Onze minutos

Onze minutos Paulo Coelho




Resenhas - Onze minutos


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Craotchky 10/04/2024

Uma simples resenha
Publicado em 2003, o livro Onze minutos me parece um até seu meio, e quase que outro depois ele. Enquanto narrativa, o texto de Paulo Coelho (ou Paul Rabbit hehe) é simples, direto e econômico. De início o livro se mostra bastante comum, de fácil leitura e assimilação. No entanto, a partir de mais ou menos a metade e sobretudo após a protagonista Maria conhecer o pintor, a obra ganha outras nuances e aprofunda as questões até então apresentadas apenas ligeiramente. Praticamente tudo que vou abordar no resto deste texto vale principalmente para a referida segunda parte da história.

A obra acompanha sua protagonista: Maria. O livro aborda coisas como a busca de significado, o lugar de pertencimento e o processo de autoconhecimento. Entre outros tópicos, o amor e o sexo estão bastante presentes aqui; Maria tenta entender em que medida eles se relacionam, se diferenciam e se confundem. De um lado o sentimento romântico, de outro o ato físico. Qual é o papel de cada um na conjunção que resulta em um relacionamento saudável e pleno, não só entre os amantes, como também na esfera individual de cada um deles?

É interessante observar o trabalho do autor na medida em que retrata uma protagonista feminina, muitas vezes se colocando no lugar dela, e fazendo o exercício de tentar pensar como uma mulher veria determinadas situações e ideias. Nesse sentido, intercalados na narrativa, há muitos trechos de diários da própria Maria, ocasiões nas quais Paulo Coelho assume uma voz feminina bastante pessoal em primeira pessoa. É impossível deixar de considerar isso: trata-se de uma autor ousando se aprofundar em uma visão bastante feminina do mundo.

O livro gera reflexão. A longo de toda a extensão da obra Maria parece estar em busca de si mesma, tentando organizar e entender a melhor forma de se viver. Percebe-se um processo de maturação da personagem ao longo de sua trajetória, e o autor é razoavelmente hábil em conduzir esse desenvolvimento. Além disso tudo, outra dimensão trabalhada é a dissonância entre o que às vezes esperamos da vida, e o que a vida em sua cruel realidade nos oferece.

Outras questões desenvolvidas são: a reivindicação do prazer sexual da mulher e o sexo para além da epiderme dos corpos, o que quase escorrega para uma esfera levemente mística: uma noção de relação sexual que o autor chama "o sentido sagrado do sexo", isto é, uma conexão mais profunda entre as duas pessoas envolvidas. Enfim, penso que Paulo Coelho conseguiu trazer boas reflexões sobre tópicos sociais e culturais relativos à mulher, diante de uma sociedade que almeja transformação. Diria que vale a pena a leitura, sobretudo pela metade final.

DUAS CURIOSIDADES:
• A história contada pelo romance é baseada em uma mulher brasileira que Paulo Coelho conheceu em Genebra, Suíça.
• Durante o livro algumas referências, como o mito dos andróginos de Platão e o livro A vênus das peles, de Sacher-Masoch, são trazidas à tona. Entre elas há uma menção a Renaldus Columbus (1516 - 1559), anatomista que no século XVI descobriu o clitóris. Existe um bom romance histórico que narra essa descoberta: O anatomista do autor argentino Federico Andahazi. Li este livro em 2015 e até fiz uma breve resenha.
Karen.V 10/04/2024minha estante
A simplicidade, muitas vezes, é alma da genialidade, e a forma como você apresentou sua resenha é um testemunho disso ??????


Craotchky 10/04/2024minha estante
Ah, muita gentileza sua, K. Muito obrigado!!


I Danielle I 10/04/2024minha estante
Adorei a resenha e as curiosidades Filipe, deu vontade de reler Paulo Coelho.


Craotchky 10/04/2024minha estante
Muito obrigado, Dani! Aproveite a releitura quando acontecer.


