Camila | @abismos.literarios 07/06/2020
"Algumas coisas são melhores perdidas do que encontradas."
Em A zona morta conhecemos Johnny, um jovem professor que está muito satisfeito com sua vida; um emprego bom e estável, além de estar vivendo um intenso romance com Sarah. Até que em uma noite o jovem casal vai até a feira que está na cidade em busca de diversão e um bom cachorro quente. Tudo está indo muito bem, aproveitam os brinquedos clichês típicos da festa e a comida, entretanto, rumo à saída, Johnny percebe que ainda há uma barraca aberta, eis a barraca da roda da fortuna, o que o instiga a tentar a sorte. Johnny começa a apostar e ganhar uma boa grana, ao mesmo tempo que se começa a juntar um aglomerado de pessoas para assistir a tal situação; e nisso Johnny vai ganhando ainda mais grana, até que Sarah começa a passar muito mal e pede para levá-la para casa. Johnny leva Sarah pra casa e pede um táxi para ir embora, e nesse trajeto sofre um terrível acidente que resulta na morte do motorista e em lhe deixar em coma por quatro anos e tanto. Ninguém acredita que ele pode um dia acordar, mas o impossível acontece depois de um longo período, e mais impossível ainda, Johnny acorda com alguns poderes paranormais – a habilidade de ver o passado ou futuro de uma pessoa.
John, então, precisa aprender a lidar com as consequências de que tal poder pode lhe causar, além do próprio cuidado com sua saúde, visto que precisará de muita fisioterapia e algumas cirurgias para quiçá voltar a ter seus movimentos por inteiro, pois após todo esse tempo em coma algumas de suas funções motoras estão bem debilitadas. Precisa, ainda, se acostumar com todas as mudanças que ocorreram no tempo em que esteve apagado: Sarah não é mais seu amor; o cenário político mudou drasticamente; a mãe está possessiva com aspectos religiosos; perdera seu emprego e passa a ter uma dívida imensa com os gastos hospitalares.
Ainda no hospital, John passa a ter algumas visões acerca de algumas e as pessoas começam a comentar sobre esse “poder”. Sua mãe diz em seu leito de morte para John não desperdiçar o dom que Deus lhe deu, o que ele promete cumprir. Não vou relatar muito sobre os acontecimentos para evitar spoilers, mas ao longo da história vamos acompanhando esses transes de leituras do passado ou premonições em um simples toque. Até que John conhece um jovem político e prevê algo que poderia ser o fim do mundo(?). Aí a coisa começa a ficar tensa e o clima esquenta até o final da história. Ao longo dos acontecimentos vamos compreendendo o motivo do nome “A zona morta” e também se afeiçoando à John e suas desventuras.
A zona morta não é um livro de terror, está mais em terrenos da ficção cientifica e suspense. É uma grande obra, King não nos decepciona, afinal. Fiquei presa do inicio ao fim e fiquei meio chocada com o final, o qual eu não esperava. Ótima trama, ótimo desenrolar, e uma ótima construção dos personagens.
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