Marilyn e JFK

Marilyn e JFK François Forestier




Resenhas - Marilyn e JFK


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@jaliagoraesuavez 29/10/2009

Arrasador...
Estou em choque com esse livro...
Eu amo Marilyn!!! Ela é minha musa... uma diva!!! Já li 3 biografias dela. Marilyn está no meu quarto, no porta jóias, porta canetas, caixa de fotos, almofada da cama (o tema do meu quarto é cinema).

Nesse livro Marilyn é retratada como uma criança mimada, uma estrela fútil, dominadora, que se fazia de vítima para ganhar atenção. Uma mulher decadente que, por trás de toda beleza, era suja, não gostava de tomar banho, não escovava os dentes, foi internada como louca e estuprada (sob os olhos de Sinatra) na tentativa de reanimá-la de uma overdose.

Aliás, se Sinatra foi como retrata o livro... que belo mau caráter!

Se essa história for real... que vida miserável!!

Por tudo que li nas biografias de Marilyn, me leva a crer que esse livro é bem real. O que o diferencia dos outros? A coragem do autor em desnudar ícones do nosso tempo: Marilyn, Sinatra, Kennedy...
Kennedy foi um playboy, filhinho de papai, viciado em sexo, constantemente infectado por doenças venéreas, mas que se tornou um dos presidentes mais amados dos EUA.

As vidas de Marilyn e JFK se cruzaram durante 10 anos... os dois morreram muito jovens e de maneira trágica...

Eles se amaram? Viveram uma história de amor?? Definitivamente não...
Resta provado que vaidade em demasia, poder em demasia, carisma em demasia, beleza em demasia trazem infelicidade e morte... Uma tragédia!
Quéroul 04/08/2013minha estante
O livro serviu pra eu pegar o maior nojo do mundo do Sinatra. Linda voz, etc e tal, nem me doía suas presepadas políticas, ou sua ligação com a máfia. Mas o que é contado dele em relação à MM é tão, mas tão, mas tão medonho que não tem talento e sucesso que apaguem esse meu desprezo e nojo por essa pessoa.


Luiza 23/06/2021minha estante
Já li duas biografias gigantes sobre Sinatra. Ele era bem barra pesada, violento, machista, intolerante, promíscuo. ?


Luiza 24/06/2021minha estante
De qualquer forma, esse livro de Forrestier é muito "romantizado", longe de ser a melhor biografia de MM. ?




saramatos 06/06/2009

Cheio de tramas
Duas figuras ilustres dos anos 50 e 60 com algumas coisas em comum: culto ao prazer, falta de amor, necessidade de ser visto e uma vida revirada pelo avesso por todo mundo.

O livro é bom, mas tem muita gente envolvida na trama dos dois. Muitas vezes, tive que reler partes para conseguir entender quem eram todas aquelas pessoas e quais seus papéis na vida de ambos.

JFK não amava Marilyn, Marilyn não amava JFK. Buscavam um no outro aquilo que lhe faltava: ele, uma bela mulher para transar quando ele bem quisesse; ela, um homem para lhe dar a glória maior de ser conhecida eternamente. No fim, nenhum dos dois precisava do outro para conseguir o que queria.
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Aline 26/06/2021

Interessante, faz com que tenhamos uma vivência boa sobre os acontecimentos da época. Porém não gostei muito da forma rasa como a Marilyn foi retratada, o autor poderia ter se aprofundado mais.
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Elaine Gomes 04/09/2009

Detalhes detalhes detalhes
Esse francês (autor) é um gênio, ou um maluco, ou as duas coisas.
Conseguir ligar tantos fatos com tanta gente e fazer com que tudo tenha sentido...
Adorei o livro, é divertida a forma como ele descreve as circunstâncias em que fatos históricos aconteciam.
Uma hora em que a Marilyn aborda o fato do JFK ser casado, e ele havia acabado de constatar que ela estava sem calcinhas e respondeu "com a mão na criação do mundo" - Eu estou em campanha e não posso me divorciar.