J. Silva 11/04/2024minha estante
Não tive a oportunidade de ler Paulo Coelho. Essa obra seria uma boa entrada?


Craotchky 11/04/2024minha estante
J, não li tantos assim. Até acho que este livro pode ser uma porta de entrada, mas, não tenho certeza, talvez não seja uma obra tão Paulo Coelho. Penso que aqui ele foge das características que mais identificam ele, sobretudo aquelas que orbitam o lado místico, Acho que é um livro diferentão do autor.
Ao mesmo tempo, considerando os quatro que li dele, todos possuem textos bem simples e tranquilos. Nesse sentido, creio qualquer que seja a escolha, nenhum livro dele será exigente ou difícil. Uma outra opção seria Veronika decide morrer quem sabe.


Regis 11/04/2024minha estante
Nunca tive vontade de ler Paulo Coelho, mas gostei muito de sua resenha, Filipe.??


Craotchky 12/04/2024minha estante
Muito obrigado pelo carinho, Gizz!


Mano Beto 13/04/2024minha estante
Nunca li Paulo Coelho. Pra variar, arrasando na resenha novamente.


Craotchky 13/04/2024minha estante
Muito obrigado pelas palavras, Mano.


Cíntia Gusmão 16/04/2024minha estante
Esse livro me marcou de muitas formas, foi meu primeiro contato com o autor e a sua resenha ficou muito boa e acho que a minha conclusão é bem parecida com a sua


Craotchky 16/04/2024minha estante
Muito obrigado pela leitura e comentário, Cindy. Muito bom saber que você viu o livro de forma semelhante, pois o teor da obra faz com que a percepção feminina sobre ele seja talvez mais importante e crítica que a visão masculina. Que bom que convergimos então.




Patricia Peres 12/01/2009

Simplesmente adorei o livro! Muito bem escrito, com vários trechos que dá vontade de imprimir e colar na parede para refletir todos os dias! Recomendo a leitura mas antes disso se liberte de qualquer tabu, pois este livro narra a história de uma prostituta e consequentemente suas experiências sexuais.
@julianapena.books 09/04/2009minha estante
E eu simplesmente adorei a sua resenha. Concordo plenamente... "dá vontade de imprimir e colar na parede para refletir todos os dias!" rs... amo esse livro. Fico feliz em saber que não estou só nessa. Parabéns pela resenha Patrícia.


Gileane 20/02/2012minha estante
cara esse livro é muito bom...a historia a forma como são descritas as cenas...é tipico livro q vc n consegur para d ler..interessante..


florcerqueira 10/10/2012minha estante
este é um livro que leio e releio sempre
meu exemplar, por conta disso, está bem mal tratado no sentido que muito lido.
Realmente tem passagem lindas que dá vontade de voce fazer um mural. =)


Laysse.Pessoa 06/06/2020minha estante
Eu me viciei nele e pesquiso tudo relacionado a ele desde então.


Anita.Sanches 30/11/2020minha estante
Uma leitura envolvente, que nos prende do início ao fim!
Confesso que esse livro tornou-se um dos meus favoritos!
Eu super recomendo!


Marcos 21/12/2020minha estante
Nossa, sim! Você escreveu tudinho o que eu acho.
Tem um texto na página 92 que me encanta de uma maneira que não sei dizer, ele é perfeito. Infelizmente esse seu comentario ja tem 10 anos. Em anos, o meu pensamento coincide com o seu, incrivel!


Sandra.Rodrigues 05/09/2021minha estante
Também amei ??




Led 26/01/2010

Livro com cara de novela das 8. Tenho preconceito com as obras de Paulo Coelho, estou lendo-as para tirar essa má impressão, mas esse não ajudou muito.
Val Sotão 11/08/2011minha estante
E desde quando novela das 8 explora o íntimo e o conflito interior dos personagens com tanta profundidade? Por favor, né. Além de que existem cenas fortíssimas de sadomasoquismo que nunca iriam parar na Globo.


