Lizzy 07/11/2012
Um bela história de amor e familiar que se prolonga desde a infância dos protagonistas e resiste a duas décadas de separação. A primeira parte desse livro é irretocável. E tão rico em detalhes e na construção dos sentimentos de Claire e Roan. Ela uma menina rica de uma tradicional família e ele é pobre e filho de um alcoólatra que vive à margem da sociedade. Roan é carente de tudo o que se pode imaginar, ele queria uma família, amor e ser amado, um lugar para chamar de lar, como sugere o título original. Claire faz essa transição para a sua família e a forma que isso ocorre é comovente nos mínimos pormenores. O amor que cresce entre esses dois é tão forte e verdadeiro, que ficamos estupefatos quando um trágico acontecimento separa essas vidas, essas almas gêmeas. Durante os vinte anos em que viveram separados, eles cultivaram a solidão e a duras penas aprenderam que não importa o lugar que deveriam viver as suas vidas, que o essencial era saber a que lugar pertenciam e a maneira como deveriam viver. A segunda parte da história – o reencontro – no meu sentir, deixou muito a desejar. Eu queria mais, qualquer coisa que demonstrasse paixão, emoção intensa, raiva, ressentimento, qualquer coisa, menos a apatia, a conformação. Isso fez com o que houvesse uma diminuição no meu envolvimento com a trama, mesmo assim a autora consegue surpreender na reta final, com revelações transformadoras e carregadas de lições de vida. Recomendado.