor é agradável, me prendeu, o livro é narrado por Watson (como nos originais) e o plot é aceitável. Em vários momentos a disposição do texto me lembrou muito a escrita do Doyle, enquanto em outros nem tanto.
- O texto é dinâmico e instigante, as situações que acontecem são aventurescas, a narrativa escolar e jovenzinha pode agradar com facilidade esse público-alvo. Inclusive tanto o livro quanto o filme me lembrou Harry Potter 1, só que com menos "glamour e magias", como se fosse um protótipo anterior.

PONTOS NEGATIVOS:
- Há trechos em que achei a personalidade de Sherlock e Watson muito similar aos originais, e em outros MUITO divergente (oque me gerou angústia em vários aspectos).
- O "trio de protagonistas" e a narrativa escolar por algum motivo me lembrou o primeiro livro de Harry Potter, oque inicialmente parece bom, mas aqui a amizade foi muito "instantânea" pra mim, sem um desenvolvimento de confiança um no outro.
- Detestei o "romancezinho" entre Holmes e Elizabeth. Holmes é muito assexual nos originais, jamais se interessando por ninguém romanticamente, daí foi muito estranho esse romance aqui. Pra mim faria mais sentindo se a menina tivesse uma paixonite inocente com o Watson (afinal é ele quem se interessa por moças ao ponto de se casar com 3 ao longo da vida, nos originais).

Apesar disso esse livro é um bom passatempo.
RECOMENDO PARA:
- Quem não tem problemas com divergências com o conteúdo Canônico.
- Quem curte enredos com adolescentes e aventuras.

OQUE ACHEI:
Para um livro escrito por um fã, achei regular (oque pra mim significa que foi promissor, mas que talvez se fossem personagens originais eu aproveitasse mais sem ficar comparando com os do Doyle).
Estou dando 3.5/5 por conta de tudo que já falei. Mas talvez eu tivesse gostado mais de tudo, principalmente na minha adolescência, se eu já não conhecesse os livros originais (não tem como, o autor original é incomparável, tem adaptações e histórias ótimas como essa aqui, mas não dá pra igualar ao Canônico).

Obs: Quase larguei esse livro quando vi Holmes e a Elizabeth de namorico, não me agrada versões onde Holmes tá "in love" assim sem mais nem menos por uma garota quando isso NUNCA acontece nos originais. Tal narrativa só teve chance comigo porque:
1) A aventura adolescente me chamou bastante atenção de verdade, é bem dinâmica;
2) O texto é, em geral, agradável e da vontade de descobrir o mistério, lendo até o fim;
3) É pelo ponto de vista do meu personagem favorito John H. Watson, que aqui é um neném fofo (quase como ele é nos originais, sem dúvidas o que está mais fielmente retratado, embora haja vários trechos questionáveis).
Se não fosse essas coisas, talvez eu abandonasse o livro.

site: entulhandoideiasdiversas.blogspot.com
Thay262 01/01/2023minha estante
P.s: Eu não achei semelhante com Harry Potter atoa, fui pesquisar e adivinha? Realmente há umas pessoas na gringa que dizem que esse enredo era o "Harry Potter de 1980", dentre outros que dizem ser impossível a autora de Harry de "não ter se inspirado" nos elementos centrais dessa trama aí, além de que o autor desse livro/filme também dirigiu Harry Potter nos cinemas parece.
Então foi por isso que achei PARECIDO. Kkkkkkk




cibelefrahm 04/07/2020

Aventura interessante dos jovens Sherlock Holmes e Watson quando se conhecem. Porém, a partir da metade do livro a história parece ficar um pouco corrida. Ainda não assisti ao filme no qual ele é baseado, mas talvez seja por isso que não se detém mais nesse desenvolvimento até a conclusão do caso.
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CrisVieira~ 29/12/2017

Nota: 4,5.
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16/02/2015

Eu já havia comentado sobre esse livro aqui, e, depois de muito tempo, resolvi reler. Eu adoro o filme, é um dos meus preferidos, e lógico que quando vi no catálogo do Círculo do Livro, eu sabia que tinha que ler também.

Como eu expliquei na postagem sobre o filme, o livro é uma livre adaptação, e conta como os dois amigos se conheceram na adolescência. Isso, claro, vai em desacordo com o que é relatado pelo próprio Conan Doyle em Um Estudo em Vermelho (resenha em alguns dias), mas os próprios produtores do filme, bem como o autor do livro, assumem que a aventura não tem nada a ver com a obra de Conan Doyle, a não ser pelos personagens. Mas eles são tratados em ambos com o respeito devido, com as mesmas características impostas a ambos por seu criador. Holmes é inteligente, arrogante, egoísta e brilhante; Watson é prático e mais cuidadoso. Ele é quem humaniza Holmes em muitos aspectos.Mas aqui, esse cargo fica por conta de Elizabeth, a namorada de Holmes.