Led 17/08/2011minha estante
Val, gosto é muito particular, admito que quando se trata de Paulo Coelho faço parte da minoria, e o mesmo com relação à novelas. Não recomendo!!


Mariane 09/03/2012minha estante
Respeito a opinião, mas não concordo.
É completamente diferente de uma novela das 8. Pelo que penso,vejo uma novela dessas como repleta de situações clichês.
Esse livro do Paulo não. A história pode parecer comum, mas pelo que ele explora (como passagens do diário de Maria), é algo completamente novo.
Mas como você leu com esse preconceito, dificilmente veria algo diferente. Você moldou a partir do seu olhar; não procurou ler de mente aberta. :-/


Led 09/03/2012minha estante
Mariane, com certeza é previsível como toda novela, CLICHÊ sim como toda novela. De uns tempos pra cá as novelas tem abordado tantos assuntos tabu, pq não o sadô? Parece um "Bruna Surfistinha" encorpado, mas tão ruim quanto.


Bruno Oliveira 13/05/2013minha estante
hahaha, o livro é bem ruim mesmo. Lembro que o que mais me irritava era que ele repetia uma ou duas frases de efeito o tempo todo como se fossem a suprema sabedoria.



Carla 23/01/2015minha estante
eu to achando uó tbm. estou detestando a protagonista e a forma como desenrola alguns fatos me lembrou até aquela novela sem noção Salve Jorge. umas coisas tão sem pé nem cabeça.




Pandora 18/08/2010

Mais resenhas em www.trocaletras.wordpress.com

Paulo Coelho é ruim. Já teve idéias boas, mas nos últimos livros ele sofre de uma escassez delas.

Onze minutos conta a história de Maria, uma prostituta brasileira fora do país, e conta o desenrolar de sua vida.

O livro contém toda aquela parte característica do Paulo Coelho: as frases feitas de livro de auto-ajuda. Porque na verdade é assim que eu o considero, um escritor barato de auto-ajuda, cheios de clichês esotéricos e afins...

Ele não tem talento para escrever...é tudo mto cheio de clichês. Idéias até às vezes boas, jogadas na mão de uma pessoa que escreve de maneira simplória. O motivo de tanto sucesso, sinceramente, eu não sei.

A história de uma prostituta tentando descobrir-se através do sexo chega a ser inverossímel. Sem contar que o livro beira o preconceito, apontando a prática de sadomasoquismo como um erro para a descoberta de sua essência...bizarro!

Já li muitos livros do Paulo Coelho e posso afirmar que quem acha que é uma literatura de qualidade é porque está pouco habituado a ler. Falo por mim também, que adorava um dos livros dele quando era mais novinha e o relendo após muitos anos, vi que era uma grande droga. Pra despertar o gosto pela leitura até vai, mas depois disso é melhor deixar ele de lado.
belassuncao 03/04/2011minha estante
Palmas, por favor. Enfim uma pessoa sensata. Já estava cansada de ver as pessoas classificarem este livro com 5 estrelas. Graças ao bom Deus, pessoas como vc provam que o Brasil ainda pode ter salvação.


Pandora 03/04/2011minha estante
hahaha Obrigada ;)


vianey santos 08/01/2014minha estante
tbm li o livro e não gostei! só me pergunto o seguinte: como ele foi capaz de escrever "o alquimista"?!


Carla 23/01/2015minha estante
primeiro livro que leio dele e provavelmente o último. gente, que livro uó. n dá pra acreditar que é tao ruim assim. eu estou odiando o livro, a forma como ele escreve e principalmente a protagonista. uó. uó.




