A Camareira

A Camareira Markus Orths




Resenhas - A Camareira


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Silvana (@delivroemlivro) 30/08/2011

"(..) de perto ninguém é normal"
Adorei! Uma trama sofisticada e simples ao mesmo tempo. A insanidade humana a serviço da imaginação e da fantasia, tornando a vida um pouco mais tolerável. Um olhar sobre a vida (própria e alheia) de um ponto de vista mais do que inusitado: debaixo da cama. Como disse Caetano, em sua notável sapiência: "de perto ninguém é normal".
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Flavia 18/06/2020

Loucura?
A mente humana é fantástica. Acho que cada pessoa que ler terá uma percepção diferente. Como diz na capa: "Romance perfeito e perturbador".
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Psychobooks 01/12/2011

Lynn é uma mulher que acabou de deixar uma clínica psiquiátrica e tem que se acostumar com a vida aqui fora. Os motivos que a levaram à internação são nebulosos, recebemos apenas algumas dicas durante o decorrer da história, mas sabem de uma coisa? Quando se mergulha na mente de Lynn, não é difícil entender os porquês. sim. no plural!

A protagonista se considera uma sombra, sua vida não tem sentido e quando começa a trabalhar como camareira no Hotel Eden, sua compulsão por limpeza toma outro rumo, e ali ela se encontra.

O serviço se torna sua vida, seu foco, seu centro. Ela não suporta seus dias de folga e conta as horas em que fica fora do hotel, esperando voltar pra sua luta contra as poeiras, sujeiras e afins.

O autor, Markus Orths, estudou filosofia e dá pra perceber a influência de toda sua experiência nessa área, com a personagem questionando durante todo o tempo a sua existência, o conhecimento, suas verdades, valores morais…

O livro realmente tem a sua reviravolta quando Lynn começa a testar seus limites nos quartos dos hóspedes, não mais se contentando em limpar, ela começa a espionar armários, criados-mudos, vestir roupas, especular medicações; até ser quase pega no flagra e se ver obrigada a se esconder debaixo da cama de um hóspede, a partir daí um novo horizonte se abre, e Lynn abraça seu voyerismo.

A protagonista é profunda, e ao mesmo tempo sem personalidade; baseia todos os seus atos na espera do dia de se enfiar embaixo da cama de um hóspede e descobrir seus segredos; mas não é só de voyerismo que vive Lynn, a busca por companhia também está presente em seus anseios.

Seu relacionamento com sua mãe é bem conturbado, não consegui avaliar muito bem o que se passava entre as duas, mas ó: boa coisa não era!

“Lynn tira cigarros da bolsa, olha em torno, muda de ideia, volta a guardá-los. Eu mal posso comigo mesma, é o que Lynn mais gostaria de dizer, como vou visitar você, se mal me aguento? Mas não diz nada. Apenas fica quieta. Sobre meus ombros não há mais lugar para você, é o que Lynn mais gostaria de dizer, quase não há lugar para mim, eu mesma me arrasto da melhor maneira possível. Se tiver que carregar você, eu desabo.”

Páginas 35 e 36

É um livro de leitura rápida, li em mais ou menos duas horas. As indagações de Lynn são superpertinentes e realmente nos levam a “filosofar” sobre a nossa vida e nosso papel nela. Não consegui largar o livro enquanto não cheguei à última página, e o final REALMENTE me surpreendeu!

Ponto positivo também para o relacionamento de interesses entre Chiara e Lynn. Lascivo, sensual e inovador!

Link: http://www.psychobooks.com.br/2011/04/resenha-sorteio-camareira.html
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Andrea 05/04/2012

Embaixo da sua cama
Lynn Zapatek retorna para o seu apartamento depois de um tempo internada em uma clínica. Logo consegue o emprego de camareira no hotel Éden e monta uma rotina em que cada dia tem uma atividade específica, como todas a quintas ligar para a mãe e todas as terças ficar embaixo da cama de um hóspede.


Acompanhando os sons da vida alheia, ela preenche o próprio vazio de uma vida sem sentido, pois fica nítido que a personagem não tem objetivo nenhum. O que provoca olhares atravessados de suas colegas de trabalho, já que ela não se interessa por folgas ou férias. Sua relação com a mãe é fria e superficial, se evitam, como se o peso do contato fosse impossível de carregar, talvez por, ironicamente, serem tão semelhantes.


A grande mudança ocorre justamente em uma terça, quando ela acompanha o desempenho da garota de programa Chiara. Num ato de ousadia, rouba o cartão de contato deixado para o cliente e marca um encontro. A partir dali, ela vive em um mundo de ansiedade, medo e sonhos.

