O Guardador de Rebanhos e Outros Poemas

O Guardador de Rebanhos e Outros Poemas Fernando Pessoa




Resenhas - O Guardador de Rebanhos e Outros Poemas


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Canafístula 12/10/2012

O Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
Confesso que poesia não é muito a minha praia. Até já li alguns livros de poesia que confesso ter gostado muito, mas nunca tinha lido Fernando Pessoa até então. Como está nas leituras obrigatórias da UFRGS 2013, eu tive que ler. Por um lado foi uma grata surpresa e por outro, um livro que me deixou meio confusa.

No começo da leitura, peguei-me com um sorriso nos lábios durante vários trechos. O autor faz citações realmente muito bacanas e que para mim encaixaram-se perfeitamente. Isso vai do ponto de vista de cada um, mas eu gostei bastante desses trechos. Aí vai um exemplo:

“Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo.”

Porém, ao desenrolar do poema, o autor começa a se contradizer bastante. Isso me incomodou um pouco. Eu li o livro com uma caneta à mão, anotando tudo que me despertasse atenção. E a maioria desses escritos refere-se a contradições. Dentre elas, posso destacar o seguinte verso:

“Passo e fico, como o universo.”

Essa pequena frase contradiz todo o poema, onde o autor afirma da primeira até a última linha que tudo deve ser esquecido, que nada deve ser pensado, que não gosta de lembranças, que nada deve permanecer.

Outra característica marcante é a grande paixão que o poeta demonstra pela natureza. Notam-se contradições também com relação à crença do autor em Deus. No começo do poema, ele dizia-se feliz, satisfeito. Com o final deste, ele afirma que nem sempre quer ser feliz, que a infelicidade é algo necessário. Sobre isso, ele afirma:

“Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.”

Minha impressão de “O Guardador de Rebanhos” é de um livro bom, mas bem contraditório. As citações do autor são muito cativantes e consegui entender uma parcela do quanto às pessoas veneram Fernando Pessoa. Seu valor poético é inestimável, mas talvez eu não tenha me apaixonado por completo porque poesia não é muito pra mim.

Para encerrar, desejo boa sorte para quem também vai prestar vestibular para a UFRGS em 2013 (menos para os meus concorrentes ¬¬), me despedindo ao estilo de Pessoa:

“Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.”

Essas e muitas outras resenhas você encontra no blog A Última Canafístula. Visite http://aultimacanafistula.blogspot.com/
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Mr. Jonas 08/02/2018

O Guardador de Rebanhos e Outros Poemas
O Guardador de Rebanhos marca o surgimento do heterônimo Alberto Caieiro. A criação de autores é um traço marcante na poesia de Fernando Pessoa, tanto que ele teve a preocupação de deixar registradas as biografias de seus heterônimos. Devemos ter em mente que pseudônimo é somente um nome inventado, já o heterônimo vai além: tem biografia, identidade, é uma persona diferente de seu criador.
Fernando Pessoa define Alberto Caieiro como alguém bastante simples, de pouca instrução, sem profissão, tendo vivido quase toda a vida no campo. E, de fato, elementos campestres estão na base do poema.
Em um panorama geral, o poema defende a ideia da superioridade do sentir sobre o pensar. É impregnado de panteísmo, ou seja, a ideia de que a divindade não está em um deus, mas na união com os elementos da natureza, muito citados ao longo da obra.
As estrofes, que podem ser lidas como poemas avulsos, formam uma sequência e podem ser entendidas como um dia na vida do guardador de rebanhos. No relato, não há metafísica nem mistério, somente uma contemplação calma da natureza, em que o pensar passa pelo sentir. Vemos o mundo pelos olhos do eu lírico, que usa a observação da natureza para falar sobre a vida. Na última estrofe, o guardador volta para casa, envolvido pelo silêncio da noite.
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jonathanrausch 05/03/2020

Uma ótima coletânea
Fernando Pessoa sempre tratou de temas que possam ser compreendidos não importando a geração, e isto que ocorre aqui, uma coletânea compromissada com futuras gerações e gerações passadas da sua não terem como não entender as suas falas. É falado acerca de Deus, dos viajantes, da natureza e da consciência. Às vezes todos esses temas se misturam, e só lhe digo que é fantástico. Recomendo tal volume, e caso não o consiga leia pelo menos "No meio-dia de primavera".
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Lindiane 17/12/2012

Um encanto!
Alberto Caeiro é na minha concepção o mais sensível heterônimos de Fernando Pessoa, suas poesias me encantaram do começo ao fim. De forma simples e clara consegue fazer-nos pensar sobre a vida, sobre Deus e a sobre a beleza da natureza. O que me fez perceber? Viver é uma dádiva!
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João Pedro 16/08/2019

O Guardador de Rebanhos
O livro O Guardador de Rebanhos fala sobre um autor que conta sua vida através de poemas. Eu recomendo para os leitores que gostam de livro poéticos.
Eu não gostei muito pois não gosto de livros de poemas, mas achei bem interessante a história da vida do autor.
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matlima 13/01/2023

Leitura obrigatória
Uma aula de escrita e de filosofia. Literatura imperdível da língua portuguesa. É incrível pensar que ele escreveu isso quando era um adolescente. É daqueles livros para se ler e reler.
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