O legado de Eszter

O legado de Eszter Sándor Márai




Resenhas - O Legado de Eszter


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Bruno.Dellatorre 17/05/2021

Esse livro é um estouro
Já é a terceira vez que leio um livro do Sándor e dou nota máxima. Ele é inacreditável.
Dan 18/05/2021minha estante
E a Companhia das Letras continua ignoran a necessidade de reeditar as obras do Mária. Enquanto isso, se preocupa em publicar livros de qualidade duvidosa. ?


Bruno.Dellatorre 18/05/2021minha estante
Exatamente! Esse livro, por exemplo, precisa de reedição urgente! As pessoas precisam conhecer e ler




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Henrique Fendrich 19/02/2020minha estante
Eita, ele gosta mesmo desses confrontos finais, já que isso existe também em "Divórcio em Buda", o único que li além do "As velas ardem até o fim" =P.


Maria 19/02/2020minha estante
"Divórcio em Buda" é magistral! Quero muito ler "De Verdade", considerado a obra-prima do autor, afinal, Márai em sua melhor forma deve ser algo assombroso haha E também estou -muito- curiosa pelo confronto em Canudos, ou melhor, Veredicto em Canudos.




@buenos_livros 20/05/2021

O Legado de Eszter - Sándor Márai ??
?Enquanto duvidamos da palavra ou dos sentimentos de alguém, é possível construirmos uma vida ou relação sobre solo frágil [...] Vocd sabe que a construção desabafa um dia... Ainda assim, o empreendimento tem algo de verdadeiro, humano e inevitavel. Mas aquele que a fatalidade castigou levando-o a escorar seu edifício em você, terá o pior dos destinos, porque um dia perceberá que construiu tudo no ar, sobre nada.?
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. O Legado de Eszter (1939)
. Sándor Márai ??
. Tradução: Paulo Schiller
. Romance | 113p.
. @companhiadasletras
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. Considero Sándor Márai um dos grandes gênios da narrativa. Em mais um romance intenso retratando com crueza as relações e fraquezas humanas, ele constrói em poucas páginas personagens complexos e um enredo que nos põe a todo momento de um lado e nós joga violentamente para o outro. Muitas frases e reflexões que pensamos cotidianamente, mas que só grandes autores conseguem colocar em palavras.
. ??????????
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sonia 22/10/2013

dissecando uma alma fraca sem piedade
as Amélias desta vida são covardes. Escondem-se atrás de um sentimento para não enfrentar a vida. É mais fácil dizer amei e fui abusada, amei e não fui correspondida, passar a culpa da infelicidade ao outro, enfim. Correr atrás da própria felicidade, começando por valorizar-se, é mais trabalhosos - mesmo porque, como dizia minha mãe, a mulher faz o homem - se o homeme ama, a mulher bate o pé e o coloca na linha. Se um homem não faz por merecer uma mulher, não tem o desejo de crescer por ela, então ele não a ama, somente a usa.
O estilo do autor é admirável, ele nos encaminha pelos meandros da alma desta tola a acomodada mulher até o fim triste e inevitável, escolhido por ela mesma, afinal. Ela é uma pessoa frágil, que se vê como fraca desde a infância, e nunca tentou se afirmar como pessoa nem perante a irmã quando era criança. E, como diz o ditado: Deus ajuda a quem se ajuda. SE uma pessoa não quer se ajudar, nao há terapeuta ou amigo neste mundo que dê jeito.
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Tito 24/06/2010

O derradeiro ajuste de contas entre Eszter e Lajos, inimigo tão íntimo quanto inevitável, encantador e serpente, a mentira irresistível que se impõe sem precisar convencer, corrompe tudo o que alcança e da qual só o próprio aniquilamento é capaz de libertar.
Soeli.Forte 12/01/2011minha estante
Essa história não me desce. Essa Eszter é passiva demais!




arthur966 28/02/2023

Percebi que a intensidade com que o interpelava sinalizava uma ligação que não era em nada romanesca, afetada, não era iluminada pelo passado, nem pelo brilho lunar, onírico, da memória. falávamos da realidade. e como se fosse urgente agarrarmo-nos à realidade após tanta neblina e obscuridade, respondi depressa e não medi as palavras:
"não há nada que possa me dar. você levou tudo, estragou tudo."
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Jacqueline 19/04/2015