Aline 26/05/2015

Livro maravilhoso que trata da história de uma prostituta contada com a divindade (sem ser religioso), simplicidade e profundidade com a qual todo ser humano deve ser olhado. Grande livro! Recomendo a todos!
barbarabila 25/04/2016minha estante
Vou ler, devido a sua maravilhosa resenha !!


barbarabila 25/04/2016minha estante
Já tem uns 10 anos que não leio Paulo Coelho.


Aline 03/05/2017minha estante
Mil anos depois, vi seu comentário, Bárbara!




Lena e Seus Mil Hobbies 21/10/2020

(?)
Notei agora que não havia resenhado esse livro.
Bem, eu não sei bem oque falar, como sempre, Paulo Coelho é um ótimo contador de histórias.
Li esse livro numa tarde e realmente foi uma leitura agradável, que me prendeu e me fez ter expectativas para o final (que foram supridas haha) em geral, recomendo.
Thata 22/10/2020minha estante
Voltei aqui depois de já ter lido pra ver novas resenhas haha. Sobre o final, já reli o último capítulo porque o final realmente foi encantador hahaha


Lena e Seus Mil Hobbies 22/10/2020minha estante
Eu já estava meio sem esperança, mas o final salvou kkk


Thata 22/10/2020minha estante
Sim kkkkk com certeza




MF (Blog Terminei de Ler) 23/09/2018

Minha experiência com Paulo Coelho
Nota introdutória: Resenha escrita para todos os livros do Paulo Coelho que li.

Existem pessoas que destroem suas vidas no crack ou na cocaína, outras que exageram no álcool ou na maconha, outras estão viciadas em nicotina ou Bolsonaro... Bom, a única droga que consumi foram os livros do Paulo Coelho... e com muito pesar confesso que tive uma recaída recente...

No início dos anos 2000, minha amiga Vanessa e eu estudávamos juntos para o vestibular e ela me emprestou para eu ler "O diário de um mago". Se uma pessoa que eu admirava tanto me empresta um livro, o mínimo que poderia fazer era lê-lo. Eu, ainda começando nos prazeres da Literatura, li e achei bacana. "Puxa, o cara não é apenas um escritor: o cara é mago! Ele compôs com Raulzito e ele voa... ele voa, véio!".

Pouco tempo depois, Vanessa me emprestaria "O Alquimista". "Um livro inspirador, bonito!", diria. Fui numa biblioteca e pesquisei pelo autor. Li "Brida" e achei interessante a história de uma irlandesa numa busca pela magia.

Eu tinha completado a tríade de "obras-primas" do Paulo Coelho. Fui então lendo outros livros do autor. Eram livros pequenos que eu lia em, no máximo, 3 dias. Li, num espaço de menos de dois anos, "As valkírias", "Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei", "Maktub", "Veronika decide morrer", "O demônio e a srta. Prym", "O monte cinco", "Onze minutos" e "O manual do guerreiro da luz". Cheguei a ler uma pequena biografia do autor, escrita pela Martin Claret. Era meu fast-food literário.

Então, aconteceu: eu enjoei do autor. Aquilo que era original, se tornou repetitivo. Percebi que, a obra de Paulo Coelho, em seus livros, poderia ser resumida em uma série de elementos comuns: um personagem que sente perdido numa busca pessoal + um elemento místico como foco e/ou fio condutor + mensagens piegas de auto-ajuda + alguma cena esporádica de sexo + o personagem superando um desafio pessoal. Seria a redundância na temática que me fez enjoar? Ou o fato de que, entre essas leituras, fui lendo outros livros e conhecendo autores como Machado de Assis (que virou uma paixão), Manuel Bandeira, Gabriel García Márquez, William Shakespeare, Franz Kafka, dentre outros... o que me tornou mais exigente como leitor? Ou seria o fato de que, com o passar dos anos, fui ficando menos religioso? Talvez tenha sido tudo isso junto...

Eu voltaria a encarar Paulo Coelho somente uns cinco anos depois. Li "O zahir". Odiei. Achei vazio e desisti do autor.