"Mão na criação do mundo" foi perfeito, dei muita risada aqui!
Leiam!
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HurrySC 09/05/2009

Desmistificador!!
Um livro que desmistifica tanto a vida de JFK com a de Marilyn. Muiito do que sempre se falou de ambos é mito. Pensa-se sempre que o romance entre os dois resumiu-se ao tal "Happy Birthday, Mr."President, mas a história é bem diferente...
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Luiza 04/01/2021

O lado mais viperino e luxurioso de cada um.
Este livro é delicioso, Forestier consegue escrever de um jeito extremamente fluido, sensual, irônico... O livro é realmente um "page-turner": você não consegue parar de ler!

É claro que tenho minhas dúvidas sobre o quanto a história foi fiel ao que de fato aconteceu, mas é difícil precisar onde estão e quais são essas "verdades", porque as vidas de JFK e de Marilyn Monroe são ambas impregnadas de histórias mal contadas, mistérios, fofocas, mentiras, pessoas oportunistas, acobertamentos etc.

Já li várias biografias sobre Marilyn e sobre JFK e posso dizer que esta obra traz muitos pontos que convergem com as demais investigações... Enfim, pelo menos 90% do livro me parece ser bastante fiel à maioria das outras pesquisas sobre cada um dos dois.

(As maiores divergências sobre a vida de Marilyn e JFK estão nas questões que envolvem suas mortes e sobre se a atriz realmente teve um caso duradouro com o presidente. A maioria dos autores defende que sim - e muitos incluem um caso com Bobby. Ao menos uma noite juntos eles tiveram, e foi em uma data bastante precisa. No mais, os autores divergem bastante.)

O fato de ser ou não o mais "fiel" possível à verdade não diminui em nada o fascínio da história que Forestier nos traz.

Outra questão: embora este seja um livro envolvente (e eu o recomendo muitíssimo) só consegui absorver todo o assunto abordado quando li pela segunda vez. Isso porque entre a primeira e a segunda leitura passaram-se sete anos, e, nesse meio tempo, eu me interessei TANTO pelo assunto que li biografias pertinentes ao universo do casal, como a vida de Frank Sinatra, livros e documentais sobre MM, sobre JFK, RFK, a máfia, Hollywood nos anos 50 e 60, artigos e livros sobre os filmes que ela fez, obras sobre a história dos EUA etc.

Quero dizer com isso que o livro é maravilhoso, sim, mas passa muito superficialmente por toda a história... e são tantas personagens interessantes, com tantas particularidades, que cada uma mereceria um livro para si!

Na primeira vez que eu o li, me surpreendi. Na segunda vez, finalmente entendi. ?

Talvez se chegar a ler uma terceira vez, ainda vá apreender mais detalhes interessantes!

São intrigas dignas do melhor folhetim ou novela, e Forestier foca no lado mais viperino, ganancioso, fugaz, oportunista e luxurioso de cada personagem...

Ah... quem não gosta? ?


Dou 5 estrelas... e um coração!