Do que pode acontecer quando se vive as coisas pela metade
Legado parece um termo mais forte que herança. Tem peso maior e parece atingir a mais do que um.
A história é narrada pela protagonista Eszter, como a escrita de um diário, cuja necessidade se impõe por meio de uma voz interna, divina ou manifestação da própria consciência, não importa. O que será contado já se anuncia na primeira linha: “(...) quero contar a história do dia em que Lajos esteve comigo pela última vez e me roubou.”
Como em as Brasas, quase metade do romance é dedicado ao anúncio e espera da chegada de alguém, no caso, de Lajos. Misturado com os preparativos, conhecemos os antecedentes do fato principal, as relações entre todos os presentes. Ficamos então sabendo que Eszter amava Lajos e que esse dizia que a amava, mas por circunstâncias várias, casou-se com a irmã – Vilma -, contra quem Eszter nutria uma rivalidade fraterna das mais acirradas. Sabemos também que Laci, irmão das moças apaixonadas, fora um grande amigo de Lajos, tinha por ele uma grande admiração e foi quem o introduziu no interior da família. Na verdade, Lajos era o centro das atenções por onde andava, sendo gostado por todos. Nele vemos a personificação do que seja amoral: mentiras, falsificações, fugas, evasivas, mas nunca intencionando necessariamente o mal de alguém. São mentiras, fantasias irresponsabilidades de sonhadores e de poetas e não artimanhas de um mau caráter: “É preciso embelezar a vida, caso contrário ela fica insuportável”.
Marcada por esse amor, mesmo tendo tido outros pretendentes, Eszter se conservara solteira. O fatídico reencontro a ser descrito na metade final do romance acontece 20 anos depois do último encontro, por ocasião da morte de Vilma, quando Ezster passou um tempo cuidando dos sobrinhos pequenos.
Lajos vai voltar: todos sabem que ele vai roubar algo, mas todos anseiam pelo encontro.
De início, pensamos que se trata de uma situação como a descrita por Jobim e Chico – “é desconcertante rever o grande amor”, mas depois percebemos que é mais do que isso: Eszter está rendida. Como leitor, vamos nos dando conta desse enredamento e chegamos a torcer para que ela possa sair dele, até que nos damos conta da impossibilidade. E parte dessa impossibilidade parece dizer respeito ao fato de não terem vivido de fato o amor. Por mais dolorido que possa ser o término de uma relação que tenha tido uma existência minimamente plena (duas pessoas que puderam ficar juntas sem grandes intervenientes durante um tempo), ela aconteceu em sua potência, o que torna mais fácil sua superação. Já uma relação que nutre uma intensidade grande de sentimentos e que não pode ser efetivamente, que só se anunciou, parece deixar algo em aberto: lidar com possibilidades boas (por mais que os fantasmas anunciassem problemas) é bem mais difícil do que lidar com a realidade!
Em duas passagens diferentes, a narradora descreve a preciosidade de um encontro verdadeiro e prenuncia o que pode acontecer quando sua efetividade não se dá:
“Duas pessoas não podem se cruzar nem mesmo na véspera, mas somente quando amadurecem para o encontro.”

“(...) entre pessoas nada pode se encerrar arbitrariamente, terminar antes da hora...”

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vanessa 28/11/2011

Eszter e a velha criada Nunu já se acomodaram a uma existência de aldeia, quase solitária, pacata, acreditando-se livres das memórias de uma época em que a energia e o encanto de Lajos aturdiam a todos na casa. Naquele tempo, enfeitiçados por suas promessas, os pais e os irmãos de Eszter entregaram-lhe quase tudo o que tinham.
Entretanto, Eszter e Nunu recebem um dia um telegrama: Lajos anuncia que voltará, depois de uma ausência de vinte anos. As duas se debatem entre a esperança de que virá para saldar suas dívidas e o pressentimento do perigo - talvez venha em busca de algum resto da herança miúda deixada pelo pai de Eszter.
Atordoada por um turbilhão de sentimentos contraditórios, ela se prepara para a chegada. Lajos - que entre juras de amor por ela, Eszter, desposou sua irmã Vilma -, o falsificador de promissórias, o descrente, o fugitivo, o indigno de confiança, o que mente com lágrimas de verdade, foi o único homem que Eszter amou.
Assistimos, incrédulos, aos passos sedutores de Lajos, ensaiados, e à entrega angustiada mas inevitável de Eszter. Um fim paradoxal revela a lei ausente dos manuais de ética: o que um dia se iniciou tem de ser encerrado. Descobrimos que "as decisões solenes e definitivas, que traçam o relevante na linha do destino de nossas vidas, são bem menos conscientes do que acreditamos mais tarde, nos momentos de rememoração e lembrança". Na prosa límpida e precisa de Márai, ao emergirem das páginas, Eszter e Lajos se alinham aos personagens inesquecíveis da literatura universal.
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jota 24/12/2018

Resumindo Sandor Marai: A visita do amado canalha
Do mesmo modo que no excelente As Brasas, outro livro bastante curto do autor húngaro Sandor Marai (1900-1989), é o passado que está de volta para um acerto de contas, passados vários anos, aqui vinte. Lá, eram dois amigos, neste, são dois enamorados para os quais as coisas não deram certo. Eszter narra a história de sua relação com Lajos, que se casou com sua irmã em vez dela e está viúvo há bastante tempo. Uma história que já no primeiro parágrafo parece dizer que vai terminar mal para alguém. Eszter anota em seu diário:

"Não sei o que Deus ainda me reserva. Mas, antes de morrer, quero escrever a história do dia em que Lajos veio ver-me pela última vez e me roubou." Ela sabia que ele não passava de um crápula, pessoas de sua família e amigos também, mas Lajos fora seu único amor. Agora, retornando para uma visita, ele pode ser, mesmo sendo quem é, aquele que pode modificar sua vida de vez, pela última vez. Dar-lhe novamente algum sentido, como no tempo em que o amou, foi feliz. Mas não estaria o falsário Lajos apenas atrás da parca herança que lhe restou e a enganá-la mais uma vez com suas promessas? É o que todos se perguntavam então, ela também.

O Legado de Eszter é uma história narrada com a elegante e límpida escrita de Marai de sempre, que acompanhamos com interesse até a última linha. Mesmo que discordemos do comportamento da protagonista, entendemos que ela nada mais faz do que, digamos assim, obedecer a um imperativo do destino. Estava escrito que as coisas deveriam terminar como terminaram. E aí, tanto faz se a pessoa acredita em destino, em horóscopo, no papa ou em João de Deus - tudo faz sentido quando nossa existência não tem sentido algum. Ou tem muito pouco...

Lido entre 19 e 23/12/2018.
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Vanessa 04/02/2010

Uma relação construida em solo frágil, com mentiras de Lajos. Ezster não consegue parar. Se reencontram 20 anos depois.
Será que ele voltou para pagar suas dividas, ou continuará enganando a todos?
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Na Literatura Selvagem 11/02/2016

O que me trouxe a literatura húngara: O legado de Eszter
Venho através deste post trazer para vocês a primeira resenha do Desafio Poisonous Bloggers Challenge 2016, em que para o mês de Janeiro, Amanda deu o tema 'escolher um livro que você não saiba pronunciar o nome do[a] autor[a]. A obra que escolhi foi O legado de Eszter, do escritor e jornalista húngaro Sándor Márai. [Não pensem que é fácil pronunciar haha] A edição é da Editora Companhia das Letras.

Trata-se de uma novela em que Eszter, após vinte anos, reencontra o homem que possuiu seu coração, mas que ainda na juventude, casou-se com sua irmã, Vilma [Vilmó]. Essa volta à antiga casa onde se conheceram não foi por acaso. Viúvo já há muito, Lajos [Lê-se Lóiosh] pretende reclamar a posse da propriedade para si e os filhos que teve com Vilma.

Apesar do caráter conhecido de Lajos como vigarista, golpista e mentiroso, Eszter está disposta a entregar os [poucos] bens que lhe restam numa [vã?] esperança de enfim viver esse amor, interrompido por uma série de circunstâncias ocorridas há tantos anos... Confesso que em determinados momentos, sentia raiva pela permissividade de Eszter em acatar resignada as investidas despossuídas de caráter e empatia por parte de seu amor...

Além dos protagonistas, temos Eva, filha de Vilma e Lajos, Nunu, uma espécie de governanta que vive por anos com Eszter, de personalidade misteriosa e indiferente; parece estar alheia ao que acontece ao seu redor, quando na verdade possui sabedoria suficiente para entender o que se passa sem falar muito... Um antigo admirador de Eszter, que nunca teve chance com ela, entre alguns outros...


Leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/01/o-que-me-trouxe-literatura-hungara-o.html
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Fresta0 24/08/2021

Eszter chegou à maturidade pacata da vida e tudo o que tem são lembranças frustradas, uma casa e um jardim. Depois de vinte anos, todos aguardam Lajos, o mau caráter que deixou um rastro de golpes e dores. A ironia é que esse mentiroso natural despertará Eszter para uma verdade: o que ela queria mesmo era ter fugido com ele. Sem nenhuma ilusão e mesmo alertada por seus benfeitores, ela vai se lançar a uma sorte incerta. Já não faz mais sentido ficar ali. Aquela segurança de repente também lhe parecia falsa. Arriscar-se será sua decisão mais importante e talvez a sua última entrega. Para ela, uma demonstração tardia de coragem, impulsionada pela certeza de que ?o que um dia se iniciou tem de ser encerrado?.
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Biblioteca Álvaro Guerra 12/12/2023

Eszter e a velha criada Nunu já se acomodaram a uma existência de aldeia, quase solitária, pacata, acreditando-se livres das memórias de uma época em que a energia e o encanto de Lajos aturdiam a todos na casa. Naquele tempo, enfeitiçados por suas promessas, os pais e os irmãos de Eszter entregaram-lhe quase tudo o que tinham.

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535901597
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