Eis que, dez anos depois, voltando de viagem, recentemente, numa banca de revista que vende livros usados no Centro de Belo Horizonte, para não fazer uma desfeita com a vendedora, uma simpaticíssima senhora, pequei uma obra do autor. Li "O bosque de cedros", volume 1 de uma coleção lançada pela ridícula revista Caras, no final dos anos 90. Trata-se de um livro que, em suas pouco mais de 60 páginas, me fez lembrar de tudo que odiava no autor. São pequenos contos, insipientes e piegas e, pela primeira vez, Coelho me fez sentir ódio. Juro. Um dos "contos" chamava-se "A porta da lei" e é uma releitura que o autor fez de "Diante da Lei", um dos melhores contos de Franz Kafka e um dos melhores contos da história, certamente. Paulo Coelho conseguiu deturpar totalmente a essência da história. No livro do brasileiro, basicamente vemos uma curta pseudo-mensagem sobre a necessidade de "correr atrás dos objetivos". É algo muito mais limitado do que a quantidade grande de reflexões possibilitadas pelo conto kafkiano, onde temos a figura do homem ante o sistema, que o convida para a busca e, em concomitância, o impede de conseguir a Justiça, sendo esta impossível de ser obtida. Em resumo: Paulo Coelho não apenas é limitado ao escrever: ele é limitado como intérprete daquilo que deveria lhe influenciar a ser melhor como escritor.

Por fim, pode-se dizer que Paulo Coelho é a prova de que modus operandi vende e vicia... e permanecer nesse espectro, nesse vício, é limitar o campo de visão para o leque de maravilhas que somente a Literatura pode possibilitar ao ser humano.

site: https://mftermineideler.wordpress.com/2018/09/17/minha-experiencia-com-paulo-coelho/
Vera Duarte 05/07/2019minha estante
Magnífico. Não livros dele o suficiente para ter essa sua visão. O meu primeiro contato com o autor também foi através do Diário de um mago, como disse na minha resenha, tive outras leituras, outros autores, outros amores e na minha segunda leitura do autor em Onze minutos fiquei tão indignada e não consegui dar continuidade, abandonei. Tenho outro em minha estante, mas confesso que estou receiosa. E talvez seja realmente o que você disse, que nos tornamos mais exigentes depois que o leque de opções se abre a nossa frente e podemos escolher coisas boas.


MF (Blog Terminei de Ler) 07/07/2019minha estante
Valeu pelo simpático comentário, Vera! Só espero que você não desanime de ler o Coelho pois é sempre bom ter suas próprias impressões! :)




Lyta 29/01/2012

O pior livro que já li
O pior livro que já li
Bruno Oliveira 08/09/2012minha estante
Enfim, uma opinião sensata.

Li o livro numa tarde e me senti ofendido com o tom tão grosseiramente superficial dele. Parece que o autor escreve para retardados.

Tem um estilo pobre, texto pobre, gramática pobre, história pobre e uma discussão de fundo completamente pobre. Situar o livro dentro de um tema social não confere nenhum mérito a obra na medida em que ele pouco explora a realidade e se contenta com mais uma história clichê. Detestável.


Lyta 08/09/2012minha estante
Teu comentário diz tudo o que eu não tive ânimo suficiente para escrever, Bruno de Olivei. De tantas críticas que eu ouvia em relação a Paulo Coelho, decidi conhecer pelo menos uma parte mínima do que ele produziu. Não gosto de tomar conclusões alheias, ainda mais tratando-se de livros. Pois então, li com muito pesar até as últimas páginas desse livro pobre (como você já deixou claro). É vergonhoso afirmar que o único texto bom em todo o livro não é do autor, Lucas (7:37-47). Ao mesmo tempo, o autor consegue elevar sua produção ao cume e é capaz de arremessá-la nas profundezas da inutilidade e penúria de pensamento:
" Era uma vez uma prostituta chamada Maria".
Embora não seja manifestado em mim o real interesse em conhecer as mazelas do "ofício da prostituição", sobretudo por não acreditar que isso acrescente, a forma como é narrada a "história" é sucessivamente deplorável. A coisa torna-se muito pior com menções as técnicas de sadomasoquismo e com o surgimento da figura do tal pintor que insere um contexto "meio conto de fadas" para uma realidade abismal.
Para finalizar, cito este excerto tão pobre, tão miserável, tão faminto como o livro.