????? ?
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Gio 22/01/2014

Perfeito para JFK
O que eu posso dizer? Sou muito fã da Marilyn e sempre procuro saber mais sobre essa estrela que virou um ícone até nos dias de hoje... Confesso que comprei o livro apenas porque eu sempre quis pesquisar a fundo aquela conspiração de que os Kennedys têm a ver com sua morte, porém, recomendo ele até para quem não acredita no romance!
O livro conta a fundo toda a corrupção e todos os jogos presentes nos cargos de alto escalão dos Estados Unidos, ele deixa evidente que para chegar ao poder, era apenas preciso esquema e também deixa claro a facilidade com que eles espionavam uns aos outros... A própria Marilyn foi vítima dessa invasão de privacidade, sendo vigiada tanto pela CIA quanto pela máfia (que estava em seu auge na época). É engraçado ver como um país considerado o centro do mundo tem milhões de falhas e, se você for ao fundo do livro, é engraçado ver como uma atriz de Hollywood enganou todo um governo e descobriu seus segredos.
Mas apesar do livro apontar todas as falhas do governo e deixar evidente a corrupção presente no país, eles também apontam Marilyn como uma prostituta que não toma banho e que apenas usa o sexo para conseguir o que quer... Quero dizer, apesar de eu ser apaixonada pela atriz, sei que ela não era nenhuma santa e, aliás, estava bem longe disso, porém, nunca a vi também como uma prostituta barata e mimada. O livro não mostra o quanto Marilyn lutou para conseguir sua fama, e apenas fala que isso tudo foi em consequência das pessoas a quem ela atropelou e dormiu com... Claro que ela dormiu com vários homens por puro interesse, mas como a própria Marilyn já falou, ela não santificava o sexo, o achava apenas banal.
Enfim, se vocês querem saber mais sobre a atriz, aconselho ler uma biografia dela. A primeira que eu li foi "Os Últimos Anos de Marily Monroe" de Keith Badman, e eu gostei muito dela, pois foi vista sem um ponto de vista exato, mas ele aprofunda apenas nos últimos 5 anos de sua vida.
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mariangela 01/04/2009

O livro é interessante, principalmente para aqueles q viveram de longe a história. Mas há mtos personagens, o que confunde bastante. Tb a gente fica a perguntar : será tudo verdadeiro ???? Se fôr, a tram é mto mais complexa do que se imagina. Êta mundo....
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Natália 20/12/2012

"Marylin e JFK" - François Forestier
O livro me encantou porque logo no prefácio o autor disse: "Uma história que todo mundo conhece, mas ninguém conhece.... Para iluminar um pouco tanta escuridão, foi preciso uma sólida documentação, um editor paciente e um defeito crucial: Uma má índole, e eu tenho!". E realmente, ele tinha razão, precisava de uma coragem inestimável para contar essa história coma riqueza de detalhes que ele contou, e ainda mais, com o deboche na ponta do lápis.

O livro começa contando, com detalhes, o assassinato do John Kennedy, e começa assim para explicar que o assassinato não foi a toa, e que na época se quis dizer que o ocorrido aconteceu por um motivo falso! E para explicar porque mentir sobre a morte de John Kennedy ele precisou voltar anos na história, e falar do pai de John Kennedy, Joe Kennedy, um homem machista, que só tinha um objetivo na vida, se tornar presidente, e transar com inúmeras mulheres no mesmo dia. Por ser um traficante de bebidas alcoólicas, que na época era proibido nos EUA, ele conseguiu (é claro) ser jogado para escanteio no mundo politico. Mas ele era insistente, e resolveu investir nos seus filhos. Como Joe Fitzgerald Kennedy Junior, seu filho mais velho havia falecido, ele passou a apostar em Jack (John Kennedy), e conseguiu, Jack tinha boa aparência, uma imagem quase inabalável, uma boa esposa, e todo seu pai que se virou nos "30" para conquistar a presidência para Jack.
Os anos se passaram, e Jack que sempre foi um filho que admirou seu pai, e como sempre dizia queria ser um galanteador como ele (e conseguiu ser) se tornou senador, e passou a conquistar inúmeros eleitores para sua candidatura, e muitas mulheres.
Por varias vezes sua esposa Jackie quis se separar dele por se sentir traída, humilhada, e solitária, mas o papai Joe sempre dava um jeitinho de amansar a nora.

Marilyn, anos mais nova que John Kennedy, tinha uma vida turbulenta desde pequena, sua avó era esquisofrenica e sua mãe foi internada em uma clinica psiquiátrica quando Marylin era criança, ela foi "adotada" por uma família, e quando tinha 12 anos sofreu abuso sexual do pai adotivo.
Conheceu seu primeiro marido e casou-se, e após o casamento Marylin passou a ser uma mulher vista pelos homens, e percebeu que poderia usar a sua beleza a seu favor.