Elizabeth é órfã e mora na escola com seu tio, o professor aposentado Waxflatter. Ela é inteligente, perspicaz e muito matura para seus 16 anos. E, em muitos aspectos, uma jovem bem à frente da sociedade vitoriana da época. É culta e não é do tipo de mocinha que fica parada esperando as coisas acontecerem. Ela ajuda Holmes e Watson em muitas das soluções para o caso em questão.

O livro é relatado como os outros de Sherlock Holmes, através da perspectiva de Watson, por meio de seus manuscritos. E ele preserva o mesmo estilo de escrita dos clássicos de Conan Doyle. A narrativa é fluida, e entremeada com fatos históricos sobre o Egito, e diversas digressões de Watson, já muitos anos depois de suas aventuras com Holmes terem chegado ao fim. E volta e meia o autor inclui algum comentário sobre os outros casos de Holmes, fazendo referência a um ou outro acontecimento relatado por Conan Doyle.

Percebi que não comentei a sinopse do livro, mas nem vou fazer isso porque já relatei na resenha do filme, e o livro foi escrito em cima do roteiro do filme. Mas, muito mais do que uma adaptação literária do roteiro, ele aprofunda alguns acontecimentos, como já comentei, e encadeia os eventos de forma mais precisa do que o filme. Muita coisa que no filme fica sem explicação, no livro está bem comentada, mas de forma prazerosa, sem comprometer em nada a leitura. Vale a pena tentar procurar em algum sebo, e se deliciar com esta aventura adolescente, mas muito empolgante, de Holmes e Watson.

Trilha sonora

Não tem outra (até porque sempre que ouço essa música, lembro do filme), O Fortuna, de Carmina Burana.

Se você gostou de O Enigma da Pirâmide, pode gostar também de:

The Complete Sherlock Holmes – Arthur Conan Doyle;
coleção Agatha Christie;
coleção Ramsés – Christian Jacq;
coleção A Pedra da Luz – Christian Jacq;
As Crônicas dos Kane – Rick Riordan.

site: natrilhadoslivros.blogspot.com
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CooltureNews 23/03/2014

Coolture News
Sou fã de Sherlock e procuro conhecer tudo o que se relaciona com ele, mesmo não fazendo parte do cânone original. E foi por isso que conheci essa história, primeiro o filme e agora, o livro.

Baseado no roteiro original, o livro escrito por Alan Arnold procurou dar mais detalhes e impressões do Dr. Watson a história desenvolvida por Chris Columbus, uma rara inversão de papéis, onde um filme deu origem a um livro.

O livro segue o mesmo plot do filme, porém, traz maiores explicações e lança novas luzes sobre os acontecimentos, principalmente sobre como se deu o desenvolvimento da personalidade de Holmes.

Aliás, uma das melhores coisas desse livro foi a fidelidade com os personagens criados por Doyle. Temos ali um Sherlock mais humano, em plena adolescência, mas já com os primeiros traços da genialidade que marcou suas histórias na vida adulta. Ele é curioso, meticuloso, habilidoso e intrépido, com um raro talento para atrair confusões e descobrir crimes. Watson também já demonstra seu talento de fiel escudeiro, sendo apenas um pouco mais medroso devido a idade. Lestrange é outro que dá as caras na história e, ao longo dela, vemos como ele foi construindo sua relação com o jovem detetive.

A história em si segue bem o clima e os rumos daquelas criadas por Doyle, dando ao leitor a sensação de conforto por estar conhecendo realmente o passado do personagem e vendo como algumas de suas características mais marcantes vão sendo desenvolvidas e acentuadas. A estrutura narrativa comporta os mesmos elementos de histórias como “Um Estudo em Vermelho”, com o crime tendo raízes profundas em um passado dramático, e jogando no futuro sombras aterradoras de medo e vingança.

Lendo este livro tive realmente a impressão de encontrar nesse adolescente o detetive cujas histórias eu admiro, coisa difícil de fazer, principalmente quando o personagem original se mostra complexo e com nuances tal, que é difícil imaginá-lo sendo um jovem normal.

Este é, em minha opinião, a melhor história envolvendo um jovem Sherlock Holmes, sendo fiel a muitas características e fatos do cânone. Um livro que só vem a acrescentar a uma gama de mídias e histórias de um dos maiores personagens da literatura policial.
Patricia.Almeida 26/05/2016minha estante
gostaríamos de saber o resumo do filme e não as coisas boas do livro .....





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