Fabio Pedreira 15/04/2018A Grande CaçadaOlá jovens amantes da fantasia e de livros em geral. Estamos aqui hoje para falar novamente sobre A Roda do Tempo, para ser mais específico, sobre o segundo volume da obra, A Grande Caçada.
Aviso que evitarei ao máximo spoilers sobre o primeiro volume, mas talvez seja impossível evitar alguns pequenos detalhes, já que esse é o segundo livro. Então, se você quer arriscar, e eu recomendo, vá em frente, se não volte após ler o primeiro livro (que tem resenha aqui).
Em A Grande Caçada continuamos as aventuras de Rand e seus amigos. A história começa de onde a primeira terminou, com um Rand tendo que lidar com as consequências de ser o que é, porém, o jovem continua se negando a aceitar o que a Roda teceu para ele. Poucos sabem do seu segredo, inclusive seus três amigos mais próximos, Mat, Perrin e Loial, isso porque se alguém souber que ele é capaz de canalizar o poder, as consequências poderiam ser desastrosas.
O maior medo de Rand é ser descoberto por uma Aes Sedai, que tem a capacidade de "amansar" os homens que conseguem canalizar o poder para que eles não acabem enlouquecendo. Então o que fazer quando a própria Amyrlin (tipo a chefa das Aes Sedai) resolve visitar Fal Dara? Fugir? Ficar e se esconder? Seja o que a roda tecer.
Por mais que Rand queira se livrar das Aes Sedai elas sempre parecem estar interligadas a ele e é aí que a história realmente começa, porque, nessa visita da Amyrlin, a fortaleza acaba sendo invadida resultando na fuga de Padan Fain, no roubo da Grande Trombeta de Valere e na adaga amaldiçoada que é a única coisa capaz de livrar Mat das trevas de Shadar Logoth. Com isso é formado uma comitiva para recuperar a trombeta e a adaga, já que a primeira é um objeto muito importante para o surgimento do Dragão Renascido.
A caçada conta com os três jovens (Rand, Mat e Perrin) e Loial o Ogier, mas ao mesmo tempo que a caçada se desenrola temos o outro lado da história, onde as jovens Egwene e Nynaeve partem para a Torre Branca com intuito de se tornarem Aes Sedai. As duas jovens tem potenciais incríveis, principalmente Nynaeve, que em vez de começar o treinamento como noviça, que é o costume, já começa logo como uma aceita, devido a sua capacidade.
As duas tramas são muito bem montadas. Apesar do foco nesse livro ser mais para Rand os outros também recebem a devida atenção. É possível notar a evolução dos personagens, feito de uma forma natural e fluida, seja durante a jornada, pelo tempo que passou ou pelas novas descobertas que vão fazendo ao longo do tempo. Um exemplo disso é em relação a Mat e Perrin que, ao descobrirem o que Rand realmente é, vão ao longo do tempo aceitando o fato até que, no fim do livro, eles têm um papel fundamental na história.
Mas, assim como disse na resenha do primeiro livro, volto a dizer, leiam com calma. Pois as informações são inúmeras e a cada vez vão surgindo mais. O glossário no final do livro ajuda, mas mesmo assim é bom ler devagar para ir se situando. Já que aqui vamos nos deparar não só com novos perigos como a Ajah Negra e os Seanchan, mas também com novos personagens. E se prepare porque a tendência para os próximos livros é aumentar ainda mais, não é à toa que são 14 livros.
Para concluir eu devo dizer que se o primeiro eu favoritei, esse segundo eu favorito duas vezes. O livro continua incrível, as personagens femininas continuam sendo um diferencial muito grande, devido a suas forças e importância, principalmente em um livro de fantasia medieval. E o que falar sobre o final desse livro? Eu simplesmente não conseguia parar de ler. É um dos melhores finais de livro que já tive o prazer de ler. Fenomenal! Quero muito continuar a leitura da série e recomendo para todos vocês, sem dúvidas. Se tiverem a chance de ler A Roda do Tempo, leiam. E que venham o terceiro livro.