Separou-se, e casou mais duas vezes, seu primeiro marido Jimmy Dougherty, o segundo Joe DiMaggio, e o terceiro Arthur Miller. Joe DiMaggio, foi o homem que mais amou e cuidou de Marylin e depois de sua morte, passou a ser uma pessoa diferente, solitário e triste.
Começou a sua carreira e logo se tornou o maior ícone sexual de todos os tempos, Marylin foi a mulher mais desejada pelos homens em todo o mundo. Mas sempre teve em sua vida as marcas do passado que a atormentava.

Conheceu JFK, e se apaixonou por ele (ou pela ideia de se tornar First Lady), viveram um romance durante 10 anos, mas para JFK (como sempre) era apenas sexo. Com o tempo passando muitas pessoas do ramo artístico e da politica se interessaram em vigiar a vida dos dois, e muitos segredos foram descobertos. JFK não era um presidente conceituado, mas sim um homem pervertido, que só procurava o seu prazer. Marylin uma mulher de duas personalidades, as vezes uma louca, e outras meiga e delicada. A cada dia a imagem dos dois de destruía um pouco, e como disse o autor, morreram da hora certa sem que os grandes escândalos de suas vidas viessem a tona.
Marylin tomava altas doses de remédios, e JFK arrumava uma amante por minuto, e se metia na mafia existente.

Um livro esplêndido, e eu recomendo, nele descobrimos coisas que jamais imaginaríamos que o "melhor" presidente dos EUA, e uma atriz conceituadíssima teriam vivido.
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Kirla 06/12/2020

Kennedys promíscuos e Marilyn a deriva
Com certeza o autor odeia os Kennedys. Tem algumas histórias de bastidores interessantes, mas no mais, é só um livro de fofocas. A própria Marilyn é só uma coadjuvante no livro.
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Naiara 12/02/2010

Revelador!!!!!

Depois da leitura desse livro pasmei com as atitudes de famosos como Marilyn, Sinatra, JFK entre outros.


Recomendo a leitura
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Luiza 03/12/2013

Desajustados...
Livro maravilhoso, narrativa envolvente, especialmente para quem gosta de cinema e dos clássicos... Fiquei bem surpresa ao tomar conhecimento da sordidez desse meio artístico que foi Hollywood, da década de 30 até o final da década de 60 (que é o período que o autor aborda. A Máfia penetrando em tudo, a Casa Branca completamente corrupta, astros e estrelas usando e sendo usados. Tudo muito chocante... Mas o livro não é pesado, é bem gostoso de ler, nem dá a impressão de ser uma biografia, parece mesmo um romance policial no gênero noir. Gostei MUITO!

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ALGUNS TRECHOS:

> Há milhares de moças como eu, ela sabe, que sonham em se tornar estrelas. Não faz mal.
Pois...
- Eu sonho com mais força - murmura Marilyn.

> Quando Jim [Dougherty] embarca, Norma Jean fica em casa. Ela se entedia. por Deus, como se entedia! (...) Ao voltar em licença, Jim percebe que a esposa continua tão meia quanto antes, mas... havia sutilmente mudado. Não é mais apenas a menina tímida e assustada. Tem outro rosto, mais frio e calculista. Ela tem um duplo.

> [Antes da fama, no ano de 1946] Norma Jean conheceu um fotógrafo do Exército. David Conover estava encarregado de encontrar algumas pinups para revistas militares. Trata-se de uma poderosa contribuição para manter alto o moral das tropas.
David Conover trabalha sob as ordens do capitão Ronald Reagan, um ator razoável, ferozmente anti-sindicalista, informante do FBI. É a primeira vez que Norma Jeane se encontra na proximidade de um futuro candidato à presidência dos Estados Unidos. Não é a última.

