Dai Angelina 01/10/2017
Daniel ataca novamente. E não uma, mas três vezes.
Meu Deus, Daniel está com 90 anos e eu não estou sabendo lidar com isso. Não pensei que o veria ficar tão velhinho, mas fico muitooooo feliz de saber que está em tão boa forma e com tanta disposição. Nem todo mundo chega nessa idade com tanta lucidez e vigor. Agora não tenho dúvidas que ele é daqueles poucos que conseguem chegar a um centenário fácil fácil. E quanto mais velho, mais intrometido ele fica.
Nesse novo livro ele aprontou das suas e não só uma, mas três vezes. Acho, só acho, que mais do que um homem de negócio, é um casamenteiro nato. Embora eu deva dizer que não acho que a interferência dele é tão grande assim. Na verdade, ele apenas dá aquele empurrãozinho básico para o destino, nada mais que isso. Tudo bem, a escolha do candidato com certeza é algo importante, mas fazer o que se ele consegue ver o que as outras pessoas não conseguem? O homem tem um olhar clinico certeiro, isso é inegável. Ele não sossegou enquanto não viu os filhos casados, agora é a vez das netas mais velhas.
Três histórias num único livro. Gostei e fluiu super bem. São histórias rápidas e simples, mas nem por isso perdem seu charme.
A autora, como sempre nos apresenta personagens cativantes. Adorei ver a amizade e cumplicidade das primas e achei bem legal isso de ir conhecendo todas ao mesmo tempo, pois assim já íamos nos apegando a cada uma delas.
Ah, e senti que nesse livro a presença dos outros Macgregors é um pouco mais marcante. Simplesmente adoro rever os casais antigos.
Na primeira história temos Laura e Royce. O romance ocorreu de uma forma natural, gostosa e sem muitos problemas. Casal fofo, daqueles que a gente torce pra ficar junto do começo ao fim. E um desfecho tão fofo quanto eles. Impossível não se compadecer de Royce. Super normal e até compreensível se sentir intimidado pelos Macgregors, pois essa família não é nada fácil, mas ele se provou digno e merecedor da neta mais velha do clã.
Ah, e rever Caine e Diana foi delicioso. Ele na pele de um pai ciumento. Juro que jamais consegui imaginá-lo dessa forma, rs. Já ela como uma mãe amorosa e compreensiva. E pensar que ela tinha um medo totalmente infundado de não exercer bem esse papel.
Na segunda história temos Gwendolyn e Branson. A meu ver, tinha potencial para ser mais longa e deveria ter abordado mais o livro dele. Infelizmente, isso não aconteceu. Mas pelo menos descobrimos o final da medica psicopata através das memórias de Daniel (e confesso que não me agradou muito. Apesar de não ter coração, me afeiçoei a ela, assim como Gwen e eu queria que de alguma forma o amor do detetive a curasse.).
Adorei Gwen, de aparência frágil, mas quase uma fortaleza. Com um jeito sério, calmo e até meio frio, mas uma romântica por dentro. Não pude deixar de pensar no quanto ela era parecida a Anna e talvez por isso tenha gostado tanto dela.
Já Branson, o escritor cujo sobrenome era determinação. Aliás, essa é uma qualidade predominante nos mocinhos de Nora Roberts. Eles nunca desistem facilmente e eu adoro isso. Homem que vale a pena é aquele que sabe lutar pelo que quer. Não sei se Branson era romântico ou se tudo fazia parte de seu plano de conquista, só sei que me ganhou totalmente com seus gestos e atitudes por fazê-la feliz. Preciso dizer que adoro os homens relutantes em se apaixonarem, mas adoro ainda mais os que se apaixonam sem esforço algum. E com esse mocinho foi assim, não foi necessário muito para se apaixonar loucamente.
A única coisa que senti falta nessa história foi uma presença mais ativa de Serena e Justin. Uma pena.
Na terceira e última história temos Julia e Cullum, com um clássico. Protagonistas que vivem feito cão e gato e o resultado disso não poderia ser outro se não um romance delicioso. Mas antes tenho que ressaltar: Daniel realmente é o cara. Ainda não consigo acreditar que ele foi capaz de arquitetar um plano a tão longo prazo. E o melhor, contou com a ajuda de alguém igual a ele, Michael, cujo maior desejo era ver o filho casado.
Falando em filho, Cullum já me conquistou logo no início, com a cena do bebê e acho que o mesmo ocorreu com Julia. Meu Deus, fofura ao extremo, sem dúvida.
Algo que me surpreendeu é que o que Gwen tem de parecida a avó, Julia tem de parecida ao avô. Igual de orgulhosa e mandona. Só que ela achou alguém a sua altura, que não abaixava a cabeça e batia de frente.
O casal começou um relacionamento de forma muito pratica e quase fria, como se fosse um contrato igual aos muitos que estavam acostumados a lidar. Mas será que eles realmente pensaram que conseguiriam manter as coisas nesses términos? É obvio que não conseguiram. E pior, complicaram tudo por serem dois cabeças duras que não queriam dar o braço a torcer antes que o outro. Mas no final, tudo deu certo, como sempre.
Ah, nesse livro minha dúvida finalmente foi esclarecida. Sim, Alan se tornou presidente.
Enfim, três romances curtos, mas gostosos de se ler.
Que venham os próximos netos. E é uma pena pensar que Daniel não estará vivo para se intrometer também na vida dos bisnetos.
Falando em Daniel, Ameiiiiiii as memórias dele. Eu simplesmente conseguia ouvir a voz dele pronunciando cada frase de seu 'diário'
Boa ideia essa da autora de nos fazer cúmplices do patriarca, até porque apenas ele e nós conhecíamos seus planos mais secretos e ardilosos.