"Espero que este tempo passe rápido, para que eu possa voltar à busca de mim mesma - encontrando um homem que me entenda, que não me faça sofrer".




Marcos Ogre 20/05/2023

Onze Minutos de sensações insossas
Em Onze Minutos, Paulo Coelho promove reflexões sobre o amor, o sexo e a fé. Todas muito chatas.

Essa foi minha terceira leitura do autor (há uns anos, ganhei 5 livrinhos, e de vez em quando pego um pra ler) e, com certeza, foi a que menos gostei. As obras que li previamente, Brida e O demônio e a Srta Prym, não eram lá grandes primores, mas, pelo menos, traziam enredos minimamente interessantes. A prosa de Coelho é bem simples, sem enfeites, e as histórias, pelo que estou percebendo, são sempre voltadas a uma discussão maior, que está acima das experiências triviais do dia a dia, ainda que enraizadas nelas. É uma tentativa de encontrar uma coisa especial dentro das coisas pouco pensadas e explorá-la em suas dimensões íntimas e espirituais. E eu aprecio esse intento.

Mas a escrita de Coelho é muito fraca. Nesta obra, em que o elemento místico é bem menos presente, a prosa do autor parece ainda mais frágil. Narrando a vida de uma jovem brasileira pobre, que encontra na prostituição em outro país uma possibilidade de crescimento financeiro (após seu sonho ir por água abaixo), o livro de Paulo Coelho não poderia parecer mais clichê. Tudo se desenrola de maneira muito fácil, os personagens não parecem ter substância e os diálogos principais, buscando o filosófico, se acumulam numa espécie de terapia barata de livros de auto ajuda. É como ver uma telenovela ruim, sem o gancho necessário para prender o espectador.

Eu poderia destacar como um ponto positivo a descrição das cenas de sexo, que são bem bonitas, mas a forma como o autor lida com esse tema é muito puritana. Quando ele fala da dor, por exemplo, é de uma maneira tão maniqueísta... Já estou acostumado com as reflexões em torno do masculino e do feminino abordadas pelo autor, pois, embora me incomodem um pouco, são compreensíveis na construção do enredo que Coelho propõe, mas a limitação dos papéis de gênero nessas obras é um pouco cansativa. E os finais, destacando o de Onze Minutos, são um tanto decepcionantes.

Talvez eu leia os outros livros dele aqui na minha bibliotequinha, talvez eu leia O Alquimista (que dizem ser um dos pontos altos da carreira dele), mas com certeza não vai ser tão cedo.

??½
júlia 05/02/2024minha estante
Juro, se vc acha q Onze Minutos parece uma terapia barata de livros de auto ajuda, nem perca seu tempo lendo O Alquimista... o livro é EXATAMENTE isso ??


Marcos Ogre 06/02/2024minha estante
Que tristeza, mas não me surpreende, viu.




Drezza 21/06/2009

ridículo
Quis ler também para saber como são os livros de Paulo Coelho, mas descobri que este não tem nada a ver com os outros. Ainda bem porque eu achei ridículo... mas não foi por isso que abandonei, foi porque continham erros de edição e faltavam um monte de páginas no livro (lastimável).
Camila 12/03/2013minha estante
Porem as paginas faltando no livro não são culpa do Paulo Coelho né...


Drezza 13/03/2013minha estante
Não, mas até onde eu li, continha uma sequência de páginas correta e mesmo assim não gostei.