> Yves Montand vai à casa de Marilyn e chega em um quarto inteiramente branco - cadeiras brancas, cortinas brancas, cama branca - e se prepara para ler com ela meia página de texto. Assim que entra, ela dá início a seu grande truque. Olhos semicerrados, suspiros lânguidos, beijo de fogo. Montand não resiste.
É compreensível.
O romance que se inicia é tão evidente que permanece secreto por apenas três minutos. No dia seguinte, o boato já circula. Alguns dias depois, um jornalista vê Marilyn indo para o bangalô de Montand, nua sob um casaco de peles. Melhor ainda: uma tarde, Arthur Miller [terceiro marido da loira] volta ao quarto, tendo esquecido um objeto. Encontra os dois amantes em plena ação. Pega o cachimbo e vai embora.
Mal termina [as filmagens d]o filme ["Let's Make Love"], Montand faz as malas e pega o primeiro avião. Rápido, rápido. Ele não tem dúvida: Marilyn é bonita, mas Santo Deus!, é maluca.

. Marilyn, com um vestido pregueado, está de pé sobre uma grade do metrô. De ombros nus, um sorriso magnífico nos lábios, a garganta exposta. Olha para seu colega, Tom Ewwll, que, com uma expressão de Droopy, de desenho animado, e as mãos nos bolsos, tenta manter um ar blasé. Mas a esquina inteira é pura eletricidade. Nova York está em sobrevoltagem. Ouve-se a voz de Billy Wilder:
-Ação!
Um metrô passa e, no barulho dos trilhos, três imensos ventiladores escondidos sob a grade se põem a funcionar. O vestido de Marilyn se infla, se ergue, sobe para as costas, ela gira a cabeça com um gesto divertido de falso pudor, com as pernas descobertas, as coxas à mostra, as mãos juntas em tentativa desenvolta de manter um resto de pudor. É uma imagem mágica, um dos ícones do século XX.
Apenas DiMaggio não aprecia. Sua mulher quase nua diante de milhares de espectadores? Ela está sem meias, usa apenas uma calcinha branca – na verdade duas, superpostas, para evitar a transparência. Mais excitante do que um verdadeiro striptease. Um sujeito, animado, grita:
-Mais, Marilyn, mais!
A cena é retomada uma, duas, dez vezes. Jornais do mundo inteiro haviam enviado fotógrafos.
DiMaggio está desesperado. Vê a roupa de baixo de sua mulher, nota que a câmera parece focar a parte inferior da barriga, ouve um espectador comentar:
-Não disse que é uma loura “de verdade”?
DiMaggio está furioso. Vira-se e diz:
-Basta!
E vai embora.
A filmagem durou cinco horas.
A cereja do bolo é que Wilder não pôs filme nas câmeras. Trata-se de um espetáculo publicitário. A cena de verdade seria filmada no estúdio.
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Voltando para o Toots Shor, o dono do lugar, vendo o ídolo com a expressão abalada, lhe diz:
- O que você pode esperar, Joe? É uma puta!
DiMaggio não poria mais os pés no restaurante do amigo.
Alguns dias depois, Marilyn anuncia o divórcio. O casamento durou 286 dias. Na saída do tribunal, alguém entrega um envelope a Marilyn. Lá dentro, uma só palavra. Marilyn desdobra o papel e lê: "Puta", escrito com cocô.