Resenha completa em: http://literamandoliteraturando.blogspot.com.br/
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yomaeli 12/05/2022

O voyeurismo como palco de reflexão de si mesma
Minha leitura começa com uma história engraçada. Em 2020 uma colega me sugeriu um livro nacional que tem o mesmo nome. Tenho a mania de jogar o nome no google pra saber mais de quem escreveu, quando, achar obras do autor, etc, e foi assim que apareceu esse A Camareira, do Markus Orths. Pronto! Amei a capa, guardei no peito e nunca achei em lugar algum. Em 2022, naveguei e achei no site da americanas, veio amarelado, com cheiro de esquecimento no estoque, encardido mas o gostinho de me aventurar finalmente na obra foi mais forte.

E que livro! Ele não trabalha com nada extraordinário, ao contrário, é cotidiano e possível. Acompanhamos Lynn, que há pouco saiu de uma clínica e tenta voltar à ordem de sua casa e seu emprego - e também para a ordem de uma rotineira compulsiva por limpeza e organização.

No hotel que trabalha, embarca sem esperar num voyeurismo que serve muito mais ao autoconhecimento e existência do que ao fetiche sexual. Toda terça-feira ela entra embaixo de uma cama para dali debaixo experienciar a experiência do hóspede.
A partir disso, ela conhece Chiara, alguém importante na narrativa, se conhece um pouco mais e retoma quem foi até ali. Somos convidados a conhecer não só a personagem, mas o drama familiar, o distanciamento das relações, a compulsão pela ordem e a assepsia. É um mergulho na subjetividade da protagonista que pega singularidades e simplicidades do dia a dia para a partir disso refletir sobre pontos intensos que também nos tocam.

Um livro que me surpreendeu positivamente e fez valer a espera.
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Ana Paula 18/05/2022

Trama simples e perturbadora do jeito que gostamos.
Lynn acaba de sair de uma clínica psiquiátrica, entretanto, os motivos de deu internamento não ficam claros. Consegue um emprego como camareira e lá descobre um fetiche, por assim dizer, que aplaca suas angústias e a ajuda a continuar com a sua rotina.
É uma história curta, de leitura fácil e bastante envolvente.
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Márcia Naur 11/07/2011

Decepção
O livro tinha tudo para ser ótimo, se não fosse o autor se perder completamente no decorrer da estória. A idéia de uma mulher perdida e sem propósito algum na vida se dedicar a ser a melhor camareira que existe. Limpa, cuida, é zelosa, passa maior parte do tempo no serviço do que em casa. Um dia resolve que fazer parte da vida dos hóspedes nem que seja por um dia. Então decide que toda a terça ficará em baixo de uma das camas do grande hotel. Tinha tudo para ser diferente e cativante esta estória, mas o autor se perde completamente na construção desta personagem enigmática, pois ela perde toda a essência e passa a ser uma mulher metódica e viciada em limpeza. Só não consegue limpar sua própria vida infeliz e sem graça. Se puder fujam deste livro, tem coisa muito melhor para ser lida.
Mag 15/07/2011minha estante
Não deu pra perceber que a obssessão por limpeza e organização da personagem trata-se de uma patologia? Até a narrativa repetitiva tem como objetivo deixar isso bem claro...Mesmo assim não achei esse livro essas coisas todas não, meio chatinho...


SERGIO 07/06/2016minha estante
Chata é a Mag......não gostei dela........vai ler Sabrina, Capricho......escreva um livro melhor.......se souber escrever, é claro. hahahahahaha


SERGIO 07/06/2016minha estante
Chata é a Mag......não gostei dela........vai ler Sabrina, Capricho......escreva um livro melhor.......se souber escrever, é claro. hahahahahaha

A Márcia, também, é chata.

pronto..falei.




Blue1 06/07/2023

É interessante a analogia que Lynn trás da poeira, desde o início sabia que a compulsividade em limpeza estava além de "só limpeza" mas, sinto que mesmo assim não entendi o que ela quis dizer, talvez realmente fosse preciso um tradutor de sentimentos para que eu entendesse o que ela estava querendo dizer. O livro é interessante e sem complicações, de rápida leitura, indico com certeza. Lendo as outras resenhas entendi que não tinha entendido kdksksk talve daqui a um tempo eu retome ele, e o tiro da poeira que vai o instaurar a partir de hoje pra quem sabe com isso eu entender o que se passava na cabeça de Lynn.
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M. Scheibler 30/11/2011

A sinopse e os elogios da contracapa nos fazem pensar que a obra é cativante, mas nos deparamos com uma trama que não engrena de jeito nenhum!!!

Uma mulher passa a trabalhar como camareira e se vicia em limpeza. Sua vida é monótona e ela passa a cuidar da vida dos hóspedes, inclusive encondendo-se debaixo das camas.

O texto não leva a lugar algum e os diálogos beiram à infantilidade:

- E no hotel? - pergunta a mãe.
- Arrã.
- Tudo em ordem?
- Arrã.
- Seu chefe está sozinho?
- Mãe.
- Sim?
- Eu sou uma outra...
- O quê?
- Eu sou uma outra pessoa, diferente do que você pensa.

O único momento que chama um pouco mais a atenção é a "quase" relação homossexual da personagem, que procura uma garota de programa após vê-la com um hóspede dentro do quarto. No mais, uma leitura dispensável.
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