Aventuras na História Nº 66 (Janeiro de 2009)

Aventuras na História Nº 66 (Janeiro de 2009) Mariana Sgarioni



Resenhas - Aventuras na História - nº 66


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z..... 28/03/2020

Janeiro de 2009
A reportagem sobre a Índia destaca as origens e a diversidade cultural.
Alguns registros, por descrição no texto ou devaneios instigados:
- a origem descrita remonta a povos vindos da África, em cerca de 70 mil anos;
- o sistema de castas foi mencionado e, apesar da legislação oficial contrária, está fortemente arraigado no cotidiano. Li em outra edição que teria começado no colapso da civilização de Harapa, estabelecida no Vale do Indo, numa forma dos remanescentes resgatarem privilégios e estabelecerem distinções;
- essa não sabia! Bucéfalo, o lendário alazão de Alexandre, teria morrido na Índia, sendo enterrado com pompa de rei, mas o local nunca foi encontrado e virou lenda local de grande tesouro;
- falando em Alexandre, a passagem helênica pela Índia influenciou a cultura e a revista já trouxe reportagem ilustrando com estátuas incríveis do contexto, numa mistura indo-grega ou greco-indiana;
- curioso que o Budismo, de origem indiana, não tenha se estabelecido como principal religião (ou filosofia, como adeptos mencionam) na nação;
- faltou informe esportivo e fiquei curioso em saber quais os esportes dominantes e, quem sabe, a figura esportiva de maior destaque na história da nação;
- 800 filmes por ano em média! Na estética de sucesso, tem muita coisa histriônica. Não vou generalizar, pois não conheço, mas já acompanhei filmes de ação indianos pelo YouTube. Parada surreal e sinistra... mas divertida!

A seção "Obra-prima" destacou "A parte obscura de nós mesmos - uma história dos perversos", de Elizabeth Roudinesco. O livro traz abordagens do time do mal, seja da ficção ou realidade. Citaram alguns.
Oras! Por que não ilustraram com mulheres também, pois existiram personagens e figuras históricas impactantes.
Cito da realidade a Condessa de Sangue (Isabel Bathory), húngara que no século 16 tocou terror com seus banhos no sangue de jovens seduzidas e atraídas como "matéria-prima" para os sádicos tratamentos de beleza da condessa.
Como personagem da literatura registro Milady de Winter, que no quesito astúcia psicopata não teve para ninguém no clássico "Os três mosqueteiros", de Dumas.
Suponho que devam aparecer no livro, que fica aí como sugestão de leitura.

Agora falando de figuras heroicas, a edição trouxe linha temporal com afro-descendentes de destaque na história mundial de todos os tempos, no embalo da eleição de Obama no contexto.
Muitos sequer conhecia e deixo em registro: Rei Piye (deu origem a dinastia de faraós negros no Egito do século 7 a.C), Harriet Tubman (liderou tropas americanas na Guerra Civil, com ação que libertou 750 escravos das mãos da Confederação) e Kwame Nkrumah (teve papel importante na independência de Gana, sendo considerado entre alguns, em determinada eleição inglesa, como o homem africano do milênio. Bem que a revista poderia resgatar sua história em reportagem valorosa...).

Mas olha, rapaz! Uma inusitada nota sobre o Dom Pedro II que, segundo o texto, nossos historiadores desconheciam. Trata-se da passagem pela Irlanda em seu tour pela Europa. O fato foi descoberto ao digitalizarem jornal irlandês de 07/07/1877.
Passou quatro dias, visitando cidades e certos locais. O sigilo por aqui é porque teve a companhia da esposa (Tereza Cristina) e de uma tal Condessa de Barral (nada mais, nada menos que sua amante), que se uniu a comitiva na Inglaterra, depois pegando outro rumo. Eita! Tinha fama de bom moço, mas a revista já mencionou que teve tantas ou mais amantes que o galinhão do pai. Só que era mais discreto...
Registro por conta da nova novela, "Nos tempos do imperador", que vai estrear em breve e vou acompanhar. Vamos ver que imagem vão passar...

E sobre Dom Pedro II ainda tem artigo de Laurentino Gomes sobre as disposições do imperador e seu genro, Conde D'Eu, no fim da Guerra do Paraguar. Houve teimosia deles e do derrotado Solano Lopez, que gerou coisas como a horrível Batalha de Campo Grande, referenciada pela revista em outro momento. Mermão, só digo o seguinte: a covardia foi tão grande e imoral que o Dia das Crianças no Paraguai tem origem na data da infame batalha. Um dos erros mais condenáveis do imperador do Brasil.

Finalizando, mais uma dica de leitura: a HQ "Chibata", de Gadelha e Hemeterio, publicada pela Conrad. Traz a história da Revolta da Chibata e seu líder, João Cândido, em 1910. Ainda não consegui adquirir para a coleção...

Mais uma leitura no isolamento imposto pelo coronavírus, nos dias de mundo Walking Dead.
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