Bruna 11/06/2013

Como me dava um aperto no coração, quando eu tinha que parar um pouco à leitura desse livro! Foi a única obra que eu já li do Paulo Coelho, e estou ansiosa por ler outras. Cada linha deste livro prende o leitor e o faz pedir por mais! A história de Maria ensina que nem tudo é oque parece, e que o final nem sempre é o esperado. Na minha concepção, o livro passa uma excelente ideia de romantismo.
Felipe Barros 23/10/2013minha estante
Ainda não li este, mas já vou ler! Recomendo Veronika decide morrer! excelente!




Thananda 12/03/2017

Deus me livre de ler Paulo Coelho de novo!!!
Obedecendo (atrasado) ao desafio de Fevereiro do Carro-biblioteca da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa onde o tema era "leia literatura nacional", optei por ler Onze Minutos, de Paulo Coelho.

Melhor seria ter ido ver o filme do Pelé.

Maria é uma mocinha ingênua do interior do Brasil. Um belo dia ela finalmente consegue sair de sua cidade natal pela primeira vez para conhecer o Rio De Janeiro. Já no primeiro dia da sua aventura Maria recebe um convite de se tornar dançarina em uma boate na Suíça. Louca para se jogar na vida e conhecer coisas novas Maria topa. Mas a Suíça não é nada daquilo que ela esperava. Tão logo Maria chega àquele país esquisito, se vê desempregada e no olho da rua. Com o dinheiro da rescisão de contrato do seu "emprego dos sonhos", Maria poderia ter voltado para o interior do nordeste se quisesse, mas a vergonha de voltar para o lar em desgraça e seu criticada por amigos e vizinhos por ter voltado tão rápido e sem nada a fez desistir da ideia, e Maria resolveu juntar dinheiro para voltar ao Brasil mais tarde com grande estilo. Porém, para que seu plano desse certo, Maria por opção acabou virando prostituta.

Essa é minha terceira ( e se Deus quiser, última) experiência com Paulo Coelho. Sério, os livros que ele escreve são imensamente maçantes e o velho só pensa em sexo e toda problematização que existe em torno do assunto. Embora o objetivo do livro seja dar a vida à uma prostituta com vários pensamentos filosóficos e -acredite- total desinteresse por sexo, o livro conta com detalhes dos relacionamentos desnecessários, transformando o que inicialmente deveria ser uma obra profunda e reflexiva em um simples livreto pornô. Parecia que estava lendo Cinquenta Tons de Cinza dos anos 2000.

Personagens insossos e histórias bizarras ( exceto as partes do diário de Maria que são realmente boas) fazem Onze Minutos. A leitura não vale o tempo nem o esforço, e certamente Paulo Coelho também não vale. Desisto desse autor. Livros ruins com temas repetitivos e chatos. Não dá pra perder mais tempo lendo isso.

Não recomendo :(
Joana Frank 11/08/2018minha estante
Gente! Pensei a mesma coisa. Foi minha terceira e última experiência com ele. E só cheguei até aqui, para não falar mal sem embasamento. Horrível!!!




Serafim 25/02/2012

Morno, sem grandes expectativas
A estoria não cativa muito, falta um suspense, uma aventura, sei la... falta alguma coisa sabe aquela sensação de que esqueceu de algo??? O livro desliza sem deixar expectativa de saber como vai terminar, e no final adivinha? Clichê!!!
Eu só queria saber porque mais uma vez Paulo Coelho cita essa chatice de caminho de santiago de compostela... pô, todos os livros dele precisa ter essa coisa?
Jéssica Raianne 01/04/2012minha estante
Livro muito bom! Li há alguns anos já, mas sua história não me saiu da cabeça. O Paulo conseguiu retratar a realidade com muito romantismo. A sensação que tenho é que já estive em Genebra de tão bem descrita que foi pelo autor.




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