> Como de hábito, Marilyn deixa as coisas caminharem por si só. Tem uma única preocupação: estar presente na noite de gala em homenagem a JFK, em Nova York, para seu aniversário de 45 anos. Marilyn encomenda um vestido, e que vestido! Desenhado e cortado por Jean-Louis, o mágico francês que anteriormente inventara a extraordinária silhueta de Rita Hayworth em "Gilda". Marilyn lhe passou uma única instrução:
- Faça um vestido que somente Marilyn ouse usar.
O criador desenha um sonho: um vestido feito com um tecido tão leve que parece transparente, uma nuvem de seda. O tecido foi especialmente confeccionado pra a ocasião e, vestindo Marilyn, Jean-Louis confirma:
- Suponho que a senhora está nua, Miss Monroe?
- Inteiramente!
Foi preciso sobrepor vinte camadas de seda nos seios e ente as pernas, para evitar a transparência, e seis mil pedras do Reno foram semeadas por todo tecido, fazendo o vestido cintilar. Durante sete dias seguidos, 18 costureiras trabalharam nele: impossível vesti-lo. Precisou ser costurado na estrela. Literalmente: moldado em Marilyn.
- Isso deve acordá-los, não? - perguntou com seus trejeitos infantis.
Jean-Louis sorri.
O traje custou 12 mil dólares, ou seja, oito vezes mais em dólares do século XXI. Em 1999, em leilão da Christie's, atingiu a soma de um milhão de dólares.
Há alguns dias, Marilyn sabe que vai cantar na festa de aniversário do Presidente. Entraria no final de um show extraordinário, e ela tem consciência do que está insinuando: é ela O presente de JFK. A anti-Jackie. Tudo faria, então, para ser o que a primeira-dama não é: provocante, sexy, engraçada. Richard Adler, o organizador do evento pede que Marilyn ensaie uma cançoneta, um "Happy Birthday" divertido. Ela se põe a trabalhar com Hank Jones, um pianista conhecido. Ele evoca Adler. Ao ouvir a versão de "Feliz Aniversário" de Marilyn, os dois homens se desesperam. É, pura e simplesmente, uma canção de striptease, um convite lúbrico, uma melodia lasciva, mais adequada para o Crazy Horse Saloon de Paris.
Adler, que nada sabe da ligação entre o Presidente e a estrela, telefona diretamente a JFK:
- Será uma catástrofe, senhor Presidente.
- Não se preocupe.
Mas Adler já previu uma substituta. Shirley MacLane está à disposição, apesar de reticente:
- Deixe com Marilyn. Tudo vai dar certo.
O presidente tem a mesma opinião. Aliás, quer Marilyn, está decidido.
................................................
Um projetor único banha Marilyn com seu facho. A sala explode. Com passos minúsculos, como uma gueixa, sorrindo, em transe, a estrela se aproxima. Diante do microfone, livra-se da estola de arminho e, sozinha, entoa a imortal verão de "Happy Birthday" no meio de um silêncio religioso. Os 15 mil democratas estão paralisados de surpresa. Dorothy Kilgallen explicaria , em sua crônica: "É com se ela fizesse amor com o presidente, diante de 40 milhões de telespectadores."
Não imaginava o quanto era exato o que dizia. Pois enquanto Marilyn sussurra "Happy Birthday, Mister President...", iluminada pelo facho de luz de um projetor, os ascensoristas e artistas nos bastidores veem... o vestido estourar. A costura, refeita às pressas, não aguentou. Uma fenda surge, se alastra, e as nádegas de Marilyn aparecem, à direta do palco. Mike Nichols, que não era ainda diretor de "A Primeira Noite de um Homem", mas um humorista de renome, relembra: "Ficamos todos petrificados. Ela estava sem nada por baixo..." Assim que o projetor se apaga, Marilyn desaparece no escuro.
De pé, com o charuto entre s dedos, JFK aplaude empolgado. O aspecto solene de sua função, o olhar dos telespectadores, a opinião do universo, nada mais existe. Resta apenas a expressão da pura admiração de desejo excitado: "Que bunda! Que bunda!"
Aqueles sete minutos passam instantaneamente para a história pop do século XX.
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Fabio Martins 06/08/2015

Marilyn e JFK
O livro tem o seu fio-condutor através do relacionamento secreto entre a principal atriz e símbolo de sexualidade, Marilyn Monroe e o então presidente dos Estados Unidos, John Kennedy.

A moça tem um histórico conturbado. A avó e a mãe passaram por hospitais psiquiátricos. Desde a infância, vive uma crise familiar. É adotada e não recebe a menor atenção das pessoas. Já o rapaz, cresce em um ambiente extremamente requintado. Seu pai, Joe Kennedy, é um milionário e já prepara os filhos para a fama e o sucesso. Tem ligações com a máfia, com autoridades importantes e diversas pessoas de alto padrão.

