Pam Gonçalves 23/03/2011Quando você quer gostar, mas não acontece =/BLOG: WWW.GAROTAIT.COM.BR
Louco aos poucos foi um livro que eu gostaria muito de ter amado. É aquele livro que eu penso: “Por que eu não gostei desse livro?”. Infelizmente não deu, não combinou comigo, não foi meu tipo de leitura. Não fechou. Mas explicarei para vocês os motivos.
O livro é narrado por Cameron Smith, um garoto que depois de alguns sintomas, foi diagnosticado com a Doença da Vaca Louca. Desde o começo já percebemos que Cameron é meio revoltado com a vida e com as pessoas. Ele tem a filosofia de que quando não há expectativas, não há decepções. O que eu considero uma verdade. Mas de acordo com esse pensamento que ele tem, sua vida se resume a nunca se comprometer com nada. Um verdadeiro marasmo de reclamar das pessoas, e ver o que elas têm de pior.
Pelo começo do livro já é possível notar o ritmo que ele vai tomar. Uma verdadeira loucura a cada capítulo. Isso tudo porque após o diagnóstico da doença, Cameron é internado e recebe uma visita um tanto estranha de uma figura que ele acaba achando que é alucinação. Uma anja para lá de maluca que o convida para uma missão, nessa missão ele tem a oportunidade de salvar o mundo e encontrar a cura para a sua doença. E daí pra frente é uma verdadeira confusão. Acontece de tudo! Acontece muita coisa! E na minha opinião isso foi o ponto fraco do livro. Muita coisa que não podemos nos concentrar, e essa confusão acaba se tornando muito cansativa. O que prejudica ainda mais é a quantidade de páginas do livro, ou seja, vários assuntos que foram jogados ali e você nunca vê no que isso vai terminar.
Eu penso que se a autora Libba Bray pensasse em selecionar apenas alguns dos fatos do livro e desenvolvido os mesmos de uma forma melhor, seria mais vantajoso. Onde ficasse mais claro e que ao terminarmos de ler fosse constatado algum sentido em tudo que o Cameron passou. O livro é divertido em alguns casos, exatamente se formos analisar em fatos isolados, mas tudo junto é cansativo.
O que aumentou minha frustração foi encontrar diversos erros de digitação no livro. Alguns acabam passando é claro, mas na quantidade que foi encontrado me deixou ainda mais desanimada. Enviarei para editora os erros que encontrei para quem sabe em outras edições haver a correção. Outra coisa nessa parte mais técnica que eu não gostei muito foi na tradução. Onde houve a utilização do termo “guri” ou “guris”. Acredito que não seja um termo comum em todo país, e sim mais usado aqui no sul. E eu que sou do sul acabei estranhando a utilização em um livro.
Por outro lado a capa ficou incrível! É a melhor capa para o livro que encontrei até agora. Tem tudo a ver, e trás a relação com “vaca” de uma forma sutil. A iD tem esse diferencial. Adoro a maioria das capas da editora, e a diagramação e cuidado com que eles têm com a arte são muito bons.
Por fim foram pequenos fatores que juntos me fizeram não gostar. Fiquei muito triste de não ter gostado. Ao terminar de lê-lo tive que esperar alguns dias para absorver a história e decidir o que eu achei de uma forma concreta. Infelizmente não foi positiva.