Marilyn ganha a fama como atriz – mais pela sua beleza do que pelo seu talento – e passa a dormir com dezenas de pessoas diferentes. Vive em um mundo paralelo de estrela de Hollywood. John Kennedy também é um conquistador nato e trai a esposa quase que diariamente com secretárias, atrizes, prostitutas e esposas de amigos.

O primeiro encontro de ambos é em uma festa, da qual ela vai acompanhada de seu marido, Joe Dimaggio, o maior jogador da história do baseball. A atração é rápida e mútua. Marilyn engata vários casamentos, mas as suas atitudes de traição não mudam. Pelo contrário, todos a desejam e a conquistam com a maior facilidade. Até mesmo o irmão de John, Robert Kennedy.

A atriz, cada vez mais fora da realidade, vive bêbada e entupida de remédios pesados e anfetaminas. Passa a cada vez mais ir atrás de seu principal amante, do qual sonha se tornar primeira dama.

A parte mais surpreendente é sobre a higiene de Marilyn Monroe. Vive suja, come na cama e dorme com os pratos espalhados sobre ela e não limpa as necessidades de seus animais. É praticamente uma depravada sexual que faz questão que a vejam nua e que tenham fantasias com ela.

O livro é interessante, apesar do excesso de nomes e cargos citados, que causam certa confusão ao leitor. Grandes nomes da história mundial têm suas personalidades definidas e seus podres revelados. Frank Sinatra, J. Edgard Hoover, Elizabeth Taylor e diversas outras personalidades tomam as páginas da obra com suas peripécias.

François Forestier muniu-se de documentos, arquivos do FBI, escutas de telefone e diversos registros sobre o caso para que toda a veracidade desse relacionamento conturbado viesse à tona. Muita gente já tinha ciência, mas custavam a dar o devido crédito. Na obra, tudo foi revelado.

site: lisobreisso.wordpress.com
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Cyntia.Saray 07/09/2020

Fama, poder e loucura. Marilyn&JFK muito mais que polêmicas
Quando o prólogo sinaliza que, para escrever tal livro "foi preciso uma sólida documentação, um editor paciente e um defeito crucial, uma má índole", certamente irá cativar o leitor. Digo para não julgar o livro pela capa mas, quando trata se de personalidades públicas repletas de tramas com grande repercussão, as palavras-chave Monroe e Kennedy não passam despercebidas. Como se sugere, o livro é biográfico e enfatiza a história de ambos personagens com suas particularidades. Há uma preocupação de descrever a formação da personalidade de cada qual já assimilando características em comum. Provavelmente se você tem menos de 30 anos e pouca vivência com a história norte americana, em alguns momentos terá que consultar o oráculo (Google) para entender o contexto histórico da narrativa. Durante a leitura temos Cuba, Che Guevara, Guerra Fria, CIA, Máfia, Cinema, Hollywood e claro, Frank Sinatra. Mas não se engane em imaginar que uma obra repleta de datas é desinteressante até por que, nada na vida de Marilyn lembra algo normal e simplório. Temos nestes dois personagens vaidades, luxúria, extravagância e poder. Muito poder. Possuíam, por diversos motivos, uma influência sobre todos a sua volta ao mesmo tempo que, acabavam sendo invariavelmente  influenciados por interesses e conspirações. Tanto a atriz quanto "The Prez" possuem biografias que mesclam entre o comovente e o vulgar. O envolvimento de tantos fatores e personagens nessa narrativa faz o leitor oscilar dentre as diversas conclusões mesmo que já saiba o desfecho da história. A verdade é que quando trata se de biografias fica nítida a complexidade da natureza humana. Agora se somarmos a isso o glamour de uma vida puramente estética, problemas psicológicos, ganância, drogas e carências, temos um conteúdo  no mínimo  curioso para se ler. 
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